domingo, 28 de fevereiro de 2021

Post #715: "Mãos ao alto?" O WAR entra em campo, nas finais da Copa do Brasil

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


(Em Igarapé-Miri, PA, à Rua Lauro Sodré, Centro, bem em frente ao Banco do Brasil; exames laboratoriais em geral, com qualidade  garantida)


Na noite de hoje (28.fev), termina o ano de 2020; exatamente isso, e isso, mesmo. É que, nesta noite, termina o ciclo de 2020 do futebol masculino profissional do Brasil, essa vertente coordenada, gestada e comandada pela "prestigiada" CBF (Confederação Brasileira de Futebol), com a primeira das duas partidas entre Grêmio portoalegrense e S.E. Palmeiras, que decidem a Copa do Brasil-2020; né? O futebol da era da pandemia de Covid-19, profundamente impactado pelo vírus, pelas trapalhadas dos cartolas e pela fraqueza técnica da maioria dos vinte clubes da Série A, vai descansar deste funesto ano. Na Copa do Brasil, a situação está longe de ser diferente do Brasileirão, seja em termos técnicos, seja na questão da arbitragem humana e de vídeo (WAR) - aliás, a face "de vídeo" é toda comandada e interpretada humanamente.

Neste Blog, já conversamos, meses atrás, sobre "ter medo do WAR"; olha, falando muito sério, acreditamos que é preciso ter medo. A arbitragem de vídeo foi, de longe, o aspecto mais comentado, e em sentido negativo, durante as 38 rodadas do falecido Covidão 2020. Podemos garantir que muitas decisões foram tomadas em prejuízo de um ou de outro clube - e isso quando seria possível (des)marcar o pênalti, ou anular jogadas ou corrigir um erro da própria arbitragem. Trata-se, obviamente, de gerir decisões, de avaliar tecnicamente os fatos que estão sendo vistos e revistos no vídeo e de decidir entre as diversas - ou ao menos duas - decisões; mas parece que, ao chegar diante dos recursos tecnológicos, há uma transformação cerebral do árbitro de campo. Até "descalibragem" de WAR já vimos acontecer no Brasil, sem contar os sete minutos (ou mais), para termos a decisão tomada pelo "professor" do apito.

Caso raro: nada de dizer que se tem, apenas, erros; no jogo da Libertadores da América 2020, entre Palmeiras e River (ARG), a arbitragem de vídeo foi perfeita e o árbitro da partida, mais ainda; assim, lances foram revistos, decisões de campo foram ajustadas e injustiças foram desfeitas. É um grande alento.

Tomara que Grêmio e Palmeiras tenham essa mesma sorte, ou seja: tenham a sorte que outros times não tiveram no Brasileirão/2020 (vide o caso do Inter-RS, no jogo final, contra o S.C. Corinthians Paulista, quando o Colorado teve pênalti, super claro, marcado e desmarcado); se adotarmos esse certame como parâmetro, "só Deus por nós", como diz minha querida mamãe.

Vamos torcer e torcer. Bom jogo a tds.

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Post #714: Parabéns, amgxs do FLA/RJ, pelo sétimo Título

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) 

 

O Flamengo-RJ conquistou seu sétimo Título de campeão brasileiro, ontem; mesmo perdendo o jogo para o São Paulo F.C. (por 2 a 1), a agremiação carioca – detentora de cerca de 42 milhões de torcedores(as) pelo Brasil – levantou o Caneco mais desejado do futebol masculino nacional. Já era de se esperar, pois o poderio dos urubus têm o melhor elenco do país, uma das melhores condições financeiras, vem muito motivado (desde o 2019, quando o líder português Jorge Jesus conduziu o rubro-negro a vários excs. Títulos) e conta com um técnico (Rogério Ceni) inteligente, ousado, criativo, muito focado, excessivamente dedicado nos resultados, digamos: nos três pontos. O Fla/RJ já tinha sido campeão nos certames de: 2019, 2009, 1992, 1983, 1982 e 1980.

Título de 1987 é do Sport Clube do Recife; como eu sou terrivelmente contra a corrupção e os roubos (assaltos), não posso esconder essa apropriação indébita; e viva o Sport Clube do Recife, amigos/as.

