segunda-feira, 25 de julho de 2011

SIM OU NÃO?

Israel Fonseca Araújo


Pare agora onde você está:
não se mexa,
não apresse,
não se avexe,
não se desvaneça,
não se preocupe,
não se perturbe,
não desacredite,
não fique tão triste!
Não se desiluda,
não pare de sonhar,
não deixe de ser você.
Agora,
por tudo o que lhe ainda direi,
diga somente “SIM”.

LIÇÃO DE ÁGUIA

Israel Fonseca Araújo



A esperança da águia é ver o invisível,
sentir o que está muito distante.

Seu vôo é a própria liberdade,
embebida de um encanto guardado
em seu recôndito instintivo.

Ao alçar seu vôo não sabe o que achará
e é por isso que vai:
para saber o que tem no longínquo.

É fomentado pela curiosidade o seu olhar profícuo.
Sua garra e sua coragem
estão na instintiva razão que carrega.

Como a águia é o homem:
seus horizontes alargam-se ou diminuem
consoante sua ousadia.

Realizar metas requer asas fortes,
garras seguras, olhar certeiro
e coração emotivo-racional.

Entretanto, não raras vezes,
a covardia humana é abominável a uma águia.






A DOR E O JOGO

Israel Fonseca Araújo



Que seria a dor?
Uma contraparte que faz o homem,
escravo mandante das sensações,
avançar no afã de obter o alívio.

O estopim que conduz o homem
rumo ao inantingível.
Antes de ser dominado pelo medo
o ser humano está em inércia.

É o medo que nos faz sonhar.
É o receio que nos faz perder ou ganhar.
Perder-ganhar é o tudo de que somos capazes,
audaciosamente,
de fazer na vida.

PRA TE (DES) ESCREVER

Israel Fonseca Araújo



Às proximidades uma música toca,
sem graça;
à minha frente você passa,
me engraço.

A música não me toca;
por você estou + q’ tocado.

Caminho por meus versos,
mas tropeço nas palavras:
“Ai palavras! Ai palavras!”.

Não quero me perder
_ mas, por ti, já me perdi
(de amores):
só falo aos teus ouvidos
(silêncio!).

Posso até vencer as palavras,
porém a tua saudade
sei que não posso vencer.

Lá fora,
uma música para de tocar.
Consegui vencer algumas palavras
(O silêncio diminuiu),
mas a saudade cresceu.

SEM TÍTULO

Israel Fonseca Araújo



“Não serei o poeta de um mundo caduco”
Não cantarei a insanidade
tanto minha, quanto de tanta gente
Não quero ovacionar a vaidade
de todos nós
e, por que não, de TODAS?
Não aceito fazer a aclamação pública
dos atos da deslimitação egocêntrica
da raça humana
Não admito ter que aplaudir
as bobagens de tanta gente
que tanto se acha
e despreza a sobriedade
em troca de nem sei o quê.


08/12/2006

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Leituras de um Leitor... de Igarapé-Miri - que fala sobre “Pipicos” e autoestima

