domingo, 4 de agosto de 2019

Via Jornal O Globo: em 28 anos, Bolsonaros nomearam ao menos 102 pessoas com laços familiares



Este Blog Poemeiro do Miri tomou conhecimento da robusta matéria do jornal O Globo, das Organizações Globo, conglomerado empresarial que vem dando certa cobertura aos casos de possíveis (ou seria visíveis?) irregularidades/corrupção envolvendo a família Bolsonaro, com destaque para o chefe da mesma, Jair Bolsonaro-PSL (atual Presidente da República Federativa do Brasil). Na vasta narrativa intitulada "Em 28 anos, clã Bolsonaro nomeou 102 pessoas com laços familiares", os jornalistas Juliana Dal Piva, Juliana Castro, Rayanderson Guerra, Pedro Capetti, Marlen Couto, Bernardo Mello e João Paulo Saconi relatam que "Desde 1991, quando Jair Bolsonaro assumiu seu primeiro mandato como deputado e deu início à trajetória da família na política, o presidente e seus três filhos (Flávio, Carlos e Eduardo) empregaram mais de uma centena de funcionários com parentesco ou relação familiar entre si, vários deles com indícios de que não trabalharam de fato nos cargos".

A matéria faz uma vasta exposição de casos de nomeações de aliados(as) e parentes, tanto na Câmara Federal e Câmara Municipal do Rio de Janeiro (onde Carlos Bolsonaro tem sido Vereador), quanto na ALERJ (Assembleia Legislativa do RJ, o parlamento estadual onde Flávio Bolsonaro atuava, antes de se tornar atual Senador da República). O jornal informa (ou dá a conhecer que) fez mapeamento "durante três meses em diários oficiais e com uso da Lei de Acesso à Informação sobre todos os assessores parlamentares da família Bolsonaro identificou 286 pessoas nomeadas nos gabinetes desde 1991". Diante dos dados encontrados, segue O Globo dizendo que "após um cruzamento de informações de bancos de dados públicos e redes sociais, a reportagem identificou que ao menos 102 têm algum parentesco ou relação familiar entre si, fazendo parte de 32 famílias diferentes. O número representa 35% do total dos funcionários indicados no período".

São inúmeros os casos de nomeações, como por exemplo o do primeiro sogro de Jair e do segundo sogro de Jair, entre outros.

Bem conhecido de todos nós, o caso mais destacado e o primeiro revelado pela imprensa, foi "o da família do policial militar da reserva Fabrício Queiroz, ex-assessor que emplacou sete parentes em três gabinetes da família Bolsonaro (Flávio, Carlos e Jair) desde 2006. Uma que não era conhecida até agora é Angela Melo Fernandes Cerqueira, ex-cunhada de Queiroz. Em abril, os oito tiveram o sigilo quebrado em investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sobre a prática, na Assembleia Legislativa (Alerj), de “rachadinha” — apropriação de parte do salário dos funcionários".


PARENTES DO PRESIDENTE

A família do presidente teve 22 integrantes nomeados nos quatro gabinetes ao longo de quase três décadas. Um dos primeiros parentes que Bolsonaro nomeou foi seu primeiro sogro, João Garcia Braga, o seu Jó. Ele é pai de Rogéria Nantes Braga, mãe dos três filhos mais velhos do presidente. Braga constou como seu assessor entre fevereiro e novembro de 1991. Depois da Câmara dos Deputados, ele foi nomeado pelo neto Flávio na Alerj, onde permaneceu de 2003 a 2007. Do total de 286 funcionários, 40 transitaram entre mais de um gabinete. O salário bruto médio real de Braga foi de R$ 9,7 mil, informa O Globo.
(...)


FAMÍLIA INTEIRA EMPREGADA

O Globo dá a conhecer que o "gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores [do Rio de Janeiro] também abriga um militar de confiança que teve parte da família empregada. Desde 2001, o sargento da reserva do Exército Edir Barbosa Góes conseguiu cargos para a esposa Neula, a irmã Nadir e os dois filhos, Rodrigo e Rafael. O GLOBO falou com Rafael, que é nutricionista, e questionou se havia trabalhado na Câmara Municipal. Ele disse que 'não'. Dias depois, confrontado outra vez com a informação, disse que 'estava na correria' e mandou a reportagem falar com o atual chefe de gabinete, Jorge Fernandes. Procurado na última quarta-feira, Fernandes não deu retorno. O salário bruto médio real de Rafael no período da Câmara foi de R$ 6,7 mil" (grifado).
NOMEAÇÕES SÃO "LEGAIS"

"Após fazer o levantamento que apontou a contratação pela família Bolsonaro, ao longo de 28 anos, de 102 pessoas com algum tipo de laço familiar para seus gabinetes no Legislativo, O GLOBO procurou o presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para comentarem os critérios de contratação, a nomeação de familiares e as funções de alguns de seus assessores", diz o jornal. Em resposta à reportagem, segue O Globo, o advogado do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou que “a nomeação dessas pessoas ocorreu de forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)”.
A Nota de Flávio Bolsonaro: “Todas as pessoas que foram nomeadas, na época, eram qualificadas para as funções que exerciam. Trabalharam em diferentes áreas, mas sempre em prol do mandato, tanto que as votações enquanto deputado estadual foram crescentes. A nomeação dessas pessoas ocorreu de forma transparente e de acordo com as regras da Alerj. A execução do trabalho delas também ocorreu de acordo com as normas”. (...)


Matéria completa no seguinte endereço (acesso nesta data): 

https://oglobo.globo.com/brasil/em-28-anos-cla-bolsonaro-nomeou-102-pessoas-com-lacos-familiares-23837445