Israel Fonseca Araújo, editor (poemeiro@hotmail.com)
Academia
Igarapemiriense de Letras (AIL)
(Adriano da Nóbrega. Foto: O Antagonista)
A Milícia
de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, perdeu seu grande nome, o ex-capitão do BOPE (expulso da polícia)
Adriano da Nóbrega, homem considerado suspeito de ser dos principais
responsáveis pela execução, em via pública, da ex-vereadora do Rio de Janeiro
pelo PSOL, Marielle Franco (dia 14.03.2018), e de seu motorista Ânderson Gomes.
“Capitão Adriano” foi homenageado pela família Bolsonaro, sendo, inclusive quando
preso preventivamente, agraciado pelo então dep. estadual Flávio Bolsonaro (RJ), o antigo “Zero 01” de Bolsonaro/pai
(atualmente, o zero 01 é Paulo Guedes). Bolsonaro, o pai, também defendeu os
milicianos cariocas da Tribuna da Câmara, chegando a dizer que tais criminosos
seriam bem-vindos (de outros estados) para o Rio de Janeiro.
Nóbrega foi morto na manhã de hoje pela polícia
carioca, em divulgado “confronto” com policiais, segundo a argumentação oficial;
o caso se deu na zona rural do município de Esplanada-BA, no agreste daquele estado, fato que teve o apoio
da polícia estadual local. Recentemente, o ministro de Bolsonaro Exm. Sr. Sérgio Moro não inseriu Adriano da
Nóbrega como um dos principais procurados pela justiça, no Brasil.
Nóbrega saiu
ileso de possíveis punições pelo caso da execução de Marielle, haja vista
que estava sendo procurado em razão de outra demanda criminal (sua ficha de
crimes era bem corrida): era foragido da justiça desde janeiro de 2019:; ele já tinha muitos crimes atribuídos a si, em razão
das atividades das milícias cariocas. Uma parte do Brasil (não os bolsonaristas
e moronistas, claro) está indagando se essa morte (execução) de Nóbrega não
seria uma queima de arquivo do
assassinato de Marielle (e ele nem foi
ouvido pelas autoridades das polícias e/ou do Ministério Público), ou se
não é um recado quente para Fabrício
Queiroz, haja vista a questão das “rachadinhas” lá no Rio. Estando já
executado o Adriano, a reta de chegada seria o Queiroz, aquele que pode saber
de muita coisa acerca da (possível) divisão ilegal de dinheiro de “funcionários”
da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O youtuber Paulo Ghialdelli Jr., um dos debatedores anti-bolsonarismo mais destacados destes anos, falou em "queima do maior aquivo...": "O MILICIANO ADRIANO É PEGO NA BAHIA. A QUEIMA DO MAIOR ARQUIVO DO BRASIL " (link: https://www.youtube.com/watch?v=vADaRBQ51iM&pbjreload=10); destacado parlamentar do Brasil, o petista gaúcho Paulo Pimenta também se manifestou no Canal da Resistência, falando que o Queiroz agora está na fila ("Adriano da Nóbrega foi... Queiroz será o próximo", cf. no link: https://www.youtube.com/watch?v=RT9DtucBFWg&t=1721s).
A imprensa fervilhou acerca dessa temática, desde às publicações menos "profissionais" (caso do Youtube e dos blogs/canais de esquerda) até divulgações com ares de imparcialidade nas empresas (oligárquicas) profissionais de jornalismo e de TV. Confira:
SUSPEITO NO CASO
MARIELLE, “CAPITÃO ADRIANO” MORRE EM TROCA DE TIROS COM A POLÍCIA
Apontado como chefe da
milícia 'Escritório do Crime', Adriano Magalhães da Nóbrega estava foragido
desde janeiro do ano passado
Redação, O Estado de S.Paulo
09 de fevereiro de 2020 | 10h37
(Fonte: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,suspeito-no-caso-marielle-capitao-adriano-morre-em-troca-de-tiros-com-a-policia,70003191433 (acesso em 09.02.2020))
O
ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega,
conhecido como "capitão Adriano", foi morto em uma troca de tiros com
a polícia na manhã deste domingo, 9, em Esplanada, no interior da Bahia.
Foragido desde janeiro do ano passado, ele é apontado como chefe do "Escritório do Crime", milícia suspeita
pela morte da vereadora do Rio Marielle
Franco (PSOL)
e seu motorista Anderson Gomes,
assassinados em março de 2018.
Adriano
trabalhou no 18º Batalhão da PM com Fabrício Queiroz, o ex-assessor de
gabinete de Flávio Bolsonaro, investigado por
lavagem de dinheiro no esquema de "rachadinha" na Assembléia Legislativa do
Rio (Alerj). A mãe e a filha de Nóbrega
trabalhavam no gabinete do filho do presidente e teriam sido contratadas por
Queiroz. Segundo o Ministério Público, o milicano ficava com parte do pagamento
delas.
Após
receber informações que Nóbrega estava na Bahia, equipes do Serviço de
Inteligência da polícia do Estado passaram a monitorá-lo. Há duas semanas,
policiais fizeram uma busca em uma mansão na Costa do Sauípe, no Litoral da
Bahia, onde encontraram apenas documentos falsos. O miliciano teria fugido
antes da chegada dos policiais.
