quinta-feira, 21 de junho de 2018

A COPA DOS MUNDOS (DE FUTEBOL) É SOMENTE UM TORNEIO (DE FUTEBOL). É MAIS, MAS É MENOS, TAMBÉM


 Opinião. Prof. Israel Fonseca Araújo (editor; poemeiro@hotmail.com)




A B R E  A L A S

Estive procurando um tempo para escrever um pequeno texto sobre uma parte do que venho refletido, nesses últimos 20 anos, sobre a Copa do Mundo de Futebol. Mas poderia parecer modismo, e isso me desligou da ideia de sacrificar umas horas de meu descanso. Pra que falar, se pareceria que é “por moda”?; mas, como não se trata de modismo, vejo que preciso falar, uma vez que este “Poemeiro do Miri” (o Blog) tem uma responsabilidade com os debates que se instalam na Terra do Açaí; e, por que não insinuar, no mundo todo (já que a web é do mundo todo)?

Nesse sentido, venho me justificar a um pouquinho de amigos e amigas que tenho, aos colegas e a quem lê os escritos aqui publicados. Há uma relação entre nós e a mesma pode ser mais duradoura, mais plural e densa, inclusive podemos instalar bons debates físicas pelos caminhos de canoa (ou não) desta cidade.
Ora, estou (praticamente) nem aí para essa Copa da Rússia. Reconheço o que é (ou o quanto) significa, para mim e para muitos brasileiros(as), o Futebol. Aliás, o futebol masculino significa muito, pois a modalidade praticada pelas mulheres parece profundamente desrespeitada pelas autoridades, pelos clubes, pela imprensa (imprensa golpista, à frente). Não me conforma por ver uma terra de boleiros (Igarapé-Miri-PA), uma região de boleiros (Baixo Tocantins), um lugar de excelentes jogadoras(es) não ter política pública de incremento aos esportes, ao lazer: sim, esportes, pois não se trata somente do Futebol (m/f). A diversidade é outra magna marca. Neste Miri, o melhor que já se fez (desde que acompanho esses governos) foi na gestão Miguel Pantoja (1993-96); depois disso, uns pequenos investimentos, mas um trabalho mais sólido... neca, neca.

É claro que a entrega de cargos (funções, Diretoria, Departamentos) a pessoas ligadas aos empresários e comerciantes do Miri, a dirigentes de partidos políticos (uns até estouram cadeados para adentrar às salas)... só poderia dar em um trabalho pífio. Sim, o trabalho com os esportes em Igarapé-Miri, ao longo de tantos anos, no que tange às administrações que por aqui passaram (teve uma que durou praticamente 24 horas!!!!) tem sido pífio.
Pode melhorar; creio que melhorará, mas ainda não chegou aqui um Prefeito(a) que tenha essa percepção, esse olhar. Ou, melhor dizendo, se apareceu algum candidato(a) que pudesse trabalhar melhor por essa política pública, o Povo não quis e demonstra não querer que se eleja. Que trate os esportes como uma construção, como um “plantar”; até estes dias, a regra de entregar as “pastas” a políticos (???) e/ou a empresários é a lei desta terra (de outras, tmb).
Enfim, ficamos nesse círculo vicioso: um pouquinho de futebol masculino, nada de feminino, praticamente zero de esforços noutros esportes e nossos talentos vão ficando desvalorizados, desmotivados, não se vê perspectivas e o mesmo vira “pelada”. O poder público dá de ombros e os arranjos políticos seguem como a tônica dos faroestes. Quando temos a oportunidade de escolher bons homens e boas mulheres para representar o Povo (na Câmara e na condição de Prefeito(a)), parece que acontece uma anti-mágica...

Mas não estou olhando a Copa da Rússia desse jeito (“...estou (praticamente) nem aí para essa Copa da Rússia”) em razão da conjuntura social, histórica de Igarapé-Miri-PA, somente; não; não é isso. Minha relação com as Copas do Mundo (ou Copas dos Mundos, pois os mundos onde vivem Neymar Jr. e Ronaldos, de Portugal e do Brasil, não são os mundos que existem neste Mundo: não são) vem sendo re-construída, reavaliada desde a Copa da França-1998. Refleti bastante depois daquela (em 1994, eu era um adolescente de 17 anos, menos estudos, menos leituras); sei que tem muito mais coisas entre esse céu (FIFA) e essa terra (o Povo), mais e bem mais do que supõe a nossa esperançosa filosofia. Tem muita coisa correndo sob as pontes (não as lindas, as dos goleiros), mas, nem sempre, nos damos conta disso. E, pior: amanhã, um de nós ainda pode (ou poderá, Deus o livre) votar num Aécio das Vidas, que é apoiado (nos seus crimes contra o país) por Ronaldo e por Neymar Jr. (da Nike), das relações da CBF (as investigações ainda deverão dizer muitas coisas sobre esta), que são íntimos dos “caras”, dos “ruques” da TV Globo, que são todos muito íntimos de Aécios, Fernandos, serrotes e pessoas temerosas.