Segue notícia elucidativa sobre o caso:

Flamengo perde em última instância e Sport é o campeão brasileiro de 1987

Gazeta Esportiva, em 17 de março de 2018

A polêmica que parece eterna sobre o campeão brasileiro de 1987 teve, enfim, um desfecho, ao menos judicialmente. Na última sexta-feira, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do sistema judicial brasileiro, deu ganho de causa ao Sport em última instância. Desta forma, o Flamengo não pode mais recorrer da decisão. O último recurso formal antes da decisão final foi apresentado em dezembro de 2017, quando a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade rejeitar o recurso apresentado pelo Flamengo para discussão do time vencedor da competição nacional. O processo já teve sua baixa definitiva efetuada pela justiça (confira em: Sport é o campeão brasileiro de 1987). 


MAS... O WAR PODE TER INTERFERIDO NO RESULTADO DO TÍTULO:

Infelizmente, ficou um "cheirinho" de injustiça no ar, aliás, por culpa do WAR (equipe de arbitragem, que usa recursos tecnológicos (vídeos) para fazer checagem de pênaltis, gols, lances passíveis de expulsão - e esperar criança birrenta dormir, pra mãe voltar a ver o jogo, pois demora horas para resolver um caso); acontece que o Fla-RJ só foi campeão (na rodada final) porque o Inter-RS não venceu o S. C. Corinthians Paulista, no estádio Beira-Rio; mas o Inter teve um pênalti marcada (em campo) e desmarcado, em seguida, após o árbitro central ter chamado o "professor" de campo; em outros lances, o temido WAR acertou (p. ex., ao anular um gol do Inter, onde havia impedimento no lance, no finzinho do jogo).

Obviamente que quem teria de fazer gols era o Inter, para poder sagrar-se campeão (ele ficou com 70 pontos, 01 a menos do que o Fla), e que aí o árbitro de vídeo nada pode fazer; aliás, poderia anular um gol legítimo, feito em campo, ou seria muito imaginar isso? Problemas dessa ordem à parte, o indiscutível é que Rogério Ceni merece a segunda conquista (já venceu um acesso, treinando o Fortaleza) de campeão brasileiro e que uma boa parte da torcida rubro-negra (a parte que tem antipatia por Ceni) vai precisando ir tomando uns goles de água e engolir o Mito; o cara parece que veio pra ficar, e vai ficar - já está eternizado, definitivamente, na história do Brasileirão e do Fla.

Parabéns, gente camarada que torce pelo Fla carioca; é hora de comemorar a conquista máxima do Covidão 2020, um dos piores campeonatos que já vimos. Que 2020 termine, no futebol, o mais rápido possível.


___________

* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Post #713: Final do Brasileirão, vc tem medo do WAR? Sente o q/ pelo Fla-RJ?

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) 


Resolvi fazer uma pesquisa sobre a cobertura, na TV Globo, dos antecedentes da Final do Brasileirão de 2020, para entender como a emissora carioca ira "cobrir" o Internacional (RS) e o Flamengo (RJ). Na noite de hoje, Internacional ou Flamengo sai campeão da versão 2020 do Brasileiro de Futebol Masculino da suspeitíssima CBF - Confederação Brasileira de Futebol; fiz espécie de estudo de caso, com base em observações (criteriosas) nas edições do programa "Globo Esporte" dos dias 23, 24 e 25 correntes. As conclusões mostram uma conduta quase vergonhosa da parte da emissora. Mesmo estando há cerca de um ano em guerra jurídica com os "urubus", a Globo praticamente só citou o Inter-RS de passagem, para ilustrar alguma informação; parece que o São Paulo F.C. (que poderia vencer o Fla e "ajudar" o Inter) teve mais destaque do que o Colorado gaúcho, que pode(ria) ser campeão - depeois de mais de 40 anos de jejum, time que está, de fato, na Final, pois os demais estão sem chances de título.

"Por que esse formato de cobertura vergonhosa?", poderiam indagar vcs; se a Globo está duelando com o Fla, como entender essa tática? Eu poderia explicar assim: é o desespero pelo audiência, pela conquista dos telespectadores/as que torcem pelo rubro-negro; é aquela coisa: "abraçar e beijar o inimigo, torcendo o nariz - de nojo - para o outro lado", como dizem uns adversários políticos sobre outros. É a velha tática da manipulação (que a emissora pensa que tem) sobre a população amante do futebol nacional; é apelar da forma mais aberta possível. Por isso, o necessário equilíbrio de forças a serem apresentados nas emissoras (que têm concessão pública do Estado brasileiro para operar - pelo interesse nacional, o mais plural possível) é jogado às traças e os magnatas da comunicação brasileira vão passando o rodo nos anseios dos torcedores gaúchos e de outros cantos, que torcem pelo rival do Grêmio.

