domingo, 28 de outubro de 2012

Edmilson e Zenaldo aparecem tecnicamente empatados

 

Fonte: http://www.diarioonline.com.br/; Sábado, 27/10/2012, 16:17:46 - Atualizado em 28/10/2012, 11:33:07


O candidato à Prefeitura de Belém Edmilson Rodrigues (Psol) aparece com 51% dos votos válidos (excluídos bancos, nulos e indecisos) e Zenaldo Coutinho (PSDB) com 49% na pesquisa eleitoral do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), que será destaque deste domingo (28), no Diário do Pará. Os dados mostram que a disputa para o segundo turno na capital está tecnicamente empatada.

Com a margem de erro, de três pontos e meio para mais ou para menos, Edmilson oscila entre 54,5% e 47,5% e Zenaldo entre 52,5% e 45,5% nos votos válidos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob protocolo PA 00342/2012 e ouviu 800 eleitores entre os  dias 24 e 26 de outubro.
Edmilson Rodrigues aparece na frente também na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores pelos pesquisadores, e não descartando os votos brancos, nulos e os que estão indecisos. Nas intensões de voto, o candidato do Psol aparece com 48% e o tucano com 45%. Brancos e nulos somam 3% e os que não souberam ou não opinaram são 4%.

Já na pesquisa espontânea, Edmilson aparece com 45% dos votos e Zenaldo com 43%. Nesta pesquisa, o eleitor precisa lembrar o nome do candidato.

REJEIÇÃO
Ao serem indagados sobre o candidato em que não votariam de jeito nenhum, os eleitores colocaram Zenaldo na frente, com 37%, e Edmilson em seguida, com 33%. Os que disseram que poderiam votar em qualquer um dos candidatos somaram 25%, e os que não souberam ou não responderam a essa questão somaram 5%.

Os eleitores também foram perguntados sobre quem tem mais chances de ser o novo prefeito de Belém, independente de em quem votarão. A resposta foi que 54% acreditam em Zenaldo Coutinho e outros 35% disseram ser Edmilson. 11% não souberam ou não responderam.

(DOL, com informações do Diário do Pará)

sábado, 27 de outubro de 2012

Haddad abre 18 pontos sobre Serra e deve ser eleito em SP, diz Ibope




 
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de 49 anos, deve vencer neste domingo, 28, o tucano...

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, de 49 anos [Professor da USP], deve vencer neste domingo, 28, o tucano José Serra. Pesquisa Ibope/TV Globo/Estado divulgada no sábado, 27, mostra o petista com 59% de votos válidos, ante 41% do tucano.
Em relação ao levantamento anterior do Ibope, divulgado na quarta-feira, Haddad oscilou dois pontos porcentuais para cima, enquanto Serra recuou dois.
Na conta dos votos totais, incluídos os entrevistados que pretendem votar nulo ou em branco, o placar da pesquisa é de 50% para Haddad e 35% para Serra.
O Ibope realizou parte de suas 1.204 entrevistas no dia de ontem, após o último debate da campanha, realizado pela TV Globo na noite de sexta-feira.
O instituto Datafolha também projetou a vitória do petista, em pesquisa divulgada ontem, por 58% a 42%.
O candidato do PT, que chegou atrás de Serra no 1.º turno, liderou a corrida eleitoral em toda a segunda etapa da eleição.
Na primeira pesquisa Ibope, concluída no dia 11 de outubro, ele tinha 12 pontos porcentuais a mais que o tucano nos votos válidos (56% a 44%). A vantagem agora é de 18 pontos.
A geografia do voto paulistano mostra que Haddad terá vitória folgada nas áreas periféricas da cidade e resultado próximo do de Serra nas áreas onde o PT é historicamente mais rejeitado.
Na chamada zona petista, formada pelas áreas onde os candidatos do PT a prefeito, governador e presidente venceram as eleições de 2008 e 2010, Haddad lidera por 72% a 28%. Estão nessa categoria os bairros mais pobres e periféricos da cidade.
Na zona volúvel, onde o PT perdeu ao menos uma das últimas três eleições, o líder também é Haddad: 67% a 33%. E na zona antipetista - central e mais rica -, onde o partido perdeu todas as disputas desde 2008, há um empate técnico: 51% para o tucano e 49% para o petista.
Atacado por pastores por causa de seu envolvimento na elaboração de um kit anti-homofobia quando ocupava o Ministério da Educação, Haddad acabou com vantagem acima de sua média entre os evangélicos: 64% a 36%. No eleitorado católico, ele vence por 58% a 42%.
O petista conquistou sete de cada dez eleitores que, no 1.º turno, votaram em Celso Russomanno (PRB), o terceiro colocado na disputa. Serra ficou com 24% desse contingente. Entre os eleitores de Gabriel Chalita (PMDB), 57% migraram para o candidato do PT, e 43% para o do PSDB (votos válidos).
Na segmentação do eleitorado por idade, Serra alcança o adversário apenas entre os paulistanos com 50 anos ou mais (51% para o tucano e 49% para o petista, o que configura um empate técnico). Haddad abre sua maior vantagem, de 46 pontos porcentuais, entre os mais jovens, com 16 a 24 anos (73% a 27%).
O tucano vence no eleitorado com curso superior: 54% a 46%. Nas demais faixas de escolaridade, o candidato do PT tem taxas de intenção de voto sempre superiores a 60%.
A pesquisa foi feita entre os dias 25 e 27. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Fonte: http://estadao.br.msn.com (acesso: 27/10/12)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

