sábado, 24 de outubro de 2020

Poema: Balsa com os Candidatos Desesperados (Cordel des-cordelizado)

Israel Araújo

(Academia Igarapemiriense de Letras)


I 

Eleição complicada...

como esta eu nunca vi

na terra de Sant’Ana

que é Igarapé-Miri

nada diferente

de Santa Cruz do Arari,

onde tem candidato que goza,

tem candidato que chora,

tem candidato que enrola

e tem candidato que ri;

mas o gozo ou choro

(de verdade)

será dia 15 de novembro

na Capital Mundial do Açaí

e noutros lugares, por aí.


II 

Falando somente

em quem quer a Prefeitura,

sabemos que tem 12 pessoas

com lugar cativo

na obra A Balsa dos Derrotados

a ser feita

pelo poeta Maelson Machado

que, de Manoel Machado,

é um pupilo e amigo.

 

III

A Prefeitura não é uma “vaca leiteira”,

mas dela tantos querem a Cadeira!!,

e, por isso, até intelectuais

já pensam em largar carreira,

tudo isso por se pensar

que governar pode se feito

como uma chuva (de Belém) passageira.

 

IV

Só que o medo dos sérios

é herdar o famoso rombo

                             no lombo,

já que é sábio que

depois do mandato

vem o MP, a CGU

e a PF trazendo o mandado

            com a intimação;

nada como um jogo de curtição,

mas, sim, uma aparente alucinação

que faz até iluminados

e advogados

burlarem a Licitação.

 

V

A eleição é tão estranha

que muito candidato

nem cartaz tem,

nem diz pra que vem

e o povo fica pensando:

“Ah, esse de governar não é capaz”

já a Justiça se finge de morta

passando a imagem de que não tá

nem e nem!

Mas, lá no fundo,

a de cara cega diz:

"vem e vem que o que é teu

só aqui tem".


VI

Tem uns que dizem

"Ah, isso é papo furado,

isso é conversa fiada",

outros até falam que

que "isso é tudo mentira".

Mas da minha cabeça

ninguém tira:

Isso é sarda pra se coçar,

é corda pra se enforcar

e é curuba pra se ensaboar.


(construindo)

 

 

 

 

 

 

 


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