terça-feira, 28 de abril de 2015

YAGO PICACHU TEVE CHILIQUES NO RE-PA?

Israel Araújo (Editor)


(Lateral Yago Picachu, do Paysandu; imagem: orm.com.br)


Ao analisar uma publicação de rede social, na qual uma imagem do SBT mostra o lance que envolve o lateral bicolor Yago Picachu e o goleiro do Remo, Fabiano, tirei minha dúvida sobre o caso (foi pênalti ou não?): o árbitro paulista/Fifa Luís Flávio de Oliveira acertou na não marcação da penalidade máxima, o que causou loucuras no citado lateral.

Além de não ter acontecido a falta dentro da área, para piorar a imagem do atleta, Picachu saiu fazendo misuras, dando pulos, insinuando muita macheza e perdeu uma oportunidade de mostrar aos clubes grandes do País que tem equilíbrio para jogar nos mesmo. O descontrole beira à chamada "burrice", o que não deve se coadunar com a postura de um atleta de área isolada do grande centro futebolístico do Brasil. Desse jeito, apenas ele (Yago) causa a si mesmo prejuízos, e grandes, pois o árbitro pode citar na Súmula (documento oficial do pós-jogo) a ocorrência de palavrões ditos à arbitragem e coisas do gênero (caso de as mesmas terem ocorrido).

Na minha modesta opinião, é melhor ter frieza (prima primeira da inteligência/sabedoria dos atletas) e construir as vitórias.

ARBITRAGEM. Para quem acaba querendo justificar a derrota bicolor na pessoa do árbitro Luís Flávio de Oliveira (Fifa - SP), é bom lembrar que o mesmo e seus irmãos têm uma escola profissional de arbitragem em São Paulo e que estão na condição de "tops" da arbitragem de futebol profissional: analistas (pessoas que estudam... não somente falam por aí) chegam a sugerir que esse caminho é o melhor para a Arbitragem de Futebol: a PROFISSIONALIZAÇÃO, pois os árbitros sempre atuaram sob o prisma do "bico" (ter suas ocupações para sobreviver e apitar por paixão e como complemento de renda).

Portanto, que tal jogar mais e com mais sabedoria. Um dos dois clubes terá de vencer, nem que seja nos Pênaltis do pós-jogo. E cabe aqui um outro apontamento: ser torcedor não exclui a possibilidade de ser analista, de investigar, comparar dados e construir uma análise.

#FicaestaDica

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P.S.: Senhor(a) leitor do Poemeiro do Miri, caso seu Comentário não seja publicado neste nosso Blog, informo que isso se deve a problemas de configurações do mesmo, ainda não superadas. Mas ressalto que leio seu post, o qual entra em meu e-mail (poemeiro@hotmail.com). Caso seja de sua vontade, pode mandar seu Comentário, contendo sugestões e/ou críticas às postagens, para esse e-mail ou para o bate-papo, via mensagem, no Facebook Israel Araújo Poemeiro do Miri; eu o lerei para possível publicação (só não seria publicado caso veiculasse ofensas pessoais, à honra, inf. de cunho racista etc., o que não é o seu caso). Agradeço a sua colaboração.

Israel Araújo
(Editor)

"PLIM, PLIM": COMO UM POEMA DE DESENCANTO

(A Rede Globo nos traiu?)



(Imagem da internet)


A Rede Globo nasceu exatamente um ano depois da instalação da Ditadura Militar em nosso país, uma em 1964 (com o Golpe), outra em 1965 (por desejos de sua família); a emissora dos Marinhos é criticada por ter tido um postura não combativa a essa flagelo que se abateu sobre nosso Brasil. Tem entre seu quadro jornalistas como Alexandre Garcia (espécie de "deus" nas bancadas de todos os horários), jornalista que trabalhou para presidente ditador.

Como tem combatido veementemente o PT (Partido dos Trabalhadores) e seus governos, a emissora vem recebendo forte oposição de segmentos dos movimentos sociais (como ilustrado na imagem acima). Seu alinhamento às candidaturas anti-PT tem se tornado um forte elemento a desgastar a sua imagem diante da sociedade brasileira: (i) a emissora defendeu Fernando Collor de Melo (1989), contra Luiz Inácio L. da Silva, chegando ao ponto de fraudar pastas e simular denúncias contra o candidato petista (inclusive manipulando esse Debate, às vésperas do segundo turno, fato recentemente reconhecido pelos chefes do jornalismo da emissora): depois disso, a mesma teve de se envergonhar diante do povo do país (sua primeira baixa), quando Collor foi destituído do cargo / época dos "Fora Collor"; (ii) em 2002, a TV Globo lutou para eleger o sucessor de FHC (José Serra - PSDB), mas foi derrotada por Lula (PT) e suas alianças; (iii) em 2006, novamente Lula (PT) derrota um tucano, Geraldo Alckmin; (iv) em 2010, novamente a emissora é derrotada pelo PT), desta vez com a ex-ministra de Lula, Dilma Rousseff e, o mais humilhante de tudo: (v) em 2014, com toda a estrutura possível, alianças com Marina Silva (estava no PSB), Cristóvam Buarque (PDT) e governos/partidos aliados, a emissora viu Aécio Neves (PSDB) ser derrotado por Dilma Rousseff (PT). Caso isso tudo fosse pouco, (vi) a emissora "olha pra 2018, e vê o Lula, ainda vivo e disputando a eleição".

Mas a situação decadente não para por aí: (vii) a mídia vem mostrando que a emissora dos Marinhos está tendo seguidas quedas em seus níveis de audiência (perdendo sobretudo para Rede Record, de seus inimigos da Igreja Universal, e do SBT (de Sílvio Santos, homem de muita grana, que já fez piada no ar ao dizer que pode comprar a Rede Globo, se esta viesse a ser vendida: não à vista, mas que daria conta em poucas parcelas), e (viii) enfrenta problemas com dívidas junto à Receita Federal do Brasil (http://economia.ig.com.br/empresas/2013-09-19/globo-perde-recurso-sobre-multa-milionaria-na-receita-federal.html); o problema com a Receita é apontado como um dos grandes casos de sonegação de impostos do país. Na Operação "Zelotes", da Polícia Federal e que investiga esquemas na Receita para ajudar empresas a terem seus débitos diminuídos, com a participação de servidores corruptos, uma afiliada da emissora está arrolada.

No seu aniversário de 50 anos, (ix) segmentos organizados do Brasil inteiro fizeram, sobretudo nas redes sociais, conclamação para "descomemoração" do aniversário (Fátima Bernardes fez apelo sentimental aos telespectadores, para que assistissem ao show do último sábado); muitos milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a postura parcial e baixa da emissora, que vem fazendo um jornalismo de vingança contra o PT e seus governos, em retaliação eleitoral... depois de 2014.

Pior que esse nível, só vendo mesmo a Globo News; (x) dá nojo, acreditem.

Diante disso tudo, (xi) até torcidas de clubes de futebol estão provocando a emissora, nas partidas do Campeonato Paulista 2015.

E o fim da "picada": (xii) seus times, Flamengo (RJ) e Corinthians (SP) estão de fora das Finais desses estaduais.

Querem mais sofrência? Só mesmo se abraçando ao funcionário Pablo do Arrocha.


segunda-feira, 27 de abril de 2015

IGARAPÉ-MIRI E AS ÁGUAS DE ABRIL (DEPOIS DAS ÁGUAS DE MARÇO)

Israel Araújo (Editor)


(Cidade às escuras, cheia de mato e alagada; imagem: Facebook Cristina Pantoja)


O Poemeiro do Miri recolheu algumas imagens que circulam na internet, postadas por pessoas preocupadas com a atual realidade de nossa cidade, e está replicando-as, afim de chamar atenção das autoridades. Sobretudo dos Vereadores/as de Igarapé-Miri, os quais (em grupo de dez) defenderam a gestão de 2013 até fins de 2014, com as passagens de vários chefes em uma mesmo Governo. Pela omissão dessas autoridades, muita coisa pode ter sido perdida e outras tantas não terem sido conquistas.

Isso porque, quando não há fiscalização, nem cobranças, nem abertura de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), nem processo de cassação de prefeito(a), um Parlamento se torna co-partícipe da falta de construção. Sem a efetiva intervenção de todos os Vereadores/as, a pergunta que fica é se as coisas vão melhorar, mesmo para o Povo?


(imagem: Facebook Cristina Pantoja)


Tentar afirmar que a cidade está no fundo e imersa em matagal por conta de um mandato de quase quatro meses é o cúmulo do absurdo, mas deixar de citar que o atual prefeito Toninho Quaresma (ver. PMDB) e a maioria de sua base aliada são os mesmos que atuam na Câmara desde 01/01/2013, também se configura em absurdo do mesmo tamanho.

Por que as ruas alagam? Será que é por falta de trabalhos preventivos de drenagem de águas pluviais? Esses trabalhos preventivos tinham de ser feitos em 2013, 2014 e seguir nos anos em que houver inverno em Igarapé-Miri...



(imagem: Facebook Cristina Pantoja


As imagens aqui postadas se referem aos 15 minutos e alguns segundos da chuva que caiu no Miri, na tarde de domingo, 26 de abril, pouco antes do Re-Pa. Mas podem ser usadas para quaisquer dias de chuva - desde que os mesmos veículos e as mesmas pessoas estejam na rua, no mesmo lugar.

