Editor do Blog Poemeiro do Miri (poemeiro@hotmail.com)
Sou da paz, das
beiradas dos rios,
amante das
chuvas: da tarde e da noite;
Sou arremedo de citadino
Antes, veja eu um
menino ribeirinho;
Sou das escolas
e universidades,
públicas e “não”
públicas.
Amigo do saber,
amante da leitura,
Sou uma longa
tentativa
de estudante!
Homem que se
deita
com
as cervejas
(as geladas, as quentes,
nunca),
amigo das da
terra paraense, passando
pelas mexicanas,
inglesas,
chegando às alemães:
andarilho em gelados goles.
Bebedor, ah,
sim: de café;
constituído poeticamente
pelos sentidos
do açaí amazônico.
Homem de fé e
devoto da
simbologia dos
peixes, (preda)devorador destes.
Humilde homem de
ciência,
que nela sempre
se inicia,
almejando sempre
saber “mais”
(da educação,
cultura, Filosofia, economia,
Literatura, política,
futebol, religião, corrupção):
ser da memória,
da história, constituído na alteridade.
Homem de fé,
repito, e que luta contra
o assalto que
muitos em nome dela,
fazem dos míseros
recursos do
povo pobre deste
Brasil:
inconformado
ante essas barbaridades
(desejos de poder
de uns poucos,
contra a pobreza
e a extremidade desta, de muitos)!
Um arremedo de
citadino
ser de fé,
inconformado, um poeta
da palavra quase
transparente; quase...
Homem que se
irmana aos que
sofrem,
bebem, gostam das chuvas,
têm amor, lutam e têm
esperança.
Eu sou um
universal.
(26 nov. 2019)