Bem sabemos que as maiores chances são do clube carioca, que tem dois (02) pontos à frente do Inter, alcançados, vcs já sabem, no duelo direto, vivido no domingo passado. Em postagem anterior (confira no post #712, aqui) tratei dessa questão; das chances de um ou de outro sagrar-se campeão: basta dar uma olhada lá; aqui, acrescentamos que, se ambos perderem hoje à noite, aí mesmo é que o Fla-RJ agarra o Caneco. Coisa pra lá de chata pros lados gaúchos (não dos gremistas !!), pois o Colorado esteve 14 rodadas na liderança; o São Paulo FC tbm esteve por 14 rodadas no topo (mas, digamos, ambos "bambearam" as pernas). Será uma rodada muito bacana de se ver, pois tem o caso do C.R. Vasco da Gama, que pode ser rebaixado à Série B, e tem o duelo (indireto) entre Fla e Inter; a questão é a insegurança e são as dúvidas sobre a nada convincente arbitragem tupiniquim: vide o caso Rezende, de 1995, contra o Santos F.C.

WAR - o temor de muitos:

Acontece que a equipe de arbitragem de vídeo, em uso na Série A (que, segundo sabemos, custa cerca de 70 mil reais por jogo), não inspira insegurança (até pode ter momentos em que o WAR esteja "descalibrado", digamos: esteja off, na hora da maior necessidade da partida); tem mais: há quase um consenso de que o WAR, no Brasil, é muito intervencionista nas partidas, atrapalharia mais do que o necessário, toma decisões nada consensuais entre os especialistas e demora demais para tomar as decisões (pra quem estiver bebendo cervejas, pior e pior, pois os goles descem mais e o preço está "em oto patamar"); quando as toma, nem sempre é feliz nas mesmas.

Mas, vamos nos animar: tomara que haja muitos acertos, hoje, na parte das arbitragens e que, nos jogos principais, as possíveis interferências sejam todas felizes; sim: a arbitragem (quase) mecânica tem muitas chances de acertar. Que assim seja, ao menos hoje, quando o Fla-RJ, se for campeão, terá duas grandes conquistas: uma, ganhar seu sétimo título nacional (e não oito, afirmo eu).


Flamengo é Hexa Brasileiro (06 vezes) Campeão, e não Hepta:

É comum ouvirmos torcedores(as) rubro-negros afirmando, de peitos e seios estufados, que o seu time tem sete títulos, pois, na compreensão destes, o Fla é o Campeão de 1987; acontece que o vencedor de 1987 é Sport Clube do Recife, o Leão da Ilha (do Retiro); em um país onde a educação fosse levada bem a sério, a própria grande mídia (os oligopólios, os conglomerados - que educam a maioria da população) já teria feito as devidas demonstrações dessa realidade. Mas, interesses econômicos, políticos, empresariais, guerra por audiência e outras perspectivas impedem que emissoras como a Rede Globo jogue limpo com a população, mesmo que isso desagradasse parte dos brasileiros. Eu, que sou um mero professor no interior do Pará, sem osso na língua, joga a vera nos ventiladores:


Flamengo perde em última instância e Sport é o campeão brasileiro de 1987

Gazeta Esportiva, em 17 de março de 2018

A polêmica que parece eterna sobre o campeão brasileiro de 1987 teve, enfim, um desfecho, ao menos judicialmente. Na última sexta-feira, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do sistema judicial brasileiro, deu ganho de causa ao Sport em última instância. Desta forma, o Flamengo não pode mais recorrer da decisão. O último recurso formal antes da decisão final foi apresentado em dezembro de 2017, quando a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade rejeitar o recurso apresentado pelo Flamengo para discussão do time vencedor da competição nacional. O processo já teve sua baixa definitiva efetuada pela justiça (confira em: Decisivo - Gazeta Esportiva: Sport Recife é o campeão de 1987 ).


... a segunda é que poderá "dar" ao Brasil Rogério Ceni, o Mito sãopaulino, Campeão da Elite da bola, ele que é um dos treinadores visivelmente mais inteligentes, em atividade (visionário, ousado, criativo, frio, metódico, seguro e que sempre joga querendo ganhar com inteligência); fique claro: se Ceni se sagrar Campeão, esse será, pra mim, em especial, o grande ganho do futebol brasileiro de 2020.

Bom jogo - ou choros e risos - a tds.

