Robson
Fortes (*)
A Reportagem do Jornal Diário do Pará do dia 16 de setembro, domingo (“Prefeitos
enriquecem e educação agoniza”), fez uma síntese dos resultados do IDEB
divulgados pelo Governo Federal. No Pará, apesar de toda riqueza mineral e
hídrica, os índices da educação básica insistem em mostrar os piores resultados
do Brasil. Triste situação da Educação Pública em nosso estado que retrocessa
nos índices, amortecendo 0,2% em relação a 2009, emplacando na lista dos 10
piores resultados.
A reportagem, bastante interessante, faz referências a
várias situações peculiares no Estado; porém, o que me chamou bastante atenção
foi a notícia de saber que o município de Barcarena (nosso vizinho rico)
retrocede nos índices mesmo sendo um dos municípios mais ricos do Estado do
Pará como polo industrial.
O que chama a atenção é o exame das notas de
municípios que, além dos repasses do Ministério da Educação, recebem altos
valores a título de royalties, tanto da mineração quanto da exploração de
recursos hídricos. Barcarena, por exemplo, onde estão instaladas as principais
plantas de empresas de mineração, ficou abaixo da média nas séries iniciais e
muito abaixo nas séries finais, obtendo índice de desempenho de 3,1 quando a
meta era de 3,7. Nestas séries, os índices caíram -0,2 quando comparados os
anos de 2009 com 2011.
Isso me fez lembrar de uma postagem no Facebook de
alguns amigos na semana que antecedeu aquele domingo, quando faziam referência
ao Festival do Abacaxi. Na
oportunidade, algumas pessoas criticavam o Governo Municipal de Igarapé-Miri
pela sua indisposição de realizar festivais da grandeza de Barcarena. No post, fiz um comentário observando a
discrepância econômica entre os dois municípios, além de citar alguns problemas
extremamente mais importantes para direcionar investimentos de recursos
públicos. Pois bem, enquanto a EDUCAÇÃO AGONIZA, Barcarena sedia um dos maiores
FESTIVAIS do Pará – Pão e Circo.
Curioso para saber os índices de nossa cidade, tive
grande surpresa em tomar conhecimento que somos exceções dos índices da maioria
dos municípios paraenses. Nas séries
iniciais, em relação a 2009 subimos 0,5% e nas séries finais crescemos 0,4%
alcançando respectivamente 3,7 pontos e 3,4 pontos (séries iniciais/séries finais).
Sem sediar grandes festivais, mas assumindo
compromissos sérios fortalecendo a política de valorização dos profissionais da
Educação, a política de transporte escolar, merenda escolar regionalizada, além
de implementação de atividades pedagógicas, culturais, de esporte e lazer, e de
pesquisa, desenvolvendo feiras de tecnologia e a participação de nossos alunos
até em feiras internacionais, juntamente com ampliação, reforma e construção de
escolas, nosso município vem aumentando os índices além das metas nacionais
estipuladas. Muito, mas muito mesmo falta avançar, problemas existem e são
muitos. Mais gostaria de PARABENIZAR a todos os profissionais da Educação deste Município pelo avanço CONSIDERÁVEL
QUE ULTRAPASSOU A META NACIONAL, e que deu exemplo para grandes municípios
ricos do Pará. Parabéns! [Os grifos são do autor deste Blog]
(*) Robson Fortes é acadêmico
do curso de História – UFPA – Cametá. Fonte: InforMAC de setembro de 2012.
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