terça-feira, 22 de junho de 2021

EDITORIAL: Por mais servidores(as) como a Enf. Ana Lúcia, a nos atenderem (post #760)

Israel Fonseca Araújo (editor, fundador do Blog Poemeiro do Miri)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) - poemeiro@hotmail.com


Um cidadão igarapemiriense teria sido maltratado, "agredido" pela Guarda Municipal e, pasmem, não teria sido vacinado contra a Covid-19 (na Barraca de Sant'Ana) em virtude de suas posições contrárias à gestão Roberto Pina e Marcelo Corrêa. Podemos arriscar a cravar: pura mentira e distorção da realidade, dos fatos. O "auê", como diz o próprio cidadão reclamante (um "padre"), aconteceu no dia de ontem, 21 de junho, ao lado da Igreja de Nossa Senhora Sant'Ana - padroeira do povo católico miriense. Em síntese, o reclamante, em vídeo por ele mesmo gravado, afirma que estava lhe sendo negada a vacinação porque ele não levou o CPF (documento), somente o Registro Geral (RG), ao local de vacinação; ele bradava, no vídeo, que sabe seu CPF "de cor" (mas a definição da gestão, em seu poder de polícia local, é que a pessoa a se vacinar leve - por ex, RG, CPF, outros docs; o RG, no caso, é para identificação; o CPF, bem sabemos, se presta a outras finalidades), que, por isso, ele deveria ser vacinado - mesmo sem portar o documento em mãos; referiu-se a uma enfermeira como se a mesma fosse "mal educada" etc. Diante do "auê" criado, a Guarda Municipal retirou o cidadão reclamante das dependências da Barraca.

O "x" da questão, alegado pelo dito religioso, era ele não poder ser vacinado por não ter o CPF em mãos, somente "de cor", em sua memória (perguntinha básica: nessa situação, o servidor público que faça registros inverídicos, com dados de terceiros, ditos por A ou B, e vacine uma pessoa com os dados de outra, compromete-se civil e penalmente até que ponto? Secretária de Saúde da gestão Pina/Marcelo é uma advogada, com atuação profissional, a senhora Nazianne Pena; isso facilita, digamos, a pegar possíveis mentiras "na ratada", como dizia minha vovó Henriqueta Ferreira).

Sem entrar no mérito da querela, o de praxe, aí, é que a pessoa com documentação incompleta faça chegar a si - ou vá buscar - os seus docs. faltantes; coisa simples, sem necessidade de gerar crise (este blogueiro, professor, ao ir tomar sua primeira dose da dita vacina, no grupo dos renais crônicos - único rim, precisou sair do local de vacinação e ir até a chefia de enfermagem para receber uma autorização por escrito; isso foi "orientado" pelos orgs. da vacinação, estando já dentro da fila. Assim fizemos, fomos buscar a tal assinatura, autorização, e voltamos à fila, para, enfim, receber a vacina; crise?, vídeos?, áudios?, "auês"? Nada disso; foi coisa de uns 15 minutos de contratempo e seguimos em busca da vacina.

Em primeira mão, este Blog teve acesso ao seguintes dados: o reclamante, que fez "auê" no momento de tentar ser vacinado (não foi ontem; ao que tudo indica, já o foi hoje, com os docs. requeridos), ao se apresentar à Polícia Civil para os registros, apresentou seu RG (no qual não consta, não há, os números de CPF); mas, um pouco mais à tarde, teria feito gravação de vídeo para redes sociais, apresentando outro RG - no qual, há seus dados de CPF. Trocando em miúdos, há indícios de pura má-fé (em conversa com este editor, pessoa responsável pela vacinação confirmou que, no momento dos "auês", o cidadão apresentou RG no qual não tem os seus dados de CPF). RG apresentado à equipe de vacinação teria sido o expedido em 11 fev. 2010; já o "do vídeo", da versão às redes sociais à tarde, já seria o expedido em 07 de out. 2019 - este é "Segunda Via" (as numerações são diferentes).

Um Blog de publicações anti-governo Pina, ou site, não sabemos bem, de nome "ligados nas notícias" replica as infs. do reclamante e, sem meias palavras, conclui: "É ATO POLÍTICO puro e simples [o ato da enfermeira...]. O religioso deve Proceder por PREVARICAÇÃO E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA contra a Enfermeira, e Contra a GUARDA MUNICIPAL por Abuso de Poder". O mesmo veículo afirma que CPF é documento de identificação...

(Reprodução Blog "Ligados nas Notícias", nas redes sociais)

Sabemos, de modo seguro, checado, que a competente, dedicada e responsável enfermeira Ana Lúcia não quer ir às instituições, às barras da Justiça, buscar reparação ou coisa parecida; mas a Secretária de Saúde, que é advogada, pode muito bem achar que "a coisa" passou dos limites (o processo todo) e pode querer tentar botar as coisas nos eixos, até para que outras pessoas não se sintam livres para expôr servidores públicos(as) da forma como o foram, ontem, durante o tal "auê".

Parece que ficamos com uma dura lição desse evento: nem todas as pessoas têm condições de se envolver em disputas políticas, eleitorais, em campanhas etc., pois, ao terminar esses curtos eventos (eleitorais), as mesmas ficam nos palanques, trepadas, irredutíveis, geralmente cegas, dando trabalhos e prejuízos à sociedade; sabemos que as lideranças políticas não concordam com essas práticas, esses "auês", mas poderiam, ao menos, contratar guinchos e puxar os seus de lá.

Por que é distorção da realidade, dos fatos? Releia a parte relativa aos RG's, pois a não vacinação, naquele momento, era apenas por não haver os docs. todos, não era por outro motivo; mas o que motivou o "reclamante" a fazer seu "auê", ah, isso, tá bem mostrado a tds nós; basta vermos.

Boa noite; que não tenhamos de escrever outros Editoriais, nestas circunstâncias.

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