terça-feira, 15 de junho de 2021

Receber nossas vacinas pode nos "cegar" para a real de Bolsonaro? (Post #756)

Israel Fonseca Araújo (editor, fundador do Blog) - E-mail: poemeiro@hotmail.com

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


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Igarapé-Miri, no Pará, se junta a muitos territórios brasileiros no que tange ao recebimento de vultuosas doses de vacinas contra a Covid-19. Fala-se, até, em cerca de 23 mil doses, as quais se destinam, p. ex., à população do maio rural (o campo, povos ribeirinhos, assentados e outros); também serão vacinados homens e mulheres da faixa de 40 anos de idade, depois, descerá à faixa dos 30 e, assim, sucessivamente. Se as doses estão chegando por demais atrasadas, claro que sim; indubitavelmente, sim. Quantas mil pessoas já teriam sido imunizadas, caso os governantes bolsonaristas e Jair Bolsonaro tivessem atendidos empresas que ofereciam vacinas, confiáveis, para que o Brasil as comprasse? Quantos amigos, parentes e colegas nossos(as) poderiam estar aqui conosco, vivendo, amando, sonhando, ajudando o BR a se reerguer?

De minha parte, tenho poucas dúvidas; minhas principais hesitações estão ligadas aos dados de óbitos que poderiam ser evitados; dúvidas sobre como os hospitais e casas de saúde poderiam ter sido mais livrados da sobrecarga, do estrangulamento e do caos; como teria sido menor o sofrimento do povo de Manaus (AM) e de outros lugares; sobre como os profissionais de saúde poderiam ter vivido com mais tranquilidade, paz e menos adoecimentos, se a maioria de nossa população já estivesse vacinada; coisas assim!!

Agora, ficamos nos perguntando sobre nossa memória, nosso amor - o nosso querer devotado para conosco; o quanto gostamos de nós, de nossas vidas. Por que? Porque os políticos(as) - senadores, deputados, governadores(as) e outros - costumam dizer, nos pés de ouvidos de seus pares mais próximos, que o povo tem memória curta. Será verdade, mesmo, isso? Não estão de todo errados (daria pra explicar isso, mas demoraria bastante citando dados e mais dados, exemplificações, teorias etc.); vemos casos e casos, de plenos abandonos da população, por parte de governantes e parlamentares, por anos, mas que, pertinho das eleições, lá vem umas obras ligeiras, umas placas que anunciam (prometem) obras e conquistas para a população. O motivo? Seria essa "tese" da pouca memória do Povo. Eles, esses "políticos", têm sido muito bem vitoriosos nesses seus planos (tem compras de votos, tbm, abusos de poder etc., mas essa conversa seria muito dolorosa).

Um bom "refresco" de memórias, está aquiCLIQUE

Ora, não custa perguntar: (1) mesmo diante de tantas crueldades, de abandonos, de negações da ciência, de recusas a ofertas de vacinas (ofertadas a bons preços, preços bons, que nada significariam quando comparados à preservação de centenas de milhares de vidas de brasileiros...), será que nosso povo irá "esquecer" o que se passou de tão cruel (contra nossas vidas) da parte bolsonarista, "apenas" por que, agora, tomamos vacinas? Isso, com cerca de 12 meses de atraso e de escárnio em relação às nossas vidas? (2) Por que iríamos esquecer do prof. Gênesis Silva, da professora Elaine Oliveira, dos demais professores e trabalhadores(as) da educação, da saúde, dos supermercados, das forças de segurança, dos indígenas, de nossos avós e demais conhecidos e distantes, já que podem ter pedido suas vidas por culpa, deliberada, de certas pessoas? (3) Nada valem a vida e os sofrimentos nossos e dos nossos(as)? (4) Por que ainda "passarão pano" para os que tentam nos matar, dia após dia?

De minha parte, me recuso a ter uma memória tão curta. Ora, mais respeito e mais cuidados para com nossas vidas; que, por nós, possamos ter mais amor por nós: isso já ajuda sobremaneira.


Já são mais de 491 mil perdas de vidas humanas (clique AQUI); na real, seriam mais de 700 ou 600 mil? Mais, até?


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Israel Fonseca Araújo cursa Doutorando em Letras (UERN), é Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Professor, poeta, radialista... Conheça nosso trabalho no You Tube; inscreva-se no Canal Rádio Poemeiro do Miri

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