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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domingo, 21 de fevereiro de 2021

Post #712: No jogo decisivo, o Fla-RJ foi beneficiado por “erro” da arbitragem

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) 


(Cuidando de sua saúde, vá ao Bioanálise: exames laboratoriais em geral, com qualidade garantida. Na Rua Lauro Sodré, Centro, em frente ao Banco do Brasil)

O jogo decisivo do Brasileirão, hoje, entre Inter-RS e Flamengo-RJ era a "final" antecipada da Série A-2020; final, entre aspas, pois se tratava de um confronto direto entre os clubes que podem ser campeão (um deles) nesta edição atrapalhada ou versão pandêmica do certame máximo nacional. Depois do vexame indesculpável do São Paulo F.C. nesta competição, jogando às cucuias o Título que estava encaminhado, restou ao Galo Mineiro (Atlético), ao Internacional e ao Flamengo a chance de levantar o Caneco; o time de Sampaoli também deu aquela "fraquejada" - já vista em 2019, quando ele comandou o Santos-SP.

Neste dia 21 (dom.), um dos melhores árbitros do Brasil (que tem péssima arbitragem, na média, cheia de suspeitas etc.), Raphael Claus, foi bem mal (a meu ver) ao, com ajuda da equipe de arbitragem de vídeo (WAR), expulsar o lateral direito do Inter-RS (Rodinei), bem no começo do segundo tempo. Essa decisão, talvez sem maldade da parte do árbitro central, produziu significativo desequilíbrio na partida (importante lembrar que um dos princípios basilares que norteiam a condução do trabalho da arbitragem é o princípio da igualdade; os outros dois são segurança e satisfação); a medida punitiva de Claus foi desproporcional à ação do atleta colorado e a relevância da partida era sem tamanho: por isso, e sem desmerecer os demais jogos, era preciso ser mais cirúrgico na aplicação da medida disciplinar. Não tenho dúvidas de que o lance do Rodinei era passível de punição com cartão amarelo.

Nas redes sociais, claro, as opiniões se dividem. Diori Vasconcelos fala que "Expulsão de Rodinei foi o grande erro da arbitragem de Flamengo x Inter; Raphael Claus deu vermelho para o lateral colorado após interferência do VAR"; (Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas).


Erros acontecem, mas não penso em "complô" pró-Flamengo:

Isso, mesmo; não acredito que a equipe de arbitragem tenha atuado para "ferrar" o Colorado gaúcho, inclusive destacando (eu) que a mesma arbitragem acertou em cheio ao anular o gol de Pedro, que seria o terceiro do rubro-negro carioca; houve falta no lance; era necessário anular o tento - houve acerto também na marcação de impedimento em uma finalização do mesmo Pedro. Ou seja, dois importantes acertos e um importante erro. No entanto, expulsar um atleta (de modo equivocado, ainda que sem maldade) pode interferir muito no andamento da partida; e foi isso o que se deu hoje.


Final, de fato, será na rodada final:

Nesta quinta, acontecerão duas partidas finais, as quais definirão o campeão da versão pandêmica do Brasileirão; última partida do Inter-RS (contra o S.C. Corinthians Paulista) e a última do Fla-RJ (contra o desmoralizado São Paulo F.C.). Do resultado desses duelos é que terá a definição, o xeque-mate: o Urubu carioca depende somente dele (tem 71 pts e, se vencer, sacramenta a conquista); já o Colorado tem 69 pts e depende de vitória sua e empate ou derrota do Fla-RJ contra o tricolor paulista; curiosamente, uma vitória do Inter (contra o coringão) mais um empate do Fla (ante o SPFC) resulta em Título dos urubus.

Mais, após essas pequenas notas, vc pode se perguntar; mas, professor, o que o Sr. acha? Minha resposta: eu acho que o Flamengo vence o São Paulo FC e se sagra campeão, com méritos, indiscutivelmente com méritos: o Fla tem, de longe, o melhor elenco do país, joga um futebol relativamente empolgante, bom de se ver, manteve uma boa base da versão 2019 e tem um técnico inteligente, audacioso (mesmo percebendo e sabendo tds nós que a maioria dos pró-urubu não gosta do Mito/Rogério) e promissor, mesmo que não seja fazendo carreira no nosso país.

É isso, gente; de fato, trata-se de um campeonato dinâmico, de várias alternâncias na liderança e que nos ajudou a conviver um pouco mais distraidamente nestes tempos de exceção. Deveria ser muito melhor, muito; mas é o que deu pra ser feito nestes tempos: que melhore muito em 2021.


