segunda-feira, 18 de julho de 2011

Leituras de um Leitor do JM... Croniquinha discursiva sobre um Assalto (já é nossa Rotina)

Prof. Israel Fonseca Araújo


Dos Fatos Iniciais, do Contexto: 15 de junho de 2011, quarta, é/foi dia de Paralisação dos Trabalhadores(as) em Educação Pública do estado do Pará (continuam em luta por melhorias para essa Categoria profissional). Não obstante, fui cumprir com minha jornada de trabalho (de quarta-feira), na Escola Estadual “Enedina Sampaio Melo”, sem entender o por quê, mas fui pela Teodorico Martins de Lima, “dobrando” para Rua Ângelo Lobato e, ao transpor a “Sesque” e, antes da Trav. Pe. Emílio (Pe. Emílio foi quem batizou minha vizinha do rio Murutipucu, Dona Benedita, Senhora de seus atuais 75 anos, amicíssima de Mamãe Terezinha Fonseca), percebi que outro condutor de Veículo de Propulsão Humana (= Bicicleta) fazia ultrapassagem pela direita (segundo meus parcos saberes sobre Legislação de Trânsito, nossa ultrapassagem é pela esquerda). Nisso olho, creio que para repreender alguma criança que transgredia essa regra, ouvi a seguinte FD (Formação Discursiva): “Entrega o celular; bora; tu não vai entregar?”. Identifiquei um jovem, não mal vestido e, me pareceu, tomado banho, de bermuda e camiseta. Braços tatuados, jeito de quem malha, pela “postura didática” que exibia.
Olhei pra minha perna direita; realmente, eu portava um celular (de minha esposa) e ele se mostrava, saliente, pela minha jeans; o jovem falava Verdade; e estava apressado. (Vem um carro no sentido oposto: pensei numa maneira de me livrar de meu interlocutor (=alocutário, digo), mas como?; nenhum(a) PM às proximidades. Estratégias eu tinha, mas mal sei ser Professor e, ainda assim, há quem diga que não sou dos melhores. (Alunos(as) já insinuaram que não sei trabalhar...) Passei para a esquerda, carro no meio, ele, agora, pela direita. Passou o carro e meu “acompanhante” (= Cidadão/Assaltador, neste caso) continua (com a mão na região da cintura, conotando portar uma arma de fogo (E a Sugestão: nas últimas semanas, trabalhara, na “Enedina”, o Simbolismo com minha Turma; noutra oportunidade, fui assaltado e dois jovens apontaram arma pra mim e pra meu amado Giovanni///////). Porte e posse de armas não são a mesma coisa. Vem uma caçamba em sentido contrário.

O Clímax, os Resultados: Nesse ínterim, pensei em ser praticante de capoeira (ter aquela ginga toda, possuir Mestrado em Segurança Pública etc.); pensei nos desdobramentos de entregar o aparelho, que não era meu, ao Cidadão. E mais: estaria ele “amanhecido”?, trabalhou à noite, sem êxito?, seria um praticante de Hora-Extra? (...) – nisso tudo íamos pedalando lentamente, efetivando esse “diálogo” silencioso (Paradoxo). Entreguei ao Jovem/Cidadão o aparelho, por ele educadamente solicitado; o Condutor da caçamba, que ia na sua mão, (creio que) foi único expectador desse Ato de nosso Show diário; o Cidadão/Assaltador seguiu em sentido contrário, na direção da “Sesque”, rumou para a direção da PA-151 (Seria ele conhecedor de meus hábitos profissionais diários e só rumou nessa direção para “despistar”?); segui pela Pe. Emílio, direção da “Enedina”, tendo poucos ou nenhum expectador(a) a mais, cerca de 07h e 58min.; na Escola, após “amigável” diálogo com a Turma, deixamos as Atividades dessa manhã para outro dia (não revelado aqui, por questões de Segurança); recebi Convite da Amiga Josi para uma Palestra, dia 17/06, na mesma Escola (já agradeço aqui, de público: ótima iniciativa). Bloqueei a linha, por questões pessoais, e para preservar minha intimidade (minha identidade acho que não pode/deve ser preservada; sou Homem Público, e assim e assumo). Tinha saído na tarde/noite anterior para resolver problemas domésticos, mas fortes raios não o permitiram; dia seguinte, fui vítima de “assalto relâmpago”; meio sem sentido, não é mesmo? Na sequência, quanto terá(ria) valido esse aparelho?; como é o mundo desse Cidadão/Assaltador?; qual a sua relação com a Escola Pública?; teria sido um Assalto Sem Armas (ASA)?; eu poderia não ter feito a tal entrega ao Jovem?; quais seriam as consequências adversas desse (provável) ato?. Estes nossos tempos são marcados por muitas Indagações, e poucas Respostas.

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