domingo, 5 de julho de 2020

Crônica: O assalto do cocô alheio - um agradável (!!) texto de domingo

Israel Fonseca Araújo (editor, fundador; e-mail: poemeiro@hotmail.com)
Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)





Aconteceu na minha e nossa cidade. Era manhã cedo nos quentes tempos amazônicos e o condutor da bicicleta já está de partida para ir ao laboratório, lugar de checar dados sobre a "bio", espaço de ciência e de buscar informações sobre a vida, dadas as lâminas que invadem nossos eus, não sem auxílio do já considerado velho microscópio.

Homem de fé, mas que precisava acreditar nos esforços e nos resultados da ciência, ele teve de levar seu material para o laboratório, de onde precisava achar respostas sobre o mau estar, as fraquezas repentinas, o suor frio e outros sintomas que, na sua avaliação, poderiam ser indícios de verme no bucho.

Seguiu, pedalou, foi, aportou a bicicleta à ilharga do local das análises. Tendo ido saber do custo - ou se já estavam trabalhando, quiçá preços - deixou seu desagradável material acoplado ao guidom da bike. Coisa de poucos minutos de atendimento ao balcão, regressou, veio buscar seu vidrinho ensacolado e, cara pasma de surpresa, constatou que a bike estava ilesa, mas as fezes com o vidrinho tinham sido roubadas, coisa comum nas manhãs e tardes dessa terra. Na hora do assalto, foi-se a primeira coisa que poderia ser ata(ca)da à mão; coisa de serventia alguma, suspeitava seu desobrigado dono. Perdido estavam os exames, ao menos para aquele dia.

Pois bem, se você vai acreditar ou não, já é outra conversa.


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