Ora, depois ainda vamos ficar resmungando porque a “merenda” das crianças de São Paulo está escassa, porque a Saúde pública tá cheia de sanguessugas ou porque a corrupção em parte do sistema policial está nos matando cada vez mais, ou podemos estar reclamando diante das notícias da TV (que pode ser a Globo, referência no sistema golpista brasileiro: sempre me refiro a Golpe contra a Democracia, contra os Direitos dos Trabalhadores(as), contra os estudantes e os pesquisadores(as), contra as Universidades e demais centros de pesquisa; golpe é golpe; é a anormalidade. É disso que falo, espero que tenha ficado claro). Se nós estamos patrocinando o sistema de golpes, se estamos empoderando a TV Globo (maioria de nós), se estamos dando as condições para nossos algozes nos prejudicarem (enquanto povo que trabalha, produz, faz o país crescer, dá os lucros aos endinheirados deste país), de ada adianta fazer resmungos por aí. Haja contradição, não?

Vejamos, se a raiz de nossos males (também) está nesse sistema de golpes, por que o fortalecemos tanto?

A CBF, o time de convocados (com visão de futuro para as próximas vendas, nas “janelas” futuras, aos lucros das marcas, não apenas Nike, Itaú etc.), o “professor” Tite, a estrutura da Rede Globo e outras congêneres, nada disso merece nosso apoio. Mas não estou dizendo um “não” à paixão, só estou acenando com algumas luzes sobre certos aspectos que constituem esse todo (poucos, muito poucos aspectos). O que se ramifica para os campeonatos de Futebol (na Europa, nas Américas, no Brasil, no Clube do Remo-PA) e por aí vai. O que precisamos fazer, diante dessa estrutura toda, é buscar entende-la, cada vez mais e com maior profundidade; entender o sistema de manipulação, o sistema de golpe líquido (sempre mutante, em trânsito, que se metamorfoseia o tempo todo) é um dever, uma tarefa para quem está do lado de cá.
O meio do muro não é saída para Nós. Estamos em lados opostos. Ou abrimos os olhos, ou...

P E R T E N C I M E N T O

A Copa “dos mundos” de Futebol é somente um Torneio. Torneio de bilhões, possivelmente irremediavelmente atravessado pelas corrupções, não é nada mais que isso; se motiva mais pessoas a praticarem esportes, creio que sim. Mas esse legado positivo é bem menor do que os danos que a mesma traz: no caso brasileiro, com a Rede Globo (e demais estruturas golpistas) tentando manipular (e conseguindo em grande medida...) nossa população é um dos resultados mais nítidos. A relação (ou seria equação?) Globo – Nike – Neymar Jr. (e Neymar–pai, tmb) – Galvão – Itaú (que patrocina golpes, retiradas de direitos da classe trabalhadora, que luta contra os professores/as do Brasil, contra a nossa Educação pública) – Vivo e outras bem que poderia ser melhor debatida. Problematizar a camisa amarela como símbolo de Golpes, como emblema da devastação de nossos direitos (Reforma Trabalhista, prejuízos para a Educação, cortes em programas de inclusão social...), como irmã-zinha do patinho da FIESP.

