terça-feira, 14 de abril de 2015

"MERENDA" POLÍTICA: O ÓDIO NACIONAL AO PT E A CONJUNTURA POLÍTICA MIRIENSE

(Israel Fonseca Araújo*)


(Bandeira do Município de Igarapé-Miri)


Uma rápida espiadinha na conjuntura política e eleitoral do Brasil nos permite pensar com maior segurança, e fundamentação, a realidade instalada em Igarapé-Miri depois de 2009. Dessas constatações, é possível visualizar um, ao menos um, cenário para o Igarapé-Miri de 2015 e, pior que isso, para o Miri de 2016.

Em que medida uma postura nacional odienta dirigida ao Partido dos Trabalhadores, se comprovada, pode impactar a realidade de Igarapé-Miri? Em outras palavras, significa perguntar: a atual conjuntura de mobilizações contra o PT e o governo de Dilma Rousseff pode impactar o cenário miriense, em que medida? Considerando a entrada do trabalho noticioso das mídias nas casas brasileiras, quais as artimanhas mais comuns em uso por essa instituição quando se trata de atacar/defender grupos sociais/políticos: segmentos sociais, partidos, crenas, ocupações?


Mini Contextualização da problemática

Depois de vinte e um anos de Ditadura oficial no Brasil, eis que em 1985 essa realidade é significativamente alterada, o que leva o povo brasileiro, traído pelos congressistas que não aceitaram a instalação de eleições diretas no país, a se nutrir de maiores esperanças quanto a nosso futuro político[1]. Menos pior do que estava, o mineiro Tancredo Neves se torna presidente, (per)seguido pelo maranhense José Sarney na condição de vice-presidente do Brasil; para quem não o conheça, explica-se: Sarney-chefe é uma das figuras mais emblemáticas da dominação e do coronelismo eleitoral do país. O caso era tão pior, entre 1964 e 1985, que isso foi comemorado Brasil afora. Atente-se para isto: um maranhense chega a ser vice-presidente e depois se torna presidente, o que acontecerá em parte depois de 1995, quando o pernambucano Marco Maciel é eleito vice-presidente juntamente com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os quais governam até fins de 2002. Depois disso e antes disso, somente políticos do Centro-Sul exercem essas funções. Espécie de continuidade da política do “café com leite”[2], largamente praticada antes da Ditadura Militar,  demonstração de uma exclusão que é bem silenciada pela mídia nacional: políticos do Norte e do Nordeste são alijados da possibilidade de assumir essas duas funções.
Mas Tancredo Neves veio a óbito e Sarney fez o que sabemos; e sabemos o quanto esse mandato lhe dobrou os poderes na castigada, politicamente, Pátria brasileira. E mais sabemos que o caso se tornou ainda mais grave, em razão da força exercida pela mídia para que o petista Luiz Inácio Lula da Silva não derrotasse o seu candidato preferido (da mídia), Fernando Collor de Melo. A mídia, aliada a outras grandes corporações empresariais (tão grandes ou até maior do que os conglomerados midiáticos), e aliada de Collor, venceu e deu na desgraça que deu. O país viveu escândalos a fio durante a gestão de Collor, mas o objetivo foi alcançado por essas instâncias de poder: que era não permitir que o PT ocupasse a presidência da República. Depois das peripécias de Collor, outro mineiro, o Itamar Franco (vice-presidente da chapa com o alagoano) ficou no restante do mandato: o impeachment do presidente de Alagoas, atual maior sonho dessa mesma mídia aliada de Collor-1989 para alcançar uma saída do PT do governo federal, foi uma boa tangente usada pelos donos das empresas midiáticas para que suas emissoras de TV, revistas e jornais parecem “defensores” da Demoncracia.
As idas e vindas da política brasileira permitiram com que o pernambucano não mais identificado como tal, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se tornasse presidente do Brasil, como decorrência da aliança feita com um dos partidos mais fortes da direita nacional (o antigo PL, atual PR) e com um poderoso empresário de Minas Gerais: José Alencar. A mesma Minas de Tancredo e Itamar... Lula, em 2003, há muito já era um paulista ex-pernambucano. Se fosse nordestino e fosse a sampa para concorrer ao Planalto, certamente seria derrotado pelo paulista José Serra (PSDB).
Esses mínimos indicativos factuais já assinalam que há um trabalho anti-PT liderado pela grande mídia brasileira, esforço que não era de todo odiento até fins de 2002. Mas o será após a chegada de Lula à presidência, momento em que os mi(bi)lhões anuais gastos com propaganda e outras formas de comunicação passam a ser melhor distribuídos entre empresas de comunicação e não ficam mais excessivamente concentrados nas mãos da família Marinho, dona das Organizações Globo, e em poucos outros conglomerados empresariais da área da comunicação. Isso despertará um ódio ao Partido dos Trabalhadores que, possivelmente, nunca foi imaginado pelo “cidadão comum”, que está distante dos estudos científicos sobre mídia nos idos de 1970, 1980, 1990 e até 2000. E que, por isso, não estava muito municiado de informações sobre as (diversificadas) relações da mesma com partidos políticos, governos, empresas diversas, por exemplo.
Miguel (2002) trata dessa realidade:

Na primeira eleição direta para a Presidência do Brasil após o final da ditadura, a Rede Globo alinhou-se de forma clara com os adversários de Lula e, com o material apresentado em telejornais e mesmo novelas, contribuiu para sua derrota (Luís Felipe Miguel, A Eleição Visível: A Rede Globo Descobre a Política em 2002)[3].

