segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Senador Mário Couto (PSDB) é processado por crime de racismo



Postado em: 7 set 2012 às 1:00
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br; acesso: 10.9.12

Mulher chamada de macaca e vagabunda decidiu processar Mário Couto, que quando soube que seria processado resolveu se vingar: o marido da denunciante, dono de um pequeno açougue, foi misteriosamente preso sob a acusação de manter carne e frango “impróprios para consumo”. Ele ficou 8 dias na cadeia sem dinheiro para pagar fiança


O senador Mário Couto (PSDB-PA) é acusado de racismo e abuso de autoridade por uma mulher a quem teria ofendido, chamando-a de “preta”, “safada”, “macaca”, “vagabunda”, e outros palavrões. A assistente-administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, contou em depoimento na polícia que após revidar às supostas agressões verbais do senador e diante de várias testemunhas, foi detida por ordem de Couto, que alegou ter sido “desrespeitado como senador da República”. Levada à delegacia de Salinópolis – um balneário banhado pelo Oceano Atlântico na região nordeste do Pará, a 265 km de Belém – a mulher prestou depoimento e foi liberada. Ainda no mesmo dia, ela decidiu processar o senador.
O promotor de Justiça de Salinópolis, Mauro Mendes de Almeida, procurado pelo Grupo Estado, informou que remeteu as peças do inquérito policial para o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de o senador gozar de foro privilegiado. Mas quem decidirá se abre ou não processo contra Couto é o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem a queixa crime será remetida pelo STF.
O caso ocorreu no dia 13 de agosto passado, durante uma caminhada do senador e de seus cabos eleitorais pelas ruas do bairro Cuiarana. Couto apoia o candidato a prefeito Di Gomes, mas alguns moradores, incluindo Edisane Oliveira, não permitiram que cartazes com a foto do afilhado político dele fossem pregados nas paredes de suas residências. Isso irritou o tucano, conhecido pelo temperamento explosivo.
A resposta de Couto à intenção da mulher de processá-lo viria onze dias depois. No dia 24, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará) e da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente fecharam um pequeno açougue de propriedade de Ivanildo de Lima Correa, companheiro da denunciante. Conhecido por Vando, o rapaz foi preso em flagrante sob a acusação de manter 42 quilos de carne e frango “impróprios para consumo”, acondicionados em um freezer.
Até hoje não entendi porque fui preso. Em julho, a vigilância sanitária esteve no meu estabelecimento, que é legalizado, viu a carne e o frango estocados do mesmo freezer e nada viu de ilegal. Agora, entraram lá e jogaram creolina em cima dos alimentos e depois levaram para incinerar. Estou me sentindo perseguido, pressionado até o pescoço”, queixou-se Correa, por telefone, ao Estado.
Ele ficou na cadeia durante oito dias, sem dinheiro para pagar a fiança, arbitrada pela polícia em 30 salários mínimos, e foi solto, segundo suas próprias palavras, depois que o senador, após acordo, conseguiu reduzir o valor para apenas um salário, pagando do próprio bolso a soltura. “Eu quero saber como isso vai ficar, o senador pagou, mandou me soltar e até me deu um advogado”, declarou o açougueiro.
Por telefone, o senador contou ao Grupo Estado uma outra versão, afirmando que foi ofendido por Edisane Oliveira e que um cabo eleitoral que estava na carreata foi agredido por ela com palavras racistas, chamado de “preto”, “macaco” e “ladrão”. Ele negou ter mandado prender a mulher e que dias depois foi procurado por ela, que queria se desculpar pelo que tinha acontecido. “A questão é política, ela apoia o atual prefeito e eu, outro candidato”, disse Couto, que também rebate e acusação de ter mandado prender o açougueiro e os alimentos que ele vendia em seu estabelecimento. “Foi a Adepará que foi lá e viu carne estragada que ele vendia. Estava tudo podre”, acrescentou, garantindo que nada tem a ver com o fato de a polícia prender Correa em flagrante.
Ao ser informado de que a promotoria de Salinópolis havia encaminhado o inquérito para o STF e que caberá ao procurador-geral da República decidir se irá processá-lo, o senador foi irônico: “que bom, estou morrendo de medo por causa disso”. (grifos deste Blog)

sábado, 1 de setembro de 2012

Oh Coisa Bizarra. Cruz Credo

prof. Israel F. Araújo


Tenho visto cada coisa horrorosa, em nossa Cidade!, mas nada se compara às "bizarrices" destes tempos de El(r)eições. Hoje, pela manhã, vi uma coisa que parecia um homem "dentro" de uma bicicleta (empurrando-a, pois se trata de veículo de propulsão humana), na qual havia vários penduricalhos/adereços eleitorais, inclusive alguns indicavam que esse homem que conduzia a "bike" era o seu próprio Candidato a Vereador da Terra de Sant"Ana. Isso somente porque a música dele dizia algo como: "FULANO TÁ CHEGANDO AÍ" (Se "tá chegando" é porque não é daqui, por isso não deveria ser votado aqui!).
E o pobre do homem fazia uma força sobre-humana para fazer a sua bicicleta sair do lugar, contra ventos e sol e tudo o mais... Mas, tinha tantas coisas ornamentando a "bike", que o pobre e humilhado homem tinha de rebolar lá dentro, varar a cara para fora, pra poder verem que é ele que "tá chegando".
Pelo amor de Deus, pra que humihar tanto um TRABALHADOR DE NOSSA TERRA? Precisava fazer um escândalo desses? deixe-se o "cara" no emprego dele, ganhando a vida dignamente, sem HUMILHAÇÃO PÚBLICA ALGUMA!
Como é que uma pessoa dessas não vê que está sendo estigmatizada publicamente?
CRUZ CREDO.