prof. Israel Fonseca Araújo

Andando, sem bicicleta, pelo entorno da Praça “Sarges Barros”, em re-construção, comecei a arquitetar estes escritos, em prosa, mas sem nenhum dedo “de prosa”. A ideia (sem acento gráfico, porque a Nova ortografia de “nosso” Português derrubou tal sinal-zinho) é fazer um breve passeio por algumas coisas boas que tenho visto por estas nossas Ruas do Miri (e por estas bandas, como diz a Banda Sabor Açaí), mostrá-las (segundo meus limitados entendimentos) ao público (sobretudo a quem é miriense) e buscar a necessária elevação de nossa autoestima.
Assim sendo, devo começar citando a Vereadora Carmozinha (ex-Professora Maria do Carmo Pantoja, do rio Anapu, da Seduc-PA), que deu um toque de classe a mais à Rua Dr. João Hipólito, próx. à Pe. Emílio, na Vizinhança do professor-amigo Élvis Nunes (Historiador): linda a fachada da casa dessa Legisladora, o que melhora bastante o visual de nossa Ig.-Miri. Tá podendo, ela. Depois, e nessa esteira argumentativa, meus aplausos ao “Mimim” Bastos (eu soube de fontes pouco oficiais que o “Avenida” da Trav. Coronel Vitório, com espaço para shows etc. é dele: e acreditei, pois sou cidadão de boa fé); coisa muito da boa (isto não é comercial); assim, também, ao “Pipico” (João Araújo Gonçalves, que não tem o Araújo de minha Família, nem vice-versa, nem é o de Abaeté), empresário de Ig.-Miri de grande inteligência e ousadia (é Verdade!), que “não mete prego sem estupa” – seus empreendimentos trazem modernidade e embelezamento à nossa Cidade: o empreendimento da Pe. Vitório, em frente à Praça Sarges Barros, é um marco no empreendedorismo miriense. Penso que estratégias como essa trarão mais opções de lazer e entretenimento de qualidades para nossa Miri. E, assim, calarão as bocas de pessoas bem intencionadas que reclamam da escassez de oportunidades desse gênero por aqui. Tomara que o sucesso seja garantido, aos dois aqui citados e aos(às) demais que este texto não chegará a citar.
O Evangelista (da Ass. de Deus) Manoel Mário Fonseca de Souza (não é meu o seu Fonseca: o dele vem dos Itamimbucas, o meu dos Mamangais) está com dois Livros debaixo do braço, vendendo, divulgando: “O Arrebatamento da Igreja” e “O Cristão Águia”: comprei os dois, já estou lendo “O Cristão Águia” – trata-se de um ótimo Livro, bem escrito, com os capítulos bem estruturados (dentro da lógica e da ideologia de seu Autor), enfatizando as muitas das “lições” que a águia pode trazer para os cristãos (como eu). Uma ótima leitura, séria, bem embasada, reconfortante.
Meu amigo Raimundo Barreto de Moraes (Didi do STTR) acabou de assumir a Presidência do Conselho de Saúde de Ig.-Miri, após a gestão de meu vizinho “Pretito”: corretíssimo, instâncias como essa devem ser ocupadas por pessoas comprometidas com a causa social, bem intencionadas. É o caso do prof. Janilson Fonseca (seu Fonseca vem do rio Santo Antonio, creio; nem é o mesmo do meu), atual Secretário de Educação de Ig.-Miri – está trabalhando bem, devemos dizer isto, pois do contrário teríamos de dizê-lo da mesma forma).
Como é bom ter Educadores(as) em nossa Terra, da altura de José Pinto (Editor do InforMAC); esse jornal está cada vez melhor, mais abrangente, plural. Ótima leitura.
As obras levadas à frente pela Gestão Municipal, liderada por Roberto Pina Oliveira, estão acalmando a boca de tanta gente (tem na Marambaia, na Cidade Nova, no Estádio “Bianor Palheta”, na Praça Sarges Barros; no meio rural/ribeirinho...); seria por que ele é Carpinteiro (construtor) assumido?. Estou na dúvida.

CRUZ CREDO... Vocês podem não acreditar, mas meu “blogue” foi “roubado”: passei uns poucos dias sem mexer com ele e, ao tentar (menos de dez dias depois), deparei-me com a mensagem de que meu companheiro tinha sido desativado (seria por falta de pagamento?; alguma taxa que deixei ao léu?; ele era gratuito, ora pois). Já há especialistas que tratam desse caso específico?; quem souber, favor me avisar. Quer dizer que não posso apostar e instrumentos de comunicação – como ilustram os Celulares e os Blogs (Criarei outro, futuramente)

P. S.: Mas nem só de pão vive o(a) Miriense: a Guerra das Eleições/2012 já começou, cada um(a) vendendo o melhor peixe que tem pra vender; tem gente “pulando a cerca” (tradução: trocando de Partido), há gente sem Partido (isto é seríssimo e só meu amigo prof. José João sabe explicar). Já começaram a nos desrespeitar publicamente e, muitos(as) de Nós, estão aplaudindo: aplaudindo a poluição visual e a ofensa à nossa nobre inteligência.
E ainda tem a “galera” da Seleção Masculina de Futebol, lá na Argentina, aplaudindo Insensato Coração (TV Globo): isso ajuda a explicar bastante o nível dos dois primeiros jogos dos canarinhos, na 1ª Fase da Copa América – 2011. Ainda bem que Ganso não é chegado a “afogar seu ganso” nesses tipos de entretenimento. E eu que não sabia que Paulo Renato Souza, falecido em junho/11, tinha sido Reitor da Unicamp (tenho paixão pela Unicamp; êta Universiboa). Como melhorou a Unicamp, graças a Deus.
Nada mais intrigante: A POLÍCIA MILITAR, em Ig.-Miri, “anda” pelas ruas de nossa Cidade através de seus Homens, de moto, sem capacete (sempre), mas, sempre que o DETRAN-PA está por aqui, esses mesmos Homens só andam pelas ruas, de moto, usando capacete (Hum, Hum). Quem souber me explicar esse comportamento de tais homens das Leis, favor me avisar.

A gente se vê.

