domingo, 10 de julho de 2022

Execução: policial bolsonarista mata liderança do PT, em Foz do Iguaçu (PR)


Sempre dizemos que fascismo mata, que bolsonarismo (espécie de doença ou degeneração social,  de degradação humana) mata; isso está mais do que comprovado. E já aconteceu (neste ano de eleições de 2022) o primeiro assassinato diretamente causado por um bolsonarista contra uma liderança do Partido dos Trabalhadores(as); execução à bala, à queima-roupa. As informações surgem pelo site da Revista Fórum (leia mais, abaixo).

A pessoa assassinada estava em evento seu, privado, de caráter festivo, e se chamava Marcelo Arruda, uma liderança petista atuante no interior do Paraná. Segundo a Revista Fórum: "Uma testemunha, que estava na festa de Marcelo Arruda fez um relato de como aconteceu o crime cometido por policial bolsonarista".

Segue a publicação (grifos deste blog):

"O primeiro assassinato político do bolsonarismo na campanha eleitoral 2022 aconteceu nesta madrugada em Foz do Iguaçu (PR). O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) em sua festa de 50 anos de idade após levar três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH). Marcelo havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020, era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município e tesoureiro do PT em Foz. A festa acontecia na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), toda ela com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. Veja abaixo o vídeo da festa antes do assassinato".

 

A seguir, trecho colhido do Boletim de Ocorrência, em postagem da Revista Fórum (fonte: ouça áudio... infs sobre o contexto da execução do líder petista):

"que devido a grande quantidade de pessoas que ainda estavam no local, as duas armas foram recolhidas pela equipe policial, que os dois feridos foram encaminhados pela equipe do siate para a unidade de saúde, para atendimento médico, que após o ocorrido foi conversado com algumas testemunhas, todas relataram que estavam na festa de aniversário da vitima Marcelo Aloizio Arruda, com o tema politico pro PT (partido dos trabalhadores), que em certo momento a pessoa de jorge Jose da Rocha Guaranho, que era desconhecido por todos no local e também não era convidado, chegou no local em um veiculo Hyundai/Creta juntamente com uma pessoa do sexo feminino e uma criança de colo, a principio sua esposa e filha, que jorge desceu do veiculo, com a arma de fogo em mãos, e aos gritos dizia ''aqui é bolsonaro", que saiu do local em seu veiculo, cerca de vinte minutos depois, retornou ao local sozinho, com a arma de fogo em mãos, ressalto que tambem estava no local a esposa do Marcelo, de nome Pamela, que é policial civil, esta de imediato se identificou como sendo policial para o individuo armado, mostrando o seu distintivo, que Marcelo sacou sua arma de fogo e também se identificou com sendo guarda municipal, que Jorge ignorando isso efetuou os dois primeiros disparos, acertando Marcelo[...]" (Boletim de Ocorrência, grifos deste blog).


Vai ter como devolver a vida do companheiro (quem divide o pão), de 50 anos, que estava simplesmente comemorando a vida e lutando por um país melhor? Não, jamais. Bolsonarismo e seus venenos seguirão matando parte de nossa gente; não raro, a justiça brasileira seguirá omissa e, às vezes, protegendo essas pessoas.

A quantidade de armas nas mãos das pessoas só cresce, o minto sonha com uma guerra civil, na qual possam morrer trinta ou quarenta mil etc (quem disse isso? link: lembre-se dos "trinta mil", de_Bozo) e os resultados desse cenário de horror e de necropolítica (política de morte) podem ser desesperadores.

Nós, o que faremos? Temos de seguir lutando, buscar manter a calma, defender nossas vidas e usar as armas da democracia: votar, conversar, convencer e sorrir/comemorar. 

Marcelo Arruda, Presente !!!