segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

FLA-RJ com mais de 2 Bi de faturamento, e as famílias da "tragédia no Ninho" (2019)? #961

O Clube de Regatas do Flamengo (RJ) passou de um bilhão de faturamento, há poucos anos; já em 2025, o clube carioca ultrapassou dois bilhões em entradas. É "outro patamar", realmente (não é ôto patamá, rsrsrs), literalmente falando. Bem próximo ao "Ninho do Urubu", certamente que há clubes e jogadores(as) passando apertos e, quem sabe, até sem ter a tranquilidade do de comer, em certos tempos.

Mas virão leitores(as) levantar a "tese" de que se trata de "gestão séria", trabalho "eficiente", profissionalismo e por aí vai; tá bom, há bons argumentos nesse sentido. Se Fla-RJ e S.E. Palmeiras estão, financeiramente, nadando de braçadas (um dos dois é de regatas, então...), por que o Corinthians paulista e o Vasco-RJ, por exemplo, não estão bem das pernas - no financeiro? Por que uma instituição ultrapassa dois bi, mas outras não conseguem se equilibrar ? E haja etecéteras.

Mas eu, cá com meus botões, sempre fico me perguntando por que, garotos são mort0s em espécie de quartos improvisados e queimam como se gente não fossem? E nem estou deixando o subentendido de que "bichos" e outros poderiam ser mortos, nessas circunstâncias. Fico imaginando, como se eu não entendesse bem este mundo, se não soubesse como funciona o mercado (ultra)capitalista etc.; é apenas para treinar a mente, eu acho, ou é porque a indignação da criança extremamente pobre nunca saiu de dentro de mim; dá para indagar, não e: quantos períodos de Natal, quantas vezes nos aniversários as famílias já choraram e seguem chorando as perdas de seus jovens/adolescentes?

Desde 2019, qual o tamanho do sofrimento de tais famílias? Por que "Baps" e "botos" desta vida tratam gentes e sofrimentos de gentes como se estivessem fazendo cálculos? São perguntas infantis, dirão outros tantos(as).

Minha indignação trouxe a curiosidade a reboque e encontrei umas notícias, nesta grande rede.  Ei-las:

Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, deu declarações empolgantes para o torcedor rubro-negro nesta terça-feira (23). Em reunião com sócios do clube, realizada no salão nobre da Gávea, o dirigente anunciou um faturamento superior a R$ 2 bilhões em 2025 e mandou um “recado” aos rivais. (Via CNN Brasil, confira a íntegra, clicando AQUI)

Dinheiro que "acaba mais", a não ser que seja adm pelo Corinthians ou pelo Clube do Remo, dirão muitos(as).

E a questão das famílias, as dos garotos da "tragédia" no Ninho?

Flamengo tem acordo com última família sem indenização da tragédia no Ninho

Clube e pais do goleiro Christian Esmério, morto no incêndio do Ninho do Urubu, chegaram a um entendimento na Justiça

Gabriel Teles, da CNN (em 04/02/25) 

O Flamengo anunciou na nesta terça-feira (4) um acordo com os pais de Christian Esmério, última família das 10 vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, que ainda não havia sido indenizada.

O goleiro, então com 15 anos, defendia a seleção de base e era monitorado por clubes do exterior quando morreu na tragédia. Até hoje, ninguém foi punido criminalmente pelo caso.[...]

No ano passado, a Justiça determinou que o Flamengo pagasse R$ 2,82 milhões de danos morais aos pais de Christian, além de uma pensão mensal de R$ 7 mil até 2048. A família inicialmente pedia R$ 5,2 milhões e uma pensão de R$ 3,9 milhões, enquanto a Câmara de Conciliação sugeria R$ 2 milhões de indenização e pensão mínima de R$ 10 mil por cerca de 30 anos. (A íntegra pode ser lida neste link)

Não sou "clubista", se é que tal lhe passou à mente; não tenho a paixão do torcedor(a) e sigo firme com meus pensamentos de criança indignada.

#fla #flamengo #tragedianoninho #flarj

#futebol

#brasil

#crf

quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Se o Natal é por Jesus Cristo, fora o Capitalismo (#960)

(é uma ilustração, tá bom?)

Chegando o tempo do Natal, um espírito de paz e serenidade, amor e esperança domina(ria) o ambiente e nossos corações. Pois é, considerando essa gramática de uma espiritualidade cristã, então o Natal tem(teria) relação direta com o natalício (nascimento) de Jesus Cristo, o filho de Deus, nascido de Maria. Natal é tempo de...

Inúmeros dizeres podem se somar a este enunciado e preencher as reticências acima; pois é. Mas o que se vê, na prática, é o corre corre das compras e o frenesi das estratégias de vendas, enquanto comportamento secular/profano majoritário. O que se destaca é o sentido das compras, das vendas, as propagandas (propagandas, discurso das vendas etc.; aqui, já seria uma outra conversa), o que draga até dedicados(as) cristãos de altares de igrejas; nestes tempos natalinos, inclusive, milhares e milhões de pessoas são humilhadas e ridicularizadas, em razão de não estarem nessa mesma "pegada" das ondas consumidoras. Inclusive, por não poderem estar... haja vista não ter o código do sistema capitalista às mãos (o dinheiro).

Por esse olhar, se o que se destaca é o não Cristo, então o Cristo é o que fica sem destaque (é óbvio, mas é estratégico tbm dizer o óbvio); às vezes, Ele fica um pouco à parte (tipo peça decorativa), às vezes é retirado do recinto e, literalmente, excluído. Ainda assim o 24 de dezembro, na nossa fatia cultural ocidental, monoteísta, "parará, parará", é lembrado e vivido, negociado, como um "tempo de amor, de paz, de fé, de renovar as esperanças e de buscar viver segundo o coração de Jesus Cristo", posto que esta porção anual deriva do nascimento de (nosso Salvador) Jesus Cristo.

Se é assim, em termos dessas contradições e de sentidos inconciliáveis (de um lado: amor, fraternidade, humildade, solidariedade, desapego (lado pró-Jesus Cristo) e, de outro lado: competição, vendas, negociações, bens materiais e dinheiro como sentido capitalista determinante (lado pró-Capitalismo), então, se é assim, é mais seguro dizer que não sabemos viver o tempo do nascimento de Jesus Cristo; pois os sinais que Ele deu são evidentes no sentido de mostrar o que é de, de fato, importa em nossas vidas.

Então, é o Capitalismo vencedor, em suma; e sobra a muitos(as) o lado de fazer a resistência e enfrentar essa forma de viver. É apenas uma questão de lado, de entendimento e de compreensão; é, este texto, apenas uma reflexão, tipo a postura do beija-flor que luta para derrotar um incêndio na grande floresta.

Texto: Israel Fonseca Araújo, editor-fundador. É tão-somente uma mensagem de Natal do Blog Poemeiro do Miri.