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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Post #711: Covardia? - Bolsonarista do Grupo Líder ataca professores brasileiros(as)

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)

 

(Reprodução da rede social Facebook, de autor das ofensas aos professores(as))

O Grupo Líder (empresa paraense) sofreu poderosa campanha virtual de cancelamento nas últimas horas. Acontece que um de seus integrantes, o Sr. Orimar Benedito Sousa Rodrigues (doravante Seu Orimar), fez  uma postagem nas redes sociais na qual ataca os professores, as professoras e demais trabalhadores da educação brasileira, insinuando que estes(as) não estão mais trabalhando há um ano ("faz um ano que eles pararam de trabalhar", diz a postagem do Seu Orimar) e que não iriam retornar ao trampo "tão cedo". Ignorante ou pessoa de má-fé, Seu Orimar deixa de considerar que os trabalhadores(as) da educação pública, no Brasil, continuam trabalhando, inclusive em péssimas condições e por meio em ensino remoto, e atendendo alunos e seus familiares/responsáveis; que o sistema de ensino no Pará, p. ex., segue ativo. Ao que imaginamos, esse empresário lê jornais e se informa de alguma forma e sabe que tais profissionais estão trabalhando, inclusive correndo riscos de vida - e até levando riscos a outrem - no caso em que precisem estar em ambientes mais propícios à propagação do novo coronavírus. Podemos até supor que não se trata de ignorância: pode ser, mesmo, outra coisa.

Bolsonarista de carteira, Seu Orimar Rodrigues não faz questão de esconder sua compreensão da realidade brasileira (talvez, por isso ele "pensa mas na frente", ao querer se referir ao futuro; por isso pensa que a sustentação financeira do Auxílio [Emergencial] seria mais eficaz se os recursos fossem tirados da educação, ou seja, dos salários desses trabalhadores/as, segundo se entende da resposta dele à "Mônica Patriota", cf. img acima). Escrevendo de modo vergonhoso, trocando mas por mais (post acima), o Seu Orimar está, mesmo, bem do lado do "mito", conforme se confirma pela postagem seguinte (de maio de 2019):

Boa tarde!

Começo hoje a campanha pra irmos às ruas no próximo domingo dia 26/05, vencemos a 1a batalha, que foi a Eleição, mas não vencemos a GUERRA, nosso Presidente está acuado pelas forças do Sistema, por isso precisa do nosso apoio, vamos mostrar que não queremos o País da corrupção desenfreada e nem do "toma lá dá cá", queremos um Brasil mais justo e mais ético, então convido a todos pra irmos, domingo que vem, na Escadinha do Cais do Porto, fazermos a nossa parte, porque depois pode ser muito tarde e a Venezuela é logo ali. Deus acima de todos, Brasil acima de tudo. (19 de maio de 2019, via Facebook Orimar Benedito Sousa Rodrigues)

... Melhor não comentar, né?


CAMPANHA DE CANCELAMENTOS AO LÍDER:

A reação foi imediata: na era dos cancelamentos, várias lideranças das lutas institucionais por melhorias para a educação pública brasileira saíram às redes sociais para sugerir e convocar cancelamentos contra os supermercados Líder, como forma de fazer a empresa se posicionar, se desculpar e de enfrentar (pelo bolso) esse poderoso membro do Grupo. "#supermercadolidercancelado" bombou nos meios virtuais; liderança na educação, o professor Vinício Nascimento (de Cametá, PA) foi preciso em sua manifestação (via Facebook) e escreveu: "Antes que cortem meu salário, eu vou cancelar os 2 mil reais que deixo do CredComputador do Banpará, nos Supermercados Líder (Magazan").


SINTEPP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará) fez duras críticas e se manifestou sobre a fala do membro do Grupo Líder: "Nosso repúdio às declarações de um dos donos do Grupo Líder. Exigimos a retratação urgente deste senhor que atua aqui no Estado na defesa das ideias genocidas de Jair Bolsonaro", diz em sua manifestação.

O sindicato paraense divulgou campanha, no sentido de enfrentamento do ataque de Seu Orimar, dizendo que professores e as professoras "merecem respeito":




O Coordenador-Geral do Sintepp, professor Beto Andrade, foi às portas de uma das lojas Líder e gravou vídeo, se posicionando e exigindo respeito à categoria e afirmando, inclusive, que talvez esse senhor não tenha sentado "em banco de escolas" públicas nossas. Veja o vídeo:

(Prof. Beto Andrade, pelo Sintepp)

NOTA DO LÍDER:

Grupo Líder tentou se defender, isolando a fala de Seu Orimar Rodrigues e dizendo que não pode assumir as responsabilidades de seus "15 mil" funcionários ou colaboradores(as): em miúdos, é isso o que diz a pífia Nota (abaixo); mas, poderíamos esperar mais de uma empresa como essa? O que vale para esses empresários, dentro de um cenário de super exploração da classe trabalhadora (essência do capitalismo), de suas forças de trabalho: a melhoria da educação e o consequente crescimento intelectual (criticidade) dos sujeitos da classe trabalhadora ou as entradas de (nosso) dinheiro em seus caixas, diariamente? Alguma dúvida aí?

