sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Sabes o que é incoerência? Isso pode até matar (post rápido de fds)

 Amigos/as, ispiem só essa situação; bem fácil até de entender. Considerando que o Brasil produz muita, mas muita, mas muita soja, por que vc acha que o óleo de soja foi um dos vilões do aumento no preço da Cesta Básica? Qual a "lógica" que explica isso?

Por que os preços - no caso do mercado interno brasileiro - não ficam no nível do razoável?

Não será porque o governo quer fazer seus aliados cada vez mais bilionários, tri-lionarios e assim por diante? Bom atentar mais para isso, não?

Ou seja, a fórmula que nós usamos pra definir Presidente tem algum problema, ou na fórmula, ou em nós mesmos; em nossos dispositivos de inteligência, será? (Risos tristes).

UM EXEMPLO triste, de corte nas nossas carnes:

Vejam o caso da educação pública e de como lidamos com a mesma, como contribuímos para fazer essa rede de direitos ser mais (ou menos) justa, igualitária: tem professores/as de escola pública, trabalhadores meio pobres (que ganham cerca de 20% dos salários de um deputado federal ou de um Juiz, de um delegado), pessoas como Nós, que rejeitaram o Fernando Haddad (Prof, pesquisador, Doutor, advogado, ex-Ministro da Educação, ex-Prefeito da megalópole da América Latina) e escolherem o Jair Bolsonaro (suspeito e muito suspeito de ligações e ligações...) para governar o Brasil e definir os rumos na Educação Pública e nas demais políticas públicas. Inclusive, podendo sepultar políticas públicas - caso da Cultura e da Valorização da Mulher.

Qual é essa lógica? O que explicaria isso? Vejamos.

Pode ser uma "burrice", ingenuidade, idiotice, às vezes canalhice e má-fé; às vezes, somente falta de humildade pra conversar com quem entende mais de questões cruciais definidoras de nossas conquistas ou perdas sociais - caso de Estado mínimo, estado de exceção, milicianato, golpismo, gestão pública, política, economia, neoliberalismo etc. (Sim, sim; assim como em outras profissões, na nossa tbm tem coisa ruim, muito ruim ou podre).

Mas, nem por isso vamos desistir de nosso país, não é?


#Compartilhe 

#BlogPoemeirodoMiri 

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Vamos dar uma (voltinha) nos EUA, com 39 mil reais públicos no bolso? (Um exc. texto de domingo)

Não irei falar sobre os apoios públicos de deputado federal bolsonarista ao Nazismo (o que é crime), de opiniões criminosas sobre defender um regime que matou muitos milhões de pessoas pelo Mundo - sobretudo judeus, na Alemanha de Hitler (bem apoiado pelos Bozos da vida); nem falarei sobre "comunicadores" atuantes no You Tube, que saem a defecar pela cavidade vocal, nem sobre coisa similar (não são tds, fique claro; tem muita gente super competente e que se pauta por bons princípios éticos atuando em plataformas como essa). Isso levaria diversas páginas de escrita e você não gostaria de ler. Você gostaria?

Vou discorrer, em poucas linhas, sobre o fim da mamata no Brasil. Você acredita? (Oi, ainda estás aí?). Você lembra de quando havia diversos políticos, principalmente atuantes nos planos federal e estadual, que saíam em viagens pelo Mundo, gastando milhões de reais com recursos públicos? Ou seja, fruto dos trabalhos do contribuinte. lembram? Eram gastos muitos milhões de reais, ou de dólares, usando essas verbas públicas; quem fazia isso? Era "o PT", não era? (#poemeiro_pensativo)... Risos.

Cara, me deu uma vontade de ir aos Estados Unidos da América (EUA), pra me divertir um pouco, conversar sobre MMA, fazer um teste de Covid-19 ao custo de perto de dois mil reais, ainda mais podendo ter 39 (trinta e nove) mil reais para gastar, à vontade. Sabe, aqueles R$ 39.150,95 à disposição da gente; bora lá? O povo brasileiro paga. Tá liberado. Mas tem um problema: para irmos, temos de ser integrantes do alto escalão do governo de Jair Bolsonaro. Bora lá pegar uma vaga na Secretaria Especial de Cultura (espaço equivalente ao finado Ministério da Cultura). Mais de 39 mil reais somente para uma pessoa; sendo duas, podemos ter o dobro disso (mais de R$ 78.300,00).

