terça-feira, 24 de julho de 2012

“Brincar com a ignorância das Pessoas causa dano irreparável” deveria dizer STF


prof. Israel Fonseca Araújo

 
De quando em quando ouço (e leio) que o STF, Supremo Tribunal Federal, mais alta Corte do País, declarou tal coisa; que publicou a Súmula Vinculante “número tal”, o que deverá gerar jurisprudência acerca dessa matéria. (Lembra do Nepotismo? Alguém crê que dará em alguma coisa?)
Mas nada ouço dizer, nessa linha discursiva, sobre a postura do Supremo acerca do abuso que é brincar com a ignorância das pessoas (eu é que já estou afirmando isto, sem nenhuma autoridade nem autorização para tal); creio que não lerei nada sobre isto. Será que já existe uma Súmula Vinculante a esse respeito? Não existe Súmula Vinculante até que se prove o contrário, não é mesmo?
O que quero é falar sobre o uso/abuso da ignorância alheia (1. “estado daquele que ignora algo, que não está a par da existência de alguma coisa”; 2. “estado daquele que não tem conhecimento, cultura, em virtude da falta de estudo, experiência ou prática”, cf. Houaiss, eletrônico) por pessoas que sabem que se aproveitarão do desconhecimento de alguém acerca de tal questão e espalham informação, que essas pessoas se encarregam de multiplicar, para o bem dos(as) que querem levar vantagem sobre o caso. E usam as pessoas, da maneira mais desleal e covarde possível, e obtêm vantagens para si mesmos. Passadas as disputas eleitorais, quem brigou, destruiu amizades e projetos até familiares sai da briga (quase) de mãos abanando (ou literalmente arruinadas) e as pessoas que deveriam lucrar com esse jogo sujo, saem com seus lucros (com a Posse para exercer o cargo eletivo a que concorreram; com os vários mil votos ou várias centenas deles anotados numa pasta para serem apresentados aos Caciques partidários – e, assim, poder obter vantagem no jogo político etc.) e seguem sua vida de trabalhar bem pouco (às vezes, uma vez, de manhã, por semana!, se não quiser justificar suas ausências), não raro morando em Belém e vindo a Igarapé-Miri em momentos esporádicos... Mas, com nossos deputados e senadores “fazendo Leis”, há Eleições sempre a cada dois anos e segue a vida.
E até quando tanta gente continuará a ser manobrada, e os que realizam a manobra continuarão a fazer suas manobras (“por trás”, como diz aquele personagem do Zorra Total), e usar as pessoas – simplesmente porque podem não conhecer algo ou algum processo e, assim, ser manipuladas e continuarem a ser manobradas...?
Tudo é tão simples e tão inefável. “Êta vida besta, meu Deus”. Assim poderia dizer Carlos Drummond de Andrade, o poeta que não ousava lutar com as Palavras.

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