(Reprodução: Supermercados Líder)


ELE ENDURECEU OS ATAQUES A NÓS: Para piorar tudo, como faria um bolsomínion (seguidor de Jair Bolsonaro), Seu Orimar se refere a seus críticos (são, maciçamente, neste momento, os professores e as professoras) como "canalhas" e "hipócritas", diz que não retira nada do que disse e afirmou que "eles não conseguem debater em alto nível": isso, mesmo, ele afirma que os professores e as professoras do Brasil não conseguem fazer um bom debate com o segmento bolsonarista. E, como sempre fazem em seus grupos de zap-zap, correu a atacar a bandeira "Lula Livre" (essa parte, acho até que eu não entendi). Segue print de resposta do próprio, em circulação nas redes sociais, para vcs lerem:




Mas, momentos depois...

Como se diz no nosso amado Pará: parece que "alguém cagou e correu", pois o post deve ter sido removido (medinho, será?), pois, ao irmos ao link buscar a postagem do Sr. Orimar Rodrigues, temos a seguinte explicação da rede Facebook: O link que você seguiu pode estar quebrado ou a página pode ter sido removida”.

Pensativos, tds, aqui:(sumiu, foi?)

Quanto a nós, espero eu (espero que seja Nós) que possamos dar as devidas respostas, aliás, a devida resposta, pois só existe uma: fazer rigoroso boicote e mostrar a força de nossa categoria. Se nosso dinheiro vale pn* a essas criaturas, tudo  bem; que possamos buscar outras redes para comprar e, por fim, que esse e outros inimigos nossos possam se juntar ao Seu Luciano H* e curtirem os milhões deles(as) pra lá. Creio que nossa dignidade não tem preço. Ah, ia esquecendo: que possamos preparar ainda melhor melhor o nosso alunado, produzindo educação pública com criticidade; isso faz o mundo girar e dar as voltas dele.


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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Post #710: Parabéns ao Bloco Pileke, pelos 21 anos de atividades

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) 


Este dia 14.fev marca os 21 anos de fundação do Bloco Pileke, agremiação cultural que tem muitas contribuições no cenário de Igarapé-Miri; os(as) brincantes pilekeiros(as) têm um vasto legado em termos de realização de eventos sociais, com ênfase para as participações no âmbito do Carnaval miriense – Miri Folia que, neste ano (por conta da pandemia de Covid-19), está paralisado, a ex. do que se passa em quase todo o Brasil; destaquemos, p. ex., que o maior evento carnavalesco do país, o do Rio de Janeiro, está inerte; Olinda (PE) e outras praças estão da mesma forma.

Quem não se lembra das grandes atrações regionais que o Bloco Pileke traz(ia), além das locais, ao longo dos anos, sobretudo nos dias de folias carnavalescas?

Nesse sentido, parabenizamos o professor Francinei Costa (Francy), atual líder da instituição, e os demais integrantes, pelos trabalhos realizados na terra miriense. Como é sabido, prof. Francy lidera, pelo Pileke, ações de caráter social/assistencial voltadas para famílias carentes de nossa cidade, contribuindo para minimizar impactos da pobreza em nossa Capital Mundial do Açaí.

Infelizmente, neste ano pandêmico não temos como aproveitar as atividades carnavalescas do Pileke e dos demais blocos pelas ruas mirienses, pois precisamos contribuir com as autoridades para mitigar a pandemia instalada em todo o mundo, mas existe a possibilidade de ações culturais serem realizadas, do modo virtual, com incentivos do FMC – Fundo Municipal de Cultura, devidamente amparadas em normas do sistema municipal de cultura, a partir de disposições do COMCIM (Conselho Municipal de Cultura de Igarapé-Miri).

É uma importante e inteligente saída, para estes tempos tão ruins, tão difíceis. Que o Pileke continue a fazer muitas brincadeiras e a divertir nosso povo, por longos anos a fio.


