Israel Fonseca Araújo, editor, fundador, professor
Minhas amigas e meus amigos, neste dia dos professores(as)... Não, não: não vamos começar assim, pois essa é a fórmula do ex-Governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), de se dirigir a "seu povo". Jatene, que foi auxiliar de Jader Barbalho e de Almir Gabriel, governou o Pará por rês mandatos (doze anos de governo tucano, em nossas terras). Indubitavelmente, o homem do cavanhaque é um dos principais algozes de nossa carreira, da carreira dos professores(as), de nossas lutas pela valorização da Educação pública, focado em cortes na nossa remuneração e adversário da formação permanente/continuada; isso, para citar apenas algumas nuances. Ele também deixou um horrendo legado: batizou Helder Barbalho para a mesma prática. Não, não; não comecemos com o pé tão mal posicionado.
Digamos: Camaradas, companheiras e companheiros, hoje vivemos uma significativa data comemorativa; um dia de muitas reflexões, de alegras, de gozos e de lutas. Dia de lembrar que temos, como Presidente do país, o maior inimigo e algoz de todos nós - de todos os tempos, dia de se manter alerta, sempre. Somente uma data simbólica, mas a data de lembrar que nosso lugar é na classe trabalhadora, que trabalhamos (não por devoção), por décadas, no serviço público e/ou na iniciativa privada, e ajudamos a formar (intelectualmente, criticamente) todos os demais profissionais - exatamente: juízes, promotores, médicos, servidores do campo do Direito, psicólogos, policiais e todos mais. Compas, sem termos essa consciência, melhor nem sair de casa e ficar choramingando mimimisss por aí.
Vejamos, a título de exemplo, o que uns bandidinhos de um movimento do tipo Movimento "Brasil Livre", políticos atuantes em São Paulo, que ganham bons e gordos salários para defender SP e, na surdina, a toque de caixa, ferraram a vida de servidores públicos(as) de SP, bem às vésperas do Dia do Professor(a). Veja a divulgação, clicando AQUI [mais infs, na postagem ao final deste texto]
Pensem com calma, amigos professores(as): por que vcs votam nos nossos inimigos, nos grandes adversários nossos - tais como os paraenses Éder Mauro, Nilson Pinto e outros? Por que votam em quem vai destruir direitos nossos, causando terror em todos nós, no momento da velhice (aposentadoria)? Por que vcs colocam na Câmara e no Senado justamente quem vai ajudar o nosso inimigo-Mor, o "mito" Bozo?
Camaradas Professores(as), vamos aceitar a realidade, nua e crua: quem nos defende - nos espaços parlamentares e de governo, mesmo (possivelmente) cometendo erros e até irregularidades, é, somente, o Partido dos Trabalhadores (PT), o PSOL, a UP e o PCdoB; fora esses partidos, aí a conversa é mais no "pisar em ovos" (às vezes, tem um pouquinho de Rede, de Cidadania, de PSB e, até, de outras legendas). Pode ser dolorido, mas vamos aceitar a realidade, por favor.
Do contrário, como diriam os Édes Mau ros: "É sal" em nós.
P. S.:
VEREADORES DA SITUAÇÃO VÃO CONTRA SERVIDORES E VOTAM REFORMA DA
PREVIDÊNCIA QUE RETIRA DIREITOS
Projeto do prefeito
de São Paulo, Ricardo Nunes, recebeu 37 votos favoráveis, 16 contrários e ainda
passará por nova deliberação
Por Redação RBA [Rede Brasil Atual, na internet]
São Paulo – A maioria dos vereadores de São Paulo desrespeitou os servidores municipais e votou a favor da reforma da previdência. Na tarde desta quinta-feira (14), o projeto de autoria do prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi aprovado por 37 votos favoráveis e 16 contrários. Cerca de 30 mil servidores e servidoras da cidade de São Paulo protestaram em frente à Câmara Municipal. O Sampaprev 2 (PLO 07/21) ainda passará por uma segunda votação na Câmara de Vereadores e, se for novamente aprovado, irá para sanção do prefeito. Apresentado em 23 de setembro, o texto prevê, entre outras medidas, a contribuição de aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo e abaixo do teto do INSS (atualmente de R$ 6.433,57). Assim, de acordo com os servidores, será cobrada uma “contribuição” de 14% do salário dos aposentados que ganham a partir de R$ 1 mil mensais.
Além da manifestação em frente à
Câmara, os servidores fizeram paralisações nos locais de trabalho contra a
proposta da prefeitura que também aumenta a idade de aposentadoria. Dos homens,
de 60 para 65 anos. Das mulheres, de 55 para 62 anos.
Sergio Antiqueira, presidente do sindicato dos servidores (Sindsep),
classificou o projeto como um roubo, uma vez que a “contribuição” vai, além de
reduzir percentual importante da renda do aposentado, formar um volume de
recursos que será gerido por bancos. “E o aposentado que precisa deste
dinheiro, terá de pedir empréstimos a este mesmo banco, com os maiores juros do
mundo. Confisca dos aposentados e dá o dinheiro aos bancos lucrarem”, mostrou.
Quem votou, não
volta
O dirigente ressalta a mobilização da categoria e afirma que a luta continua. “Os vereadores de Nunes que votaram para confiscar e reduzir as aposentadorias e pensões dos trabalhadores dos serviços públicos são inimigos dos aposentados e dos trabalhadores. Quem votar, não volta!”
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