E se esta Eleição não se desse em pleno Inverno?

E agora, vamos dizer o quê?

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P.S.: Senhor(a) leitor do Poemeiro do Miri, caso seu Comentário não seja publicado neste nosso Blog, informo que isso se deve a problemas de configurações do mesmo, ainda não superadas. Mas ressalto que leio seu post, o qual entra em meu e-mail (poemeiro@hotmail.com).
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Direito do Resposta(?): pessoas interessadas em apresentar contraponto ou pedir correção de infs. equivocadamente veiculadas, ou outras demandas, podem enviar arquivo Word para o e-mail informado aqui. O Poemeiro analisará e se manifestará publicamente; questões infundadas seriam, de plano, desconsideradas.

Israel Araújo
(Editor)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

"SUPLEMENTAR": DEBATE PODERÁ(PODERIA) ACONTECER NO DIA DA “LIBERTAÇÃO” DOS ESCRAVOS (13 DE MAIO)

(Matéria publica em abril passado)

Israel Fonseca Araújo


Já estão sendo feitos todos os preparativos para a realização de um Debate entre os candidatos a prefeito de Igarapé-Miri, que concorrem na Eleição Suplementar de 2015. A organização está a cargo da Paróquia de Sant’Ana e Polo Universitário de Igarapé-Miri, entidades que já se reuniram com representantes de três das quatro coligações em disputa, onde foram tomadas decisões importantes. Segundo a página do Facebook da coordenadora do Polo Universitário de Igarapé-Miri, professora Graciete Antunes, não houve representação da candidatura da senhora Darlene Pantoja (PSD), que tem como nome de chapa para vice a ver. Dalva Amorin (PTB).

As outras três que coligações estiveram presentes são: a) a que representa a candidatura de Joca Pantoja (PPS); que tem como nome de chapa para vice o sr. Antoniel Miranda (PDT), b) a que representa a candidatura do ex-prefeito Roberto Pina (PT); que tem como nome de chapa para vice a ver. Carmozinha (PV); c) e a candidatura do atual prefeito interino, Toninho Peso Pesado (PMDB; vice: Marcelo Corrêa (PR)).


terça-feira, 21 de abril de 2015

TÉCNICO "TITE": LIÇÃO PRÁTICA SOBRE O USO DE PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS

Israel Araújo (Editor)




Nos últimos dias, mais exatamente depois de domingo (19), o treinador do Sport Clube Corinthians Paulista, o gaúcho/"professor" Tite (foto abaixo), veio às telas das emissoras de TV para reclamar do Regulamento do Campeonato Paulista 2015. O time dele teve a melhor campanha e saiu do certame, eliminado na Semifinal, nos pênaltis pelo Palmeiras, em pleno Itaquerão (campo do "Timão"), sem ter perdido uma partida. Isso, isso.


(Tite, comandante do Corinthians/SP)

Como pode uma equipe ser eliminada de maneira invicta?, perguntaria o comandante corinthiano. Perdendo a disputa nos pênaltis ou se outro tivesse rendimento melhor; este não seria o caso do time dele, mas o primeiro exemplo serve bem. Poderia ser eliminado via sorteio, também.

Isso levanta a questão do uso de pimenta nos olhos dos outros, coisa que achamos gostosa demais, mas se a mesma for colocada em nossos olhos...

Em 2002, o São Paulo F. C. foi eliminado no mata-mata, pelo Santos (que seria campeão), mesmo o time do Morumbi tendo a melhor campanha. Depois disso, o Regulamento do Brasileirão foi mudado e os pontos corridos passaram a ser a regra. Os anos 2000 foram marcados por conquistas do próprio Tricolor, do Corinthians e do Santos. Anos seguintes registraram a força do Cruzeiro (MG), Fluminense (RJ), por exemplo. Ou seja, os fortes continuaram mandando ver.

O caso do Paulistão, Carioca e Parazão é emblemático: a disputa em turnos, com jogadas de idas e voltas (quando os times vão) e outras estratégias repetidas só faz aparecer surpresas as mais inesperadas possíveis - Ituano, Independente/Cametá/Ananindeua... Ora, mesmo sabendo que Tite pertence ao segundo clube mais ajudado pelas arbitragens do país, só perdendo para o Flamengo (RJ), é certo que os pontos corridos favorecem as melhores campanhas. Senão, vejamos:


(Fonte: http://pt.wikipedia.org/)


O que não significa que a "justiça" seria feita, mas já aponta uma possibilidade de melhorias. O caso é saber se as arbitragens continuam a apitar para amigos ou se essa "regra" está mudando também.

Em todo o caso, vai uma pimentinha aí, no seu olho?






segunda-feira, 20 de abril de 2015

POEMEIRO ANOTA: UM ADEUS À PROFESSORA QUARESMA

Professor Israel Araújo (Editor)


(Maria Quaresma Silva, a professora Quaresma; foto: Facebook Clerson Silva)


O dia do Índio de 2015, 19 de abril, será marcado na história educacional de Igarapé-Miri como o dia em que perdemos uma das educadoras mais respeitadas da cidade, a professora Quaresma (Maria Quaresma Silva), ex-diretora da Escola "Aristóteles Emiliano de Castro" (o Ginásio), por muitos anos, servidora aposentada da Seduc-PA e estável da Prefeitura de Igarapé-Miri, em cuja rede de ensino estava próxima da aposentadoria.

Professora Quaresma deixou bons exemplos de resistência no trabalho educacional (pois, possivelmente poderia migrar para outra área), enfrentando péssimas condições de trabalho e ausência de Valorização por parte do Governo do Pará. Eram tempos em que não se tinha um PARFOR para elevar a escolarização de Nível de Segundo Grau ao Superior; nem outros incentivos similares. Muito tempo depois é que os governos do Pará passaram a firmar convênios com Uepa/Ufpa/Unama para que docentes atingissem a formação inicial mínima; também somente nesse tempo, depois do ano 2000, vem experiências de Formação na área da Gestão Escolar.

Não conformada com isso, mesmo depois de aposentada na Seduc, a professora Quaresma fez curso superior, em Moju, e obteve incentivo a esse Formação, às véspera de se aposentar. Uma demonstração de uma "faca" de dois gumes: mesmo que os governos não incentivem muito a nossa formação (que traz resultados para suas ações políticas), nós não abrimos mão de continuar estudando e ajudando a Sociedade, mas indiretamente os próprios governos. Sua imagem de educadora aguerrida ficará em nossa memória, assim como a figura de uma mãe de família muito dedicada a cuidar, organizar, planejar, cobrar... e a fazer o máximo que uma boa mãe sempre faz.

Fique sua Alma com Deus, que é dono da mesma; nós ficamos com a sua boa imagem de mulher/professora/mãe/nossa amiga. 

Professora Quaresma foi sepultada na manhã de hoje, no Cemitério Bom Jesus, nesta cidade:


Em nome da Família Quaresma informo aos familiares, amigos, Professores e alunos que o sepultamento da Tia Quaresma ocorrerá amanhã (20/04/2015) às 10h. Agradecemos a todos pela força e pelas homenagens de carinho que temos recebido a toda hora. Deus tem nos sustentado com sua destra fiel para que possamos entender seus planos. (Anderson Quaresma, via Facebook)

VIOLÊNCIA & ORGANIZADAS DE FUTEBOL: O TRÁFICO DE DROGAS PODE ESTAR NAS ORIGENS

Israel Araújo (Editor)


A violência urbana a cada dia se torna mais assustadora, não apenas no que concerne à chacinas contra segmentos de periferia, "favelados", populações penitenciárias (Carandiru????), populações de rua e juvenis (Chacina de Icoaraci-PA???), entre outras. Atualmente, as chacinas cometidas por policiais militares em serviço ou ex-policiais e pistoleiros não se concentram exclusivamente nesses casos.
O futebol profissional entrou para essa cena pública de crescimento de chacinas, instituto que pode ter crescido graças à lentidão da justiça e do Ministério Público e às muitas relações nada legais polícias Brasil afora. O caso da chacina de oito membros da Organizada "Pavilhão Nove", do Corinthians, ocorrida há dois dias, reacende o debate sobre a relação entre o futebol ou as agremiações de futebol e as estruturas dos crimes organizados pelo país inteiro. O tráfico de drogas pode ser o carro-chefe dessa relação.
Veja-se a matéria do site G1 sobre essa chacina, que já assusta São Paulo, cidade na qual a cada tempo é noticiada mais uma delas:


Chacina deixa oito mortos em sede de torcida do Corinthians
Crime ocorreu na quadra da torcida Pavilhão Nove, na Zona Oeste de SP.
Polícia acredita que crime foi motivado por tráfico de drogas
(http://g1.globo.com/)




Oito pessoas morreram na noite deste sábado (18), depois de serem baleadas na sede do Pavilhão Nove, uma das torcidas organizadas do Corinthians. De acordo com a Polícia Militar, sete vítimas foram encontradas baleadas e mortas no local. Uma oitava também foi baleada, mas conseguiu fugir e foi levada ao Hospital das Clínicas pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso foi registrado no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Policiais que participaram do registro da ocorrência afirmaram ao G1 que a principal hipótese para o crime é uma briga envolvendo tráfico de drogas. Duas das vítimas tinham passagem por tráfico.

