terça-feira, 11 de julho de 2023

Ataques de Eduardo "B" Bolsonaro contra professores(as) dá prova de ódio contra a educação e as ciências

(Divulgação de redes sociais em defesa dos professores/as
in: https://blogger.googleusercontent.com/)

O deputado federal por São Paulo Eduardo "B" Bolsonaro fez mais um violento ataque contra os professores(as) do Brasil; em recente evento de culto às armas, o vulgo "Bananin4a" chegou a dizer que um professor "doutrinador" pode ser até pior do que um traficante de drog4s (veja o relato, clicando Aqui). Como entender quem seria esse professor? Esse tipo de professor que habita a cabeça desse senhor seria, digamos assim: um professor que denuncia as mazelas sociais e, por exemplo, não concorda que os crimes de colarinho branco, "rachadinhas" e outros existam e sigam sendo praticados, seja no Rio de Janeiro, seja em São Paulo, seja em outros lugares (“Rachadinha” é o nome popular dado para “desvio de salário de assessor”. Nesse tipo de corrupção, à qual os Bolsonaros estão muito implicados em investigações, transfere-se parte ou todo o salário do servidor para o parlamentar ou assessores dele(a), a partir de um acordo anteriormente estabelecido).

Esse "tipo" de professor(a) que habita a cabeça desse senhor deve ser contra o apoio (de deputados, presidente, senadores e outros) a torturadores e estupradores de nossas irmãs, mulheres, tias, filhas, mães e assim por diante; é por isso que esse deputado está indignado contra os professores(as). Pois os professores(as) ajudam os filhos da classe trabalhadora a pensar, ter curiosidade, investigar, fazer ciência e se opor às injustiças sociais.

Novamente, esse filho de Bolsonaro deu provas de que o ódio da extrema-direita e do fasci$mo é contra a educação crítica, a pesquisa e as ciências; em outras palavras, trata-se de um ódio contra o conhecimento, pois o conhecimento pode gerar emancipação; pois a educação pode ser emancipadora e transformar realidades. Aliás, essa tese de Paulo Freire faz os defensores de trabalho escravo perderem seus sonos, noites a fio. Quem defende que o povo preto e favelado, que a população excluídas de oportunidades, seja impedida de estudar, frequentar universidade e buscar melhorias individuais e coletivas de vida não dorme diante desse anseio que nós, professores(as), nutrimos.

Filho de Jair Bolsonaro que se elege por São Paulo, esse líder do pensamento extremi$ta e do discurso de ódio no Brasil, novamente, se sentiu bem à vontade - entre seus iguais - para violentar quem ajuda este país a crescer e prosperar, quem dedica 30 ou mais de 40 anos de trabalhos diários, geralmente em péssimas condições e com salários baixos, para ajudar o Brasil a seguir de pé. Ele acredita piamente na impunidade, ao mobilizar e massificar discurso de ódio na internet direcionado a quem, amanhã, pode ser vítima de ataques em escolas e nas ruas.

Ao saber dessa violência contra nós, uma professora desta cidade de Igarapé-Miri (PA) afirmou que isso é "de cortar o coração"; concordamos e acrescentamos que é assustador, mas que a nossa atual realidade brasileira é essa (de forte presença do obscurantismo, das ideias neonazistas e do incentivo às violências de toda ordem; dias atrás, nos templos de igrejas ditas "cristãs", tinha pessoas fazendo "arminhas" com as mãos para cultuar Jair Bolsonaro e suas ideologias).

Não podemos fugir a essa conjuntura; só temos temos de nos dar as mãos, seguir com firmeza conversando, trocando ideias entre nós (sobretudo entre nós professores e professores e demais trabalhadores desse campo); temos de colocar nossos argumentos nas mesas de discussão, buscar mostrar a quem ainda não percebeu o quanto o obscurantismo, o neofascismo e os discursos de ódio são perigosos; eles podem, literalmente, nos destruir. Lembremos de que quem defende essa linha de entendimento, e se posiciona politicamente dessa forma, acha ruim que o povo mais pobre pague R$ 5,00 no litro de combustível e concorda que é melhor pagarmos R$ 9,50...

Esse tipo de ato político, vindo de um filho de ex-"presidente", que lidera esses pensamentos, fluindo de um deputado federal que é um dos maiores líderes da extrema-direita mundial, pode funcionar (e a tendência é que funcione) como um pulo, um "gatilho", para que se tenha mais e mais ataques contra professores/as e escolas, incluindo mor7es (Após as falas, Eduardo "B" se disse vítima de "desejos autocratas de comunistas", segundo o site da Carta Capital). Significa incendiar nossos corpos e nossas almas. E contra isso, com a ajuda da maioria de nossa população, nós temos de nos levantar.

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Israel Fonseca Araújo; professor e escritor, editor-chefe deste Blog.

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