PT colheu benefícios do mensalão, diz analista



SÃO PAULO - O escândalo do mensalão, tratado basicamente sob a ótica do prejuízo eleitoral ao PT, produziu, no...

http://estadao.br.msn.com; acesso: 23/10/12

"Vitória de Lula nas eleições de 2006 retirou o problema da agenda partidária"

SÃO PAULO - O escândalo do mensalão, tratado basicamente sob a ótica do prejuízo eleitoral ao PT, produziu, no final das contas, benefícios ao partido por forçar a renovação da sua seção paulista e projetar novas lideranças de seus quadros técnicos para disputar eleições.
É o que avalia o cientista político, professor e vice-coordenador do curso de administração pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antonio Carvalho Teixeira. "Parecia o fim da história para os petistas. Membros da oposição chegaram a pedir a extinção do partido e a ameaçar o então presidente Lula de uma surra pública. Ao contrário do que muitos imaginam, o mensalão também produziu benefícios para o PT ao, praticamente, obrigar sua seção paulista a se renovar e, com isso, projetar novas lideranças recrutadas de seus quadros técnicos, para as disputas eleitorais."
Teixeira lembra que, na primeira eleição ocorrida após o escândalo ser deflagrado, em 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, o tema foi explorado pela oposição, que chegou a considerar Lula "previamente derrotado". "Com a vitória do petista, o problema saiu da agenda partidária", comenta, ressaltando que o peso político das lideranças envolvidas ajudaram a entender a "inexistência de medidas imediatas no próprio PT". Já em 2008, Teixeira afirma que o tema foi menos usado. "Nas eleições de 2008, o mensalão foi pouco explorado e o fraco desempenho do partido em algumas capitais, como São Paulo e Porto Alegre, pode ser atribuído às dificuldades de seus candidatos."
Teixeira afirma que em 2010, com a impossibilidade de Lula reeleger-se, o partido se viu na necessidade de "construir" uma nova alternativa. "Era preciso alguém sem passado político eleitoral. Dessa forma, chegou-se ao nome de Dilma Rousseff, um quadro com pouco tempo nas fileiras petistas e que tinha trajetória anterior de militância política no PDT brizolista", avalia.
Ele destaca duas razões que garantiram o nome de Dilma como candidata à Presidência em 2010: "A primeira foi a perda de prestígio das lideranças nacionais do PT diante da repercussão negativa do mensalão. A segunda decorre do fato de Lula ter percebido a necessidade de se construir uma alternativa e jogar todo o prestígio político de seu governo na viabilização eleitoral na construção desse nome. Foi assim que Dilma, até então uma técnica sem militância partidária orgânica, tornou-se candidata e foi eleita presidente da República."
Novamente em 2012 o mensalão voltou ao centro das preocupações eleitorais, já que o julgamento do escândalo seria realizado paralelamente ao pleito. Teixeira afirma que o partido teve a "necessidade de lançar candidatos sem vínculos com esse escândalo, e que representassem uma nova perspectiva de conduta política frente aos eleitores". E cita exemplos de como o partido contornou a situação no Estado de São Paulo.