Tamo junto? Vc é contra a "mamata"? Então, venha comigo; vamos nos juntar ao Mito de araque e telhados de vidro e banir a "mamata" de vez deste país; ok?

Tem problema se eu contar um caso a vc? É sobre o "fim da mamata no Brasil". Farei melhor; vou pedir a outras pessoas lhe contar: uma pessoa, é do site R7 (Grupo Record, instituição defensora do bolsonarismo e de sua corrupção, do Bolsonaro e de sua corrupção e seus crimes, guardadas mínimas exceções); depois, é a vez da voz da Carta Capital, não alinhada a isso tudo. Leia, pfv:

(R7, Grupo Record):

MARIO FRIAS GASTA R$ 39 MIL PARA SE ENCONTRAR COM LUTADOR NOS EUA

Viagem ocorreu de 14 a 19 de dezembro, e secretário-adjunto da Cultura também viajou; órgão diz que Frias cumpriu várias agendas

 

Plínio Aguiar, do R7 em Brasília (DF)

O secretário especial de Cultura, Mario Frias, gastou R$ 39 mil, pagos pela União, numa viagem que durou cinco dias para Nova York, nos Estados Unidos, em dezembro de 2021, para se encontrar com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie, apoiador do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com os dados do Portal da Transparência, a viagem, que ocorreu de 14 a 19 daquele mês, custou aos cofres públicos R$ 39.150,95. O motivo para a agenda foi o convite feito pelo lutador para conhecer um projeto cultural de audiovisual.[...]

Fonte: (R7, clique aqui)


(Site Carta Capital):

"Viagem de Mario Frias aos EUA para ver lutador de jiu-jitsu custou R$ 39 mil...

O secretário de Cultura foi a Nova York em dezembro para discutir um projeto audiovisual com Renzo Gracie

Carta Expressa; 10 de fevereiro de 2022

A recente viagem de cinco dias a Nova York do secretário especial da Cultura, Mario Frias, custou 39 mil reais aos cofres públicos. Ele foi aos Estados Unidos em dezembro de 2021 para discutir um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie, apoiador do presidente Jair Bolsonaro [atualmente no PL]".

Fonte: ( post de Carta Capital, clique aqui)

Outro lado: Maria Frias acusa os jornalistas, nega as infs. que o governo federal disponibilizou no Portal (ou seja, informa que essas infs. são falsas) e informa que processará os divulgares das infs. (jornalistas, comentadores e outros).

_____________________

Os trechos que citamos acima são frutos de publicações produzidas a partir de checagem de fatos, acesso a dados reais e públicos - disponíveis à população no Portal da Transparência; não porque um governo queira, mas porque a sociedade conquistou legislação determinando isso.

Que acha vc? Gostou do sepultamento da "mamata" neste nosso amado Brasuca? Quer saber mais sobre os milhões gastos com Cartão Corporativo nas curtições (de fins de semana, ou não), e farras, de "Jair", Brasil afora?


Texto: Israel Fonseca Araújo, escritor, professor, blogueiro. Academia Igarapemiriense de Letras (AIL).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Lançamento: "POROROCA DOS SABERES" é o novo livro liderado pelo historiador Marinaldo Pinheiro

Israel Fonseca Araújo (Academia Igarapemiriense de Letras/AIL)

Divulgação da Live - Lançamento do Livro "Pororoca dos Saberes" (Ed. Veloso, 2021)

O historiador, professor e pesquisador Marinaldo Pantoja Pinheiro é um dos mais produtivos intelectuais de nosso Igarapé-Miri (PA), nos últimos anos. E olhe que as atividades culturais, poéticas e de pesquisa estão a todo vapor (e como nunca o estiveram) na Terra do Açaí. Mestre em Educação e Doutorando no mesmo Programa, pela UEPA, graduado e especialista em História; bacharel em Filosofia, membro efetivo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Pinheiro tem se destacado, e muito, nesse aspecto: só no dia do Aniversário de Igarapé-Miri, em 23 de maio de 2021, foram dois livros acadêmicos lançados. Agora, surge mais um.

