domingo, 28 de agosto de 2011

ATENÇÃO! IRMÃOS DIVISORES, O PARÁ VAI SAIR GANHANDO E VOCÊS NO MAIOR PREJUÍZO

Élvis Nunes Corrêa – elvisnunes49@hotmail.com


    Somente os políticos espertalhões querem dividir o Pará, em proveito próprio, e o povo ingênuo das regiões separatistas embarcam na potoca como “Maria vai com as outras”. É somente o território e a população que irão se dividir, o Estado administrativo e a marca Pará continuarão sendo nossos com quase todos os elementos culturais que formam a identidade deste Estado. Veja o que passará ser só dos paraenses:
      Começando pela área cultural: o Círio de Nazaré, o carimbó, o brega com o tecnobrega, o querido Remo e aquela coisa que se veste de azul e branco (se sobreviverem), a História de bravura dos cabanos, o pato no tucupi, os grandes jornais em circulação, o Ver-O-Peso, o complexo Feliz Lusitânia, o Mangueirão e a Estação das Docas. Esses são só os símbolos mais conhecidos lá fora como marcas culturais do Pará.
      Na área econômica temos quase todos os elementos naturais, culturais e comerciais que atraem turistas e que ficarão com a parte do Pará, tais como o Círio, as regiões do salgado e do Marajó e outros elementos; temos ainda as sedes das grandes lojas de varejo e atacado que ficam em Belém e outras grandes e pequenas empresas que geram produção, comércio e serviços cujos impostos são, ainda que de forma injusta, divididos com as regiões que querem se separar. Tudo isso será só do povo paraense; lembremos que essas formas de economia só tendem a crescer e são duradouras, não é como o minério que só diminui e um dia vai acabar, vejam só, tudo isso hoje é nosso e vocês querem abrir mão, de graça.
      Contando ainda que vamos ficar com um Estado administrativo montado e todas as conquistas que os Servidores Públicos já obtiveram em anos de lutas, o que, certamente, os dirigentes oportunistas desses novos Estados não vão querer ceder ao povo; vamos ficar com a região interligada por estradas, sem contar que vamos poder taxar tudo o que vier do Tapajós e do Carajás, mas vocês, a Lei Candir irá impedi-los de taxar o minério e a energia que irão sair. Como vemos, meus amigos e irmãos do Tapajós e do Carajás, esses Estados irão nascer sem uma identidade cultural forte, com forte histórico de conflitos agrários, garimpagem ilegal, desmatamento (feito pelos próprios dirigentes que querem a Separação) e sem poder taxar as riquezas que saem do seu solo.
       Não é hora de dividir, a campanha está errada, seria a hora de os irmãos do Tapajós e do Carajás fazerem campanhas para pedir a ajuda de seus irmãos da região metropolitana contra a má administração e o descaso dos maus políticos, que os abandonaram por anos, e nós estaremos prontos para apoiá-los.
      Observem o Estado do Amapá, eu morei lá no auge das ajudas federais e vi as farras que os políticos que lutaram pela elevação do Território à categoria de Estado faziam com o dinheiro público, hoje até os paraenses que eu conheço e que correram para lá querem voltar para o Pará, acabou a ajuda Federal e os amapaenses estão tendo que pagar a conta e fazer greves, é só notícia de políticos amapaenses presos em operações federais.
      A divisão do Território paraense, se ocorrer, só vai beneficiar a corja política que, após se estapear com os outros pretendentes, chegar ao poder e passar a fazer farra com o dinheiro das ajudas federais e os novos cargos que serão criados, como a maioria não tem suas origens no Pará, depois que terminar a ajuda federal eles irão embora para o exterior curtir o dinheiro alheio e vocês, irmãos, ficarão a ver navios levando o vosso minério. A ideia da divisão é tão absurda que o argumento dos dirigentes separatistas reconhece que a divisão será ótima para o Pará, é assim que eles tentam convencer o povo daqui a votar pela Separação, como quem diz: não se metam, fiquem com tudo para lá, deixem nós enganarmos esses trouxas daqui. Mas, já que estão querendo, eu os ajudarei, pois votarei a favor da Divisão, mas, se um de vocês mudar de ideia e me pedir ajuda, eu mudo o meu voto a favor da permanência do Pará unido. Viva o Pará dos verdadeiros paraenses! Eu nasci no Pará, em Igarapé-Miri, e vou continuar sendo paraense, a vocês será dado o direito de escolha. Um forte abraço a todos vocês, que ainda têm a honra de ser paraenses, por enquanto.

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Élvis Nunes Corrêa é Historiador e Licenciado Pleno em História (UFPA); Esp. em História; Docente nas Escolas "Aristóteles Emiliano de Catro" e "Enedina Sampaio Melo".


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