Sobre Igarapé-Miri (PA)

NOTÍCIAS OFICIAIS - DE GOVERNO(S):

GOVERNANÇA. Várias infs. oficiais sobre o que acontece em Igarapé-Miri, Nordeste do Pará - do ponto de vista da governança pública (infraestrutura, educação, meio ambiente, saúde, projetos e eventos culturais, desenv. econômico e trabalho etc.), podem ser acessadas no sítio da Prefeitura Municipal (site oficial) e em outras redes, tais como no Facebook Prefeitura_do_Miri

Tem infs sobre a Apresentação dos Candidatos e das Candidatas a Rei e Rainha do Açaí 2021; acessem, clicando aqui (debates e problematizações não governamentais, vc pode acessar neste Blog, pela Página Inicial, e em espaços de discussão, tais como o conceituado Blog Gazeta Miriense (Blog Gazeta Miriense)). 


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PESQUISA. Pesquisador e professor, ISRAEL ARAÚJO fala sobre mulher, gênero, política, imprensa, Jornal Miriense - e várias questões correlatas; confira, acessando a divulgação (seguinte, clicando Aqui); trata-se de entrevista concedida ao prof. Davi Farias (Mestre em História pela UFPA) no podcast História's na Amazônia. Fala-se sobre o livro que sintetiza uma pesquisa de Mestrado em Letras/Linguística (Ufpa) de Araújo (livro: Mulher e política em Igarapé-Miri: um estudo da prática discursiva do Jornal MirienseCuritiba: editora CRV, 2016).


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ARTE, CULTURA. Nestes singelos registos, mostramos parte do Acervo de Pinturas do mestre miriense Rubens Lourinho (Casa da Cultura, em Igarapé-Miri, PA): nossos engenhos, sob olhar de Miguel Machado, são retratados nas telas pelo mestre Rubens; se vc puder, tiver interesse, o endereço é: Av. Carambolas, Centro, em Igarapé-Miri/PA; próx. à "Praça Pe. Henrique" (obras foram resgatadas, neste ano, já na gestão do Secretário Josival Quaresma, o Vadinho: estavam quase perdidas). A ideia é te cutucar pra ir lá, rever, ou até conhecer as obras.


Foto: Arquivo pessoal de Israel Araújo (Blog Poemeiro do Miri)


Foto: Arquivo pessoal de Israel Araújo (Blog Poemeiro do Miri), com o historiador, pesquisador e professor doutorando Marinaldo Pinheiro

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Post #749: 23 de maio de 2021, data festiva de Igarapé-Miri (PA):


Registro, neste 23/05, com o professor, historiador e doutorando em Educação (UEPA) Marinaldo Pinheiro, de quem adquirimos os livros "Pequeno Caminho da Canoa" (ed. Veloso) e "Berço de Civilidade: rituais Formativos no Grupo Escolar de Igarapé-Miri, Pará (1904-1942)" (ed. Appris; site: clique AQUI); as duas obras são do citado pesquisador e já estão lançadas: a segunda já está esgotada em sua primeira edição.
Durante as atividades regradas do Aniversário de "elevação à categoria de cidade", houve atos de lançamentos, falas, sugestões e críticas no sentido de Igarapé-Miri crescer em termos de pesquisa e de seus registros históricos.
Aliás, o autor, prof. Marinaldo Pinheiro, integrante da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), informou que está disposto a abrir mão de direitos autorais, de comercialização, caso a gestão municipal queira republicar a obra histórica "Pequeno Caminho da Canoa" e divulgar nas escolas do Miri, pelo que ganhou aplausos do público presente.



Este editor registrou a estrutura (ao fundo) de vacinação de profissionais da educação que trabalham em Igarapé-Miri, Nordeste do estado do Pará; começando, hj, na faixa de idade de 50 anos pra cima. Tudo muito organizado, mas reivindicamos, sempre, vacinas para todos e todas; Já.



Cuidando de sua saúde? Então, visite Laboratório Bioanálise e faça seus exames laboratoriais, clínicos, especializados (End: Rua Lauro Sodré, 93, bairro: Centro; em frente ao Banco do Brasil, Igarapé-Miri-PA)


AMOR É AMOR: "SÓ" ISSO!

Perto do Dia das Mães 2021, a conhecida amiga igarapemiriense Néia Quaresma (trabalhadora da educação pública) saiu, vitoriosa, de hospital; venceu a temida Covid-19, após muitos dias hospitalizada. Ao chegar de volta ao lar, muitas alegrias, gratidões e carinhos dos/as familiares. Mas, nada que  se aproximasse desse amor de sua genitora, a dona Lourdes. Amor de uma boa mãe é coisa quase inexplicável (por meio de palavras).
Então, veja o registro

(Foto cedida por José Moraes Quaresma, prof. José Jr.)