Haddad. Na capital de São Paulo, ele avalia que a "escolha pessoal" de Lula por lançar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura teve duas razões: a alta de rejeição da ex-prefeita Marta Suplicy, que a tornava "inviável" e ao fato de ele não ter ligações diretas com o mensalão ou lideranças paulistas ligadas ao escândalo. "(Agora) Haddad disputa o segundo turno com amplas chances de se tornar prefeito de São Paulo depois de patinar com cerca de 3% das intenções de votos até o início de agosto. Ou seja, o seu crescimento deu-se no auge da repercussão do julgamento do mensalão no STF", ressalta Teixeira.
Campinas. A candidatura do economista e ex-presidente do IPEA, Márcio Pochmann em Campinas, na visão do cientista político, tinha o objetivo inicial de "enfrentar o clima hostil" com relação ao PT, devido ao envolvimento do ex-vice-prefeito petista Demétrio Vilarga em acusações de corrupção na cidade, ao lado do então prefeito pedetista Hélio Santos, mas o candidato acabou se destacando.
"Pochmann, que também patinou com 1% das intenções de votos no início de agosto, foi para o segundo turno e encontra-se em situação de empate técnico com o candidato do PSB/PSDB que era tido como praticamente imbatível em primeiro turno. Da mesma forma que Haddad, Pochmann deslanchou de forma simultânea ao julgamento do mensalão no Supremo."
Osasco. O terceiro exemplo citado pelo professor é o caso de Osasco que, após a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do então candidato do PT à Prefeitura, João Paulo Cunha, no escândalo do mensalão, o partido escolheu Jorge Lapas, um quadro técnico e iniciante em disputas eleitorais. "Lapas venceu as eleições em primeiro turno com cerca de 60% dos votos válidos, excluindo a contabilização da votação obtida pelo tucano Celso Giglio que teve sua candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, era uma eleição tida como praticamente perdida por setores do próprio PT", avalia.
Para Carvalho Teixeira, esses três casos simbolizam como o mensalão "ao contrário do que se pensa, não teve apenas efeitos negativos sobre o PT". "O desgaste público de dirigentes paulistas abriu o espaço para o surgimento de novas lideranças para a disputa eleitoral", ressalta. O professor atribui esse processo de renovação ao ex-presidente Lula. "Pode até se discordar do método (evitar disputa partidária ao se desconstruir pré-candidaturas), mas não se pode negar que o partido, pelo menos no primeiro turno, vem se beneficiando desse processo de renovação onde ela efetivamente ocorreu", afirma.
E reforça a importância do escândalo para a renovação: "Vale lembrar que tanto no caso da disputa presidencial de 2010 como para prefeituras de importantes cidades e capitais em 2012, sem o mensalão, José Dirceu e a antiga burocracia partidária certamente estariam no controle do processo sucessório, o que dificultaria a escolha de algum nome que não tivesse alinhamento com a cúpula partidária". (Os grifos são deste Blog)

STF absolve sete réus do mensalão após empate de votos


O ex-Presidente da CUT-PA e ex-deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores, Paulo Roberto Galvão da Rocha, acaba de ser inocentado pelo STF. Confira a matéria que segue:



"BRASÍLIA - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira, 23, absolver todos os réus...
http://estadao.br.msn.com; acesso: 23/10/12

"Carlos Ayres Britto se disse feliz por não ter de fazer uso do 'voto de minerva'"

