domingo, 4 de setembro de 2022

Tentativa de execução contra vice-presidente da Argentina é metáfora da realidade brasileira atual (opinião)

Israel Fonseca Araújo

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) (poemeiro@hotmail.com)


Por que um militante extremista aperta, duas vezes, o gatilho de uma pistola (carregada) contra a Vice-Presidente da Argentina, ou de outro país? Para fazer carícias no lindo rosto da citada líder popular é que não é. Pelo contrário. Já é bem sabido de todos nós que Cristina Kirchner foi alvo da ação de um brasileiro, de perfil nazista, na noite da última quinta (01 de set.). Podemos, sobre isso, dizer muitas coisas. Muito dificilmente uma ação como essa poderia ser vista, lida, entendida como algo "bom", algo importante para as "nossas liberdades" e em "defesa da vida", tal como diria o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL).

Podemos até dizer às avessas: é aterrorizador, é um horror às nossas sensibilidades, ver o tal do brasileiro de perfil nazistinha (Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos) puxando o gatilho duas vezes, na tentativa de executar, de assassinar Cristina. Camaradas, a extrema direita (regime gramatical fascista que está, em tese, governando o Brasil) é uma coisa muito abominável à democracia e à vida em plenitude, é uma demonstração de horror.

Esse estilo extremista, ou seja, bolsonarista, de tentar eliminar seus oponentes políticos (fascismo) só pode ter uma contribuição: é causar pavor social, é aterrorizar as pessoas que querem, de verdade, viver em paz. Chegamos às nossas casas para buscar paz, conforto e prazer (gozos), nunca para receber cinco tiros no rosto - à queima-roupa, a centímetros de distância.

FOZ DO IGUAÇU (BR). Em Foz do Iguaçu (PR), um desses sujeitos fez isso, e obteve sucesso estrondoso: um extremista/bolsonarista acabou com a vida de um pai de família a tiros, deixou órfãos um bebê de poucas semanas, outros filhos dele; deuxou uma viúva. A Argentina destes dias é poesias às avessas deste Brasil de 2016, 17 em diante.

Qual seria a arma que a gramática bolsonarista usaria para defender essa política de morte (necropolítica)? O livro sagrado do cristianismo, a Bíblia. O que ela fala sobre como se deveria cuidar dessas pessoas? Se a causa é de "amar ao próximo como se ama a si mesmo", não há meios de defender essas práticas de suicídio. Tem quem as defenda? Tem.

IMPRENSA BURRINHA, essa. E mais nojento, ainda, é ver a imprensa profissional em seus jornais, TV, revistas, sites etc. possivelmente por ódio a um partido político "de esquerda" (por idiotice ou coisa similar), grafar manchetes do tipo: "Homem aponta arma contra..."; "Homem é detido por apontar arma". Como se diz amiúde, pela mordi, o brasileiro que queria ser o assassino de Cristina tentou, sim, matar, executar a atual Vice-Presidente do país de Maradona.

Mesmo que seja por ódio, ojeriza ou coisa similar - ao Partido dos Trabalhadores, a outros partidos de esquerda, por que um(a) jornalista tenta disfarçar ou falsear a realidade? Por que não enuncia o que, de fato, aconteceu? Por que isso fortaleceria o campo político da esquerda, ou perto disso, na América Latina? Só pode. O que essa imprensa quer? É ser ofendida, dia sim, outro dia, tbm sim, só pode.

Quando o crime organizado faz a mesma coisa contra pessoas, como é que essa imprensa divulga? Como saem suas matérias? É dito "apontou" uma arma? Parece até bem feito para esses jornalistas que o chamado "Bozo" tá só achando graça.


O que se sabe até agora sobre o brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner

 

Nesta quinta-feira (1º), enquanto a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegava em sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, um brasileiro apontou e tentou disparar uma arma contra ela. Arma falhou, para sorte da mais célebre mulher da política argentina hoje – para o bem e para o mal -, e o homem foi preso. É investigado por tentativa de homicídio qualificado. O acusado é Fernando Andrés Sabag Montiel, tem 35 anos, e, segundo o ministro de Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, tem registro para trabalhar como motorista de aplicativo e possui um Chevrolet Prisma em seu nome.

 

Matéria completa em: site IstoÉ Dinheiro


Medo aumenta, na Argentina, pois brasileiros temem a xenofobia. Segundo o site Carta Capital, os nossos irmãos brasileiros(as) que vivem na Argentina agora temem por xenofobia (matéria de Carta Capital)

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