(FIM)


GOVERNO "TERRA DO AÇAÍ". PREFEITTO ROBERTO PINA DEFINE SEUS(SUAS) AUXILIARES DIRETOS:

Após eleito, tendo sido diplomado (pela Justiça Eleitoral) e tomado posse do cargo de Prefeito constitucional de Igarapé-Miri (PA) - pela Câmara Municipal e pela terceira vez, Roberto Pina Oliveira deu posse a seu Secretariado, na mesma manhã de 01.jan.2021 (como tem sido tradição dos prefeitos, há anos e anos). São os seguintes senhores e senhoras - agora, autoridades civis e auxiliares diretos do Prefeito, nos termos das leis do país:

Secretário Municipal de Planejamento e Gestão: Dr. Edson de Jesus Antunes Corrêa;

Secretário Municipal de Administração: José Maria dos Santos Costeira;

Secretária Municipal de Saúde: Nazianne Barbosa Pena;

Secretário Municipal de Educação: Prof. Janilson Oliveira Fonseca;

Secretário Municipal de Finanças: José Maria dos Santos Lobato Júnior;

Secretária Municipal de Assistência Social: Ana Maria de Jesus Lima da Costa;

Secretário Municipal de Cultura, Desporto e Lazer: Josival Moraes Quaresma;

Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Infraestrutura: Sílvio Antônio Pantoja Corrêa;

Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho: Ismael Fonseca Araújo;

Secretário Municipal de Meio Ambiente Pesca e Aquicultura: José Clodoaldo Moraes da Silva.


Outras autoridades e assessores(as):


Chefe de Gabinete do Prefeito: Joana Soraia da Conceição Serrão;

Procurador-Geral do Município: Domingos do Nascimento Nonato;

Controlador e Ouvidor-Geral do Município: Nelcy Aquino Pinheiro;

Assessor de Comunicação Social: Róbson Pena Fortes;

Chefe do Setor de Compras: Zaida Maria Pantoja da Trindade;

Presidente da Comissão Permanente de Licitação: Edilene Castro Mota


(Fim)


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ELEIÇÕES 2020 IGARAPÉ-MIRI
#PinaPrefeito2021_2024

Roberto Pina (PT) é eleito Prefeito de Igarapé-Miri, por 12.906 eleitores(as)

Israel Fonseca Araújo (poemeiro@hotmail.com; Academia Igarapemiriense de Letras-AIL); Editor-fundador do Blog Poemeiro do Miri (publicado em nov. 2020)   


A marcha da apuração das Eleições 2020, em Igarapé-Miri (PA), seguia com toda a expectativa da imensa maioria da população local. Internet quase caindo, tamanha a "pisa" de acessos dos internautas. Mas o tal sistema do TSE não avançava; desde às 17:27h, nada de novas informações. Porém, perto de 20h de hoje, o sistema se movimentou e foi possível ter certeza: o Miri tinha seu novo prefeito eleito. Com 100% dos votos válidos computados, o candidato e ex-prefeito de Igarapé-Miri Roberto Pina Oliveira (PT) foi eleito para mais um mandato, com exatos 12.906 (32,99 %), deixando Antoniel Miranda (PROS) em segundo lugar, com 10.243 votos (26,18%), seguido de Darinho Pantoja (PL), este com 8.053 votos (20,58%), ficando o atual Prefeito Toninho Peso Pesado (MDB) em quarto, com 7.333 votos (18,74%), Prof. Isaac (Psol) vem em quinto, com 310 votos (0,79%), Aladim Martins (PV) veio em sexto, com 142 votos (0,36%) e, finalmente, Prof. João Batista (PMB), com 135 votos (0,35%). Mais uma vez, Igarapé-Miri mostra que não gosta nada-nada de reeleger prefeito (desde o início dos anos 1990, somente Mário da Costa Leão foi reeleito, no pleito de 2000).

Compareceram 40.557 eleitores (83,37%) e 8.093 deixaram de votar (uma abstenção de 16,63%), até abaixo do que se imaginava, em tempos de pandemia de Covid-19.

VEREADORES(AS). Quanto à corrida dos candidatos a vereador(a), os eleitos nas urnas são:

Irmão Nenca (MDB): 1.271 votos (reeleito)

Miellen Figueiredo (PSD): 1.155 votos

Toninho do Murutinga (MDB): 1.135 votos (reeleito)

Enfermeiro Cláudio Júnior (PSD): 1.122 votos

Fábio Ferreira (PL): 1.074 votos

Nenca (MDB): 987 votos (reeleito)

Neto Nanhum (PSD): 943 votos (reeleito)

Ângela Maués (MDB): 941 votos (reeleita)

Rufino Leão (Republicanos): 896 votos (reeleito)

Ney Pantoja (PROS): 872 votos (reeleito)

Ana da Vila (Republicanos): 855 votos (reeleita) - No ato da Posse, em 01.01.2021, a Ver. Ana da Vila pediu licença para assumir a Secretaria de Assistência Social (SEMAS); assim, o seu Suplente, Iran Gomes, assumiu a vaga, no mesmo dia.

