prof. Israel Araújo (Editor)
(Michel Temer / PMDB-SP; nem precisava apresentar)
A sociedade brasileira, melhor dizendo: uma parte da sociedade brasileira que não demonstra posturas nazistas/fascistas, de ódio, de perfil destruidor em relação às chamadas esquerdas (partidos políticos, tais como PT, PSOL, PCB e PC do B, movimentos sociais representados por ONG's, sindicatos, associações de servidores públicos), algum percentual dos observadores e analistas da política brasileira está atenta a mais uma das tantas manobras tão bem tecidas juridicamente e que, como se fossem ações normais, legais, são apresentadas ao Povo Brasileiro. Isso, mesmo.
Sem dar respostas (em 2015 e 2016) ao povo do Brasil sobre ações na Justiça Eleitoral, o TSE (Tribuna Superior Eleitoral) está prestes a fazer um JULGAMENTO EM SEPARADO de supostas irregularidades cometidas pelos então candidatos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB); isso, mesmo.
Em lugar de julgar irregulares as contas da Chapa de 2014 à Presidência (deve haver dezenas de provas para tal; Lava Jato que o diga) e cassar a mesma em sua condição de indivisibilidade, o TSE dá sinais de que deixará as responsabilizações todas com Rousseff e que deixará Temer ileso. Isso, mesmo. A parte petista ficaria inelegível por oito anos (Rousseff tá tem quase 70 anos; Michel Temer tem 75 anos: não seria bom, devem pensar os membros do TSE, que ele perdesse os direitos de se candidatar novamente. O TSE é presidido por um dos maiores aliados de Temer e do PSDB, o Min. Gilmar Mendes - ex-Advogado-Geral da União no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.
Autor de pedido para cassar a Chapa Dilma/Temer de 2014, o PSDB de hoje (ano e meio depois) já é aliado de Temer no governo federal. Gilmar Mendes, algoz da "esquerda" e dos movimentos sociais, preside o TSE atualmente, o que deve fazer com que o julgamento do caso passe para 2017; assim, se Temer fosse impedido de continuar no Gabinete da Presidência da República, o Congresso Nacional poderia eleger, INDIRETAMENTE, um Presidente para governar até 31 de dezembro de 2018.
Ora, nesse caso, seria um aliado de Michel Temer/PSDB de Aécio Neves e amigo de Gilmar Mendes. Parlamentar escolhido de um dos partidos que retiraram Dilma e colocaram Michel na Sala da Presidência. Poderia do: PSDB, ou PP, ou PMDB, ou DEM, ou PPS, ou SD, ou PSC, ou PRB, ou outra agremiação desse perfil. Um pacote bem feito, não?
Vejamos um pouco mais nos textos 01 (sobre o possível julgamento em separado de ações contra a Chapa, indivisível, Dilma/Temer) e 02 (sobre reajuste generosíssimo para o Judiciário, o qual é integrado pelo TSE)
Texto 01:
Decisão sobre chapa
Dilma-Temer será histórica, diz relator
(Folhapress; disponível em:
http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/decis%C3%A3o-sobre-chapa-dilma-temer-ser%C3%A1-hist%C3%B3rica)
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Herman Benjamim,
relator do processo de cassação da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do
atual presidente Michel Temer, disse que o caso "é o maior processo da
história" do TSE e sua decisão será "histórica". Benjamim afirmou neste sábado (5)
que o ponto de partida do caso será a presunção de inocência e que será
garantido o pleno direito de defesa dos acusados. "Isso aqui não é um processo
de impeachment do Congresso Nacional. O TSE não é um tribunal político, é um
tribunal que decide sobre fatos, com base na lei e constituição", disse. O ministro também comentou ter
ficado impressionado com a extensão do caso de corrupção na Petrobras ao ouvir
os delatores da Operação Lava Jato no decorrer do processo do TSE. "Vocês conhecem a expressão
da [escritora] Hannah Arendt, se referindo a outro contexto, a 'banalidade do
mal'. Aqui era a 'normalidade da corrupção', e vários deles, eu sempre fazia
essa pergunta, diziam 'as empresas já têm esse valor, isso faz parte do
negócio'." O relator também disse que os
acordos de colaboração de acusados e empresas na Lava Jato não estão levando em
conta os prejuízos que a Petrobras poderá ter em razão de processos em curso
contra a empresa no exterior. "Isso tem que ser debitado
na conta de quem causou o escândalo", afirmou.Benjamim, porém, não quer
fazer uma previsão de como dará seu voto ou processo será julgado, bem como se
haverá cisão entre a situação de Dilma, cassada pelo Congresso de maneira
definitiva em agosto, e Temer, vice na eleição de 2014 e efetivado como
presidente neste ano.
HISTÓRICO. O ministro herdou em agosto a relatoria de quatro ações
que tramitam no órgão pedindo a cassação da chapa de Dilma e Temer. Como a petista já foi afastada do
cargo, o atual presidente é quem poderia estar sujeito à perda de mandato, em
caso de condenação. Em tese, Dilma também poderia se tornar inelegível -ela
teve mantidos os direitos políticos. Nas ações, apresentadas pelo PSDB
(da chapa dos senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes, derrotados no pleito)
entre o final de 2014 e o começo de 2015, Dilma e Temer são acusados de abuso
de poder econômico e recebimento, na campanha, de recursos desviados de obras
estatais. Em delação premiada no âmbito da
Operação Lava Jato, executivos da Andrade Gutierrez, por exemplo, disseram que
propinas obtidas em contratos firmados com a Petrobras, a usina de Angra 3 e a
hidrelétrica Belo Monte viraram doações legais para o PT. Delatores da Lava Jato, como os
empreiteiros Ricardo Pessôa (da UTC) e Otávio Marques de Azevedo (da Andrade)
já foram ouvidos como testemunhas nos processos. Com o argumento de que seu
partido, o PMDB, tinha um comitê financeiro próprio na campanha e que as
prestações de conta foram distintas, o presidente Michel Temer busca fatiar o
julgamento das ações no TSE. Aliados do peemedebista já
afirmaram que, se necessário, a tese será levada também ao STF. A defesa de
Dilma nega irregularidades. Com informações da Folhapress.
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Nota: o Poder Judiciário está recebendo uma generosa "ajuda" do governo federal, um reajuste estratosférico, em valores que trabalhadores/as assalariados podem nunca chegar a ter.
Se não, vejamos:
(Fonte: g1.com.br)
Texto 01:
Temer sanciona reajuste de até 41,4% para
Judiciário e de 12% para MPU
O
presidente da República em exercício, Michel Temer, sancionou nesta
quarta-feira (20) a lei que concede reajuste de até 41,47% nos salários dos servidores
do Judiciário e aumento salarial de 12% para analistas e técnicos do Ministério
Público da União.
A Casa
Civil informou que os textos foram assinado sem vetos e deverão ser publicados
no Diário Oficial da União desta quinta-feira (20). Segundo o Supremo, o
aumento do Judiciário será feito de forma escalonada em oito parcelas, até
julho de 2019. Conforme a lei, cargos em comissão receberão reajuste de até 25%
e técnicos judiciários com nível superior receberão adicional de qualificação.
(...) Mariana Oliveira. 20/07/2016. TV Globo / Brasília. Fonte:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/temer-assina-reajuste-de-ate-41-para-servidores-do-judiciario-diz-stf.html
(acesso: 06/11/2016)
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E agora, que diremos mais?