Os policiais descartam que a motivação do crime seria uma rixa entre torcidas, apesar do jogo entre Corinthians e Palmeiras marcado para a tarde deste domingo (19) na Arena Corinthians, em partida de semifinal do Campeonato Paulista. (grifo meu)

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Nota do Poemeiro: Segundo reportagem do "Fala Brasil", da TV record, as pessoas entraram na sede do Pavilhão, mandaram as pessoas se deitar e atiraram contra as mesmas. Isto é, o protótipo da execução. Também segundo a emissora, policiais encontraram cápsulas de pistolas nove milímetros, de uso da polícia.

domingo, 19 de abril de 2015

"TIPOS" DE ELEITOR E POSSÍVEIS RESULTADOS NA VIDA PRÁTICA (ISSO NÃO É SE DE HJ)

Israel Fonseca Araújo (Editor)
professor e igarapemiriense



(Poemeiro convida à reflexão...)

Advertência: com esta publicação, não queremos dizer são apenas esses os "tipos" de eleitores existentes em nossa Terra; também afirmamos que o sr./sra. pode se manifestar de maneira diferente (O sr./senhora  pode pensar de modo diferente, posicionar-se de maneira diferente...; está registrado ao final da postagem). Pode acontecer de um eleitor(a) morar distante, em outra cidade, por motivos seus, mas ter fortes vínculos com Igarapé-Miri (nesse caso, não deveríamos dizer que é um "turista", poderia ser um eleitor "PH Ganso", o qual analisa bem as coisas). Mas sabemos que essa postagem tem boa fundamentação / convenhamos.
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Em tempos de campanha eleitoral, é comum ficarmos medindo certas situações para tentar antever as possíveis consequências da mesma; mesmo que a campanha eleitoral tenha cara de campanha tapa na cara do Cidadão. Fique explicado: acontece que este pleito traduz-se em uma manifestação da Justiça Eleitoral de que quem não poderia ser candidato, torna-se candidato; mesmo não podendo ter as contas aprovadas, tem as contas aprovadas; mesmo não podendo receber o Diploma das “mãos” da Justiça Eleitoral, tem o Diploma expedido e, mesmo não podendo ser empossado pela Câmara Municipal, é empossado pela Câmara Municipal. E, depois de quase três anos, a mesma “justiça” determina que uma Eleição Suplementar seja realizada e os eleitores/as sejam obrigados a voltar a votar. O que isto lhes parece?

Assim sendo, elaboramos uma lista de categorias de eleitores(as), também chamadas grosso modo de “tipos” de eleitor(a)... Tal síntese foi feita com base na experiência de acompanhamento de campanhas eleitorais e administrações no município de Igarapé-Miri, o que fazemos desde 1992. Os processos estaduais e nacionais também ajudaram muito.

Seguem os principais tipos de votadores(as) encontrados:

I – Eleitor(a) Suicida: mesmo considerando que estamos distantes das ações do Estado Islâmico (ao menos em tese), pois Igarapé-Miri encontra-se bem afastado geograficamente, ainda assim se pode supor que esse perfil de eleitor seja bastante presente em nosso município; sua conduta é caracterizada, grosso modo, devido ao fato de votar em uma proposta de morte, seja nas filas de hospitais e outras casas de saúde, seja com outros modos de matança (se é que me fiz entender). O sintagma “nos matar” indica, claro, que a pessoa que apoia a “matança” também está arrolada entre aqueles(as) que poderão morrer depois das eleições. O exemplo que entrou para a história da política miriense é o da “Revolução dos 18 mil”, espécie de suicídio coletivo, que aconteceu aqui no ano de 2012.

II – Eleitor(a) “Aproveitador” (estereótipo do espertinho brasileiro): pegas as coisas e vota nos caras; a chamada “justiça eleitoral” é sua principal aliada, pois mostra a ele que o crime compensa; quanto mais crimes cometidos, mais a mesma decepciona o cidadão de bem. Esse votador acha que está sendo esperto, pois pega alguma coisa dos candidatos(as). Depois de eleito, o candidato mostra a esse eleitor quem é o verdadeiro esperto na causa. Corresponde à imensa maioria dos segmentos votantes do Brasil (quando falamos sobre isso, quase apanhamos em praça pública). Geralmente, as consequências desse tipo de atitude são sentidas a médio/longo prazo; às vezes as tragédias chegam em poucos meses. Seguem exs.:

·       destruição da Sesque;
·       perda da Orla da Frente da Cidade (substituída por urubus);
·       morte de dezenas de pessoas;
·       falta de médicos e de medicamentos nos hospitais;
·       pessoas que morrem devido a mal atendimento médico;
·       crianças passando fome nas escolas, e sem transporte escolar;
·       professores e professoras sendo chamados de “vagabundos”, tendo sua renda diminuía (por, supostamente, terem votado em outra pessoa), recebendo salários com muitos dias de atraso, além de contratação em massa de muitos servidores, contrariando a Constituição Federal, os quais podem ficar meses sem receber e até serem dispensados sem receber meses atrasados;
·       queda brusca na renda das famílias mirienses, principalmente no lucro líquido de empresários da cidade;
·       acúmulo de lixo nas ruas e na frente da cidade, entre outros.
III – Eleitor(a) “PH Ganso”: analisa bem os passos a dar (votar e pedir votos), pois sabe que um lance mal feito traz sérios prejuízos futuros. É uma raridade no cenário eleitoral, mas ainda há umas centenas deles por aqui: estamos fazendo campanhas via redes sociais para que mais eleitores desse grupo possam somar-se a nós. A sua maior dificuldade é fazer outrem acreditarem que um voto pode trazer graves consequências, seja por quatro anos, seja por oito, doze ou mais.

IV – Eleitor(a) “Messi”: transita por todos os espaços das campanhas. Vai às carreatas dos maiores adversários, sempre usando cores diferentes (e idênticas às da ação de momento), pois espera que uma dessas vença a eleição. Com isso, espera resultados pessoais em uma delas (se é que fui claro). Mas, ao contrário dos frutos colhidos pelo meia argentino, esse tipo de votador(a) leva muitos tapas na sua cara e costuma ficar chorando os leites derramados: seja por quatro, oito ou mais de 12 anos.

V – Eleitor(a) Turista: a cada quatro anos ou de dois em dois, visita a “sua” cidade, para votar em “A” ou “B”, a depender do que pode ter sido conversado em dias anteriores... Esse tipo de viajante não tem dificuldades em comprar e/ou encontrar passagens de ida e volta; sua maior característica é que não está nem aí para o sofrimento de quem mora naquela cidade, pois ele mora em outro lugar e só vem votar nos números acordados... (Deus nos livre desse tipo e do tipo I, sobretudo).

O sr./senhora  pode pensar de modo diferente, posicionar-se de maneira diferente (ex.: substituir PH Ganso por Zinedine Zidane), elaborar outra listagem, refazer ou completar esta etc., mas não se esqueça de verificar na nossa história política se estamos falando de algo que acontece ou se estamos inventando fatos.

A depender de sua decisão, eu também posso entrar em agonias juntamente com os demais munícipes; se não for eu, pode ser uma pessoa próxima...

O que digo agora?

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P.S.: Senhor(a) leitor do Poemeiro do Miri, caso seu Comentário não seja publicado neste nosso Blog, informo que isso se deve a problemas de configurações do mesmo, ainda não superadas. Mas ressalto que leio seu post, o qual entra em meu e-mail (poemeiro@hotmail.com). Caso seja de sua vontade, pode mandar seu Comentário, contendo sugestões e/ou críticas às postagens, para esse e-mail ou para o bate-papo, via mensagem, no Facebook Israel Araújo Poemeiro do Miri; eu o lerei para possível publicação (só não seria publicado caso veiculasse ofensas pessoais, à honra, inf. de cunho racista etc., o que não é o seu caso). Agradeço a sua colaboração.

Israel Araújo
(Editor)







quarta-feira, 15 de abril de 2015

COORDENADOR DO SINTEPP DISCUTE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL E IMPACTOS NA SOCIEDADE

 A matéria foi publicada originalmente no Blog Gazeta Miriense e está sendo replicada, aqui, em razão de sua indiscutível relevância para o Debate sobre mais este flagelo a ser redimensionado no Brasil: pessoas menores de 18 anos a encher o perverso Sistema Carcerário Brasileiro. Segue:
  
   
José Moraes Quaresma*

Um dos temas polêmicos atualmente no Brasil, trata-se da Redução da Maioridade Penal, PEC 171/93, de antemão, reitero minha opinião contrária a redução por medidas óbvias, como: i) O volume da massa carcerária brasileira; ii) A ausência de oportunidades; iii) A ausência de medidas socioeducativas; iii) A desigualdade social no Brasil, ausência de medidas.