Joãozinho (PL): 733 votos

Viagra (PL): 690 votos

Carmo (PT): 664 votos (reeleito)

Dr. Rogério (PCdoB): 436 votos


Ou seja, 09 (nove) parlamentares foram reeleitos (desta vez, sem a ajuda dos cruzamentos, isto é, da chamada coligação), sendo que Kadheq (MDB) não disputou. 06 (seis) entram pela primeira vez: Miellen, Cláudio Júnior, Fábio Ferreira (com votação estupenda, Fábio "ajudou a puxar" mais dois parceiros...), Joãozinho, Viagra e Dr. Rogério.

Partidos e vagasMDB: 04 vagas; PL: 03 vagas; PSD: 03 vagas; Republicanos: 02 vagas; PROS: 01 vaga; PT: 01 vaga; PCdoB: 01 vaga


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História de Igarapé-Miri; #ComérciodeEscravos

ENTREVISTA: Historiador Davi Farias lança livro "O comércio de escravos" sobre a história de Igarapé-Miri

Israel Fonseca Araújo (poemeiro@hotmail.com; Academia Igarapemiriense de Letras-AIL); Editor-fundador do Blog Poemeiro do Miri    

 

O Blog Poemeiro do Miri pediu entrevista exclusiva ao historiador miriense David Farias, o qual está lançando (amanhã, às 20h, no Espaço Verde) o livro "O comércio de escravos: comarca de Igarapé-Miri (1868-1887)". Diante da resposta positiva do autor, disponibilizamos a íntegra da conversa com o pesquisador David Farias - o qual é graduado em História (UFPA) e é Mestrando em História pela mesma instituição. Segue:

 

Blog Poemeiro do Miri: Professor David Farias, como surge esse projeto do livro "O comércio de escravos - comarca de Igarapé-Miri/PA" e em que medida vc acha que esse trabalho acadêmico pode ajudar Igarapé-Miri e se reconhecer em sua própria história?

David Farias: É um trabalho que busca recuperar um pouco da experiência de homens e mulheres submetidos a um regime de trabalho compulsório durante séculos e que até pouco tempo estiveram pouco presentes nos relatos dos memorialistas locais. O fato é que ao trazermos esses indivíduos para o debate histórico construímos elementos para pensarmos importantes temas que permeiam o nosso tempo presente, acredito que por algum tempo a história de Igarapé-Miri foi protagonizada apenas por figuras ilustres, embora esses indivíduos tenham sua devida importância histórica, precisamos ter em mente que toda riqueza produzida na região seja pela extração de madeira, cachaça ou nas diversas atividades agrícolas extrativistas passou pelos braços da classe trabalhadora, composta naquele momento por indivíduos escravizados em sua maior parte, indígenas, livres e libertos um complexo mundo do trabalho que se configurou no século XIX.

Desse modo é a classe trabalhadora que deve também ganhar protagonismo na história de Igarapé-Miri, a trajetória desses indivíduos suas lutas e resistências contra os desmandos da classe senhorial precisam cada vez mais ser descortinadas, para que assim  Igarapé-Miri possa se reconhecer  em sua própria história, e perceber algumas estruturas de dominação que insistem em permanecer até os dias atuais.

 

Blog Poemeiro do Miri: O cenário de sua exposição, na obra, é o séc. 19, a partir da conjuntura de Igarapé-Miri; fale um pouco mais sobre essa realidade escravista, nesse contexto histórico.

David Farias: É importante destacar que por algum tempo percebeu-se a Amazônia como área periférica no que diz respeito a presença africana, por muito tempo até mesmo nos estudos históricos entendia-se que a presença africana na Amazônia teria sido inexpressiva, esse suposto vazio demográfico era balizado a partir dos seguintes argumentos, em primeiro por causa caráter eminentemente extrativista da economia amazônica, estruturada no uso massivo da mão de obra nativa, em seguida  a suposta incipiência dos empreendimentos agrícolas na Amazônia, além da ineficácia atribuída à Companhia de Comércio do Grão Pará e Maranhão em inserir escravos africanos na região. Na década de 1860 esse debate foi superado, a partir de estudos pioneiros como os de Anaíza Vergolino e Napoleão Figueiredo, Vicente Salles, Antônio Carreira e Manuel Nunes Dias, passamos a conhecer com maior profundidade a importância da participação africana na região amazônica.

Com base nesse e em outros estudos foi possível verificar que a escravidão africana estava disseminada por toda a Amazônia, evidente que em alguns espaços ela foi menos pulsante em outros mais, a escravidão em Igarapé-Miri esteve presente desde os primeiros tempos da ocupação colonial na região, os colonos ao solicitarem a concessão de uma Sesmaria que lhe daria direito de uso e exploração de determinada sorte de terra, justificavam o pedido a administração real dizendo não possuir terras suficientes para trabalhar e ocupar seus escravos, essa era uma justificativa recorrente.

No século XIX o ingresso de escravos africanos na Amazônia tomou dimensões significativas estima-se que entre o final do século XVII até 1840, data do ultimo carregamento de escravos africanos para Amazônia, aproximadamente 60.000 escravizados adentraram em território amazônico, 60% desse quantitativo no final do século XVII e nas primeiras décadas do XIX. É dentro desse contexto que a região de Igarapé-Miri vivencia a experiência do regime escravista

 

Blog Poemeiro do Miri: Quais fatores políticos, sociais, e até econômicos, vieram a contribuir para a instalação e a consolidação desse comércio escravista, em Igarapé-Miri?