Leituras de um Leitor do JM... Croniquinha discursiva sobre um Assalto (já é nossa Rotina)

Prof. Israel Fonseca Araújo


Dos Fatos Iniciais, do Contexto: 15 de junho de 2011, quarta, é/foi dia de Paralisação dos Trabalhadores(as) em Educação Pública do estado do Pará (continuam em luta por melhorias para essa Categoria profissional). Não obstante, fui cumprir com minha jornada de trabalho (de quarta-feira), na Escola Estadual “Enedina Sampaio Melo”, sem entender o por quê, mas fui pela Teodorico Martins de Lima, “dobrando” para Rua Ângelo Lobato e, ao transpor a “Sesque” e, antes da Trav. Pe. Emílio (Pe. Emílio foi quem batizou minha vizinha do rio Murutipucu, Dona Benedita, Senhora de seus atuais 75 anos, amicíssima de Mamãe Terezinha Fonseca), percebi que outro condutor de Veículo de Propulsão Humana (= Bicicleta) fazia ultrapassagem pela direita (segundo meus parcos saberes sobre Legislação de Trânsito, nossa ultrapassagem é pela esquerda). Nisso olho, creio que para repreender alguma criança que transgredia essa regra, ouvi a seguinte FD (Formação Discursiva): “Entrega o celular; bora; tu não vai entregar?”. Identifiquei um jovem, não mal vestido e, me pareceu, tomado banho, de bermuda e camiseta. Braços tatuados, jeito de quem malha, pela “postura didática” que exibia.
Olhei pra minha perna direita; realmente, eu portava um celular (de minha esposa) e ele se mostrava, saliente, pela minha jeans; o jovem falava Verdade; e estava apressado. (Vem um carro no sentido oposto: pensei numa maneira de me livrar de meu interlocutor (=alocutário, digo), mas como?; nenhum(a) PM às proximidades. Estratégias eu tinha, mas mal sei ser Professor e, ainda assim, há quem diga que não sou dos melhores. (Alunos(as) já insinuaram que não sei trabalhar...) Passei para a esquerda, carro no meio, ele, agora, pela direita. Passou o carro e meu “acompanhante” (= Cidadão/Assaltador, neste caso) continua (com a mão na região da cintura, conotando portar uma arma de fogo (E a Sugestão: nas últimas semanas, trabalhara, na “Enedina”, o Simbolismo com minha Turma; noutra oportunidade, fui assaltado e dois jovens apontaram arma pra mim e pra meu amado Giovanni///////). Porte e posse de armas não são a mesma coisa. Vem uma caçamba em sentido contrário.

O Clímax, os Resultados: Nesse ínterim, pensei em ser praticante de capoeira (ter aquela ginga toda, possuir Mestrado em Segurança Pública etc.); pensei nos desdobramentos de entregar o aparelho, que não era meu, ao Cidadão. E mais: estaria ele “amanhecido”?, trabalhou à noite, sem êxito?, seria um praticante de Hora-Extra? (...) – nisso tudo íamos pedalando lentamente, efetivando esse “diálogo” silencioso (Paradoxo). Entreguei ao Jovem/Cidadão o aparelho, por ele educadamente solicitado; o Condutor da caçamba, que ia na sua mão, (creio que) foi único expectador desse Ato de nosso Show diário; o Cidadão/Assaltador seguiu em sentido contrário, na direção da “Sesque”, rumou para a direção da PA-151 (Seria ele conhecedor de meus hábitos profissionais diários e só rumou nessa direção para “despistar”?); segui pela Pe. Emílio, direção da “Enedina”, tendo poucos ou nenhum expectador(a) a mais, cerca de 07h e 58min.; na Escola, após “amigável” diálogo com a Turma, deixamos as Atividades dessa manhã para outro dia (não revelado aqui, por questões de Segurança); recebi Convite da Amiga Josi para uma Palestra, dia 17/06, na mesma Escola (já agradeço aqui, de público: ótima iniciativa). Bloqueei a linha, por questões pessoais, e para preservar minha intimidade (minha identidade acho que não pode/deve ser preservada; sou Homem Público, e assim e assumo). Tinha saído na tarde/noite anterior para resolver problemas domésticos, mas fortes raios não o permitiram; dia seguinte, fui vítima de “assalto relâmpago”; meio sem sentido, não é mesmo? Na sequência, quanto terá(ria) valido esse aparelho?; como é o mundo desse Cidadão/Assaltador?; qual a sua relação com a Escola Pública?; teria sido um Assalto Sem Armas (ASA)?; eu poderia não ter feito a tal entrega ao Jovem?; quais seriam as consequências adversas desse (provável) ato?. Estes nossos tempos são marcados por muitas Indagações, e poucas Respostas.