Prof. Francinei Costa, liderança do Bloco Pileke (arquivo de divulgação nas redes sociais)


Apoio: #Blog_PoemeirodoMiri

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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domingo, 7 de fevereiro de 2021

Post #709: Covid-19 - Notícias de vários casos de infecção assuntam o Miri

Israel Fonseca Araújo

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


Equipe de profissionais da SEMSA Igarapé-Miri, PA; arquivo: Facebook da Secretaria Municipal de Saúde de Igarapé-Miri

Nos últimos dias, o Rio Murutipucu, ilhas de Igarapé-Miri, no nordeste do Pará, esteve muito presente e "quente" nas redes sociais. Isso, em razão da circulação de informações populares de que se teria a confirmação de vários casos de Covid-19, sendo que duas pessoas de uma mesma família (mãe e filha) teriam falecido vitimadas pelo novo coronavírus (no entanto, não temos como apresentar infs. oficiais sobre a causa mortis, apenas podemos relatar essa conjuntura em termos de informalidade). Ainda assim, mesmo em termos de suspeitas e/ou informalidades, o caso é, sim, de assustar. Sabemos que a quantidade de testagens feitas Brasil afora é muito pequena, que, se a população fosse testada maciçamente, os dados poderiam ser de alarmar; que, se a população igarapemiriense fosse testada amiúde, poderíamos ter (diariamente) várias dezenas de casos positivos a circularem nos Boletins Epidemiológicos.

Fonte deste Blog relatou ao mesmo que enquanto uma pessoa (do Alto Murutipucu) era sepultada, a outra vinha a falecer. Imaginemos o que é o sofrimento de uma família ter uma pessoa vitimada, vindo a óbito, o tamanho dos abalos (emocionais, psicológicos etc.), sabendo-se da conjuntura nacional e internacional na qual estamos imersos (afundados) no que concerne ao novo coronavírus, a convicção de nossas limitações em termos de poder enfrentar esse cruel vírus etc.! Isso, no caso de uma perda familiar; e sendo duas pessoas, então, como suportar? Como superar as perdas e isso no contexto de urgências em termos de cuidados pessoais e familiares?

A realidade de contágios em grande quantidade assusta(ou) não somente as pessoas "não especialistas", mas chegou a abalar a própria equipe de especialistas da gestão municipal no rumo do alto Rio Murutipucu, no sentido de intervir positivamente nessa realidade. A seguinte nota, de responsabilidade da SEMSA (Secretaria Municipal de Saúde de Igarapé-Miri), mostra iniciativa da advogada Nazianne Pena, atual secretária Municipal de saúde, no contexto de enfrentamento dessa cruel realidade.


A Secretaria Municipal de Saúde esteve hoje (4 de fevereiro), durante o período da tarde no rio Murutipucu, comunidade ribeirinha de Igarapé-Miri
Após receber informações que pessoas da comunidade estariam infectadas pelo coronavírus, a secretária de saúde Dr. Nazianne Pena reunião profissionais da saúde juntamente com a equipe do centro de enfrentamento e combate a covid-19 e realizaram consultas e testes rápido, dez (10) pessoas testaram positivo para Covid-19 e foram imediatamente medicados com a terapia padrão de tratamento que vem sendo utilizada pelo município e a partir de hoje a comunidade ribeirinha será monitorada de perto pela equipe do centro de enfrentamento e combate a covid-19.
As ações de saúde irão continuar acontecendo nas comunidades ribeirinha onde houver um cidadão miriense a secretaria de saúde se fará presente. Secretaria Municipal de Saúde de Igarapé-Miri –Trabalhando juntos, pela saúde todos! (texto: SEMSA igarapé-Miri, via Facebook)



(Exames laboratoriais em geral, com qualidade garantida. No centro de Igarapé-Miri, PA, à Rua Lauro Sodré, em frente ao Banco do Brasil)


É preciso sermos mais responsáveis, mais solidários uns com os outros; todos(as) nós; ou não?

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Post #708: O caso Diniz no São Paulo FC, o ato de torcer, a (ir)racionalidade, a emoção e as escolhas

Israel Fonseca Araújo

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


(Coitada dela, não?)


Este post não é, centralmente, sobre o editor do Blog, e até pode fazer vc se identificar, se encontrar nele - ao menos em algum aspecto dentre os aqui abordados, rapidissimamente. O que diz respeito ao blogueiro signatário é que ele foi torcedor do São Paulo F.C., nos anos 1990, mas, nessa mesma década, decidiu (acreditem) por não torcer mais para clubes de futebol; nem torcer para Clube do Remo ou Paysandu Sport Clube (os maiores do Pará), nem para clubes do Sul do Brasil; paixões desmedidas pela Seleção masculina de futebol da CBF, ihhh, aí mesmo é que a coisa complica (cala-te, boca; depois de saber com quantas conversas sujas se faz uma Copa do Mundo neste mundo, aí, mesmo que...). Pouco depois da adolescência, este editor optou por não ser mais torcedor, aquele torcedor seguidor de clubes (que morre de choros, tem palpitações, curte pesadas ansiedades e pega pesado nas brincadeiras com seus amigos, colegas e rivais - por causa de clubes), e se dedicar a observar mais distanciadamente o futebol nacional e internacional; buscar ser mais observador, analista e comentador do que outras coisas. Praticamente, a decisão foi se afastar desse mundo único dos torcedores(as); a saída foi seguir sendo amante do futebol, a ele dedicar alguns minúsculos espaços de tempo de seu dia-a-dia e vivenciar, em alguma medida, esse mundo de tensões, de altos e baixos; tem dado super certo.