David Farias: Na segunda metade do século XIX o tráfico atlântico de escravos foi definitivamente abolido pela lei Eusébio de Queirós em 1850, a partir desse momento os senhores escravistas do Brasil se utilizaram unicamente do comércio interno de escravos para a manutenção e reposição dos seus plantéis.

Nesse período a comarca de Igarapé-Miri despontava na região amazônica como o segundo maior reduto escravista da província paraense, como demonstrou o Censo demográfico realizado em 1872, uma região que  consolidou suas bases econômicas na indústria canavieira uma atividade praticada por aqui desde tempos coloniais, e que não apenas na Amazônia, mas em diversas partes do Brasil esteve intimamente ligada a utilização da mão de obra escrava de origem africana. As famílias tradicionais de colonos que se estabeleceram por aqui construíram suas riquezas, influencia e prestigio politico sobre o tripé, terras, engenhos e escravos.

Chegavam a passar de 100 as unidades desses engenhos em pleno funcionamento nos municípios de Igarapé-Miri, Abaeté e Mojú, ou seja, com tantos empreendimentos assim a demanda por mão de obra era proporcional, e esses trabalhadores no século XIX em sua maior parte eram escravizados. O Censo Demográfico que me referi anteriormente de 1872 registrou na comarca de Igarapé-Miri 4.266 escravos de origem africana, na comarca de Cametá, algo em torno de 2.500 e na comarca da Capital 7.277 escravizados. As demais regiões da Amazônia apresentaram percentuais menores que os já citados.

Quando ocorre a interrupção do trafico atlântico, já não era mais possível contar com a reposição de novos escravos africanos, então o comércio interno de escravos passará a ser a única forma de acesso a mão de obra escrava. Nesse período as transferências de escravos urbanos para as propriedades rurais será uma constante, de áreas economicamente fragilizadas para áreas mais dinâmicas, assim os senhores de Igarapé-Miri no ensejo de se desfazer ou adquirir novos escravos estabeleceram de longa data um comércio interno de escravos que buscava suprir as necessidades de seus empreendimentos. É preciso lembrar ainda que no Brasil o escravo era capital liquido valiosíssima moeda de troca, alvo principal dos investimentos de alguns indivíduos abastados, eram mais valiosos que a própria terra, que naquele período se dispunha em relativa abundância, mas sem braços pra trabalhar tornava-se improdutiva.  

Dessa maneira, é a partir de uma longa tradição escravista na região tocantina, aliada ao significativo número de escravos aqui residentes muito em função das atividades econômicas que aqui se praticava é que se estabeleceu as bases para a consolidação de um importante comércio de escravos na comarca de Igarapé-Miri.

 

Blog Poemeiro do Miri: Cotejando nosso município, naquele momento, com outros da região e até de fora do estado, quais semelhanças e/ou diferenças podem ser apontadas na questão desse comércio de escravos?

David Farias: É possível dizer que a região de Igarapé-Miri segue, em certo sentido, a mesma tendência que se observa para outras regiões do Brasil, ou seja, um comércio de escravos que se materializa principalmente de forma endógena, após 1850 com  o fim do trafico atlântico, o comércio ou tráfico interno de escravos (um debate conceitual que não cabe esmiuçar no momento) vai operar em diversos níveis, o interprovincial, aquele praticado entre as províncias, da mesma região ou de regiões diferentes, o intraprovincial que se realizava dentro de determinada província, mas o grosso desse comércio em todo Brasil ocorreu a nível intermunicipal e intramunicipal.

Em Igarapé-Miri assim como em diversos outros lugares a principal fonte para o estudo desse comércio  são os registros cartoriais, as notas de compra e venda de escravos que passam a ser obrigatórias a partir de 1860, mas que já existiam registrava antes disso, é a partir dessa documentação que tomamos conhecimento de um conjunto diversificado de informações  que nos permitem entender um pouco mais sobre esse mercado de homens e mulheres escravizados.

 

Blog Poemeiro do Miri: Muito obrigado pela concessão da entrevista, sucessos no lançamento. Faça suas ponderações finais

David Farias: O texto do livro é uma pesquisa inicial, reconheço que existem muitos aprofundamentos a serem construídos, discussões que deixei em aberto, é uma literatura concisa e ao mesmo tempo permeada por informações relevantes sobre nossa história local, para muitos talvez eu devesse amadurecer mais o texto para depois publica-lo, entretanto como professor reconheço a urgência da circulação desse tipo de conhecimento histórico em nossas escolas, discutir temas relevantes  da história a partir de um recorte mais regionalizado creio que seja fundamental.

Agradeço a você pelo espaço aqui no blog, parabenizo pelo trabalho que vem desenvolvendo nas plataformas digitais discutindo temas de interesse da população miriense em geral, aproveito também para convidar seus leitores para o lançamento do livro nesta sexta às 20h no Espaço Verde, Avenida Sesque Centenário, próximo ao MAC

Muito obrigado. 