No dia 10/01/14, O portal eletrônico congresso em foco, veicula uma matéria com a seguinte manchete POPULAÇÃO CARCERÁRIA CRESCE SEIS VEZES EM 22 ANOS, em números exatos, saímos de 90 mil em 1990 para 550 mil 2012, segundo o especialista, Eduardo Backer o país erra com a política de “superencarceramento”, ainda nesta mesma matéria, estabeleceu-se um comparativo, de que, enquanto neste período, o número de habitantes no país, cresceu 30%o número de presos cresceu 511%. Segundo o Ministério da Justiça, o déficit de vagas, corresponde a 240 mil vagas, ou seja, aproximadamente 44% do total.

Dados do IBGE, recolhidos no Censo de 2010, apontaram que a população brasileira é de 190.755.799, ou seja, a massa carcerária brasileira representa então, 0,003% da população, no entanto, ao reduzir a maioridade penal para 16 anos (embora existam defesas para 14, como é o caso de Índio da Costa – PSD, que já foi candidato a Vice-Presidente e pós graduou-se em Políticas Públicas pela UFRJ), ao reduzir para 16, 6.782.945, (Seis milhões, Setecentos e Oitenta e Dois Mil, Novecentos e Quarenta e Cinco), isto é, 3,5% da população passam a ser passíveis de prisão.

O Quadro Profissão Repórter, da Rede Globo, que foi ao ar no dia 14/04/15, entrevistou alguns deputados para saber se estes conheciam, o índice de crimes cometidos por jovens, as respostas variaram, incrivelmente, de 10 a 72%, sendo que nenhum deles, usava dados oficiais, pois os dados oficiais do Ministério da Justiça, apontam que os jovens são responsáveis ou estão envolvidos em apenas, 1%, e quando trata-se de tentativas de homicídios e homicídios, o percentual cai para 0,5%.
Já a Presidente da Fundação Casa Berenice Giannella, ao falar dos internos da mesma, afirma “A imensa maioria vem da classe pobre ou classe média bem baixa. A maioria deles vêm de famílias desestruturadas, não tem pai, não tem mãe ou não tem nenhum dos dois. A imensa maioria dos jovens que estão na Fundação Casa não praticaram crimes envolvendo morte. Os crimes hediondos, que são homicídio qualificado, latrocínio, estupro e extorsão mediante sequestro não somam 3% da população da Fundação. Talvez fosse mais eficiente se a gente pensasse numa proposta de aumentar a possibilidade de tempo de internação para esses casos específicos, sou totalmente contra a redução da maioridade penal. A maioria dos países punem jovens a partir de 18 anos, então o Brasil está junto da maioria dos países nesse sentido, e a gente precisa dizer também que o Brasil pune os adolescentes a partir dos 12 anos. O Brasil ainda nem conseguiu dar oportunidade aos jovens brasileiros, e antes de fazer isso, já queremos jogar eles na cadeia?”

Comungo da ideia de medidas diferentes, para crimes diferentes. É preciso, ao meu ver, fazer a seguinte reflexão, se hoje já temos déficit de 240 mil vagas, o que acontecerá quando adolescentes de 16 e 17, também puderem ser presos? Uma das medidas necessárias será a construção de mais presídios e penitenciárias, bem como um forte investimento em aparatos e pessoas, como agentes penitenciários, policiais, alimentação, viaturas, e por aí vai, então porque não utilizar este recurso para investimentos nas políticas públicas para esta faixa da sociedade?

Ressalto que não estou defendendo a impunidade, como mencionei anteriormente, os que cometerem os crimes devem ser punidos, mas não desta forma, porque o sistema carcerário, infelizmente, quase que em sua totalidade não recupera, mas ao contrário, oferece todos os elementos necessários para que aquela pessoa que passe por ali, continue em um ciclo.

Finalizo, com o pensamento de que cada cidadão deve refletir profundamente sobre o tema, pois depois de aprovado o projeto, fazer o quê? E se servir de um alerta, a bancada que defende com unhas e dentes a redução, é a chamada “Bancada da Bala”, será que é disso que precisam os nossos jovens? Será que no caso de aprovação da redução, o tratamento dispensado ao meu filho, será o mesmo dado ao filho do Deputado Federal e do Senador que aprovaram? 



*Licenciado pleno em Pedagogia, Professor da Rede Municipal de Ensino de Igarapé-Miri, e Especialista em Educação da SEDUC, atualmente é Coordenador Geral do SINTEPP Subsede de Igarapé-Miri, e cursa Bacharelado em Administração Pública pela UFPA.


"PESQUISAS" ELEITORAIS: SIMULAÇÃO DE DADOS OU FALSIFICAÇÃO DOS MESMOS DEVE SER QUESTIONADA NA JUSTIÇA

Israel Araújo
(Editor)


Em tempos de disputas eleitorais em qualquer cidade do Brasil é preciso que se tenha toda a sorte de cuidados. Cuidados dos mais redobrados devem ter aqueles/as que trabalham no campo da produção noticiosa, como os jornalistas profissionais e pessoas "comuns", que publicam nas redes sociais e blogs, por exemplo. Como o pleito é de todo submetido às restrições da Justiça Eleitoral e/ou Justiça Comum, é preciso observar que as produções podem vir a se objeto de contestações por parte de coligação e/ou partidos políticos.

Esta nossa posição externada se deve ao fato de que já estamos em pleno jogo de empurra-empurra e as estratégias usadas para a captação de votos nem sempre são as mais lisas ou respaldadas na éticas e na prática do respeito... inclusive respeito à legislação. É possível registrar, inclusive, que há muita possibilidade de as atitudes imorais serem tomadas exatamente em função de alguns tentarem levar vantagem sobre uma (acreditada por muitos...) ignorância (sig. desconhecimento) acerca da existência de leis e normas a cumprir (ex. Lei 9.504, de 30/09/1997).

A veiculação de pesquisas eleitorais ou a insinuação de que pesquisas "teriam sido" encomendadas, por exemplo, e que "A" ou "B" está na frente, lidera etc. não pode ser feita sem que a responsabilização de quem o afirma seja apurada pela Justiça Eleitoral. Dizer em uma chamada de chama de jornal/revista ou em uma manchete de Blog que "Fulano está na Frente" ou "Beltrano lidera pesquisa em...." não pode ser visto apenas como uma "besteira" que foi feita, sem intenção de atingir um ou outro, uma ou outra.

A eleição é uma das disputas que mais mexem com o íntimo das pessoas, seus projetos pessoais, coletivos, desejos de poder ou intenções de outras maneiras. Não há de se esperar que coligações por ventura prejudicadas fiquem caladas. O pleito suplementar de Igarapé-Miri, em 2015, começou a experimentar essas "jogadas de mestres", que só fazem diminuir (em lugar de  engrandecer) a nossa castigada vida pública miriense. Nos dias de ontem (14/4) e hoje, 15/04/2015, o Blog Folha de Igarapé-Miri, do historiador Glayson Castro, já registrava uma publicação que, possivelmente, levará coligações adversárias à de Toninho (PMDB) a procurar a reparação de danos via Justiça Eleitoral. Isto é, as campanhas de Darlene Pantoja (PSD), Joca Pantoja (PPS) e Roberto Pina (PT) já têm uma primeira munição para usar ou problema para com ele lidar.

Segue a postagem que fala em "pesquisas?" nesta Eleição Suplementar (o Poemeiro do Miri não identificou pesquisa registrada na Justiça, que pudessem respaldar uma publicação em seu Blog):






Dizem por aí que foi realizada uma nova pesquisa eleitoral sobre a eleição suplementar do dia 17 de maio que acontecerá em Igarapé-Miri, mas resultado é diferente do último levantamento realizado, a mais ou menos um mês atrás. Na pesquisa anterior Pina estava em primeiro lugar, com o empresário Joca em segundo, seguido pelo Prefeito interino Toninho e com Darlene Pantoja em último lugar.

(Roberto Pina - PT; reprodução do Blog Folha de Igarapé-Miri)


Quanto ao Poemeiro do Miri, estamos aguardando para ver se as demais Coligações irão se manifestar ou se, caso alguma busque a Justiça, o que esta decidirá.


Digo e digo mais ainda.





(Fonte: http://folhaigmiri.blogspot.com.br/; acesso em 15/04/14)





terça-feira, 14 de abril de 2015

"MERENDA" POLÍTICA: O ÓDIO NACIONAL AO PT E A CONJUNTURA POLÍTICA MIRIENSE

(Israel Fonseca Araújo*)


(Bandeira do Município de Igarapé-Miri)


Uma rápida espiadinha na conjuntura política e eleitoral do Brasil nos permite pensar com maior segurança, e fundamentação, a realidade instalada em Igarapé-Miri depois de 2009. Dessas constatações, é possível visualizar um, ao menos um, cenário para o Igarapé-Miri de 2015 e, pior que isso, para o Miri de 2016.

Em que medida uma postura nacional odienta dirigida ao Partido dos Trabalhadores, se comprovada, pode impactar a realidade de Igarapé-Miri? Em outras palavras, significa perguntar: a atual conjuntura de mobilizações contra o PT e o governo de Dilma Rousseff pode impactar o cenário miriense, em que medida? Considerando a entrada do trabalho noticioso das mídias nas casas brasileiras, quais as artimanhas mais comuns em uso por essa instituição quando se trata de atacar/defender grupos sociais/políticos: segmentos sociais, partidos, crenas, ocupações?