Caso fosse, ainda, torcedor do tricolor paulista, possivelmente teria "morrido" de tanto enlouquecer com(contra) o técnico Fernando Diniz, um profissional que ficou cerca de 16 meses em um dos maiores clubes do futebol (inter)nacional e conseguiu até ser eliminado por pequenos clubes do interior paulista; enquanto Red Bulls Bragantino-SP, Ceará e Atlético Goianiense se destacam no limite de suas forças, o S.P.F.C. de Diniz consegue passar um mês inteiro sem vencer uma só partida na Série A; se torna um "saco de pancadas", como se diz amiúde sobre times pequenos, quando disputam grandes competições. Técnico de uma ideia só, de um só modo de jogar, líder que insiste e persiste em uma só forma de trabalhar em campo: seja contra qualquer um dos 19 clubes do Brasileirão, Diniz sempre decidia jogar do seu mesmo jeito (um jeito louvável, agradável, às vezes chato de se ver), mesmo se pensarmos que os 19 clubes não vão jogar contra o S.P.F.C., sempre, do mesmo jeito; criar situações diversificadas, "rodar elenco", usar ou não determinado esquema de jogo, improvisar ou não jogadores para atender a finalidades A, B ou Z, tudo isso faz parte do jogo.

Atualmente, mais do que nas décadas anteriores (havia maior dificuldade de saber com segurança como os adversários jogavam...), é preciso jogar muito em razão do adversário da hora, sem abrir mão dos pilares da tese do treinador, claro. Como dizem bons jornalistas esportivos especialistas em futebol, é preciso "ter repertório", ter diversidade de opções; e Diniz conseguiu chegar à liderança do Brasileirão 2020, com tropeços de adversários esteve a sete pontos à frente dos demais, mas não foi capaz de ser sagaz a ponto de se defender bem dos demais e preparar boas arapucas a seus rivais, mesmo depois de ficar focado somente no Brasileirão. Ora com tantas pistas de que seu time teria de ser sacudido a partir de suas próprias (do treinador) passadas, ele empacou na tese A e se esquecer do dinamismo inerente às sociedades; conclusão: o S.P.F.C. despencou e se desmoralizou diante de todo mundo.

Diniz caiu, mas quem corre risco de se afundar (enlamear) é a agremiação S.P.F.C.; quem acreditaria na certeza de classificação à fase de grupos da Libertadores? Quem chuta que o S.P.F.C. ganhará o Paulistão 21? Nesse caso, convenhamos, é melhor ser um torcedor(a) que se pauta (sobretudo) na racionalidade, deixando as emoções e irracionalidades bem afastadas; nesse caso das irracionalidades, temos uma pilha de casos que demonstram que "torcedores/as" enlouquecidos, não raro, cometem crimes contra o patrimônio dos clubes - para os quais torcem - e chegam a matar adversários, em circunstâncias como pós-jogos, pós-eliminações.

Ser menos "torcedor" e mais racional, ajudaria os torcedores a verem com maior eficiência determinadas táticas de dirigentes de clubes para (acreditam tais lideranças) manipular massas de torcedores/as (vide contextos de eleições para presidência e conselhos das agremiações). Jamais estaríamos, aqui, pensando em "aconselhar" torcedores, nem pense nisso, mas nossos clubes brasileiros estão longe de merecer tanto amor da parte de suas grandiosas torcidas (o que dizer dos cariocas Botafogo e Vasco, dos paraenses Remo e Paysandu e de tantos grandes clubes do Nordeste?), não é mesmo?

Não é fácil encontrar alguém que faça certas escolhas desse perfil (deixar de torcer...), mas que a visão pode ser bem outra, ah, isso é.

E, sobre o Diniz ou outros, neste futebol 2020, nada de quer argumentar que essas oscilações inexplicáveis são (fossem) culpa da pandemia de Covid-19; ah, aí já é mais. Tenham dó.

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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