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Site Gazeta Miriense expõe "rombos" na Prefeitura de Igarapé-Miri. Veja em duas publicações do site

( I ) https://gazetamiriense.wordpress.com/2020/10/23/o-rombo-agora-e-na-saude/ (aí, o caos seria na Secretaria de Saúde) : copiar e colar na net

"Aparentemente o governo Peso Pesado está em busca de mais um título, desta vez, o do maior número de Rombos em um só governo. E a pior parte, é que desta vez foi na Secretaria de Saúde, de onde o povo mais necessitou, durante o pico da Pandemia da Covid-19 na cidade. Neste caso, o secretário de saúde quis pagar uma empresa que ainda nem existia. Segundo os documentos juntados na denuncia apresentada pelo Vereador Costeira, o empenho de pagamento foi realizado 03 dias antes da constituição da firma. Já o pagamento, foi realizado apenas 13 dias após a consolidação da empresa, esta pertencente ao município de Tailândia, que fica a aproximadamente 173 KM de distância da Terra do Açaí" (fonte: Gazeta Miriense);


( II ) https://gazetamiriense.wordpress.com/2020/10/23/o-rombo-so-aumenta/ (o "Rombo", em linhas gerais): copiar e colar na net


Trecho da matéria: "Nas matérias anteriormente publicadas com exclusividade pelo GM, sobre o ROMBO causado por dívidas da Prefeitura Miriense por falta de repasses de consignados aos Bancos Públicos da Caixa e do Banpará, que já estavam na justiça. Acreditávamos que o valor total do Rombo seria superior a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais). Mas, ao termos acesso ao processo judicial, vimos que o valor teve um “peso” três vezes maior. Segundo o documento juntado ao processo pelos advogados da Caixa Econômica, a dívida do governo do Toninho Peso Pesado com CEF já ultrapassam os 10.000.000,00 (dez milhões de reais). O que deixou o valor total desse rombo muitas vezes maior, ele agora é estimado em R$ 11.283.029,22 (ONZE MILHÕES, DUZENTOS E OITENTA E TRÊS MIL, VINTE E NOVE REAIS, E VINTE E DOIS CENTAVOS). Até então (23/10), os acusados ainda não se manifestaram quanto a matéria do GM" (fonte: Gazeta Miriense)


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ELEIÇÕES 2020 EM IGARAPÉ-MIRI (PA)

Nestas Eleições Municipais de 2020, nosso Blog deixa a sua disposição todos os Planos de Governo que os candidatos apresentaram à população, cadastrando-os no sítio da Justiça Eleitoral; todos. Na página sobre "Eleições 2020 Igarapé-Miri" vc encontra essas propostas, dá pra vc analisar cada uma, cada Eixo, ver o que pensam os que visam a cadeira de gestor de nossos destinos etc. O endereço é : http://poemeirodomiri.blogspot.com/p/eleicoes-2020-igarape-miri-planos-de.html !(Copia e cola na internet)! Vai lá, logo, meu mano, minha mana.


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DRAMA DOS CONTRATADOS(AS), E SUSPENSÃO DE AULAS, NO GOV. PESO PESADO: Sintepp e Vereadores se manifestam

Israel Fonseca Araújo (editor/fundador do Blog)


O drama dos Servidores contratados(as) na Prefeitura de Igarapé-Miri, ao menos desde 2013, é enorme. Sem sombra de dúvidas que todo mundo precisa trabalhar, sobretudo (indiscutivelmente) pais, mães, avós, arrimos de família; não se discute isso, repitamos. Grande parte da população adulta busca postos de trabalho no chamado serviço público (esferas municipal, estadual e/ou federal). Órgãos estaduais paraenses, caso de COSANPA, Seduc, Polícias, são mantenedores de postos de trabalho - contratados ou via Concurso Público (neste caso, como determina a Constituição Federal de 1988); nas prefeituras, aí sim, aí o "bicho pega". De longe, sobretudo com governantes menos responsáveis e mais inconsequentes, são grandes cabides de empregos.

Na verdade, em se tratando de prefeituras, no geral tem-se os cargos públicos (não são empregos...), os quais se prestam a dar oportunidades de trabalho e renda a muitos milhares de brasileiros; mesmo não se tratando de empregos, ainda assim a analogia com o regime celetista (em razão da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, regime de carteiras assinadas) funciona bem e bem. Assessores(as) de políticos profissionais (muitos vereadores e pleiteantes à vereança, sobretudo) e articuladores políticos (membros de partidos políticos, em muitos casos) fazem "a festa": governantes aloprados costumam contratar centenas ou milhares de funcionários, sem que a máquina pública possa pagar devidamente e em dia, e, muito pior que isso, sem que haja realmente a necessidade de tantas centenas de contratações. É comum o povo alardear que tal e tal área (do município) e tais e tais campos da governança (Educação, Saúde, Assistência Social) estão com "o Vereador fulano", outros estão com "o Vereador cicrano" e por aí vai. Dizem (os populares), e sem reservas, que "quem tá lotando em tal rio" é ...