Mini Contextualização da problemática

Depois de vinte e um anos de Ditadura oficial no Brasil, eis que em 1985 essa realidade é significativamente alterada, o que leva o povo brasileiro, traído pelos congressistas que não aceitaram a instalação de eleições diretas no país, a se nutrir de maiores esperanças quanto a nosso futuro político[1]. Menos pior do que estava, o mineiro Tancredo Neves se torna presidente, (per)seguido pelo maranhense José Sarney na condição de vice-presidente do Brasil; para quem não o conheça, explica-se: Sarney-chefe é uma das figuras mais emblemáticas da dominação e do coronelismo eleitoral do país. O caso era tão pior, entre 1964 e 1985, que isso foi comemorado Brasil afora. Atente-se para isto: um maranhense chega a ser vice-presidente e depois se torna presidente, o que acontecerá em parte depois de 1995, quando o pernambucano Marco Maciel é eleito vice-presidente juntamente com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os quais governam até fins de 2002. Depois disso e antes disso, somente políticos do Centro-Sul exercem essas funções. Espécie de continuidade da política do “café com leite”[2], largamente praticada antes da Ditadura Militar,  demonstração de uma exclusão que é bem silenciada pela mídia nacional: políticos do Norte e do Nordeste são alijados da possibilidade de assumir essas duas funções.
Mas Tancredo Neves veio a óbito e Sarney fez o que sabemos; e sabemos o quanto esse mandato lhe dobrou os poderes na castigada, politicamente, Pátria brasileira. E mais sabemos que o caso se tornou ainda mais grave, em razão da força exercida pela mídia para que o petista Luiz Inácio Lula da Silva não derrotasse o seu candidato preferido (da mídia), Fernando Collor de Melo. A mídia, aliada a outras grandes corporações empresariais (tão grandes ou até maior do que os conglomerados midiáticos), e aliada de Collor, venceu e deu na desgraça que deu. O país viveu escândalos a fio durante a gestão de Collor, mas o objetivo foi alcançado por essas instâncias de poder: que era não permitir que o PT ocupasse a presidência da República. Depois das peripécias de Collor, outro mineiro, o Itamar Franco (vice-presidente da chapa com o alagoano) ficou no restante do mandato: o impeachment do presidente de Alagoas, atual maior sonho dessa mesma mídia aliada de Collor-1989 para alcançar uma saída do PT do governo federal, foi uma boa tangente usada pelos donos das empresas midiáticas para que suas emissoras de TV, revistas e jornais parecem “defensores” da Demoncracia.
As idas e vindas da política brasileira permitiram com que o pernambucano não mais identificado como tal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se tornasse presidente do Brasil, como decorrência da aliança feita com um dos partidos mais fortes da direita nacional (o antigo PL, atual PR) e com um poderoso empresário de Minas Gerais: José Alencar. A mesma Minas de Tancredo e Itamar... Lula, em 2003, há muito já era um paulista ex-pernambucano. Se fosse nordestino e fosse a sampa para concorrer ao Planalto, certamente seria derrotado pelo paulista José Serra (PSDB).
Esses mínimos indicativos factuais já assinalam que há um trabalho anti-PT liderado pela grande mídia brasileira, esforço que não era de todo odiento até fins de 2002. Mas o será após a chegada de Lula à presidência, momento em que os mi(bi)lhões anuais gastos com propaganda e outras formas de comunicação passam a ser melhor distribuídos entre empresas de comunicação e não ficam mais excessivamente concentrados nas mãos da família Marinho, dona das Organizações Globo, e em poucos outros conglomerados empresariais da área da comunicação. Isso despertará um ódio ao Partido dos Trabalhadores que, possivelmente, nunca foi imaginado pelo “cidadão comum”, que está distante dos estudos científicos sobre mídia nos idos de 1970, 1980, 1990 e até 2000. E que, por isso, não estava muito municiado de informações sobre as (diversificadas) relações da mesma com partidos políticos, governos, empresas diversas, por exemplo.
Miguel (2002) trata dessa realidade:

Na primeira eleição direta para a Presidência do Brasil após o final da ditadura, a Rede Globo alinhou-se de forma clara com os adversários de Lula e, com o material apresentado em telejornais e mesmo novelas, contribuiu para sua derrota (Luís Felipe Miguel, A Eleição Visível: A Rede Globo Descobre a Política em 2002)[3].

Pior que isso:

Graças a uma bem-sucedida ofensiva de mídia, incluindo capas de revistas de circulação nacional, programas de televisão e o uso de horários partidários gratuitos, o governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, viabilizou-se como a opção das elites para impedir a vitória de um dos candidatos da esquerda (Brizola e Lula) na disputa pela Presidência. O apoio da Globo à sua candidatura ficou evidenciado desde o início, mas manifestou-se com clareza ímpar na famosa edição do último debate do segundo turno, na véspera da eleição, levada ao ar no Jornal Nacional. Os melhores momentos de Collor foram unidos aos piores de Lula, em uma manipulação grosseira, cuja lembrança volta a cada eleição como um fantasma a assombrar os jornalistas da emissora (Luís Felipe Miguel, A Eleição Visível: A Rede Globo Descobre a Política em 2002)

Eis aí excertos de uma realidade que milhares ou muitos milhões de jovens do Brasil não viveram e, quem sabe por isso, têm dificuldades em crer no trabalho eleitoral que a TV Globo, a Revista VEJA e outros parceiros fazem para destruir o PT e Lula.
O governo petista de 2003 até os dias atuais e, possivelmente, até fins de 2018, teve(terá) de enfrentar, sobretudo depois de outubro de 2014[4], a fúria da mídia dominante (Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Revista Veja). Isso se deve, centralmente, devido a sua forma de concentrar maiores esforços em políticas sociais (saúde, educação, moradia...) e distribuir renda a camadas mais carentes da sociedade. Além disso, o governo petista vem acenando, muito timidamente, para uma regulamentação da mídia, o que poderia interferir na atual conjuntura de concentração e de proliferação de grandes conglomerados midiáticos no Brasil (gigantescas estruturas empresarias/privadas de mídias mantidas nas mãos de um grupo)[5].
A título de exemplo desse poderio empresarial na área da comunicação e do quanto a concentração de empresas pode estar nas mãos de uma só empresa/família, cite-se que as Organizações Globo são “formadas pelas seguintes empresas”: Rede Globo de Televisão (a “maior rede de TV do país e líder absoluta de audiência. Tem 5 emissoras próprias e 116 afiliadas”); Globosat (programadora de canais por assinatura, com 18 canais); Infoglobo (empresa jornalística “que edita os jornais O Globo, Extra e Expresso. Possui participação no Valor Econômico e Planeta Móvel”); Sistema Globo de Rádio (rede com 12 emissoras próprias e 116 afiliadas); Fundação Roberto Marinho (sociedade civil sem fins lucrativos. Dedica-se “ao resgate do patrimônio histórico e cultural do Brasil e a vários projetos educativos e voltados para a preservação do meio ambiente.”). “Também fazem parte do grupo as empresas Som Livre e Globo.com[6]. Isso, claro, dito pela própria empresa.
Uma gestão menos amiga dessa concentração e mais combativa da corrupção só poderia ser atacada implacavelmente por alguns dos mais poderosos veículos de comunicação do país. Isso porque as estruturas de corrupção sempre têm ramificações que causam impactos na vida mais íntima de empresas privadas, o que não necessariamente exclui a vida das empresas de comunicação. No mínimo, porque tais empresas mantém necessárias e fortes relações comerciais com diversas empresas privadas de um país. E pode ser que parceiras de parceiras estejam envolvidas em escândalos de corrupção. A Operação “Zelotes” da Polícia Federal, a mais abafada de todas as operações já deflagradas no Brasil, desde 2005[7], é uma demonstração desse caso.
Estima-se que a corrupção dentro da Receita Federal (para que sejam diminuídos os valores devidos ao país), envolvendo montadoras de carros, o grupo RBS (uma empresa de comunicação afiliada da TV Globo), bancos e outras empresas, seja muito, mas muito maior do que os da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.
Já que a Lava Jato leva agentes de governo ao conhecimento público, as empresas de comunicação desses grupos acima citados dão toda a ênfase possível em seus espaços de notícias. O mesmo não se dá com a Zelotes; e isso é fácil de explicar:

1 – Há total interesse por parte da Rede Globo e demais veículos, e deve haver interesse parecido dentro da sociedade brasileira, em que isso seja divulgado. Para a imprensa que foca seu trabalho no ataque aos feitos e à figura institucional do governo federal, é preciso que haja muito espaço de divulgação para a Lava Jato, pois assim o povo é convidado a odiar o governo petista de Dilma Rousseff, por alguns motivos: (i) em primeiro lugar, porque a empresa Globo, e muitas empresas de comunicação aliadas (Veja, Folha de São Paulo...), perderam a disputa eleitoral, pois o seu candidato (Aécio Neves/PSDB) perdeu a disputa para a petista Dilma, com total apoio de Lula da Silva; (ii) em decorrência disso, um trabalho focado em destruir Dilma/Lula/PT é empreendido, sem hora para acabar e com o maior espaço possível em todos os espaços possíveis[8].

