No último domingo (9), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) fez mais uma rodada de reuniões e avaliações acerca da conjuntura sociopolítica dos cenários igarapemiriense, regional e (inter)nacional; em formato de plenária, o Diretório psolista, liderado pelo presidente Marcelo Quaresma Pureza, tomou uma decisão sobre candidatura própria a prefeito(a) no pleito de 2024. Por ampla maioria dos votos, a sigla - que governa a capital paraenses, Belém - tomou a decisão de não ter candidato(a) a prefeito na capital mundial do Açaí.
Suas forças seriam centradas nas candidaturas a vereador(a). O Psol está em federação com a Rede Sustentabilidade e, com essa agremiação, deve seguir junto no pleito do ano que vem. A seguir, confira os posicionamentos do Presidente Marcelo Pureza, em entrevista a este Blog e que sintetizam os debates e a decisão tomada.
Pergunta. Em Igarapé-Miri, nordeste do Pará, o PSOL se reuniu, no domingo recente, e decidiu que não terá candidatura a prefeito/a nas eleições de 2024. O que essa decisão significa em termos coletivos e partidário, considerando o contexto social e político na terra do açaí?
Resposta (Marcelo Pureza). A militância do Psol de Igarapé-Miri se reuniu no domingo (09 de julho), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Igarapé-Miri, no intuito de discutir e deliberar sobre a posição política do partido para o pleito do ano que vem referente ao cargo de prefeito de Igarapé-Miri; depois de um longo debate, a militância decidiu, em votação, para que nesse contexto atual o partido [PSOL] não tivesse candidatura própria, abrindo um debate com a coordenação do atual governo do PT para uma suposta aliança no ano que vem. A maioria votou para não ter candidatura própria para prefeito, teve duas abstenção e um voto sim (para ter candidatura própria para prefeito de Igarapé-Miri).
Pergunta. O partido teve atuação no pleito de 2008 e 2020, com candidatura a prefeito. No último peito (2020), observou-se que uma parte dos partidários seguiu com a candidatura do Professor Isaac Fonseca; outra, fez um certo apoio ao então candidato Roberto Pina. Nas eleições que se aproximam, o senhor acredita em uma maior unidade ou o PSOL poderia repetir o "racha" de 2020? Por quê?
Resposta. No pleito que se avizinha tem uma perspectiva boa de fazer uma aliança oficial, com boa parte da militância envolvida. Porém, no que depender da gente (gestão do Psol), vamos trabalhar para uma maior unidade, mas não descarto na possibilidade de "racha" com o percentual menor do que foi em 2020. Outrossim, vale salientar que algumas reivindicações vão ser colocadas na mesa de debate com a atual gestão municipal; depende muito do olhar da gestão atual em abraçar as nossas pautas de luta, pois dependemos diretamente desse avanço para consolidar uma unidade mais consistente para 2024.
Pergunta. Para a população que sonha com ou deseja uma candidatura mais à esquerda, que enfrente de fato o Bolsonarismo, o obscurantismo e as pautas retrógradas (ou seja, que vê essa saída no PSOL), o que a direção partidária teria a dizer? Dá pra ter essa ponta de esperança no PSOL? Por quê?
Resposta. Nós estamos trabalhando nessa linha de combate ao bolsonarismo e toda a pauta que represente a desvalorização profissional e o negacionismo dos direitos do nosso povo trabalhador. Vamos colocar na mesa nossas reivindicações e se não tiver comprometimento social em garantir as pautas de luta do Psol, certamente a nossa aliança ficaria comprometida, pois somos um partido de esquerda que luta pela liberdade social e defende os diretos dos povos indígenas, quilombolas, extrativista, direitos da mulher e dos povos do campo, das águas e das florestas; somos lutadores e sonhadores por uma sociedade mais justa para todos e todas.
O Blog Poemeiro do Miri agradece pela atenção e prontidão nas perguntas feitas.
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Entrevistador: Israel Fonseca Araújo, editor deste Blog.
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