Adriano é denunciado por tráfico de drogas e associação ao tráfico
Gabriela Moreira, do Rio de Janeiro (RJ), para o
ESPN.com.br
O atacante Adriano, que tenta
retomar a carreira no futebol francês, foi denunciado pelo Ministério Público
do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira. A acusação é grave: tráfico de
drogas e associação ao tráfico de drogas. O primeiro crime prevê pena de até 15
anos de reclusão, e o segundo, dez. Além disso, também pode responder por
falsificação de documento.
O caso será avaliado pela 29ª Vara Criminal do Rio, que vai decidir se
acata ou não a denúncia oferecida pelos promotores. A denúncia foi feita pela
1ª Central de Inquéritos do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Na denúncia, o promotor não vê a necessidade de prisão de Adriano, mas
pede que seu passaporte seja recolhido, pela "possibilidade de fuga do
jogador, por ser "pessoa com elevados recuros financeiros" (sic).
Para a denúncia, a promotoria se baseou em investigação da polícia que
mostrou que Adriano comprou uma moto potente para um traficante da Vila
Cruzeiro, comunidade onde o jogador cresceu e continuou indo mesmo depois da
fama.
De acordo com a denúncia, Adriano, junto com um amigo (Marcos José de
Oliveira), "consentiu que outrem utilizassem de bem de que tinham
propriedade e posse, para o tráfico ilícito de drogas".
A moto comprada por Adriano, de 600 cilindradas, em 2007, foi colocada
em nome da mãe do traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o "Mica",
que seria amigo de Adriano.
De acordo com o promotor do caso, na época da compra da moto a
comunidade da Vila Cruzeiro era dominada pela facção Comando Vermelho, na qual
Mica fazia parte. E era ele a "pessoa que autorizava ou não a entrada e
saída de pessoas e a realização de eventos na região".
Para isso, "os traficantes necessitavam de veículos velozes, em
especial motocicletas, pela agilidade no tráfego, que fossem legalizados e não
levantassem suspeitas quando transitassem fora das comunidades dominadas pela
organização criminosa." Uma outra moto, do mesmo modelo e no nome de
Adriano, também teria realizado essa missão.
Pelo raciocínio da promotoria, o ex-atacante do Flamengo e da seleção e
seu amigo "livre e conscientemente, ao colaborarem para a atividade do
tráfico de entorpecentes, se associaram aos traficantes em atividade na Vila
Cruzeiro, com a finalidade de facilitar o tráfico ilícito de drogas e as
atividades afins".
(Grifos do Blog)
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