terça-feira, 16 de março de 2021

Post #719: "Pactos pela vida", contra o coronavírus...

Israel Fonseca Araújo (editor-chefe, fundador; contato: poemeiro@hotmail.com)

Academia Igarapemiriense de Letras (AIL)


(Exames laboratoriais em geral; em Igarapé-Miri, Rua Lauro Sodré, 93, em frente ao Banco do Brasil)


O prefeito de Igarapé-Miri, Roberto Pina (PT), estaria prestes a abrir processos, sindicâncias, a realizar investigações contra servidores municipais que, estando liberados de suas atividades presenciais - e/ou por outro tipo de afastamento regular, são vistos em espaços de aglomerações, possivelmente se colocando à disposição do vírus (novo coronavírus) causador da Covid-19, espécie de oferecer o corpo para a doença; mesmo de alinhamento bolsonarista, o governador de Minas Gerais, Zema (Novo), falou que é possível pensar na pessoa que sai a espaços de possível contágio pelo novo coronavírus, sabendo que pode infectar outrem (e que não tem leitos de UTI para socorrer pessoas...), como um "assassino", já que (emendamos nós) essa pessoa da hipótese está se colocando socialmente como alguém que pode, voluntariamente (ou seria dolosamente?), causar mortes de outrem.

Vejamos, nós, a que ponto chegamos. Chefes de governos endurecendo as posturas, a ponto de alcançar particularmente indivíduos que, em tese, têm a liberdade do agir e poderiam se definir  quanto ao ir-e-vir. Não lhes parece uma tática de guerra? Para além de dispositivos de biopoder e governamento da população, tais como os decretos municipal e estaduais, essas medidas parecem beirar a uma espécie de "exageros revestidos de sobriedades". São, mesmo, gestos sóbrios, coerentes, mesmo que pareçam invasivos demais. Mas, é tempo de "pactos" pelas nossas vidas, sua, minha, nossas. Será que cabe falar em exageros desses governantes (os dois acima, são somente exs.), já que estamos vivendo tempos de exceção? Do ponto de vista constitucional, legal, julgo que a resposta é Não.

O caso é cristalino em uma dimensão (mas não só nessa; é que quero fazer esta conversa breve demais): os planejamentos e as medidas de estudos/diagnósticos, organização, disciplinamento social e austeridade dos governantes (que têm, exceto o "Bolso..." o dever de zelar pela vida da população) são gotas d'água em oceanos, sem a participação, a colaboração da população. É como termos, de um lado os bons governantes (nesse aspecto, lutando em defesa de nossas vidas), nos planos estadual e municipal, mas, de outro, termos grande parcela da população: esta, lutando em socorro do vírus contra aqueles governantes, contra os sanitaristas, os cientistas, a OMS etc.

Custa acreditar que esse vírus mata rápido?; que pode até matar...?

Claro que o "Bolso..." tem, mais do que outrem, ele tem esse dever, mas ele se afasta da inafastável responsabilidade pela vida; para não falarmos de posturas deliberadas contra a vida, o que seria outra conversa, uma necro-conversa ou uma conversa sobre a necropolítica(??).

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* Professor, poeta; Cursa Doutorado em Letras (UERN). Mestre em Letras/Linguística (UFPA). Acadêmico-perpétuo da Academia Igarapemiriense de Letras (AIL), Cadeira 07 (Patrono: Manoel Luiz Fonseca).

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