quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Se o Natal é por Jesus Cristo, fora o Capitalismo (#960)

(é uma ilustração, tá bom?)

Chegando o tempo do Natal, um espírito de paz e serenidade, amor e esperança domina(ria) o ambiente e nossos corações. Pois é, considerando essa gramática de uma espiritualidade cristã, então o Natal tem(teria) relação direta com o natalício (nascimento) de Jesus Cristo, o filho de Deus, nascido de Maria. Natal é tempo de...

Inúmeros dizeres podem se somar a este enunciado e preencher as reticências acima; pois é. Mas o que se vê, na prática, é o corre corre das compras e o frenesi das estratégias de vendas, enquanto comportamento secular/profano majoritário. O que se destaca é o sentido das compras, das vendas, as propagandas (propagandas, discurso das vendas etc.; aqui, já seria uma outra conversa), o que draga até dedicados(as) cristãos de altares de igrejas; nestes tempos natalinos, inclusive, milhares e milhões de pessoas são humilhadas e ridicularizadas, em razão de não estarem nessa mesma "pegada" das ondas consumidoras. Inclusive, por não poderem estar... haja vista não ter o código do sistema capitalista às mãos (o dinheiro).

Por esse olhar, se o que se destaca é o não Cristo, então o Cristo é o que fica sem destaque (é óbvio, mas é estratégico tbm dizer o óbvio); às vezes, Ele fica um pouco à parte (tipo peça decorativa), às vezes é retirado do recinto e, literalmente, excluído. Ainda assim o 24 de dezembro, na nossa fatia cultural ocidental, monoteísta, "parará, parará", é lembrado e vivido, negociado, como um "tempo de amor, de paz, de fé, de renovar as esperanças e de buscar viver segundo o coração de Jesus Cristo", posto que esta porção anual deriva do nascimento de (nosso Salvador) Jesus Cristo.

Se é assim, em termos dessas contradições e de sentidos inconciliáveis (de um lado: amor, fraternidade, humildade, solidariedade, desapego (lado pró-Jesus Cristo) e, de outro lado: competição, vendas, negociações, bens materiais e dinheiro como sentido capitalista determinante (lado pró-Capitalismo), então, se é assim, é mais seguro dizer que não sabemos viver o tempo do nascimento de Jesus Cristo; pois os sinais que Ele deu são evidentes no sentido de mostrar o que é de, de fato, importa em nossas vidas.

Então, é o Capitalismo vencedor, em suma; e sobra a muitos(as) o lado de fazer a resistência e enfrentar essa forma de viver. É apenas uma questão de lado, de entendimento e de compreensão; é, este texto, apenas uma reflexão, tipo a postura do beija-flor que luta para derrotar um incêndio na grande floresta.

Texto: Israel Fonseca Araújo, editor-fundador. É tão-somente uma mensagem de Natal do Blog Poemeiro do Miri.

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