Desta feita, trata-se da obra POROROCA DOS SABERES: Produção de conhecimentos na “Terra do Açaí” (Editora Veloso, 2021). Organizado pelo citado historiador, o livro reúne pesquisas que resgatam vários aspectos acerca do passado igarapemiriense, conforme apontamos a seguir (em tempo: Live de Lançamento acontecerá nesta quarta, 09/02, 20:30h, no Facebook Poemeiro do Miri On-line). 

Segundo as falas do próprio organizador, a obra apresenta "o resultado de cinco (05) pesquisas que tratam das seguintes temáticas: educação, escravidão e religião, a saber:

(i) Patrimônio perdido: História da Festividade de Santa Maria da Boa Esperança em Igarapé-Miri, Pará (1825-2005), de autoria de Edna Ferreira Lobo;

(ii) 'Fragmentos de uma sociedade imperial (1831-1903)', Renato Pinheiro Sinimbú;

(iii) 'Senhor e possuidor de uma sorte de terra': Título de Posse e regularização fundiária no município de Igarapé-Miri/PA (1897-1901), escrito por David Rodrigues Farias;

(iv) Ecos de Modernidade: História do Grupo Escolar de Igarapé-Miri, Pará (1904-1971), texto produzido por Marinaldo Pantoja Pinheiro;

(v) Ensino de História na Escola Municipal de Ensino fundamental Aristóteles Emiliano de Castro, Igarapé-Miri, Pará (1964-1985), de Rayanne Corrêa Cabral".


Síntese: Segundo anotações da professora e pesquisadora, doutora Ivanilde Apoluceno de Oliveira, o Pororoca dos Saberes "é uma coletânea, que apresenta pesquisas de caráter interdisciplinar realizadas no município de Igarapé-Miri, Pará, Terra do Açaí. O título é significativo ao destacar a 'Pororoca dos Saberes', que tem relevância no contexto amazônico e, como destaca Oliveira (2003), expressa no plano simbólico o encontro entre diferentes forças de saberes, cuja onda de ideias avança, de forma avassaladora, na construção do conhecimento"; conclui a professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA) que "vale a pena ler esta coletânea para conhecer tanto o contexto histórico, cultural e educacional do Município de Igarapé-Miri, quanto às produções de seus pesquisadores com as vozes dos sujeitos das pesquisas, representantes da comunidade local". 


Apoio: Blog Poemeiro do Miri

domingo, 6 de fevereiro de 2022

"Professor do Povo": sobre o trampo de um criminoso neonazista no "Brasil de Bolsonaro"

O Brasil de Bolsonaro não é para amadores(as); em termos de incentivos a crimes diversos (apologia ao nazismo, à tortura, à execução sumária de negros e população LGBTQIA+, violência contra mulheres e populações moradoras de favelas e outros), nada supera essa nova fase de horrores praticados contra os direitos das pessoas (ou seja, os direitos humanos).