2 – Dar visibilidade à operação Zelotes significaria mostrar ao país os bancos, as montadoras de carro e empresas de comunicação afiliadas de TV em situação de desgaste nacional. Essas empresas seriam conhecidas da população, que passaria a perceber que empresas que patrocinam a TV Globo e a Revista Veja, por exemplo, são ou podem vir a ser declaradas corruptas ou, ao menos, se começaria a estranhar certas posturas das empresas de mídia, já que o cidadão vê no dia-a-dia quais empresas patrocinam as novelas das 21h, o Fantástico ou o Jornal Nacional; e a população seria levada a pensar que a corrupção não se dá somente em espaços de governos. Como noticiar que o banco Santander é o campeão nesse caso de corrupção, se esse banco é um dos patrocinadores mais fortes da emissora? Se o objetivo maior, na mediação de certas discussões, é incentivar incendiar a população a combater Lula e Dilma, como dividir o tempo de noticiário entre escândalo na Petrobras e escândalo na Receita Federal, se no segundo caso o problema envolve muitos de seus aliados?

A mesma imprensa que trabalha para gerar e alimentar cada vez mais ódios ao PT, Lula e Dilma é a parceira de estruturas super milionárias, como os governos do Pará e de São Paulo (pois são comandados pelo PSDB, o mesmo espaço de poder de Aécio Neves, FHC...). Em mais de vinte anos de governo “tucano” em São Paulo, estado de maior quantitativo eleitoral do país e dono de uma riqueza significativa, a Folha de S. Paulo, Revista Veja e Rede Globo se mantém aliadas inseparáveis de uma estrutura de governo que injeta, nessas empresas, muitos milhões ou até bilhões de reais por ano; isso levaria qualquer cidadão leigo no assunto (como é o meu caso) a entender que se uma megaestrutura é favorável, financeiramente, a uma grande empresa de comunicação e se há mais relações políticas entre essas empresas e estruturas de governo é possível que as emissoras e demais veículos trabalhem para fortalecer tais governos e seus partidos. Se se considerar que o PSDB esteve governando São Paulo, Minas e outros estados ao mesmo tempo em que esteve governando o Brasil (com FHC, de 1995 até 2002), fica mais fácil entender que a entrada do PT para governar o país levaria, naturalmente, a uma postura parecida com essa que as estruturas de mídia realizam quando se trata de mostrar o governo petista para o Brasil inteiro e/ou para o exterior.

O caso do Pará é idêntico, na medida em que o trabalho que a Globo faz em sampa é realizado pelas Organizações Rômulo Maiorana (ORM), no Pará, com investimentos em “informação” 101% favoráveis ao PSDB; isto é, a Simão Jatene. Se o Pará é menos coberto por Folha de S. Paulo e Veja, as ORM têm O Liberal e Amazônia Jornal, além do portal ORM News, emissoras de rádio ou, se precisar, panfletos não assinados, jogados nas ruas... Por fim, se for para defender seu partido e seu governo, se for para atacar quem aborrece seus interesses, as ORM não hesitam em chamar professores de “mafiosos” e “trapaceiros” e insinuar que professores recebem “horas extras” no Pará, coisa que simplesmente não existe na governança do Pará (horas-extras são pagas a vigias...).
É essa conjuntura estadual e nacional o que mais decisivamente pode impactar a castigada realidade miriense, em 2015, momento em que o povo de Igarapé-Miri é obrigado a votar mais uma vez para completar a eleição de 2012 para a prefeitura municipal. Em que medida esse ódio ao Partido dos Trabalhadores/Lula/Dilma interfere nesta realidade municipal?; em que medida a força do PSDB paraense, há quase vinte anos dominando a política do Pará, interfere nesse cenário? Resta claro que as mobilizações brasileiras de rua e no Congresso Nacional, todas no sentido de impactar negativamente o governo petista, certamente que têm impacto no cenário político de Igarapé-Miri. É o que se tenta discutir a seguir.


Uma olhadinha para Igarapé-Miri e sua Eleição 2015


(Palacete "Senador Garcia", 1902, sede do Poder Executivo em Ig.-Miri)

A Eleição Suplementar que será ou está sendo realizada em Igarapé-Miri, em 2015, tem tudo para sofrer diferentes interferências dos cenários acima apontados, pois o plano municipal está constituído por uma polarização nuclear, embora dividida em quatro partes. Isso pode? Claro que, no jogo eleitoral, sim. Explica-se.
Um lado desses polos é ocupado pela candidatura do petista e ex-prefeito de Igarapé-Miri, Roberto Pina Oliveira (Carmozinha – PV/Vice), gestor que governou de 2009 até 2012, e o segundo polo se subdivide em três candidaturas. Ressalte-se que são dois polos porque um polo representa a feição administrativa do PT, que governa o país há doze anos, e o outro recebe as diversas forças políticas que se opõem ao PT, entre as quais: PSDB, DEM, PPS, PSC, PMDB[9], PMN, PDT, PTB, PR, entre outras.
Os três polos restantes são representados pelas candidaturas do Ver. Toninho (PMDB), atual presidente da Câmara e prefeito interino até a definição de outro titular (juntamente com o ex-contador de Pé de Boto, Marcelo Corrêa/PR); da senhora Darlene Pantoja (PSD), irmã e indicação da ex-prefeita Dilza Pantoja, juntamente com a Ver. Dalva Amorim (PTB), na condição de candidata a vice-prefeita; e do ex-vice-Prefeito Joca Pantoja (PPS), de 2001 a 2004, com o sr. Antoniel Miranda (PDT), na condição de candidato a vice-prefeito (indicado pelo pastor da Assembleia de Deus, Adoniel Sozinho).
O ódio ao PT e, logo a Lula/Dilma, pode ser um dos principais elementos a interferir nesta conjuntura política municipal, uma vez que a força do PSDB paraense, sob a mão do governador Simão Jatene (maior apoiador da campanha de Darlene), só faz reforçar esse sentimento de que o PT seria o mal do país, o elemento a ser banido da vida democrática nacional. Banir o PT dos espaços de governo, sonho da mídia e de muitas estruturas partidárias existentes no país, significaria reunir os três esforços ou polos citados para combater a candidatura de Roberto Pina, pois uma possível (re)eleição sua significaria manter, ou trazer de volta, o PT no comando político. Nesse caso, os maiores esforços viriam da campanha de Darlene Pantoja, pois é a que mais deve receber apoio da aliança paraense PSDB/PSD/DEM; é amplamente conhecido na cidade que Darlene tem apoio do renomado advogado tributarista Helenilson Pontes, ex-vice-governador do Pará e atual titular da pasta da Educação, e de deputados, ex-deputados, um senador e outros fortíssimos aliados.
Porém, a candidata não tem estrada e precisa das mãos de Dilza Pantoja para chegar a uma possível eleição. Dilza já apresentou aos eleitores, assim que ela mesma foi impedida de concorrer (depois de 2012), a filha Nayara Pantoja, eleita vereadora e cassada um ano depois, e o sr. Edir Corrêa, eleito vice-prefeito junto com Pé de Boto (DEM) e cassado juntamente com ele, no final de 2014. Ambos foram eleitos pelo partido liderado pela ex-prefeita, o PSD. Assim como Dilza atuou decisivamente na eleição de Pé de Botou, decidiu os votos de Nayara e levou Edir à condição de vice-prefeito, tudo isso em 2012, assim também poderia ser a grande responsável por uma chegada de sua irmã ao Palacete Senador Garcia.
Mas a campanha de Darlene divide a estrutura eleitoral de Pé de Boto, já que o chamado “grupo da Dilza” foi o principal aliado e ajudante de Boto na eleição de 2012; pessoas experientes em contas eleitorais sabem que, sem a ajuda da estrutura e da força eleitoral dilziana, o “homem do posto” jamais ganharia em 2012. Neste pleito de 2015, que é o mesmo de 2012 em certo sentido, uma parte dos votos que Boto tem serão remanejados para Darlene, o que deve redimensionar a conta eleitoral do principal candidato de Pé de Boto, que o Toninho “Peso Pesado” (PMDB)[10].
Menos impactada por um ódio explícito ao PT nacional, mas também em nada aliado a seus projetos, está a candidatura do PPS, capitaneada pelo empresário Joca Pantoja; o partido é liderado por Arnaldo Jordy, um dos políticos mais próximos de Jatene no Pará e deputado federal muito combativo ao PT no Pará. Ex-vice-prefeito na segunda gestão de Mário Leão, Joca Pantoja é homem de grande carisma popular e conta com muitos apoios de seus pares: uma parte dos empresários mirienses (que ajudaram a derrotar Pina, em 2012, e farão esforços para tentar derrotá-lo mais uma vez), além de servidores públicos e da liderança da Assembleia de Deus (AD), pr. Adoniel Sozinho.
Esse dado é um dos maiores agravantes da atual conjuntura, por vários motivos. (i) De um lado, a entrada da AD na disputa eleitoral, o que vem causar alguns desgastes dentro da maior igreja evangélica miriense – o que já se fez acontecer com a liderança de Renildo Farias, homem de forte aliança com a então prefeita Dilza Pantoja, o que fez a igreja rachar e um grupo de religiosos se separar da mesma: tais lideranças voltaram à igreja-mãe assim que o pr. Sozinho se instalou em Igarapé-Miri. Analistas não têm dúvidas quanto ao desgaste que essa entrada de Sozinho na disputa profana, não raro identificada com os jogos de corrupção e desvios de recursos (a eleição), pode representar para essa igreja; mas esse dado está dado. (ii) Depois, porque há informações que circulam no meio político que dão conta de que o nome de Sozinho na disputa (o sr. Antoniel Miranda dos Santos) não teria filiação ao PDT, nem a outro partido, e não poderia ser candidato, pois a legislação eleitoral exige: filiação partidária, filiação a pelo menos um ano até a data da eleição entre outras condições. Se isso vier a inviabilizar a empreitada da coligação, a mesma deverá indicar outro nome: e a carta na manga deverá seria o sr. Valdir Araújo Júnior, do PT do B, mas isso levanta umas perguntas:

a) Valdir está licenciado de cargos públicos para poder concorrer na eleição suplementar de 2015? (Se não estiver, deletar as demais perguntas)

b) O pr. Adoniel Sozinho abriria mão dessa vaga de vice, que é sua, dada a força populacional que a AD tem em Igarapé-Miri, e deixaria que uma pessoa ligada a outro grupo político viesse a assumir a condição de candidato, em lugar de Miranda?