Bom, pois bem, bem sabemos, nós igarapemirienses (mas não somente estes, o Brasil sabe) bem sabemos que a contratação descontrolada de servidores para a Educação, na terra do Açaí tem sido uma constante: foi muito farta no governo Dilza Pantoja (2005-08), na gestão de Ailson do Amaral, o Pé de Boto (2013-14), no mandato interino de Peso Pesado (2015)  e nos governos Peso Pesado/Antoniel Miranda (2017 até 2020, nestes dias). Mais de um mil e quinhentos, às vezes, mais de um mil e cem, outras, perto de mil contratados, em tantas outras. Enfim, muitas centenas de contratações ao longo dos anos (os dois governos Roberto Pina, 2009-2012 e 2015-2016, também fez contratações, em centenas para a Educação, mas em volume muito menor do que em outras épocas). Se precisa de contratação, isso é indiscutível; precisa, sempre, precisa, em pequenas doses administrativas, em razão da necessidade (por ex., na área educacional, para atender ao alunado da Educação Especial, precisa, até estes dias, de contratações, pois não teve Concurso para preenchimento de vagas de Cuidador Escolar, por ex.).

CONCURSO PÚBLICO: O caso indiscutível, em linhas gerais, é que Igarapé-Miri teve Concurso Público em 2009 (Fadesp realizou), em sua versão mais recente, que as nomeações em derradeiro se deram em fev./2014 (prefeito Pé de Boto, ex-DEM). Desde 2014, há exatos 6 anos, nada de nomeações em grande volume, via Concurso. Porém, desde 2013, em geral, muitas centenas - ou mais de um mil - contratos temporários, a cada ano; na pasta da Educação, o volume é muito grande. Tem alguma coisa que não bate aí, não é verdade?


(...) – texto completo na página inicial deste Blog.

#PoemeirodoMiri





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Da minha Dissertação de Mestrado em Letras (PPGL-UFPA, 2015):

CAPÍTULO 3 - SOBRE O MUNICÍPIO DE IGARAPÉ-MIRI E O JORNAL MIRIENSE

Neste capítulo faz-se uma discussão acerca de dois aspectos que são evidenciados por este texto e que mantêm correlação com o problema da pesquisa: o município de Igarapé-Miri e o Jornal Miriense, um dos principais veículos de imprensa produzidos nesse município. Na primeira seção é apresentado o município de Igarapé-Miri, em seus aspectos históricos, localização geográfica e em suas realidades de acesso à informação, cujo foco está na experiência de imprensa jornalística vivenciada desde o ano de 1902 (LOBATO, 2007). E, na segunda seção, é discutida a realidade de imprensa materializada no projeto do Jornal Miriense, veículo de imprensa escrita produzido em Igarapé-Miri e que sucede o jornal Mensageiro do Miri, cujo início de atividades midiáticas inscreve-se ano de 1980.
Portanto, em curso há mais de 35 anos. Discute-se o trabalho de noticiar sobre o município de Igarapé-Miri enquanto uma atividade enunciativa de grande relevância para a vida pública desse município, evidenciando-se que a discussão proposta pelo jornal aborda os mais diversos aspectos da sociabilidade do município, com destaque para a tematização da política local e da atuação feminina nessa vivência pública.


3.1 O município de Igarapé-Miri e realidades de acesso ao trabalho da imprensa

Antes de iniciar as considerações que aqui serão feitas sobre o Jornal Miriense, julga-se importante tratar, sumariamente, do município de Igarapé-Miri, no que tange à sua instalação e às suas realidades de usufruto das publicações resultantes do trabalho da imprensa jornalística. É o que segue.
                                                         
Conforme Fernandes e Seixas (2010, p. 2), na região amazônica, “catorze anos depois [da chegada da família real ao Rio de Janeiro], surge o primeiro jornal editado e impresso em Belém, O Paraense, com a sua primeira edição publicada no dia 22 de maio de 1822. Quando a imprensa brasileira completou 100 anos, um catálogo de jornais que circularam entre 1822 e 1908, na capital e no interior do Estado do Grão-Pará, registrava o expressivo número de 730 jornais (BELLIDO, 1908), “dos quais 722 foram impressos em português, quatro em espanhol, três em italiano e apenas um em francês” (FIGUEIREDO, 2008, p. 37).
A inauguração da imprensa na região se dá, conforme os autores, com O Paraense. “Felipe Patroni, principal idealizador do jornal, estudava em Coimbra e vivenciou a eclosão da Revolução Constitucionalista de Portugal, em 1820. (...) o bacharel arquitetava o projeto de instalar em Belém uma tipografia que fizesse circular o jornal e, por meio de suas páginas, formar e conduzir a opinião pública a partir das conquistas dos revolucionários portugueses” (Fernandes; Seixas, 2010, p. 3).

Acompanhando esse percurso histórico, pode-se dizer que o Jornal Miriense surge com mais de um século de distância temporal em relação a O Paraense. No entanto, em 1902 já se pode constatar a presença de jornal em Igarapé-Miri (Lobato, 2007), conforme se discute neste texto.


