Israel Fonseca Araújo (editor, fundador do Blog Poemeiro do Miri)
Academia Igarapemiriense de Letras (AIL) - poemeiro@hotmail.com
Um cidadão igarapemiriense teria sido maltratado, "agredido" pela Guarda Municipal e, pasmem, não teria sido vacinado contra a Covid-19 (na Barraca de Sant'Ana) em virtude de suas posições contrárias à gestão Roberto Pina e Marcelo Corrêa. Podemos arriscar a cravar: pura mentira e distorção da realidade, dos fatos. O "auê", como diz o próprio cidadão reclamante (um "padre"), aconteceu no dia de ontem, 21 de junho, ao lado da Igreja de Nossa Senhora Sant'Ana - padroeira do povo católico miriense. Em síntese, o reclamante, em vídeo por ele mesmo gravado, afirma que estava lhe sendo negada a vacinação porque ele não levou o CPF (documento), somente o Registro Geral (RG), ao local de vacinação; ele bradava, no vídeo, que sabe seu CPF "de cor" (mas a definição da gestão, em seu poder de polícia local, é que a pessoa a se vacinar leve - por ex, RG, CPF, outros docs; o RG, no caso, é para identificação; o CPF, bem sabemos, se presta a outras finalidades), que, por isso, ele deveria ser vacinado - mesmo sem portar o documento em mãos; referiu-se a uma enfermeira como se a mesma fosse "mal educada" etc. Diante do "auê" criado, a Guarda Municipal retirou o cidadão reclamante das dependências da Barraca.
O "x" da questão, alegado pelo dito religioso, era ele não poder ser vacinado por não ter o CPF em mãos, somente "de cor", em sua memória (perguntinha básica: nessa situação, o servidor público que faça registros inverídicos, com dados de terceiros, ditos por A ou B, e vacine uma pessoa com os dados de outra, compromete-se civil e penalmente até que ponto? Secretária de Saúde da gestão Pina/Marcelo é uma advogada, com atuação profissional, a senhora Nazianne Pena; isso facilita, digamos, a pegar possíveis mentiras "na ratada", como dizia minha vovó Henriqueta Ferreira).
Sem entrar no mérito da querela, o de praxe, aí, é que a pessoa com documentação incompleta faça chegar a si - ou vá buscar - os seus docs. faltantes; coisa simples, sem necessidade de gerar crise (este blogueiro, professor, ao ir tomar sua primeira dose da dita vacina, no grupo dos renais crônicos - único rim, precisou sair do local de vacinação e ir até a chefia de enfermagem para receber uma autorização por escrito; isso foi "orientado" pelos orgs. da vacinação, estando já dentro da fila. Assim fizemos, fomos buscar a tal assinatura, autorização, e voltamos à fila, para, enfim, receber a vacina; crise?, vídeos?, áudios?, "auês"? Nada disso; foi coisa de uns 15 minutos de contratempo e seguimos em busca da vacina.
Em primeira mão, este Blog teve acesso ao seguintes dados: o reclamante, que fez "auê" no momento de tentar ser vacinado (não foi ontem; ao que tudo indica, já o foi hoje, com os docs. requeridos), ao se apresentar à Polícia Civil para os registros, apresentou seu RG (no qual não consta, não há, os números de CPF); mas, um pouco mais à tarde, teria feito gravação de vídeo para redes sociais, apresentando outro RG - no qual, há seus dados de CPF. Trocando em miúdos, há indícios de pura má-fé (em conversa com este editor, pessoa responsável pela vacinação confirmou que, no momento dos "auês", o cidadão apresentou RG no qual não tem os seus dados de CPF). RG apresentado à equipe de vacinação teria sido o expedido em 11 fev. 2010; já o "do vídeo", da versão às redes sociais à tarde, já seria o expedido em 07 de out. 2019 - este é "Segunda Via" (as numerações são diferentes).
Um Blog de publicações anti-governo Pina, ou site, não sabemos bem, de nome "ligados nas notícias" replica as infs. do reclamante e, sem meias palavras, conclui: "É ATO POLÍTICO puro e simples [o ato da enfermeira...]. O religioso deve Proceder por PREVARICAÇÃO E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA contra a Enfermeira, e Contra a GUARDA MUNICIPAL por Abuso de Poder". O mesmo veículo afirma que CPF é documento de identificação...
Por que é distorção da realidade, dos fatos? Releia a parte relativa aos RG's, pois a não vacinação, naquele momento, era apenas por não haver os docs. todos, não era por outro motivo; mas o que motivou o "reclamante" a fazer seu "auê", ah, isso, tá bem mostrado a tds nós; basta vermos.
Boa noite; que não tenhamos de escrever outros Editoriais, nestas circunstâncias.
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