quinta-feira, 20 de agosto de 2015

VEREADORA ÂNGELA (PSD) FERIU A DIGNIDADE DOS CONCURSADOS DE IGARAPÉ-MIRI?

Israel Araújo (Editor)


A vereadora pelo PSD, Ângela Maués, arrumou um bom problema para o seu momento atual e seu futuro eleitoral. A parlamentar entrou para a Casa de Leis após a cassação do mandato da ex-Vereadora Nayara Pantoja (PSD, que saiu do Parlamento em virtude de crime de caixa dois de campanha) e acabou se pronunciando na Sessão de ontem (19/08) sobre um tema que é muito caro à democracia brasileira: o instituto do Concurso Público. Trata-se, simplesmente, de uma baliza para a atuação da Administração Pública em todos os níveis.

Desde 1988, ao menos desde esse ano, a coerência administrativa não pode passar longe desse dispositivo legal. Não se imagina uma gestão pública séria e responsável que não se disponha a organizar o funcionamento da máquina pública. E, para isso, é necessário realizar concurso(s) público(s), organizar lotação e tomar outras providências técnicas. O caso é tão emblemático que, se uma parte do povo não quer ouvir falar em concurso público, já se nota (em Igarapé-Miri) que há aceitações populares sobre o concurso. Isso ficou constatado no ato de posse do prefeito Roberto Pina Oliveira (PT), dia 09 de junho de 2015: assim que se pronunciou sobre a possibilidade de haver concurso público em sua gestão, Oliveira foi aplaudido por populares.

Maués, em meio a uma discussão com seus pares e o Secretário Municipal de Saúde, disse o que pensa sobre o concurso público. O caso foi anotado pelo Blog Folha de Igarapé-Miri, de Gleyson Castro:


O fato aconteceu quando os vereadores sabatinavam a Secretário Municipal de Saúde, então no seu pronunciamento a Vereadora pediu que o Secretário tentasse melhorar o atendimento nas unidades de saúde, pois segundo ela, já tinha presenciado muitos servidores públicos atendendo mal os pacientes. Foi então que a Vereadora soltou a seguinte pérola:"a pior coisa que inventaram foi concurso público". A Vereadora quis claramente dizer que os servidores efetivos (concursados), não tem a mesma dedicação e nem o mesmo interesse em atender bem os usuários, do que os temporários, já que tem estabilidade no emprego. Os servidores efetivos que estavam presentes na Câmara não gostaram nadinha da declaração da vereadora, e começaram diversos protestos nas redes sociais, inclusive mobilizando protestos para sessão da próxima quarta feira, onde solicitarão a cassação da nobre vereadora. (http://folhaigmiri.blogspot.com.br; acesso em 20/08/2015)


Uma simples espiadinha na parte destacada ("a pior coisa que inventaram foi concurso público") indica o que a parlamentar pensa sobre esse dispositivo constitucional: ele é a pior coisa inventada, na sua opinião. E não se trata de recortar apenas uma parte. Seria uma incoerência, já que a vereadora fez juramento diante das leis e da Carta Política de 1988, prometendo cumprir as mesmas. Como é possível cumprir a Constituição de 1988 sem o apego e o devido respeito (reverência) ao Concurso Público?

O posicionamento da vereadora do PSD mexeu com o ânimo e com a autoestima dos servidores/as de Igarapé-Miri. A fala foi traduzida de maneiras impublicáveis, em grupos de relacionamentos. Há possibilidades de protestos e coisas do gênero. Sindicalistas à frente, as indignações vem de vários órgãos ligados ao Poder Executivo. Fala-se, inclusive, na possibilidade de pedidos de cassação do mandato da mesma.


O Poemeiro do Miri aguarda pelos desdobramentos da ação.



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Pedidos de esclarecimento podem ser feitos para poemeiro@hotmail.com; enviar texto em formato Word, anexado à correspondência. O blog analisará o caso e se manifestará.







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