quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Post #713: Final do Brasileirão, vc tem medo do WAR? Sente o q/ pelo Fla-RJ?

Israel Fonseca Araújo *

editor-chefe, fundador (poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) 


Resolvi fazer uma pesquisa sobre a cobertura, na TV Globo, dos antecedentes da Final do Brasileirão de 2020, para entender como a emissora carioca ira "cobrir" o Internacional (RS) e o Flamengo (RJ). Na noite de hoje, Internacional ou Flamengo sai campeão da versão 2020 do Brasileiro de Futebol Masculino da suspeitíssima CBF - Confederação Brasileira de Futebol; fiz espécie de estudo de caso, com base em observações (criteriosas) nas edições do programa "Globo Esporte" dos dias 23, 24 e 25 correntes. As conclusões mostram uma conduta quase vergonhosa da parte da emissora. Mesmo estando há cerca de um ano em guerra jurídica com os "urubus", a Globo praticamente só citou o Inter-RS de passagem, para ilustrar alguma informação; parece que o São Paulo F.C. (que poderia vencer o Fla e "ajudar" o Inter) teve mais destaque do que o Colorado gaúcho, que pode(ria) ser campeão - depeois de mais de 40 anos de jejum, time que está, de fato, na Final, pois os demais estão sem chances de título.

"Por que esse formato de cobertura vergonhosa?", poderiam indagar vcs; se a Globo está duelando com o Fla, como entender essa tática? Eu poderia explicar assim: é o desespero pelo audiência, pela conquista dos telespectadores/as que torcem pelo rubro-negro; é aquela coisa: "abraçar e beijar o inimigo, torcendo o nariz - de nojo - para o outro lado", como dizem uns adversários políticos sobre outros. É a velha tática da manipulação (que a emissora pensa que tem) sobre a população amante do futebol nacional; é apelar da forma mais aberta possível. Por isso, o necessário equilíbrio de forças a serem apresentados nas emissoras (que têm concessão pública do Estado brasileiro para operar - pelo interesse nacional, o mais plural possível) é jogado às traças e os magnatas da comunicação brasileira vão passando o rodo nos anseios dos torcedores gaúchos e de outros cantos, que torcem pelo rival do Grêmio.

Bem sabemos que as maiores chances são do clube carioca, que tem dois (02) pontos à frente do Inter, alcançados, vcs já sabem, no duelo direto, vivido no domingo passado. Em postagem anterior (confira no post #712, aqui) tratei dessa questão; das chances de um ou de outro sagrar-se campeão: basta dar uma olhada lá; aqui, acrescentamos que, se ambos perderem hoje à noite, aí mesmo é que o Fla-RJ agarra o Caneco. Coisa pra lá de chata pros lados gaúchos (não dos gremistas !!), pois o Colorado esteve 14 rodadas na liderança; o São Paulo FC tbm esteve por 14 rodadas no topo (mas, digamos, ambos "bambearam" as pernas). Será uma rodada muito bacana de se ver, pois tem o caso do C.R. Vasco da Gama, que pode ser rebaixado à Série B, e tem o duelo (indireto) entre Fla e Inter; a questão é a insegurança e são as dúvidas sobre a nada convincente arbitragem tupiniquim: vide o caso Rezende, de 1995, contra o Santos F.C.

WAR - o temor de muitos:

Acontece que a equipe de arbitragem de vídeo, em uso na Série A (que, segundo sabemos, custa cerca de 70 mil reais por jogo), não inspira insegurança (até pode ter momentos em que o WAR esteja "descalibrado", digamos: esteja off, na hora da maior necessidade da partida); tem mais: há quase um consenso de que o WAR, no Brasil, é muito intervencionista nas partidas, atrapalharia mais do que o necessário, toma decisões nada consensuais entre os especialistas e demora demais para tomar as decisões (pra quem estiver bebendo cervejas, pior e pior, pois os goles descem mais e o preço está "em oto patamar"); quando as toma, nem sempre é feliz nas mesmas.

Mas, vamos nos animar: tomara que haja muitos acertos, hoje, na parte das arbitragens e que, nos jogos principais, as possíveis interferências sejam todas felizes; sim: a arbitragem (quase) mecânica tem muitas chances de acertar. Que assim seja, ao menos hoje, quando o Fla-RJ, se for campeão, terá duas grandes conquistas: uma, ganhar seu sétimo título nacional (e não oito, afirmo eu).


Flamengo é Hexa Brasileiro (06 vezes) Campeão, e não Hepta:

É comum ouvirmos torcedores(as) rubro-negros afirmando, de peitos e seios estufados, que o seu time tem sete títulos, pois, na compreensão destes, o Fla é o Campeão de 1987; acontece que o vencedor de 1987 é Sport Clube do Recife, o Leão da Ilha (do Retiro); em um país onde a educação fosse levada bem a sério, a própria grande mídia (os oligopólios, os conglomerados - que educam a maioria da população) já teria feito as devidas demonstrações dessa realidade. Mas, interesses econômicos, políticos, empresariais, guerra por audiência e outras perspectivas impedem que emissoras como a Rede Globo jogue limpo com a população, mesmo que isso desagradasse parte dos brasileiros. Eu, que sou um mero professor no interior do Pará, sem osso na língua, joga a vera nos ventiladores:


Flamengo perde em última instância e Sport é o campeão brasileiro de 1987

Gazeta Esportiva, em 17 de março de 2018

A polêmica que parece eterna sobre o campeão brasileiro de 1987 teve, enfim, um desfecho, ao menos judicialmente. Na última sexta-feira, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do sistema judicial brasileiro, deu ganho de causa ao Sport em última instância. Desta forma, o Flamengo não pode mais recorrer da decisão. O último recurso formal antes da decisão final foi apresentado em dezembro de 2017, quando a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade rejeitar o recurso apresentado pelo Flamengo para discussão do time vencedor da competição nacional. O processo já teve sua baixa definitiva efetuada pela justiça (confira em: Decisivo - Gazeta Esportiva: Sport Recife é o campeão de 1987 ).


... a segunda é que poderá "dar" ao Brasil Rogério Ceni, o Mito sãopaulino, Campeão da Elite da bola, ele que é um dos treinadores visivelmente mais inteligentes, em atividade (visionário, ousado, criativo, frio, metódico, seguro e que sempre joga querendo ganhar com inteligência); fique claro: se Ceni se sagrar Campeão, esse será, pra mim, em especial, o grande ganho do futebol brasileiro de 2020.

Bom jogo - ou choros e risos - a tds.

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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