c) Considerando que Sozinho indicou o nome do PDT, dirigido por outra pessoa (Dinho Aguiar), isto é, mandando em outra “casa”, sendo que o pastor da AD seria o nome do PMN, de Raimundo Santos, ou do PSC, de Zequinha Marinho, é possível acreditar que toda a sua força política seria descartada em uma re-arrumação da campanha de Joca?

d) O PT do B ficaria, em um caso ou em outro, somente esperando e torcendo por uma vitória, para depois discutir o possível governo?

e) Se o PT do B resolver bater na mesa, o que farão o PSC (do vice-governador Zequinha Marinho) e o PMN, liderado pelo candidato de Sozinho, o sr. Raimundo Santos?

São muitas as indagações e uma coisa restou certa: esse polo está na oposição ao PT em Igarapé-Miri, pois o vice de Jatene não tem muitos interesses em uma possível vitória de Pina, se é que me fiz entender. A candidatura de Joca representa, grosso modo, uma posição política que faz força contra o ex-prefeito petista e, ao mesmo tempo, divide uma vez mais a estrutura eleitoral de Pé de Boto, pois Antoniel Miranda é fiel aliado de Pé de Boto, ajudou o “homem do posto” a ganhar em 2012 e terá apoio do mesmo, agora, para que Pina não possa (ou não pudesse) conseguir a eleição. Seja Miranda nome da chapa ou ajudante de bastidores, Amaral não deixará de interferir nesse processo.
O caso de Toninho Quaresma (chamado desde 2012 de “Peso Pesado”/PMDB) não é menos complexo do que os dois acima indicados. “Pesado” fechou aliança, na reta final do prazo permitido, com o PR, que é liderado no Miri pelo ex-contador de Pé de Boto, Marcelo Corrêa, pessoa bastante desconhecida dos eleitores de Igarapé-Miri, coisa muito diferente da própria figura política de “Pesado”, que tem fortes influências na área de Vila Maiauatá e adjacências, além de aliados de peso na cidade miriense. O atual prefeito interino tem a visibilidade (e os desgastes, se houver) do prefeito de Igarapé-Miri e vem fazendo um forte trabalho de mídia (jornais impressos e internet, sobretudo) desde que assumiu, dia primeiro de janeiro de 2015. Ele tem a força de quase todos os vereadores/as instalados, quase sempre, às quartas na Câmara de Igarapé-Miri[11].
O principal aliado de “Pesado” é seu maior adversário nesta campanha: Pé de Boto (Ailson Santa Maria do Amaral). O homem mais poderoso de Igarapé-Miri e o mais temido de todos já deu sinais de como pretende eleger Toninho (PMDB) prefeito: no último dia 12/04/15 saíram informações de agressões de que Amaral teria cometido agressões contra o candidato Roberto Pina e seus aliados, quando estes tentavam andar pelas ruas de Vila Maiauatá para realizar compromissos de campanha. Sobre isso, a campanha de Pina informou:

A coligação Igarapé-Miri no rumo certo, que tem como candidato a Prefeito Pina 13 e Carmozinha Vice, informa a todos os seus eleitores e a sociedade de modo geral que neste domingo dia 12/04/2015 o nosso candidato Pina13 ao cumprir juntamente com sua equipe compromisso de campanha no distrito de Vila Maiauatá, por volta das 9:30h, na Rua Gil Braz, foi abordado pelo ex-prefeito ‪#‎PÉDEBOTO acompanhado do seu ex-secretário ‪#‎RUZO, que fizeram diversas ameaças: “ Pina tu já apanhou uma vez de mim e agora vai apanhar do meu candidato TONINHO PESO PESADO”. E ainda mesmo com várias pessoas ali presentes, ‪#‎PEDEBOTO tentou intimidar e impedir a nossa entrada na Vila de Maiauatá como se fossem os proprietários do local, ocasião em que o Sr. Álvaro Amaral, conhecido por Videla, juntamente com outros populares, interferiu e conteve a fúria do mesmo.
A coligação através de seus advogados já está tomando as devidas providências para que se garanta a integridade de nossa equipe e assegure a lisura do processo democrático.” (Fonte: Facebook “Pina Prefeito 13”)

E o Gazeta Miriense noticiou, mais tarde:

O GM noticiou o que já circulava desde ontem nas redes sociais de Mirienses sobre uma suposta agressão sofrida por Pina e sua equipe de campanha por parte do ex-prefeito Pé de Boto. E pelo jeito a coisa vai mais adiante! Foi protocolado hoje uma denúncia do candidato Roberto Pina (PT) ao Superintendente da Polícia Federal contra Pé de Boto (sem partido, já que se anunciou que teria sido expulso do DEM).
(...)[12]


Ou seja, há muita força eleitoral em benefício de “Pesado”, mas a aliança do o ex-contador (Corrêa) e com o prefeito-casso (Amaral) podem pesar contra o atual prefeito interino. O fato de a maioria da Câmara estar apoiando o atual gestor também o ajuda e o prejudica: primeiro, porque haveria muitos braços para ajudá-lo a capturar votos, e é sabido que vereadores/as sempre têm umas dezenas de votos; segundo, porque a atual composição de “nosso” legislativo é a mais desacreditada da história de Igarapé-Miri: durante toda a destruição feita em Igarapé-Miri pelo “governo???” de Amaral não se ouviu um “ai” que seja do Parlamento, exceção com os nomes de Melry/PT, Carmozinha/PV e Josias Belo/PSC. Nesse caso, e com a circulação de informações nas redes sociais, em alguns blogs (Folha de Igarapé-Miri, Gazeta Miriense e Poemeiro do Miri) e do jornal Tribuna Popular, em 2013 e 2014, grande parte do povo miriense passou a dar mais atenção para a inoperância do Parlamento Miriense. Enquanto as muitas violações de direitos humanos seguiam em Igarapé-Miri, as pessoas que assistiam às Sessões da Câmara Municipal percebiam um comodismo incompreensível na conduta de quase todos/as. Nesse sentido, ter apoio da maioria dos vereadores pode ser um tiro no pé.

Já o caso de Roberto Pina parece ser tão complexo quanto o de Pesado. Pina seria o “inimigo” (entenda-se adversário) comum a ser batido; por tudo o que se falou acima acerca do anti-petismo, pelos desgastes sofridos pela governante do Brasil (Dilma), em razão da grande impopularidade que ele mesmo carrega, poios fez uma gestão muito técnica e focada em resultados, pela pequena aceitação popular do nome de Vice na chapa (Carmozinha), pelas entradas na campanha de Francisco Pantoja e do ex-vereador Fuxico (Vladmir Afonso-DEM). Se Fuxico traz significativa força eleitoral (entenda-se que o ex-vice-prefeito também traz os ex-vereadores Jhay (PSDB, depois PT) e Elivelto (PT), que estavam a muitos quilômetros de distância da atual campanha petista!) e ajuda a diminuir a rejeição aos nomes de Pina e Carmozinha (cada um a seu modo), é certo que causa maior desgaste dentro do próprio PT, em razão do modo como conduziu a Câmara Municipal (2013-14) e da relação com Pé de Boto, outra vez agente político a impactar negativamente uma candidatura em 2015: desta vez, a de Roberto Pina. Fuxico chega com a garra de um forte “caboco” maiauataense, mas tem desgastes em virtude, acima de tudo, de sua forte aliança com Boto (2012, 2013, 2014), haja vista que foi um dos principais ajudantes na eleição do ex-prefeito, fato que deu origem a esta Eleição de 2015: claro, Vladmir foi coadjuvante de Mário Leão, Dilza Pantoja, Ítalo Mácola, entre outras grandes forças da política eleitoral miriense. Se toda essa rede anti-Pina, jamais o “homem do posto” teria chagado às peripécias às quais chegou.

