(1) As pessoas que nos acusam de coisas feias, por defendermos os direitos humanos, creio eu, chegam ao cúmulo dos absurdos, em tantas e tantas situações concretas destas nossas vidas; pagam micos, possivelmente pela predominância de ideologias moralizantes, de velhas veias obscurantistas que lhes enredam amiúde.
(2) A razão principal é simples: nós defendemos que as pessoas tenham vida em plenitude, sejam respeitadas em seus mais íntimos processos subjetivos, que suas dignidades sejam sempre tidas por sagradas, que os jovens e as jovens negros, das favelas, becos e vielas, não sejam estuprados(as), torturados e até executados por serem negros e periféricos (que nem outros e outras sejam assim tratados); não aceitamos os abusos, as torturas que parte do sistema repressor (policialesco), estatal, faz contra nossas vidas; que as casas dos pobres sejam invadidas, a critério do gosto do "policial da esquina", que os patrões explorem os jovens ou os adultos/idosos, em casas empresarias, comerciais, para trabalharem mais de 8hr ou mais e 10hr diárias, sem receberem horas extras por isso, sem os descansos dos dias feriados; não aceitamos que pessoas condenadas (quem sabe, até, por uma justiça profundamente injusta; vide o caso Lula da Silva, recente), privadas de liberdade, sejam tratadas como animais prontos para serem executados(as): nossa CF 1988 não respalda isso, nem determina isso. Simples assim.
(3) Quando dizemos que é preciso respeitar e garantir os direitos humanos, estamos tratando de lutar em defesa da dignidade da pessoa humana; e isso não é o mesmo que "defender bandidos" ou "defender corruptos", políticos de partidos A ou B. Nada disso; só queremos que o Estado de Direito, em regime de democracia, seja a nossa baliza. Por ex., no caso deste Brasil, que a nossa baliza jurídica, basilar, pilar, seja a Carta Magna, nossa Constituição Vigente (CF 1988). Aí, enlouqueçam os ignorantes devotos de uma ideologia A ou B (geralmente, devotos de coisas como o "filósofo" Olavo de Carvalho), fiquem "loucos", mas somos obrigados a cravar: estamos certos, estávamos certos - quando defendemos que os seres humanos sejam tratados com dignidades, que seus direitos sejam respeitados (os direitos dos seres humanos, os direitos humanos).
(4) Assim, nossos jovens podem parar de serem mortos, acidentados, mutilados, por estarem dirigindo sem que isso seja atribuição de seu cargo, seja tarefa devida em razão dos parcos recursos que recebem. Defender os direitos humanos, entendam, p. fv., é tbm defender que os trabalhadores(as) tenham seus EPI's (Equipamentos de Proteção Individual) para poderem labutar com segurança, pois é direito inquestionável das mães, receberem seus filhos após cada jornada de trampo; as esposas, namoradas, companheiros ... terem, de volta, os seus (suas), pois a vida não é feita, apenas, de trabalhos e estresses: temos direito de usufruir do trabalho, de gozar e relaxar. Ora, "loucos", é muito, é absurdo pedir isso?
(5) Será que é "pedir" muito, que um jovem faça entregas, para garantir os lucros dos patrões, tendo veículos seguros e adequados, as motos com os devidos capacetes?
Olhem; simples assim:
CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943
(6) Lembram que, em nossa terra, há (houve) relatos de que funcionários assaltados (perto de bancos, ao irem depositar...) - com recursos dos patrões - têm sido meio que obrigados a pagar esses valores?
Pois é; nossos ex-alunos(as), nossos colegas e amigos das praças, os DJ's, os irreverentes, os "boys" das lives, os tímidos... vão embora; ficamos com os engasgos na garganta e os exploradores de sempre podem continuar livres, ricos, impunes.
#Keivyns_e_Tds_Presentes
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