(Fonte: www.noronha.pro.br)
O Clube do Remo de Belém do Pará é uma das maiores agremiações de futebol profissional do Norte do Brasil; até aí, quase tudo acertado. A somatória de títulos estaduais e o título da Série C, em 2005, além das participações em diversos campeonatos das Séries "A" e "B" também apontam para essa direção. O montante de torcedores/as instalados pelo Norte do país, idem.
O problema começa aqui: o Leão vem, ano após ano, envergonhado a sua torcida, o "Fenômeno Azul", pois há vários anos não tem vaga garantida na Série "D" do campeonato brasileiro; e olhem que essa é a "última" Divisão. Sem ter conquistas de turno no Campeonato Paraense, usemos as reticências. Os anos vêm mostrando um verdadeiro suplício para os remistas e intensificando as gozações sadias dos rivais bicolores, os torcedores/as do Paysandu Sport Clube(*).
Todo esse retrospecto levou este editor a afirmar, em programa de rádio na "Natureza FM" (87,9), que "dificilmente o Clube do Remo conseguiria" a vaga do estado do Pará para a Série "D" de 2015, no segundo semestre, pois o Leão amargava a última ou penúltima vaga e não dava mínimos sinais de reação. Para piorar, o Independente de Tucuruí já tinha vencido o Primeiro Turno e estava garantido na Final: restava a Leão e Papão disputarem esse Segundo Turno e disputar com o Galo Elétrico a grande final. Deu Remo campeão do Segundo Turno, contra o Paysandu, e Remo campeão do Parazão, contra o citado "Galo": em um único jogo ("curuzes" da fórmula, diria mestre Téo), o atacante Rafael Paty liquidou a partida com duas cabeçadas. Remo ganhou a única vaga que ele almejava com unhas e dentes de leão...
COPA VERDE: em um campeonato curtíssimo, mas que dá uma vaga para a disputa da Copa Sulamericana de 2016, o Clube do Remo desbancou o Paysandu nas Semi-Finais, jogando muito bem e tendo Paty como uma carta na manga. As subidas de produção no Parazão e as seguidas eliminações do Paysandu mostraram aos torcedores do Remo que, desta vez, a coisa poderia ser diferente; o time cresceu muito e a torcida, também. Nesse elevar-se de produção, até uma espécie "coletona" de mais de trezentos mil reais (entre torcedores e empresários) foi feita, pois nem os jogadores do time profissional estavam recebendo seus salários de maneira regular. O resultado disso tudo é que o Remo goleou o Cuiabá (de Mato Grosso) na primeira partida da Final e pode, seguramente, conquistar esse Título: seria a maior humilhação para os torcedores do Paysandu, em 2015; seria a maior subida de produção do Remo nos últimos 10 ou mais de 10 anos.
Vamos analisar; e torcer.
Resposta: Não, o Remo não "quebrou" a língua deste analista, pois, conforme afirmado lá na Rádio Natureza FM, quando dois arqui-rivais se encontram, um pode enterrar ou até "ressuscitar" o outro. E deu isso: o Remo enterrou momentaneamente o Paysandu (coisa de uma semana e meia); este trouxe de volta o Remo à superfície, também momentaneamente (mas por vários meses do segundo semestre). Nos momentos de grandes clássicos, é possível que muitas lógicas sejam desfeitas. O que não muda é a lógica de eleger amadores para cuidar de gigantes clubes profissionais do Pará; isso tem sido a regra e o resultado desses esforços foram apontados acima.
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P.S.: Senhor(a), leitor
do Poemeiro do Miri, caso seu Comentário não seja
publicado neste nosso Blog, informo que isso se deve a problemas de
configurações do mesmo, ainda não superadas. Mas ressalto que leio seu post,
o qual entra em meu e-mail (poemeiro@hotmail.com). Caso seja
de sua vontade, pode mandar seu Comentário para esse e-mail ou
para o bate-papo, via mensagem, no Facebook Israel Araújo Poemeiro
do Miri; eu o lerei para possível publicação (só não seria publicado
caso veiculasse ofensas pessoais, à honra, inf. de cunho racista etc., o que
não é o seu caso).
OBS.: O editor não atenderá ligações
telefônicas para discutir a política noticiosa do Poemeiro do Miri. Agradeço
a sua colaboração.
Israel Araújo
(Editor)
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(*) Enquanto o Remo decaía ano após ano, o seu maior rival acumulou: dois Títulos da Série B (1991, 2001), Copa dos Clube Campeões (2002) e uma participação na Libertadores da América (2003), quando ficou como o melhor time da competição, na Primeira Fase do torneio. Além de diversos títulos de campeão paraense.
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