O município de Igarapé-Miri é um dos mais tradicionais da região tocantina e tem sua origem inscrita nos idos de 1700, conforme esclarece Lobato (2007, p. 10), em uma passagem em que afirma que Igarapé-Miri “tem seu início desde 10 de Outubro de 1710, data da Sesmaria em favor de João de Melo Gusmão, concedida pelo então Governador Capitão Geral do Maranhão Cristóvão da Costa Freire, confirmada pelo El-rei Dom João Rei de Portugal”.

Essa informação acerca da origem desse município é compartilhada por Araújo e Souza (2011, p. 12), que ainda acrescentam que o mesmo está “situado na Mesorregião Nordeste do Pará, na Microrregião de Cametá” e que “o município de Igarapé-Miri pertence ao (culturalmente chamado) Território do Baixo Tocantins”. Trata-se de um município que tem pouco mais de 59.000 (cinquenta e nove mil) habitantes, dos quais mais da metade habita a cidade, a zona urbana (IBGE, 2013).
Segundo as informações contidas nos folhetos do Tenente-Coronel Agostinho Monteiro Gonçalves de Oliveira (apud LOBATO, 2007), intitulados Chronica de Igarapé-Miry, no território hoje conhecido como Igarapé-Miri existia uma fábrica nacional para aparelhamento e extração de madeiras de construção, que eram comercializadas em Belém.

Em 10 de outubro de 1710, João de Melo Gusmão conseguiu do Governador, o Capitão-General Cristóvão da Costa Freire, a cessão de uma sesmaria, contendo duas léguas de terra situadas no lugar atualmente conhecido por Igarapé-Miri. Mais de um século depois, em 1843,

Como Freguesia(...) viu Igarapé-Miri proceder-se à Independência do Brasil de Portugal. O Decreto Legislativo número 113, de 16 de outubro de 1843, deu à Freguesia a categoria de Vila e com ela criou o Município, cuja extensão ficou definida no ano seguinte com o Decreto Legislativo número 118, de 11 de setembro, que nela incluía as Freguesias de Igarapé-Miri, Abaeté e Cairarí (LOBATO, 2007, p. 31).

O nome “Igarapé-Miri” vem da tradição indígena. Ao ser “traduzido para o português, quer dizer CAMINHO DE CANOA PEQUENA” (LOBATO, 2007, p. 182, grifado). Assim chamada em virtude de estar envolta pelo grande rio Tocantins, um dos principais rios da Amazônia paraense.
Igarapé-Miri pertence à microrregião de Cametá e está distante da capital, Belém, 78km por via rodo-fluvial. Seus limites territoriais são: ao Norte, com Abaetetuba; a Leste, com Moju; ao Sul, com Cametá e Moju; a Oeste, com Cametá e Limoeiro do Ajuru (IGARAPÉ-MIRI, 2011).

Conforme Lobato (2007, p. 149), a data de 23 de maio de 1896 marca a elevação da Vila de Igarapé-Miri à categoria de Cidade de Igarapé-Miri, mediante Lei de iniciativa do Senador Estadual José Garcia, conforme diz esse autor: “lei de sua iniciativa do Congresso Estadual” [Artigo 1º do Decreto Lei número 113, de outubro de 1843: “Fica elevada à categoria de Vila a Freguesia de Igarapé-Miri, que será denominada VILLA DE SANTANA DE IGARAPÉ-MIRI” (apud LOBATO, 2007, p. 32)].

Essa elevação à categoria de Villa de Santana de Igarapé-Miri só teria efeito “depois que o povo dela construir casa para a Câmara [Municipal] e Cadeia”. O mesmo autor informa que no dia “26 de julho de 1845 teve lugar essa cerimônia, depois de satisfeita aquela exigência” (LOBATO, 2007, p. 33).

Pode-se concluir pela relevância histórica de um território que tem mais de dois séculos de reconhecida trajetória social e política, inclusive envolto por grandes episódios da história paraense, como o que se passou na luta travada pelos “cabanos” no século 19, da qual Igarapé-Miri fora palco, fato histórico revelado, em tom de narrativa literária, na obra Igarapé-Miri no contexto da Cabanagem (QUARESMA JR., 2005)*.

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* Informa o autor (QUARESMA JR., 2005) que essa obra “tem como objetivo resgatar uma lacuna da história do Município [de Igarapé-Miri] que, por quase dois séculos, ficou esquecida no tempo. É o resgate do contato do nosso povo com o maior movimento revolucionário da história do Pará...” (QUARESMA JR., 2005, p. 3), a Cabanagem, como já referido aqui. (...)

Em Igarapé-Miri, o aspecto concernente à prática da comunicação jornalística é um dos que mais se destacam. É possível afirmar que se trata de um dos municípios dessa região que mais se destacou, dada a sua atividade de comunicação midiática, uma vez que o mesmo tem uma tradição de imprensa jornalística que ultrapassou três décadas de produtividade, com a contribuição de um mesmo projeto editorial, o Jornal Miriense, sobre o qual se discorre nesta seção.