A coisa é tão grave que, além de revolta/indignação, chega a dar nojo, asco em pessoas do bem. Vejam estes exemplos: (i) as mortes de quase 650 mil pessoas (oficialmente registradas) pela Covid-19 não obtiveram do "Presidente" do Brasil, ao contrário: inúmeras vezes Bolsonaro debochou do sofrimento das pessoas e até das mortes destas, pela Covid-19, se referiu a quem sofre taxando-os de "maricas" e falou em "mimimi"; deu de ombros e disse: "e daí, eu não sou coveiro?"; nem o "Bozo", nem sua Ministra de Direitos Humanos - Damares Alves - se mostraram sofrendo ou com empatia em relação a essas mortes;; (ii) nesse Brasil de Bozo, a execução de negros é motivo do mesmo silêncio, covarde e que beira à categoria de criminoso, que vitimou a já executada (com tiros de fuzil, de atiradores de elite...) Marielle Franco (Ver./PSOL): assim se deu com o jovem congolês (Moïse) e com um negro (Durval Filho) - este executado por um Sargento da Marinha, com três tiros, a sangue frio; aquele, executado a pauladas, à vista de todos...; silêncio e frieza totais da parte deles - muitos dos quais, se achando líderes cristãos e seguidores de Jesus Cristo nesta Terra; (iii) a prática de produzir e de, sobretudo, de replicar notícias falsas/fraudulentas - as tais fake news.

Nenhum estrato populacional comete tantos crimes contra a cidadania e as boas práticas de vida comunitárias quanto esse, essas pessoas, o que é grave, criminoso e lamentável. Mas é a realidade que está a nossa cara, e ainda vamos precisar de uma ou de muitas décadas para sair desse poço de obscurantismo e de crueldade de caráter. Isso é pode ser vislumbrado, ao menos em parte, no conteúdo sobre o qual nos referimos, a seguir.

No dia de ontem, 6, o professor aposentado, escritor e youtuber, Paulo Ghiraldelli Júnior, publicou um vídeo em seu Canal no You Tube ("Filósofo Paulo Ghiraldelli") tratando sobre um neonazista alemão, espécie de pessoa fugida da Alemanha em razão de cometimento de crimes naquele país, caso de apologia e/ou relativismo em relação ao Nazismo, estilo supremacista (branco, né?), defensor de mortes de pessoas que ele(s) considera(m)como inferiores etc. O cara está alimentando e sendo alimentado pela extrema-direita e mora em Santa Catarina (matéria do gruo Globo, acesse clicando Aqui); isso, mesmo, mas veja este dado: há poucos anos atrás (perto de 2018), pesquisas mostravam que SC era o estado brasileiro que mais baixava conteúdo nazista na internet, infelizmente, isso não é dado irrelevante.

No conteúdo intitulado "Ele está feliz no Brasil", Ghiraldelli Jr. afirma, claramente: "O 'professor do povo' está entre nós. Propaga todo tipo de porcaria política. É alemão e foi condenado na Europa. Tem credenciais falsas de jornalismo". Ghiraldelli Jr. tem boas credenciais para fazer essa discussão, senão, vejamos: é duas vezes Doutor, uma pela USP e uma pela PUC-SP; e duas vezes Mestre, uma pela USP e uma pela PUC-SP; é graduado nas áreas de Filosofia e de Educação Física. Possui um vasto número de livros acadêmicos publicados - e se apresenta como Diretor do CEFA - Centro de Filosofia Americana.

Link para o vídeo de Ghiraldelli JR., na íntegra (clique AQUI)

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Sargento da Marinha: Sobre a execução do negro Durval Filho, com 3 tiros de pistola e à queima-roupa

Israel F. Araújo (editor, fundador). Contato: poemeiro@hotmail.com

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


Durval Filho; img Rede Globo: disponibilizada por Carta Capital


Este relato é profundamente triste e pode te causar mal-estar, sofrimento íntimo e angústia. Quer continuar? Então, te prepara. Aconteceu assim, e se deu, novamente, no Rio de Janeiro (BR), desta feita em São Gonçalo:

 