BRASÍLIA - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira, 23, absolver todos os réus cujos julgamentos terminaram empatados em plenário. Dessa forma, mais três réus livraram-se da pena, subindo para 12 o número de acusados que foram isentados pela Corte: os ex-deputados federais do PT Paulo Rocha (PA) e João Magno (MG) e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, que respondiam por lavagem de dinheiro.
Outros quatro réus também foram absolvidos pelos crimes de formação de quadrilha: o ex-diretor e atual vice-presidente do Banco Rural Vinícius Samarane, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas e o ex-líder do PMDB na Câmara José Borba (PR). Contudo, eles foram condenados por outros crimes durante o julgamento.
Na abertura da sessão desta tarde, o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, afirmou que gostaria de encaminhar "a votação e o entendimento de que em caso de empate prevalece a tese da absolvição do réu". Para Ayres Britto, o fato de o resultado ter terminado empatado mostra que o tribunal não está "de posse de sua inteireza de sua unidade". Uma das hipóteses aventadas era de o presidente do STF votar duas vezes, dando o chamado voto de qualidade.
A maioria dos ministros concordou com a posição adotada pelo presidente do STF. O relator da ação, Joaquim Barbosa, foi um deles. Barbosa ressaltou, entretanto, que isso só está ocorrendo porque a Corte está passando por uma "situação anômala". O colegiado está com dez ministros desde a aposentadoria compulsória do ministro Cezar Peluso, há dois meses.
O único que divergiu foi o ministro Marco Aurélio Mello. Para ele, caberia a Ayres Britto dar o voto de qualidade. "Fico feliz de não ter que proferir o voto de minerva, porque me enerva", brincou o presidente do STF, ao final da decisão."

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Os grifos são nossos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Antonio Armando, em Marituba (PA)... Municípios do Pará podem ter novas Eleições


As Eleições Municipais podem voltar a acontecer em Marituba, PA, onde Antonio Armando Amaral de Castro (PSDB) está sobrevivendo como Prefeito Eleito. E em Água Azul do Norte, também. Veja a matéria completa, do "Diário do Pará" - online.


 
"Marituba e Água Azul do Norte podem ter novas eleições. Os dois municípios fazem parte da lista de resultados do 1º turno que ainda não foram contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral por causa de recursos não julgados. Nas duas cidades paraenses o número de votos dados a candidatos barrados pela justiça superou a quantidade de votos válidos. Se a justiça mantiver os candidatos impedidos, será necessário fazer uma nova eleição.
Em Marituba, o candidato do PSD, Mário Henrique de Lima Biscaro, o Mário Filho, teve sua candidatura barrada. Mesmo assim ele obteve 29.199 votos, ou 52,84%. Antônio Armando (PSDB) obteve 13.958 votos; Bertoldo (PTB) ficou com 10.319; e Adelino Bessa (PSol), 797. A soma dos três representa 45,37% do total apurado nas urnas. O Código Eleitoral define que uma nova eleição deve ser convocada caso 50% ou mais dos votos sejam anulados.
A legislação, no entanto, faz uma distinção importante: para que haja nova eleição, é preciso que os votos sejam anulados pela Justiça. Se mais da metade de uma cidade votar nulo propositalmente, isso não invalida a eleição. Caso o TSE indefira definitivamente a candidatura de Mario Filho, a população de Marituba irá novamente às urnas.
Mesmo dilema vive a população de Água Azul do Norte. O município deu 58,15% dos votos ao candidato Dr. José Lourenço, PSB. Com a candidatura indeferida e com recurso junto ao TSE, por enquanto o que está valendo são os 2.941 votos dados à Deusmir, PT, que somados aos 250 votos de Marden, PPS, representam 40,93% dos votos apurados. Se a Justiça indeferir o recurso de Dr. José Lourenço a população de Água Azul do Norte também terá que voltar às urnas.
Quem conseguiu escapar dos transtornos de uma nova eleição foi a população de Nova Esperança do Piriá. O município se encontrava na mesma situação, tendo a candidata Maria de Sousa Oliveira (PSDB) com mais votos (6.345, ou 58,12%) que o postulante considerado “eleito” logo após as eleições. Os votos de Maria foram considerados nulos e Nilton, PT, que obteve 4.962 votos, ficou, durante dois dias, sendo considerado prefeito. Mas o TSE julgou o recurso da candidata no dia 9 de outubro e deferiu o pedido fazendo da tucana a nova gestora do município.
Em Santa Bárbara do Pará o resultado das eleições ainda pode mudar, mas não existe risco de uma nova eleição uma vez que os votos considerados nulos não chegam a 50% do que foi apurado. O candidato Ciro Goes (PSD) obteve 5.103 votos que ainda não foram computados contra o candidato Marcão (PSDB), declarado eleito com 3.457 votos. O TSE ainda vai julgar o recurso de Ciro.
Em São João da Ponta, Orleando Alves Feitosa (PSD), pode conseguir a vaga com 41 votos a mais que Nelsão do PT, se seu recurso for aceito. A reeleição de Jardel Vasconcelos do Carmo (PMDB), em Monte Alegre, também depende do julgamento do TSE. Alterações também foram feitas no resultado da votação em Tailândia pelo TSE, que julgou o recurso de Rosinei Pinto de Souza, PSD, e o declarou eleito. O TSE está julgando recursos que podem alterar o resultado das eleições, mas ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). (Diário do Pará)

