quarta-feira, 13 de abril de 2022

Sérgio Moro, exemplo de trapalhadas e vergonha política (Editorial)

Israel Fonseca Araújo (Academia Igarapemiriense de Letras)


Sérgio Fernando Moro foi juiz federal por cerca de 22 anos, tendo ingressado na magistratura aos 23 anos de idade (esse cargo é conquistado via Concurso Público). Atuou na chamada primeira instância, o tal "juiz de piso", e se subordinava ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4a. Região). Moro tinha tudo para ter uma carreira brilhante, marcada pela vitaliciedade no cargo e sair pela porta da frente da Justiça mediante aposentadoria compulsório (ao final de sua vida laboral). Mas...

Suas leituras políticas (fracas, burraldas, míopes) e sua ganância ou sede desmedida de poder e/ou por dinheiro o jogaram em uma espécie de vala comum da política; em memes ou charges virtuais, nestes dias de abril2022, ele aprece muito orelhudo, com olheiras destacadas, boca de CD e ao escanteio da via. De estrela ligada à Operação "Lava Jato", ele passou a ser suspeito de crime de falsidade ideológica (não saia ainda, te conto já). Tem Doutorado na área do Direito, portanto poderia seguir como um servidor público atuante em universidades, escrevendo livros, tendo respeitabilidade como jurista (caso de Luiz Roberto Barroso e Marco Aurélio, Ministros da Suprema Corte deste país). Mas, sua ansiedade por altos voos o jogou na vala comum.

Moro saiu do cargo de Juiz pouco depois de ser o algoz político do ex-Presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva (as decisões de Moro, por mais de uma vez, já foram declaradas imparciais, espécie de criminosas, pela própria Justiça brasuca); foi ser Ministro do Bolsonaro, do dito cujo beneficiado eleitoralmente pelas canetadas dele. Saiu, como diria seu aliado Olavo, pelas portas anais do Judiciário, foi pei**do pelo sistema; correu das salas protegidas do Judiciário para ouvir esculhambações e ordens de "autoridades" suspeitadas de envolvimento com miliciÂnus.

Sérgio saiu do lado de Bolsonaro, foi enriquecer às pressas nos Estados Unidos da América, atuando de modo muito discutível na recuperação judicial de empresa(s). Logo voltou de lá, virou político comum, filiado ao Partido PODEMOS (liderado por políticos de ficha um pouco não muito limpas, ao menos no seio da opinião pública); Fernando ficou ganhando cerca de 22 mil reais do Podemos como ajuda de custo para poder ser pré-candidato a Presidente do Brasil pelo partido de Álvaro Dias (Sen. PR). Depois de uns meses nessa boa vida, Moro traiu os que lhe acolheram no Podemos e foi para São Paulo assinar a Ficha de Filiação de outro partido, o chamado União Brasil (ligado a Bolsonaro, mesmo que de modo não muito limpo, digamos assim; limpo... o relacionamento). Segundo suspeitas, ele usou recursos do Podemos para traiu o Podemos, indo do Paraná até SP, às custas do Podemos. Dizem que ele será cobrado, financeiramente, por isso. O Pode soube da filiação bem depois, após a traição ser consumada.

Pior do que isso: Sérgio ou Fernando ou Moro, qq um desses aí, foi passar seu domicílio eleitoral para São Paulo, mas não mora lá, não morava lá há três meses, pelo menos por três meses. Afirmou que mora. Deu endereço de um hotel, mas já enfrenta denúncia de CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA (teria falsificado documento, prestado juramento falso à Justiça Eleitoral etc.). E, creio eu, terá essa como uma de suas principais dores de cabeça nos próximos meses. Quer ser deputado federal por SP e já enfrenta gozações em suas costas (não é no sentido sexual, ok?), pois algumas pessoas dizem que ele sequer sabe onde fica a Avenida Paulista.

Vai dar em nada, você pode me dizer; mas eu já vi o Michel Temer ser preso, mesmo que tenha esquentado uma sala por poucas horas. O que está acontecendo com o "marreco" de Maringá? è que está, agora, sendo inferior aos políticos que, meses atrás, ele tentava pichar de "corruptos" ou de bandidos. Agora, a moeda virou e o Antônio Carlos Magalhães Neto (da Bahia) já até diz que uma possível tentativa de candidatura de Moro a Presidente, no União Brasil, seria impugnada pelo próprio UB. Neve até Nota Pública do UB, informando que Moro poderia ser candidato, por SP, mas não como Presidente.

Humilhante, vcs não acham? Sim, sim. Mas os valores em jogo (ambiguidade) são outros. Amanhã, ele já estará de banho tomado e vestindo outras camisas, outras cores, recebendo outros salários, andando junto de outros políticos, sentando no colo de outros caras. Espere e comprove.

Um comentário:

  1. É isso professor, trocou o que poderia ter sido uma carreira profissional de sucesso por uma dúbia carreira política.

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