Enfim, Copa não é o que dá o tom de nosso pertencimento. Somos mais e o Brasil significa mais, para Nós, do que as manifestações de cores e de torceres (literalmente, torcer) que chegam e passam, a cada quatro anos (o que significa, para nós, as execuções de servidores públicos, de religiosos, de trabalhadores(as) rurais em luta pela terra?; as injustiças contra nossos líderes (sindicalistas, padres, agricultores...) a nós significam o quê?).
Se temos essa brasilidade toda, temos de mostra-la defendendo os nossos direitos, em primeiro e em último lugar. Não podemos sair do front de batalha. Não podemos nos embriagar com os anúncios, as cores, as cenas enunciativas tão bem tecidas pelas emissoras de televisão (e seus portais e co-portais na internet), com a sensação de que o “Brasil vai pra frente”, isso porque vence uma partida, avança de fase no Torneio. É preciso ver o Neymar Jr., mas como uma pessoa que pode estar sonegando impostos (isto é, ............), os quais são (de fato) recursos para a Saúde e para a Educação públicas. Que ele pode estar sendo protegido não somente pelo Galvão Bueno, mas pelos órgãos federais, pela Justiça brasileira (talvez, se ele fosse do front da classe trabalhadora, poderia estar preso em Curitiba-PR). Qual a importância de um play boy milionário (com o devido respeitos aos mesmos) para o reerguimento do Brasil, neste momento? Para que está contribuindo essa armação toda (emissoras de TV, CBF, marcas esportivas e de celular, bancos etc., jogadores e empresários/mercado), em termos de ajudar este país e se reerguer depois de tamanhos golpes nas costas?

Quantos anos um processo, uma Ação judicial, uma investigação poderia durar nas instâncias (inter)nacionais, se comparada a outras, movidas contra outras pessoas?; o mesmo tempo destinado a Paulo Maluf (SP) e a Simão Jatene (PA) e Jader Barbalho (PA)? Em atenção a essas mínimas questões postas, qual poderia ser nossa postura de avaliação, de exames, de criticidades diante de um Torneio mais que bilionário de Futebol?

N A D A  C O N T R A

Nada contra nada. Apenas uma brevíssima análise. Como os jogos estão correndo nos dias de semana, nos horários de trabalho, com os compromissos todos que nós todos temos, vou vendo uma coisinha aqui e outra acolá, mas a reflexão sobre o que é uma Copa do Mundo de Futebol (um Torneio de Futebol) é necessária; e nunca foi tão necessária, nunca mesmo.

É muito bom, é show de bola reunir pessoas queridas e ver jogos, brincar, se distrair (“distensionar”, como diz amigo meu); o que pode ser feito não somente a cada quatro anos.
Mas era somente um bate-papo, mesmo: até mais.



terça-feira, 19 de junho de 2018

NOTÍCIA BOA: PREFEITO ANTONIEL MIRANDA NOMEIA CONSELHO DE EDUCAÇÃO NA TERRA DO AÇAÍ

Prof. Israel Araújo (editor)
e-mail: poemeiro@hotmail.com



Já está publicado o Decreto-GP de número 040/2018, de responsabilidade do Exm. Sr. ANTONIEL MIRANDA DOS SANTOS, Prefeito de Igarapé-Miri (PA), no Baixo Tocantins, ato que "dispõe sobre a Nomeação dos membros do Conselho Municipal de Educação para o mandato de 2018 à 2021". São, ao todo, 13 (treze) Conselheiros/as de Educação e seus Suplentes, mais o Secretário de Educação (Reynaldo Aguiar), o qual é membro nato do Colegiado, nos termos do Art. 18, seus parágrafos e incisos da Lei Municipal 5.115, de 09/12/2016.

É a primeira vez na história de Igarapé-Miri que o Conselho de Educação será implantado, apesar de cerca de vinte anos de lutas do Sintepp, que, verdadeiramente, é a instituição a quem deve ser creditada essa partida, esse marco inicial. Infelizmente, diz este signatário, infelizmente governos e mais governos foram contactados pelo SINTEPP (nessa Subsede), foram questionados pelo povo miriense nas Conferências de Educação (2007, 2009, 2013, 2015, 2018), mas não se dignificaram em atender a esse pleito.

Depois de uma longa e consistente luta, entre 2010 e 2011, Sintepp e SEMED construíram, durante quase um ano, uma Minuta, a qual fora apresentada ao Secretário de Educação, em 2011, para ser remetida (pelo então Prefeito Roberto Pina-PT) à Câmara Municipal, como Projeto de Lei. Mas foi somente em 2016, em um mandato de 18 meses desse mesmo gestor, que o Projeto (já reavaliado, rescrito) fora encaminhado. Era a gestão de Ronélio Quaresma (Toninho Peso Pesado-MDB) na Presidência da Casa de Leis igarapemiriense. 
(...)

Lei a íntegra em: https://sintepptocantins.blogspot.com/2018/06/prefeito-de-igarape-miri-nomeia.html