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Fonte: www.diarioonline.com.br (Sábado, 20/10/2012) - acesso: 21/10/12
Grifos do Autor deste Blog.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

IGARAPÉ-MIRI AVANÇA NO IDEB ATÉ MAIS QUE BARCARENA



Robson Fortes (*)

A Reportagem do Jornal Diário do Pará do dia 16 de setembro, domingo (“Prefeitos enriquecem e educação agoniza”), fez uma síntese dos resultados do IDEB divulgados pelo Governo Federal. No Pará, apesar de toda riqueza mineral e hídrica, os índices da educação básica insistem em mostrar os piores resultados do Brasil. Triste situação da Educação Pública em nosso estado que retrocessa nos índices, amortecendo 0,2% em relação a 2009, emplacando na lista dos 10 piores resultados.
A reportagem, bastante interessante, faz referências a várias situações peculiares no Estado; porém, o que me chamou bastante atenção foi a notícia de saber que o município de Barcarena (nosso vizinho rico) retrocede nos índices mesmo sendo um dos municípios mais ricos do Estado do Pará como polo industrial.
O que chama a atenção é o exame das notas de municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de recursos hídricos. Barcarena, por exemplo, onde estão instaladas as principais plantas de empresas de mineração, ficou abaixo da média nas séries iniciais e muito abaixo nas séries finais, obtendo índice de desempenho de 3,1 quando a meta era de 3,7. Nestas séries, os índices caíram -0,2 quando comparados os anos de 2009 com 2011.
Isso me fez lembrar de uma postagem no Facebook de alguns amigos na semana que antecedeu aquele domingo, quando faziam referência ao Festival do Abacaxi. Na oportunidade, algumas pessoas criticavam o Governo Municipal de Igarapé-Miri pela sua indisposição de realizar festivais da grandeza de Barcarena. No post, fiz um comentário observando a discrepância econômica entre os dois municípios, além de citar alguns problemas extremamente mais importantes para direcionar investimentos de recursos públicos. Pois bem, enquanto a EDUCAÇÃO AGONIZA, Barcarena sedia um dos maiores FESTIVAIS do Pará – Pão e Circo.
Curioso para saber os índices de nossa cidade, tive grande surpresa em tomar conhecimento que somos exceções dos índices da maioria dos municípios paraenses. Nas séries iniciais, em relação a 2009 subimos 0,5% e nas séries finais crescemos 0,4% alcançando respectivamente 3,7 pontos e 3,4 pontos (séries iniciais/séries finais).
Sem sediar grandes festivais, mas assumindo compromissos sérios fortalecendo a política de valorização dos profissionais da Educação, a política de transporte escolar, merenda escolar regionalizada, além de implementação de atividades pedagógicas, culturais, de esporte e lazer, e de pesquisa, desenvolvendo feiras de tecnologia e a participação de nossos alunos até em feiras internacionais, juntamente com ampliação, reforma e construção de escolas, nosso município vem aumentando os índices além das metas nacionais estipuladas. Muito, mas muito mesmo falta avançar, problemas existem e são muitos. Mais gostaria de PARABENIZAR a todos os profissionais da Educação deste Município pelo avanço CONSIDERÁVEL QUE ULTRAPASSOU A META NACIONAL, e que deu exemplo para grandes municípios ricos do Pará. Parabéns! [Os grifos são do autor deste Blog]

(*) Robson Fortes é acadêmico do curso de História – UFPA – Cametá. Fonte: InforMAC de setembro de 2012.