segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Ensaio sobre a leseira: uma espécie de “aula” pública apressada sobre Política, #Bozo e Witzel

Israel Fonseca Araújo
Professor e blogueiro; editor do Blog Poemeiro do Miri (poemeiro@hotmail.com)
Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)



1. Cuidado com a Introdução

É provável que você, ou o Sr., a Sra., não queira dar créditos a esta postagem. Mas é importante que seus créditos sejam aqui depositados, pois este nosso trabalho intelectual pode vim a "se deprimir", se vc (ou o Sr., a Sra.) não der atenção e respaldo ao mesmo. Ajude aí, vai! Isso é importante para tod@s nós.

Posto isso, sigamos. É muito comum, e nem precisa buscar estatísticas acadêmicas sobre essa problemática, as pessoas falarem a vc (ou ao Sr., a Sra.) que "não querem saber" de política: isso está posto às favas para tds nós, nas ruas, favelas, becos, sobrados e nos rios, ramais e ilhas deste país; também é muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que "político nenhum" presta (tradução: nem eu, nem o Sr., nem a Sra., nem as nossas mães... ninguém "presta", já que tds nós somos, verdadeiramente, pessoas que têm atuação política), assim como ouvirmos dizer que "político é tudo ladrão" (tradução: com isso, estão dizendo que o casal Bolsonaro e Sérgio Moro é "tudo ladrão", pois são políticos da melhor feitura, em termos de estratégias políticas, deste velho modelo brasileiro).

Eu, este editor, não tenho acordo com essas posições, ditas elas assim de modo generalista. Acredito que podemos apresentar vários elementos confiáveis sobre o Paulo Maluff (de SP) e Sérgio Cabral (do RJ), mas o mesmo não temos como dizer sobre o gaúcho Paulo Paim, sobre a jornalista gaúcha Manuela D'Ávila, sobre o paraense Edmilson Rodrigues (ex-Prefeito de Belém), sobre o ex-juiz federal maranhense Flávio Dino e sobre os paulistas Eduardo Suplicy e Fernando Haddad. Isso, para citar somente mínimos exemplares. Também, sobre políticos e "honestidade" e políticos e "corrupção", para fazer essa discussão, teríamos de abrir uma mega nota acerca da relação entre grande mídia (comercial, empresarial, familiar, oligárquica) e: partidos políticos, eleições e governos (ao menos, teríamos de examinar o período do varguismo até estes dias, o que passa pelo período de Ditadura). Mas seria extremamente exaustivo para os limites deste modesto ensaio (do verbo ensaiar).

Vamos a uma rápida leitura sobre Messias Bolsonaro (e seus Moro, Guedes etc.) e Witzel, esses cariocas que estão sacudindo o Rio de Janeiro e o Brasil (sem respectivamente, msm).


2. O "caso Marielle" explica Witzel; o Witzel explica Bolsonaro; Bolsonaro é Crivella...

O governa_Dor do RJ, Witzel (PSC), tem reclamado baixinho porque, segundo ele choraminga nas rodas mais íntimas, o Messias Bolsonaro (ex-PSL, ex-PP, ex-P-tudo), que está na Sala da Presidência da República Federativa do Brasil, está(estaria) lhe tratando (tratando o governa-Dor) muito mal. Bolsonaro estaria se vingando de Witzel, acreditamos nós, porque (segundo o Messias) o governa-Dor do Rio de janeiro estaria usando a máquina (mega máquina) estatal carioca, sobretudo a Polícia Civil, e influenciando o Ministério Público para que as investigações do "caso Marielle" mostrassem relação direta entre as execuções da ex-Vereadora Marielle Franco (PSOL, executada barbaramente, dia 14.03.18) e de seu motorista Ânderson Gomes.
Acontece que as inacreditáveis investigações desse caso têm parecido caso de piada pública ou verdadeiro tapa-na-cara da sociedade carioca/brasileira, rimpada nas fuças das pessoas de bem, posto que fica parecendo que o Estado não quer dar as respostas de que a sociedade precisa: quem matou os dois? Quem mandou matar? Quem teria financiado as execuções? e outras perguntas.

Há muitas suspeitas que recaem sobre moradores do Condomínio "Vivendas da Barra", no Rio, os quais poderiam morar perto ou conhecer ou ter relações diversas com pessoas de sobrenome Vômito-naro. Ora, a Rede Globo noticiou depoimento de porteiro, falou de anotações, a Ásia foi sacudida pela loucura "brasileira" da madrugada etc.