Neste
domingo, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia,
Nóbrega trocou tiros com os policiais. Baleado, ele foi socorrido em um
hospital da região, mas não resistiu. Com o foragido foi encontrada uma pistola
austríaca calibre 9mm.
"Buscamos
efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando", afirmou o
secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.
Apesar de
ser suspeito de participar da morte de Marielle, "capitão Adriano"
era procurado pela Justiça por causa de outro crime. Ele foi denunciado pelo
Ministério Público por atuar com grilagem de terras; compra, venda e aluguel
irregular de imóveis; cobrança irregular de taxas da população local; e
extorsão e na receptação de mercadoria roubada em Rio das Pedras.
Ligações
com esquema de "rachadinha"
Na última
etapa da investigação que mira Flávio Bolsonaro, o MP do Rio apresentou à
Justiça conversas de WhatsApp entre Adriano e sua ex-esposa, Danielle
da Nóbrega, que era funcionária do gabinete do então deputado
estadual. Nesses diálogos, o miliciano afirmava que também se beneficiava do
suposto esquema de "rachadinha", quando ela reclama de sua exoneração.
Danielle e
a mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, foram exoneradas por Flávio quando
o filho do presidente Jair
Bolsonaro e Queiroz ficaram sabendo da
investigação.
Além de
empregar as parentes do miliciano, Flávio já o homenageou com a Medalha
Tiradentes, honraria mais alta do Legislativo do Rio, em 2005,
quando o então policial estava preso acusado de homicídio. Adriano foi expulso
da Polícia Militar por causa de envolvimento com a contravenção.
O
Escritório do Crime, grupo que Adriano liderava, foi alvo da Operação
Os Intocáveis, em janeiro de 2019, e de um desdobramento dela
neste mês. Ele estava foragido desde essa primeira operação, há mais de 1 ano.
Adriano e
Queiroz ficaram amigos no Batalhão de Jacarepaguá da PM. Foram acusados juntos,
inclusive, de um homicídio, que registraram como "auto de
resistência". O caso está aberto até hoje.
Queima de
arquivo
Adriano estava
convencido de que queriam matá-lo, não prendê-lo. Nos últimos dias, tanto ele
quanto sua esposa relataram que tinham certeza de que havia um plano de “queima de arquivo” em curso contra
o ex-policial militar.
O
ex-capitão do Bope nunca havia falado diretamente com seu advogado, Paulo
Emilio Catta Preta, até a quarta-feira passada. Foi quando,
preocupado com os últimos movimentos da polícia, ligou para ele e relatou que
tinha “certeza” de que queriam matá-lo para “queimar arquivo”. A viúva do
miliciano também fez o mesmo relato.
PM do Rio
atuou na operação
Dois
policiais do Rio de Janeiro participaram da operação de busca a Adriano
Nóbrega. Segundo fontes da polícia baiana, no entanto, os policiais fluminenses
não participaram do confronto que culminou com a morte do capitão.
De acordo
com essas fontes, a polícia da Bahia deu suporte à investigação que já vinha em
curso há quase dois anos no Rio. As principais informações foram colhidas por
policiais flumimenses (sic) que estavam no encalço de Nóbrega.
Ainda
segundo fontes da polícia baiana, os responsáveis pela investigação no Rio
estavam monitorando as movimentações de Adriano, descobriram que ele estava na
Bahia e pediram a colaboração. A partir de então o setor de inteligência da
polícia baiana passou a integrar a investigação descobrindo que ele havia
fugido da Costa do Sauípe, onde estava com a família em um condomínio, e se
escondido em uma fazenda em Esplanada, no interior do Estado.
A polícia
da Bahia vai investigar agora possíveis ligações políticas do dono da fazenda
onde Adriano foi morto. /COLABOROU RICARDO GALHARDO
(Fim)
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Outra matéria:
Miliciano Adriano Nóbrega morre em confronto com policiais na Bahia
Contra ele, havia um mandado de prisão expedido em janeiro de 2019. Suspeito estava escondido na cidade de Esplanada.
Por G1 BA (
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/02/09/miliciano-adriano-nobrega-morre-em-confronto-com-policiais-na-bahia.ghtml (acesso em 09.02.2020)
Apontado como o chefe do Escritório do Crime, o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega morreu após um confronto com policiais militares, na manhã deste domingo (9), na zona rural da cidade de Esplanada. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido em janeiro de 2019. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o ex-policial militar carioca passou a ser monitorado por equipes do órgão, após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que Adriano era suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, mas o nome dele não consta do inquérito que investiga a morta da vereadora.
De acordo com a SSP, Adriano Magalhães da Nóbrega foi localizado por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública em um imóvel.
A operação de localização do suspeito foi uma ação conjunta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol). Segundo a Sepol, Adriano da Nóbrega era investigado pelo setor de inteligência do órgão e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público há cerca de um ano. Ao longo deste tempo, os agentes o monitoravam e chegaram ao paradeiro do ex-policial militar, na Bahia.
(Fim)
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