I - Um homem branco, sargento da Marinha (Sr. Aurélio Alves Bezerra) – ou seja, integrantes das Forças Armadas (formadas por servidores públicos que dispõem de armas de fogo para andar, trabalhar, se locomover, passear, ir a lanchonetes, aniversários, casamentos, sorveterias, festas, bares...), avistou um cidadão negro (Durval Teófilo Filho, um homem negro, que o Sargento da Marinha possivelmente não reconheceu e que não era de seu grupo de amigos, por ser negro ou por outra razão) que chegava próximo a sua pessoa (do Sargento). Imediatamente, este sacou de sua pistola e deu um tiro em Durval (o homem negro, que morava no mesmo condomínio “do” Sargento); Durval caiu, espécie de mão levantada, clamando por socorro e suplicando para não ser mais atirado, para não ser morto. O Sargento, vendo isso, deu mais dois tiros à queima-roupa em Durval (o homem negro, seu vizinho de condomínio), finalizando, dessa forma, a vida de Durval Filho (o homem negro...). O racismo estrutural, neste país, propicia que pessoas moradores de apartamentos ou ruas próximas não "se conheçam", nem conversem, de modo que o cidadão - ou a cidadã - branco nem conheça seus vizinhos; digamos assim: seus vizinhos pretos são invisíveis.


II – Ato contínuo, o Sargento se aproximou e constatou que Durval (o homem negro, seu vizinho de condomínio) não portava arma, que não iria lhe atirar, assaltar e/ou matar: a tese do Sargento branco era de que Durval (o homem negro, possivelmente somente por ser negro) estava mexendo próximo da cintura e que poderia cometer assalto. Antes de atuar como militar, de exigir "mãos ao alto" etc., o que fez o Sargento/branco? Fuzilou o descendente africano: depois, se pergunta se era assalto ou se não era (mas Durval, o negro, não teve meios de dizer que não era, pois morto não fala). Nesse momento, já era a vida de mais um negro, assassinado covardemente neste Brasil, com os requintes de animalidades de que se revestem esses crimes sobretudo no Rio de Janeiro (lembram da recente execução do jovem congolês, que fugiu de lá para não ser morto...?). O Rio de Janeiro é exemplo de Brasil, tbm nesse aspecto: lembram da execução de um músico negro, com cerca de 80 tiros contra seu carro, sua pessoa?


II - Com a obrigação de fazer investigação (tem imagens de câmera e outras provas), a Polícia saiu a campo. Tudo anotado e "tecnicamente" documentado, o que fez o delegado (que é integrante de força armada)? Registrou, ofertou relatório dizendo que houve "homicídio culposo", pois o Sargento branco deu 3 balaços no Durval (negro) "sem intenção de matar" Durval; isso, mesmo. Digamos assim: esses tiros à queima-roupa se prestavam a fazer cócegas em Durval !!! (contém ironias, tá?).

 

III - Felizmente, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (que é obrigado a atuar, nesses e em outros casos) saiu em defesa da memória de Durval (lembremos que, vida, ele não tinha mais). Assim sendo, segundo informa a Carta Capital, o “MP-RJ diz que sargento da Marinha que matou vizinho por ‘confundi-lo com ladrão’ cometeu homicídio doloso” (consulte a matéria, na íntegra, clicando Aqui). Segundo a mesma matéria, Sargento seguirá preso: "A Justiça determinou a manutenção da prisão do Sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que atirou e matou o seu vizinho de condomínio Durval Teófilo Filho, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.[...] O militar também pode passar a responder por homicídio doloso (em que há a intenção de matar). O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a mudança da tipificação do crime à juíza Ariadne Villela Lopes, da 5ª Vara Criminal".


IV - Agora, resta lutar, esperar, denunciar e até torcer. Enquanto escrevemos este pequeno texto, mais negro são executado, feito "bichos", país afora. Por que um delegado (servidor público estadual) faz esse escárnio contra a memória do Durval (negro) Filho? Possivelmente, por estratégia política de manutenção do racismo estrutural; ou por coisa pior, já que se fosse julgado por crime "sem intenção" de matar, o Sargento Aurélio pegaria uma pena menor; sairia mais rapidamente de uma possível cadeia. Ainda bem, o MPE/RJ está acordado.


V - Sabemos que uma parte de nossa sociedade está apoiando o executor (o assassino), mas este Blog está pensando na vida perdida fria e covardemente, na família de Durval, em sua dignidade assassinada e no que isso significa historicamente e contemporaneamente, neste Brasil. Estamos dizendo, aqui traduzindo: que o "bandido" é o assassino; não é quem tem mais melanina na pele.