Eleição "esquisita", de bater em nossa cara(?)

Israel Araújo (Editor)

À memória de meu ex-conhecido Colega "Maguila"
(Que não pode mais falar, nem me "saudar" aos domingos de manhã)

Há uns dias atrás eu me arrisquei a dizer que a Eleição Suplementar de 2015 foi uma disputa "esquisita"; a mesma aconteceu recentemente em Igarapé-Miri e teve como "solução" a devolução do ex-prefeito Roberto Pina Oliveira (PT) ao comando do Executivo Municipal, depois de todas as peripécias possíveis, as quais foram praticadas em Igarapé-Miri e depois de todos os saldos que o Miri teve enquanto decorrência da "Revolução" dos 18 mil ou da "necessária" alternância de poder: perdas, perdas, mortes humanas aos montes, *urubuzal como cartão postal, pessoas passando fome (mesmo sendo servidores/as públicos), crianças sem merenda e sem transporte nas escolas, crianças morrendo no ventre materno (Hospital Sant'Ana, mesmo com médico ganhando 42 mil reais em apenas um mês!!!), entre outras estrepolias administrativas.

Se isso não serve para justificar a caracterização de esquisita, retomem-se alguns dados (isso deve ser lembrado todos os dias, pela manhã e ao deitar; as mães e outras pessoas que criam as crianças devem as chamar, bem cedo, e dizer: "Olhem, teve um tempo aqui em Igarapé-Miri em que ... e pessoas sofreram ameaçadas, trabalhadores/as da Educação foram chamados de 'Vagabundos' etc. etc. etc."; depois, devem perguntar se a criança entendeu: caso de resposta negativa, repetir o processo, alterando em parte a metodologia usada; se não obtiver êxito...): isso poderá resultar em não mais passarmos por uma humilhação como esta. Seguem-se os dados fáticos de nossa história recente:

a) Em 2012, tivemos apenas dois candidatos, Roberto Pina (PT) e Ailson do Amaral (ex-DEM), mas apenas a coligação que conduzia Roberto seguiu os trâmites legais, pois a Coligação adversária, "De Mãos Dadas com o Povo", registrou a Chapa depois o horário permitido por lei, mas a Justiça resolveu deixar o "povo decidir"...;

b) Depois desse esdrúxulo fato, teve as duas campanhas eleitorais, recheadas de infidelidades partidárias (não apenas nesse pleito), mas os candidatos acima citados foram avante, até que teriam de se enfrentar (no plano das ideias) no tradicional Debate eleitoral... na Barraca de Sant'Ana (a Rádio Comunitária Natureza FM (87,9) produziu uma Sabatina, para entrevistar os dois candidatos, mas os organizadores foram surpreendidos com uma jogada de "doutor" de uma das partes em disputa: assim, foi perdida mais uma oportunidade de construção democrática, nesse 2012);

c) Já sabem no que deu, mas tem um dado que pode ser inédito: quando este editor voltava do citado (quase) Debate (pois somente aconteceu uma Sabatina com o candidato petista Roberto Pina (só ele compareceu)), eis que um carro com pessoas aparentemente alteradas, embriagadas, gritou pra mim: "Ei, foste pro Debate?; kkkkkkkkkkkk" (onomatopeia), em tom de deboche (o primeiro deboche): voltei pra minha casa e continuei a trabalhar e estudar (o obj. geral era passar na Seleção do Mestrado em Letras PPGL-UFPA: passei, graças a Deus) (observem que o carro "gritou pra mim");

d) Todo tipo de artimanhas a adotar, para captação de votos, foram adotadas; cenas em vídeos de suposto flagrante etc. e, mesmo com todas as pistas de eleição majoritária (...), ainda assim a Justiça Eleitoral disse que a Câmara deveria empossar Ailson, o que foi feito, com todo o prazer possível;

e) Depois do dia 01/01/2013, veio uma espécie de Pisa Política Municipal (PPM), momento de frequentes e permanentes agonias e sofrimentos diversos (já conhecidos, não lhes cansarei mais): mas, indiferentemente a isso, uma placa com botos se divertindo na água circulava pelas ruas e pelos rios de Ig.-Miri, além de redes sociais, onde os alegres banhos se nutriam de gozos sem fim (sema do prazer, carnal, eu creio);

f) Indiferentemente a todo o sofrimento construído e do qual ela tinha sido uma das principais criadoras, a "Justiça" Eleitoral resolveu cassar o sr. Amaral e "seu" vice, Edir Corrêa (PSD), e determinar a realização de nova eleição, pois o então candidato eleito teve mais de 50% (cinquenta por cento) dos votos válidos: espécie de tapa na cara (segundo deboche: o primeiro foi do carro, o segundo é da Justiça), Igarapé-Miri teve de engolir uma Eleição Indesejada Suplementar, que teria custado mais de 320 mil reais, dinheiro que faz falta nas escolas do Brasil: Roberto se elegeu, agora com a penta-Vereadora Carmozinha (PV), e terá cerca de 18 meses e 18 dias para fazer o que o Povo de Igarapé-Miri não quis que ele fizesse (em 2012, com a ajuda de muitos empresários, vários ex-prefeitos inimigos de outrora, mas que se aliaram para retirar Pina da prefeitura, apresentando ao povo e dando garantias de trabalhos do sr. Amaral!!!)... em quatro anos de trabalhos de prefeito (isso já estava garantido; que coisa, não?);

g) Depois disso tudo, com a estrutura administrativa bastante destruída, resta saber se o resultado da esquisita eleição do dia 17 de maio de 2015 se traduzirá em um remendo de "solução" para cerca de 30% dessas desgraças construídas em 2012... ou se foi, somente, mais um Tapa Democrático em minha cara, que seria o terceiro deboche praticado contra a minha Dignidade Humana, nesse caso contados apenas os publicáveis.

h) Ano que vem, que é o ano de Eleição "regular", teremos mais uma oportunidade de soltar Jesus ou prender Barrabás, ou de fazer o gostoso (???) vice-versa.

(A "esperança" veste preto?)

Preciso ficar calado...

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Israel Araújo

(Editor)