sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Eleições no Sintepp: Chapa 1 foi "vencedora" em Igarapé-Miri (#924)

A Chapa 1 "Luta e diálogo da categoria" levou vantagem nas disputas eleitorais no Sintepp, em Igarapé-Miri (PA). A vitória foi por pequena margem, de apenas 13 votos de diferença. Acontece que duas Chapas concorreram no Sindicato dos Trabalhadores(as) em Educação Pública do Pará, na terra igarapemiriense, sendo: a Chapa 1 “Luta e Diálogo da Categoria” (responsável Dr. Israel Araújo) e a Chapa 2 Democracia, diálogo e transparência com a Categoria” (responsável Rosimeire Meireles). Também teve uma chapa de Conselho Fiscal, concorrendo em tais eleições para a Coordenação da Subsede (organização do Sintepp em cada município) e aconteceram eleições estaduais; todo o processo abrangeu os dias 26, 27 e 28 de nov. 2024.

Votação. Após três (03) dias de votações na sede do sindicato (urna fixa) e  nos diversos distritos do Município: rios, ramais e vilas (urnas volantes), a Comissão Eleitoral encerrou a votação às 18h de ontem (28) e, de imediato, realizou o processo de apuração da votação, na mesma noite. Estavam aptos e aptas a votar duzentos e trinta e nove (239) filiados(as); destes, 206 compareceram, sendo alcançados os resultados:

Votos válidos: 201 (duzentos e um); Brancos: 05 (cinco); Nulos: não houve

Votos na Chapa 1: 107 (53,2%)

Votos na Chapa 2: 94 (46,8%)

Assim sendo, de um total de 24 cargos efetivos em disputa, a Chapa 1 poderá ter 13 e a Chapa 2, 11. Isso acontece porque, nas eleições no Sintepp, se deve respeitar a proporcionalidade qualificada; é o seguinte: a chapa que tem mais votos não "leva tudo", sendo que outra(s) chapa(s) também pode(m) alcançar cargos da disputa, desde que obtenha(m) um mínimo percentual de votos. Essa regra leva o Sintepp a "se dizer" o sindicato mais democrático desse campo de lutas. A composição da Coordenação, que é liderada pela Comissão Eleitoral, ainda acontecerá, nos dias seguintes.

Na votação para o Conselho Fiscal da Subsede, concorrendo apenas uma Chapa, a mesma sagrou-se vencedora. Também aconteceu a eleição para Coordenação Estadual e Conselho Fiscal estadual, mas ainda não temos as infs oficiais da apuração (costuma levar dias para se ter a definição). Mas a Chapa 1, certamente, vai ganhar "de lavada".

Mandato. O mandato da Coordenação na Subsede de Igarapé-Miri será compartilhado, portanto, entre membros das duas chapas que se apresentaram à luta, terá três (03) anos de duração e está previsto para iniciar dia 01 de janeiro 2025.

Arte: divulgação da "Chapa 1" (fonte: redes sociais da mesma)


Arte: divulgação da "Chapa 2" (fonte: redes sociais da mesma)

Como está constituída a próxima Coordenação do Sintepp na Subsede de Igarapé-Miri?

Coordenação-Geral (dois cargos)

Coordenação de Secretaria-Geral (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Finanças (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Formação (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Assuntos Jurídicos (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Previdência, Aposentadas e Aposentados (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Eventos Culturais e de Lazer (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Funcionárias e Funcionários (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Comunicação (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Educação do Campo (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Educação Inclusiva (dois cargos)

Coordenação de Secretaria de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador em Educação (dois cargos)

Suplentes da Coordenação: 08 (oito cargos)

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Texto: Israel Fonseca Araújo (editor-fundador deste Blog)

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Dia do Músico com Rock And Roll, no Point do Álcool neste 23/11(#923)

 

Arte: Divulgação do Projeto Dia do Músico, edição 2024

Alpha e Os Prognatas nas Cinco Bocas, Igarapé-Miri (PA), neste sáb 23.nov; são atrações confirmadas do Ponto de Cultura Projeto Musical Circuito Rock Miriense, ação que já está sendo realizada como política pública cultural na terra do Açaí, sob a liderança dos músicos e servidores públicos: Binho, Fabrício, Jhonny Jesu, Daniel Dória e Dr. Paulo Sérgio. Um dos objetivos, e que ajuda a entender essa dinâmica cultural/musical, é incluir as áreas periféricas como espaços indispensáveis na implementação de políticas públicas culturais. Ou seja, trata-se de um dos horizontes que a ação quer alcançar; envolver as populações dos bairros, incluindo os espaços mais afastados do "centro" urbano, levando o movimento do Rock até áreas menos assistidas pelos circuitos culturais e/ou pelo Poder Público.

Conforme explica a organização do evento, essa projeto "concorre na categoria artística Música para obtenção de recursos de fomento a ações de incentivo direto a programas, projetos e ações de democratização do acesso à fruição e à produção artística e cultural em áreas periféricas, urbanas e rurais, e em áreas de povos e comunidades tradicionais".

Além do que já citamos, o Dia do Músico 2024, com Rock And Roll no Bairro Cinco Bocas, apresenta as seguintes ambições:   Colaborar com a efetivação da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura no município de Igarapé-Miri;  Promover um evento musical para comemorar o Dia do Músico tendo o rock como linguagem de expressão dos shows artísticos;  Difundir e tornar acessíveis os bens e serviços culturais musicais direcionados à população habitante das áreas periféricas da zona urbana de Igarapé-Miri.