Esse percurso, não apenas das três décadas aqui referidas (anos 1980, 1990 e 2000), mas também dos anos 1902 em diante, será brevemente apresentado ainda neste capítulo, como segue.
O passado recente de Igarapé-Miri, no que tange à atividade jornalística, é evidenciado por Lobato (2007), autor que cita jornais existentes em Igarapé-Miri a partir de 1902. Afirma o autor que o município de Igarapé-Miri, “através da palavra escrita, exprime o sentimento de seu povo, em demonstração de confiança no seu progresso” (LOBATO, 2007, p. 192).

Tal prática jornalística, sustentada na palavra escrita, impressa – que na visão do autor está atrelada à possibilidade de esse município progredir – é uma realidade histórica desde 1902, ano em que Igarapé-Miri ganhou seu “primeiro semanário (...), de propriedade de uma Associação”. Interessante notar que o autor cita em sua obra que: (i) o semanário em questão era intitulado “IGARAPÉ-MIRI” e (ii) o exemplar de “número dez, de data de 19 de Outubro de 1903, descreve a biografia do Barão de Cairarí, industrial Antonio Manoel Corrêa e Miranda” (LOBATO, 2007, p. 192).

Já aqui chama a atenção o fato de que é um homem, industrial/político, o “Barão de Cairarí”, quem ganha destaque nessa edição, mesmo que se saiba o quanto era apagada, para não dizer nula, a participação da mulher na política Brasil afora e em Igarapé-Miri mais ainda. Lobato (2007) registra uma lista de jornais que eram ou são editados em Igarapé-Miri. Diz que em 1909 surge um segundo jornal, de circulação semanal, mas não diz o nome do veículo. O autor apenas cita seu proprietário, Jacinto Boniele, e informa os nomes dos três redatores. (...)

O autor não deixa de enfatizar o que deveria ser, em seu ponto de vista, o parâmetro de produção jornalística: a imitação do fazer jornalístico praticado em Belém do Pará. É o único jornal citado por ele que recebe esses predicativos, além das destacadas considerações que ele faz acerca do jornal “Correio de Igarapé-Miri”, jornal que defenderia o município miriense.

O penúltimo jornal, e quinto da sua listagem, citado por Lobato (2007, p. 193) é por ele denominado “MIRIENSE” e está registrado como “Jornal informativo do baixo Tocantins de DORIVAL PEREIRA GALVÃO”. Trata-se do Jornal Miriense, veículo que tem a sua prática discursiva investigada neste estudo, jornal que traz como slogan “O Jornal mais lido do Baixo Tocantins”.

Por fim, afirma Lobato (2007) que em 2002 é instalado em Igarapé-Miri mais um jornal (o sexto listado), o Correio de Igarapé-Miri, “jornal informativo de circulação mensal, em defesa de Igarapé-Miri (...) havendo uma mala direta para os igarapemirienses residentes nas cidades de Belém, Macapá, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e onde houver filhos de Igarapé-Miri residindo(...), sendo a distribuição gratuita em virtude das contribuições das empresas da região que vêm prestigiando o informativo” (LOBATO, 2007, p. 193)25.

O autor não cita outros três jornais que circulam(ram) mensalmente em Igarapé-Miri, nos últimos anos. Um deles é denominado A Folha de Maiauatá, jornal que teve circulação mensal, entre os anos de 2005 e 2008. O segundo deles é o Jornal Sementes, também de circulação mensal, o qual não tem circulado em Igarapé-Miri nos últimos anos. Já o terceiro jornal intitula-se Tribuna Popular e veio a público no ano de 2014, ou seja, este jornal é posterior à publicação da citada obra. Os fundadores e também editores-chefes dos três veículos citados são, na ordem: Antonio Marcos Quaresma Ferreira, José Jorge Lobato Coelho e Isaac Fonseca Araújo.
(...)

Fonte: Israel Fonseca Araújo. A enunciação da ação política feminina em IGARAPÉ-MIRI: um estudo das relações interdiscursivas no Jornal Miriense. Dissertação (Mestrado em Letras); Orientadora: Professora Dra. Fátima Pessoa. Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação. 2015.


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Em breve, várias divulgações sobre o município de Igarapé-Miri, inserido na região do Baixo Tocantins (municípios localizados às voltas do grande rio Tocantins), pertencente à microrregião de Cametá. Igarapé-Miri é conhecido, atualmente, como a "Capital Mundial do Açaí".




Militantes na Cultura igarapemiriense realizarão a 3ª Mostra da Cultura Miriense:


Acontecerá neste final de semana, entre 28/10 e 30/10/2016, na Praça Pe. Henrique (beira do rio Igarapé-Miri), a terceira edição dessa que é uma das mais concorridas iniciativas em prol do crescimento da Cultura de Igarapé-Miri. Liderada pelo professor e músico Patrich Depailler Moraes, juntamento com Zé Luís Miranda (banda Sabor Açaí), a Mostra é referência nas atividades culturais desde o ano 2014.

Grandes atrações, entre as quais a Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), estarão presentes. Confira a Programação:




(Divulgação da Programação; fonte: grupos de WhatsApp)



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