Mas os Naros dizem que não, que não tem nada a ver ("nada a ver!!", no singular) e a Polícia Federal e o MPF-Ministério Público Federal parece que estão de olho no porteiro, pois ele teria falado que fez anotações em seu caderno de trabalho, falado sobre números de casas do Condomínio etc.; ora, a vinculação de pessoas próximas aos bozos* aos possíveis assassinos de Marielle e Ânderson; Bozo_pai já brigou com a Rede Globo, por muitas vezes, e já ameaçou fazer a Globo se acabar etc. Naro_pai diz que o chefão Witzel quer a "sua" cadeira de Presidente do Brasil, em 2022, por isso estaria usando a Polícia, a máquina estatal para arrebentar politicamente o Messias. Se é verdade ou se é mentira, o certo é que Bolsonaro tem tratado Witzel como inimigo dos inimigos (até mais  inimigo do que o outro susto de Messias, o João Dória-PSDB-SP: outro que tem planos para pegar a cadeira da Sala da Presidência).

Aí, Bolsonaro trata Witzel como inimigo de "morte" (política); Witzel e o Prefeito do Rio, Marcelo Crivella (da Universal e do PRB), também são inimigos. Aqui, é Witzel que diz que o Crivella não quer dar respostas sobre a Saúde pública do RIO (que está na UTI, matando muitas pessoas), que não quer ajudas do governo estadual etc. Crivella vive do aconchegos junto ao Bolsonaro, que é inimigo do Witzel; Bolsonaro não quer colar sua imagem na de Crivella, pois este está muito "sujo" diante da população, mas Jair não pode se aproximar de Witzel, pelos motivos já informados acima. E Witzel, Crivella e Bolsonaro não podem se aproximar de Marcelo Freixo (dep. federal do PSOL-RJ, que poderia se eleger para Prefeito). Outra opção seria essas três "feras" se juntarem a Marcelo Paes, ex-Prefeito do Rio, o qual, nestes dias, lidera a corrida para a Prefeitura do Rio: o que poderia gerar uma situação ridícula, digamos, qual seja: eles se juntarem a Marcelo Paes, ex-PMDB de Sérgio Cabral, para não permitirem que o PSOL governe o Rio de Janeiro (pois um "governo popular", "socialista", de "base democrática" poderia fazer a sociedade ver quem, de fato, são seus algozes: se é quem luta pela Cultura, Saúde, Esportes, Educação e Juventude, ou se é quem é inimigo da Educação, da Cultura etc.). Seja como for, o certo é que o povo do Rio, majoritariamente, não quis o Marcelo Freixo para seu Prefeito. Assim como Crivella e Witzel ganharam no Rio, o povo do Brasil também preferiu dar a Sala a Bolsonaro, limando Fernando Haddad (PT) dessa possibilidade. E Haddad é professor, foi Ministro da Educação e Prefeito de São Paulo e é músico etc.

São pistas sobre a postura do cidadão diante da urna eletrônica!


3. Por fim,

Talvez nossos amigos cariocas e brasileiros (o que é quase a mesma coisa) estejam, de fato, vendo a política enquanto um "espaço de promessa": um "espaço da promessa política, a qual é a 'mentira contada' com o fim de convencer o eleitor e angariar o voto" (SANTOS, 2015, p. 173; grifamos), sendo que as pessoas fazem (ou fariam) esse exercício de olhar, de ver o políticos com extrema desconfiança, pensando na "mentira" que está sendo contada e já aguardando os maus dias, depois da conquista do voto. Quanto mais se afastam das instâncias de decisão e quanto mais se afastam do exercício político, mais os políticos deixam os cidadãos a mercê do caos e da desesperança. O voto, diga-se de passagem, tem forte relação com essas realidades que o Rio de Janeiro e o País vivem, nestes dias; ah, se tem! Ah, se tem!



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SANTOS, Antonio Genário Pinheiro dos. PODER, DISCURSO E MÍDIA: A ESPETACULARIZAÇÃO DE IMAGENS NO ACONTECIMENTO DA POLÍTICA NORTE-AMERICANA. Tese (Dourado em Letras). Orientadora: Profa. Dra. Maria Angélica de Oliveira, Co-Orientador: Prof. Dr. Richard Allan Gordon. PPGL-UFPB, João Pessoa, 2015.





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