REALIZAÇÃO

Banda ALPHA

Point do Álcool

Ponto de Cultura Projeto Musical Circuito Rock Miriense

APOIO

Poder Executivo Municipal de Igarapé-Miri, Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Lazer, Lei Cultura Viva, Ministério da Cultura/Governo Federal


Serviço: Show de Rock, neste sáb. 23 de novembro, 20:30h

Local: Bar Point do Álcool, Trav. Gen. Deodoro, com Rod. Moura Carvalho e outras

Bandas confirmadas: Alpha e Os Prognatas

Texto: Dr. Israel Araújo (editor), com colaboração do Dr. Paulo Sérgio de Almeida Corrêa, pela Organização

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Cemep contra o Some: manifesto do Conselheiro prof. Dr. Israel Araújo (#922)

É grave a atitude do governo paraense em relação às aulas no Ensino Médio (Seduc) nas comunidades em que, há décadas, se tem essa oferta em formato de módulos (no Sistema de Organização Modular de Ensino-SOME), em que os componentes curriculares (Língua Portuguesa, História, Filosofia e outras) são distribuídos em 4 momentos ao longo de cada ano letivo (regime blocado, intensivo); ainda que com muitas e históricas limitações estruturais e outras, o Some tem deixado indiscutível legado às populações campesinas. A deputada estadual (Psol) Lívia Duarte se manifestou contra a proposta da Seduc e se referiu ao Some como sendo "a maior política de educação do campo, no Pará".

O anúncio feito pelo governo Helder Barbalho (via Seduc-PA) de que pretende retirar os professores(as) da condição de regentes dessas turmas no Ensino Médio e substituí-los por um(a) profissional Monitor(a), deixa pais, mães/responsáveis aflitos(as), por saberem que as perdas para a qualidade do ensino, do processo educativo serão enormes. Não há como negar que um Monitor(a), ainda que com as melhores condições tecnológicas possíveis à mão (o que não é nossa realidade...), teria enormes dificuldades de auxiliar cada estudante em todos os Componentes.

Tenho ouvido vários relatos da parte da população; e são falas que demonstram apreensão e sofrimento, incluindo o de uma mãe de aluna do 9º Ano (Ensino Fundamental): que ela e o esposo vão fazer o que for possível para que a filha não inicie o Ensino Médio sem professores(as) para as diversas áreas de saber; que vão levar a jovem para outra localidade, mudar a rotina familiar etc. A Seduc-PA propõe um modelo chamando de "Cemep" como forma de fazer a "educação mediada por tecnologia" e, assim, substituir o ensino presencial garantido por professor(a) dos vários Componentes; a transmissão das aulas dar-se-ia através de uma central de mídias e os estudantes, nas diversas localidades, assistiriam as aulas e "tirariam as dúvidas" com um professor monitor(a). Na linguagem de estudantes, essa medida está sendo chamada de "aulas pela televisão"; professores e pesquisadores(as) imediatamente associaram ao programa transmitido pela Rede Globo, há décadas: o Telecurso 2000.

Resistência popular. Aqui em Igarapé-Miri a movimentação contrária a essa “proposta” do governo estadual está se intensificando e, no Pará inteiro, o Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores/as em Educação Pública do Pará) está enfrentando mais essa demanda, na luta pelos direitos de professores e professoras e, igualmente, por educação pública de qualidade para as juventudes do campo; neste caso específico, para que o Some não seja substituído por mais uma medida “de cima pra baixo”, impactando a carreira acadêmica de milhares de paraenses que já estão no Ensino Médio ou que estão às portas desse nível de ensino.

Como Conselheiro Municipal de Educação de Igarapé-Miri, Representante (Titular) do Magistério Público Estadual (triênio 2024-2027) e vice-presidente desse órgão, ainda que sabendo das limitações – por se tratar de demanda que convoca a prerrogativa do Conselho Estadual de Educação (CEE-PA), coloco-me irmanado a meus Colegas de trabalho na Seduc-PA; apresento minha solidariedade, minhas energias e forças intelectuais para enfrentar essa demanda; apresento-me a essa luta, junto do Sintepp na Subsede de Igarapé-Miri, como a outras das quais participei para enfrentar essa equivocada medida e ponho este Blog Poemeiro do Miri à disposição das possíveis divulgações, assim como o canal do You Tube Rádio Poemeiro do Miri. Não concordo, e não concordamos, com a ideia de que a classe trabalhadora deve ter “qualquer educação”; nossa classe e, neste caso, especialmente os sujeitos de direito que integram os territórios campesinos, deve ter a melhor qualidade possível de educação pública.

Precisamos, nas escolas ribeirinhas, nas ilhas, nos assentamentos e similares, é de professores(as) para o ano todo, para efetivar aulas, pesquisas e atividades artísticas/esportivas/culturais, sem interrupções; precisamos de mais escolas e reformas em tantas, com laboratórios, internet de excelente qualidade e infraestrutura que viabilize a melhor educação possível, baseada na criticidade, na dialogicidade e na pluralidade de ideias; no livre exercício de ensinar e aprender.

Educação se faz com professor e professora; a tecnologia é, apenas, parte integrante desse processo; ela não é a mola que poderia substituir o insubstituível (o professor, a professora). Estejamos unidos e unidas, pois os direitos da classe trabalhadora nunca deixaram de ser alvo de táticas disfarçadas de políticas públicas.

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Israel Fonseca Araújo, professor e escritor (editor/fundador deste Blog); doutor e mestre em Letras. Academia Igarapemiriense de Letras (AIL); poemeiro@hotmail.com