Pina é o candidato de maior força no cenário de Brasília, pois tem trânsito muito forte na Eletronorte e em muitos ministérios; por exemplo, Ministério das Cidades, MEC, Ministério da Cultura e Ministério da Saúde; e em todos os demais nos quais o Senador petista Paulo Rocha tenha boas entradas. E foi Roberto Pina o gestor que revolucionou para melhor a gestão em Igarapé-Miri: suas obras muitas físicas levaram seus opositores, a partir de 2013, a dizerem ao povo miriense que “a grande obra é cuidar do Povo”[13]; sua rapidez técnica deixou legados que até muito depois de 2012 serão lembrados: prédios de secretarias municipais, orla da Marambaia, duas Creches do governo federal, quadra poliesportiva em escolas, melhoras na remuneração de Profissionais do Magistério, retirada de Igarapé-Miri do cadastro negativo do governo federal (CAUC), para citar alguns.

Mas, contra Pina, acima de tudo pesa uma coisa: o povo brasileiro não apoia a reeleição, salvo em raras exceções; isso, em parte, levou o povo miriense a rejeitar Pina em benefício (sentido literal) de Pé de Boto, em 2012; isso pode ser seu maior empecilho agora em 2015. O povo miriense, cujas provas são empiricamente colhidas nas beiras das ruas e das casas, em sua grande maioria costuma se posicionar mais ou menos assim:

Já demos uma chance pra Fulano, agora, vamos apoiar a Fulana ou o Fulano


Ainda bem que temos sua excelência, Teodoro: “Curuuuuuzeeesssss”.

Decididamente, deveríamos analisar as condições de cada um(a), caso eleito(a) fosse, para governar Igarapé-Miri: as suas condições técnicas, equipes que poderiam montar, com quais pessoas influentes estão  na campanha, seus partidos políticos, (talvez até) o que já fizeram pelo município, entre outros modos de se chegar a uma decisão.

Porque dessa decisão dependem nossas vidas ou as nossas mortes, nos meses seguintes. É sabido que o “Maguila”, o “Prati”, o “Ventinho”, o Jefferson, o “Maluco da Calça”, o Rodolfo, o “Dimarães” e tantos outros não votarão em 2015; mesmo que tivessem mais de 14 anos.

O que queremos pra nós, depois do dia 17 de maio de 2015? Isso é que é mais importante. Queremos escolas, creches, salários mais ou menos pagos em dia, praças, sistemas de água, coleta de lixo, atendimentos nas Casas de Saúde?

Queremos a Sesque recuperada ou destruída?
O que nós move?


E agora, o que direi mais?






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* Este texto não é um artigo acadêmico, embora possa se parecer de alguma maneira, principalmente pela forma de introduzir a questão, levantando-se indagações que pode(riam) vir a ser respondidas. Trata-se, grosso modo, de uma forma particular de entender essa questão, que perpassa pela maneira majoritariamente parcial adotada pela grande mídia para se dirigir ao governo federal e ao PT e reflete uma maneira de entender nossa conjuntura miriense, depois de 1992, sobretudo o que implica em pensar nos modos de governar instalados em Igarapé-Miri nesses mais de vinte anos. Israel Fonseca Araújo é professor, Licenciado Pleno em Letras (UFPA) e Especialista na mesma área (UEPA); está na conclusão do curso de Mestrado Acadêmico em Letras (PPGL/UFPA), no qual investiga o funcionamento de uma prática discursiva midiática que tematiza a ação política feminina em Igarapé-Miri (2004-2008), com apoio teórico na análise do discurso de linha francesa. E-mail: poemeiro@hotmail.com




[1] Aceita-se, aqui, a condição de político para se referir a pessoas que concorrem a cargos públicos, como de presidente da República, Senador e outros. Nesse sentido, é mais sobre a perspectiva das disputas eleitorais que se fala do que acerca de atuações que ultrapassem essa categoria.
[2] Antes da Ditadura Militar, os governantes do Brasil eram selecionados dentre lideranças do eixo São Paulo (forte produtor de café) e Minas Gerais (experiente na produção de leite e derivados). Essa prática perversa ficou registrada como política do café com leite.
[3] Para não “cansar” muito os leitores do mundo rápido-virtual, cito somente autor/obra; os trabalhos podem ser baixados na internet, em sites respeitados do ponto de vista acadêmico/científico.
[4] No final de outubro de 2014 o candidato da emissora e de seus parceiros eleitorais, o senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), foi derrotado pela petista e indicada de Lula, Dilma Rousseff, reeleita de pois d éter vencido José Serra, em 2010. Lula da Silva já havia derrotado o mesmo Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006); vendo que o PT poderia chegar a 16 anos de gestão contra apenas 8 de seus preferidos...
[5] Uma possível regulamentação desse setor, tradicionalmente dominado por algumas empresas, é recorrentemente traduzido pela imprensa anti-PT como “censura” aos meios de comunicação. E é exatamente essa estrutura midiática que poderia ser, esmagadoramente, impactada por uma possível reformulação da legislação aplicada a esse setor de serviços. Isso explica o fato de, tão logo Lula da Silva se torna presidente, as produções da TV Globo fazerem insinuações (in)diretas acerca do “medo” desse setor de que o governo petista viesse a “censurar” o trabalho da imprensa: é a estratégia de jogar o povo contra o governante e, por tabela, contra o PT. Tudo isso com a falácia de que a emissora preza pela realização de um trabalho “imparcial”...
[6] Disponível em http://editoraglobo.globo.com/empresas_grupo.htm (acesso em 10 de nov 2014).
[7]O escândalo do mensalão foi a crise de maior repercussão do primeiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O estopim da crise ocorreu em maio de 2005, quando um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, foi flagrado recebendo propina de empresários. Apadrinhado do então deputado federal Roberto Jefferson (PTB), Marinho passou a ser alvo de investigações. E Jefferson foi acusado de fazer parte do esquema de corrupção dos Correios. (...) Jefferson concedeu uma entrevista em junho de 2005 denunciando a compra de votos dos parlamentares no Congresso Nacional. O esquema consistia em pagar regularmente aos deputados aliados com uma quantia em dinheiro – de acordo com Jefferson, R$ 30 mil por mês – para que eles aprovassem as matérias em tramitação no Congresso que fossem a favor do governo Lula.” (ANA PAULA GALLI. Entenda o escândalo do mensalão. Relembre o início do escândalo, seus desdobramentos e os envolvidos. Disponível in: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78680-6009,00-ENTENDA+O+ESCANDALOBR+DO+MENSALAO.html (acesso: 12/04/2015).
[8] Por exemplo, em uma telenovela da TV Globo, “Babilônia”, o personagem que tematiza a ação corrupta e desleal de um prefeito usa o linguajar do petista Lula da Silva para marcar a prática de corrupção ligada ao trabalho de um político: “nunca antes na história de...” é o que marca a postura política desse “gestor”, isto é, dessa personagem criada pela Globo para atrelar a corrupção à imagem do PT. O paralelismo é claro, pois o ex-presidente Lula é que instituiu essa marca linguajeira, quando afirmava que “nunca antes na historia deste país...”; jamais se percebeu algo parecido, nessas produções, que pudesse macular a imagem de políticos aliadas da emissora carioca: FHC, Serra e Aécio, por exemplo, só aparecem na emissora se for em montagens favoráveis às suas imagens de políticos. Já a “Zorra Total”, por ex., é a marca da criação, muito bem patrocinada, realizada para desgastar a imagem da presidente petista. Outro caso para entender: para se referir à cor amarela (símbolo do partido PSDB) em manifestações de rua e outros momentos de ação coletiva, a TV aliada (majoritariamente a TV Globo) usa a estratégia de “deseleitorizar” o caso. Ao invés de dizer que são partidários anti-PT, as emissoras insistem em dizer que as pessoas “usavam a cor da bandeira nacional”.
[9] Apesar de que “oficialmente” se dizer amiúde que, atualmente, o PMDB é/seria o “principal aliado” do PT, o que se sabe, na prática, é que o “15” é eterno parceiro do PSDB/PPS/PSB e aliados e que, na atual conjuntura instalada no Congresso Nacional, tal partido ajuda a construir um cenário anti-PT, visando uma saída de Dilma do Palácio do Planalto, o que levaria... o mesmo PMDB, de Sarney, a governar o país até fins de 2018. Claro assim.
[10] O ex-prefeito Ailson Santa Maria do Amaral, o Pé de Boto, uma das maiores forças políticas de Igarapé-Miri, ajudará os três polos (Toninho/Marcelo; Joca/Antoniel; Darlene/Dalva) e exercerá força negativa no sentido de tentar derrota o petista Roberto Pina; este texto, possivelmente, comprova isso.
[11] Sabendo-se que Melry (PT) e Carmozinha (PV) estão com Roberto Pina e que Ângela Maués (PSD) é do partido de Darlene Pantoja (PSD) e que Dalva Amorim (PTB) é candidata a vice-prefeita com Darlene e aceitando-se que não há vereadores/as apoiando, de fato, Joca Pantoja (PPS), todos os demais estão com “Pesado”. Certo? Só Deus sabe. Mas na conta sobraram 09 vereadores/as na chapa de “Pesado”.
[12] O site www.gazetamiriense.wordpress.com traz as provas documentais dessa ação na Polícia Federal e cita a legislação aplicável.
[13] Slogan de Pé de Boto, com seu governo “De mãos dadas com o Povo”.