domingo, 22 de novembro de 2020

Eleições em Belém (PA): mandato será "progressista" (Edmilson) ou "bolsonarista" (Eguchi)?

Israel Fonseca Araújo (poemeiro@hotmail.com; Academia Igarapemiriense de Letras-AIL)

Editor-fundador do Blog Poemeiro do Miri  

 

(Edmilson-Psol com 60%; delegado Eguchi-Patriota com 37%; fonte: https://eleicoescomlavareda.com.br)


O ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues (PSOL) está 23 pontos percentuais à frente de seu adversário, na corrida à Prefeitura de Belém (o candidato delegado Eguchi-Patriota), segundo dados apresentados acima. Rodrigues foi prefeito de Belém entre 1997 e 2004, já foi deputado estadual e é deputado federal (foi o mais votado do Pará, em 2018), isso por vários mandatos, sendo um dos mais longevos políticos paraenses. Sempre engajado ao lado da classe trabalhadora, é um socialista de plenos pulmões, homem de esquerda, escritor e pesquisador, autor de vários livros e artigos publicados, possui Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Se Belém vier a ter Edmilson Rodrigues como prefeito pelos vindouros quatro anos, a tese amplamente aceita é a de que Belém terá um mandato progressista, fortemente ligado aos movimentos sociais, empoderando as políticas públicas educacionais (ele é professor), culturais, de respeito às diversidades; espera-se, digamos, um mandato progressista e de oposição ao bolsonarismo, bem difundido no Brasil.
Por seu lado, delegado Eguchi desponta como forte oponente (nas redes sociais, pois a campanha é bem sentida nessas redes) ao psolista: ao menos é o que se tenta mostrar pelos oposicionista de Edmilson. Trata-se, de fato, de uma campanha marcada pelas surpresas. Se o fato do candidato de Helder Barbalho ter sido excluído do segundo turno (Priante, que saiu derrotado mais uma vez) gerar tamanha surpresa (embora seja esperado que um barbalhista não vença em Belém, pois a rejeição aos Barbalhos é imensa; vide as votações, em Belém, de Elcione Barbalho e de Edmilson Rodrigues, no pleito de 2018), é certo que a chegada de um bolsonarista "aventureiro" da política ao segundo turno causa espanto, pois o esperado era que Priante, desta vez, conseguisse disputar "pau a pau" os votos com Edmilson Rodrigues. Também causa estranheza, e até vergonha, o fato de o PSDB (partido do prefeito Zenaldo) não ter lançado candidato competitivo à prefeitura, o mesmo se dando em Ananindeua - segundo maior colégio eleitoral do estado; também a própria votação do delegado causa estranheza (foram 167.599 votos, ou 23,06% dos votos; Edmilson recebeu 248.751, sendo 34,22%). Isso tudo dentre outras estranhezas, claro.


Outra pesquisa:
Em termos de pesquisas de intenção de votos, o Diário do Centro do Mundo (DCM) divulga outro levantamento, segundo informações do Universo Online (UOL), com os seguintes dados:

Primeira pesquisa do Ibope e da TV Liberal, afiliada da TV Globo, sobre o segundo turno em Belém mostra que o ex-prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues (PSOL) está empatado tecnicamente com o delegado federal Eguchi (Patriota). Considerando todos os votos, Rodrigues tem ligeira vantagem, com 45% das intenções de voto, enquanto Eguchi aparece com 43%. Como a margem de erro é de 4 pontos para mais ou para menos, o ex-prefeito e Eguchi estão tecnicamente empatados [assim sendo, o candidato do Psol oscilaria entre a pontuação máxima de 49% de intenções e a mínima de 41%; já o do Patriota iria entre 47% e 39%]. (Fonte: DCM, com informações do UOL; https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/ibope-belem-pa-edmilson-psol-tem-45-e-eguchi-patriota-43/)

Isso tudo em um cenário de descrédito nas pesquisas de intenção de votos, seja no Brasil, seja nos EUA, p. ex: inclusive as pesquisas sobre a corrida em Belém, no primeiro turno.

O certo é que as redes sociais fervilham entre apoiadores(as) de Edmilson (muitos professores, muitos mesmo, além da classe dos artistas, intelectuais, integrantes de movimentos sociais, partidários da esquerda e centro-esquerda, profissionais liberais e outros), os quais relatam que Belém está entre os livros, a educação e o progresso (com Ed), e a referência ao candidato bolsonarista, cujos sentidos surgem ligados "às armas e às balas" (referência ao candidato delegado, claro). Já os bolsonaristas tratem Edmilson em termos de "comunista", aliado de "corruptos" e similares.

Seja entre o "progresso" e o "atraso", ou não, o certo é que Belém terá seu próximo prefeito decido nas urnas, no domingo vindouro.


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Era isso. Até mais.


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