sábado, 1 de março de 2025

Mortes contra o Papa Francisco, em vida (#931)

Papa Francisco (foto: site Metrópoles)

O Papa Francisco, líder máximo da poderosíssima Igreja Católica Romana, está com 88 anos. 17 de dezembro vindouro, se possível, "Sua Santidade" fará 89; mas há lutas incontáveis para que isso não aconteça, há manifestações públicas indescritíveis (mas estão publicadas...) no sentido de pedir/suplicar por sua morte física e com votos de que seu pós-morte seja o pior possível. Sim; "cristãos" católicos, ou falsos católicos, mais tantos evangélicos (??!!) e não-religiosos querem o óbito de Francisco, há anos. Por quê? Porque o ódio político e as violências não têm limites; porque a religião não "salva" pessoas (o salva, aqui, está entre aspas), porque as pessoas são multi, são complexas.

Quais os crimes do argentino Jorge Bergoglio?

Não há segurança para responder e, no plural, a mesma fica ainda maior; mas, em certo sentido de alinhamento à "ideologia" cristã, há segurança em se dizer que o fato de Francisco ser seguidor de Jesus Cristo é o seu crime-mor; para quem não saiba, Jesus Cristo foi uma criança, pobre, enteada do carpinteiro José e filho de dona Maria que nasceu bem pobre e mudou, digamos assim, a história monoteísta. Papa Francisco é, em síntese, o cara do acolhimento, ele faz coisas que, se vivo estivesse, certamente Jesus da Galileia faria ("Tudo começou na Galileia", via Unisinos): receber pessoas marginalizadas (negros e negras, migrantes, pessoas em situação de rua, vítimas das diversas formas de violências e por aí vai), acusadas de "pecados", querendo se (re)encontrar com a Fé e com o transcedental etc.

No mundo atual, altamente dividido pelos ódios políticos, socioeconômicos, pelos regimes de poder e lutas/tensões que constituem as vivências públicas, ou seja, políticas, neste mundo irremediavelmente movido nas e pelas redes líquidas de interação e comunicação, pela produção e pulverização de notícias e "fatos" fraudulentos... neste mundo, o "conservadorismo" de direita engole a instituição Igreja Católica Romana. Em tempos passados também se dava? Sim, sempre. Bergoglio não é um "conservador"; ele não destilou ódios às profissionais do sexo e à população LGBT, de forma geral. Então, ele teria de ser alvo dos ódios e, por isso, mesmo, há tantas correntes de pensamento e de desejos em torno de seu morrer.

Francisco está alcançado pelo que ousamos chamar de uma gramática de violências (Araújo, 2023), haja vista que contra ele se volta um complexo tecido de agressões regradas e taticamente direcionadas a quem se dedica à paz e pela mesma pauta suas vidas. Assim é que podemos anotar, ou notar, sobretudo em posts nas redes líquidas tipo Instagram, enunciados abomináveis pedindo pelo fim da vida de Francisco e agressões voltadas a seu pós-vida (vejamos, aqui, tamanha abundância).

Certamente, os ódios sempre acompanharam as pessoas, e a elas se voltaram, mas seus impulsionamentos, nestes tempos de "vida digital", parecem assustar a quem defende e/ou luta pela democracia e pela vivência pacífica entre pessoas e nações. Paro estes escritos, aqui, pois a extrema-direita não merece muitas linhas e nem nossos maiores esforços.

P.S. Araújo (2023) é uma referência à tese de Doutorado em Letras, intitulada “NÃO TEMOS MAIS TEMPO”: BIOPODER, BIOPOLÍTICA E ECOGOVERNAMENTALIDADE EM PRODUÇÕES DISCURSIVAS MIDIÁTICAS SOBRE A DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA, de Israel Fonseca Araújo, orientada pela professora pós-doutora Maria Eliza Freitas do Nascimento (UERN); a integra pode ser encontrada a partir da seguinte busca, nesta página(via Blog Poemeiro do Miri/Acadêmicos).

Atualizado às 10:46h de 06 de março de 2025, quando o Papa Francisco segue vivo...

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