Israel Fonseca Araújo (Editor do Poemeiro do Miri)
Na manhã de hoje, 04 de novembro de 2014, várias dezenas de servidores/as que atuam na área da Saúde Pública de Igarapé-Miri (nordeste do Pará) foram às ruas anunciar sua decisão de entrar em Greve devido ao caos porque passa a gestão municipal (também) nessa área. O destaque é para servidores da Endemias e ACS's (Agentes Comunitários de Saúde), que pareciam ser a maioria dos servidores públicos em greve.
Essa é apenas uma das áreas em estrangulamento na gestão de Ailson do Amaral (DEM), o considerado "Pé de Boto". Gestor amado por grande parte da população miriense, Ailson teve como auxiliares diretos nessa pasta o sr. Jefferson Mácola (indicado de Ítalo Mácola), o servidor municipal Jucicleidson Melo (depois, Darlene Pantoja, na gestão interina de Edir Corrêa) e o anunciado médico Vicente Cunha (não há publicações oficiais que confirmem essa especulação). Não obstante as trocas de auxiliares, o certo é que a tal "pasta" é, de longe, a mais ineficiente e problemática do governo "De mãos dadas com o Povo".
Informações repassadas ao Poemeiro dão conta de que os vários meses de salários atrasados (para uns, são três meses, outros teriam dois meses de bolsos vazios), a falta de materiais para trabalhar no Hospital Sant'ana e demais espaços públicos, atrelados ao caos na gestão, seriam os principais motivos que levaram à deflagração do movimento grevista.
O blog Gazeta Miriense, mais lido de Igarapé-Miri e de maior profundidade de tratamento em suas publicações, trouxe a público essa triste realidade (04/11/14):
CAOS NA SAÚDE MIRIENSE: FUNCIONÁRIOS PARAM E VÃO PRAS RUAS
A crise na Saúde Miriense parece que chega ao ponto mais crítico, o que pode ter o nome também de caos. Os funcionários da Saúde reuniram nesta semana, depois de bater na porta da Câmara Municipal para pedir providências.
A pauta de revindicações é grande, dentre elas: pagamento de salários, melhores condições de trabalho, pagamento de insalubridade, compra de remédios e materiais hospitalares.
O GM tem postado diversas matérias sobre a crise na saúde desde 2013. Já ocorreu troca de Secretários, indícios de desvios e até mesmo denúncia do Ministério Público. A precariedade é patente que existe até ordem da Justiça Federal para adequar o Hospital Sant’Ana ao atendimento mínimo, sob pena de multa ao prefeito e secretário de saúde.
Parece que nada adiantou, pois a situação piorou.
Resta saber como vai ser solucionado o caso, pois se aproxima o final do ano e não se tem resposta sobre o pagamento dos salários em atraso, quanto mais de décimo terceiro.
Funcionários de outras secretarias também reclamam do atraso de salários, mas ainda não definiram que providências vão adotar ou se vão esperar a maré mudar de rumo. (Gazeta Miriense)
APOIO DE VEREADORES/AS...
Semana passada esses mesmos servidores/as lotaram a Câmara Municipal, informação da situação, e pediram ajuda dos 13 vereadores dessas legislaturas. Parece que de nada adiantou, pois apenas o ver. JOSIAS BELO (PSC) foi visto acompanhando a ação nas ruas, hoje pela manhã. Belo também esteve junto dos trabalhadores/as da Educação, que grevaram em 2013, juntamente com Carmozinha/PV e Profa. Melry/PT.
(Ver. Josias Belo acompanhando o movimento)
(Servidores/as seguiam pelas ruas da cidade, informando a população e explicando os motivos da deflagração da Greve)
A coordenação da ação grevista, e das reuniões que seguiram por todo ano de 2013 e estes dez meses de 2014, é do SindSaúde em Igarapé-Miri.
EDUCAÇÃO
Na pasta da Educação, a situação poderá se repetir, pois os desmandos e caos instalado são os mesmos, com pequenas alterações. Mas servidores/as já anunciam informalmente que pararão de trabalhar.
Além de INSS recolhido e não repassado, empréstimos consignados (causando dados morais a servidores), plano de saúde e Pensão Alimentícia são dos principais motivos a listar: os descontos estão sendo feitos regularmente, mas os repasses nem sempre são feitos aos devidos destinatários; sem esquecer de pagamentos de alguns salários, transporte escolar e merenda escolar como graves problemas dessa pasta.
Em breve, o Sintepp local deverá se reunir (novamente) para tratar desses casos.
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