Pior que isso:

Graças a uma bem-sucedida ofensiva de mídia, incluindo capas de revistas de circulação nacional, programas de televisão e o uso de horários partidários gratuitos, o governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, viabilizou-se como a opção das elites para impedir a vitória de um dos candidatos da esquerda (Brizola e Lula) na disputa pela Presidência. O apoio da Globo à sua candidatura ficou evidenciado desde o início, mas manifestou-se com clareza ímpar na famosa edição do último debate do segundo turno, na véspera da eleição, levada ao ar no Jornal Nacional. Os melhores momentos de Collor foram unidos aos piores de Lula, em uma manipulação grosseira, cuja lembrança volta a cada eleição como um fantasma a assombrar os jornalistas da emissora (Luís Felipe Miguel, A Eleição Visível: A Rede Globo Descobre a Política em 2002)

Eis aí excertos de uma realidade que milhares ou muitos milhões de jovens do Brasil não viveram e, quem sabe por isso, têm dificuldades em crer no trabalho eleitoral que a TV Globo, a Revista VEJA e outros parceiros fazem para destruir o PT e Lula.
O governo petista de 2003 até os dias atuais e, possivelmente, até fins de 2018, teve(terá) de enfrentar, sobretudo depois de outubro de 2014[4], a fúria da mídia dominante (Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Revista Veja). Isso se deve, centralmente, devido a sua forma de concentrar maiores esforços em políticas sociais (saúde, educação, moradia...) e distribuir renda a camadas mais carentes da sociedade. Além disso, o governo petista vem acenando, muito timidamente, para uma regulamentação da mídia, o que poderia interferir na atual conjuntura de concentração e de proliferação de grandes conglomerados midiáticos no Brasil (gigantescas estruturas empresarias/privadas de mídias mantidas nas mãos de um grupo)[5].
A título de exemplo desse poderio empresarial na área da comunicação e do quanto a concentração de empresas pode estar nas mãos de uma só empresa/família, cite-se que as Organizações Globo são “formadas pelas seguintes empresas”: Rede Globo de Televisão (a “maior rede de TV do país e líder absoluta de audiência. Tem 5 emissoras próprias e 116 afiliadas”); Globosat (programadora de canais por assinatura, com 18 canais); Infoglobo (empresa jornalística “que edita os jornais O Globo, Extra e Expresso. Possui participação no Valor Econômico e Planeta Móvel”); Sistema Globo de Rádio (rede com 12 emissoras próprias e 116 afiliadas); Fundação Roberto Marinho (sociedade civil sem fins lucrativos. Dedica-se “ao resgate do patrimônio histórico e cultural do Brasil e a vários projetos educativos e voltados para a preservação do meio ambiente.”). “Também fazem parte do grupo as empresas Som Livre e Globo.com[6]. Isso, claro, dito pela própria empresa.
Uma gestão menos amiga dessa concentração e mais combativa da corrupção só poderia ser atacada implacavelmente por alguns dos mais poderosos veículos de comunicação do país. Isso porque as estruturas de corrupção sempre têm ramificações que causam impactos na vida mais íntima de empresas privadas, o que não necessariamente exclui a vida das empresas de comunicação. No mínimo, porque tais empresas mantém necessárias e fortes relações comerciais com diversas empresas privadas de um país. E pode ser que parceiras de parceiras estejam envolvidas em escândalos de corrupção. A Operação “Zelotes” da Polícia Federal, a mais abafada de todas as operações já deflagradas no Brasil, desde 2005[7], é uma demonstração desse caso.
Estima-se que a corrupção dentro da Receita Federal (para que sejam diminuídos os valores devidos ao país), envolvendo montadoras de carros, o grupo RBS (uma empresa de comunicação afiliada da TV Globo), bancos e outras empresas, seja muito, mas muito maior do que os da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras.
Já que a Lava Jato leva agentes de governo ao conhecimento público, as empresas de comunicação desses grupos acima citados dão toda a ênfase possível em seus espaços de notícias. O mesmo não se dá com a Zelotes; e isso é fácil de explicar:

1 – Há total interesse por parte da Rede Globo e demais veículos, e deve haver interesse parecido dentro da sociedade brasileira, em que isso seja divulgado. Para a imprensa que foca seu trabalho no ataque aos feitos e à figura institucional do governo federal, é preciso que haja muito espaço de divulgação para a Lava Jato, pois assim o povo é convidado a odiar o governo petista de Dilma Rousseff, por alguns motivos: (i) em primeiro lugar, porque a empresa Globo, e muitas empresas de comunicação aliadas (Veja, Folha de São Paulo...), perderam a disputa eleitoral, pois o seu candidato (Aécio Neves/PSDB) perdeu a disputa para a petista Dilma, com total apoio de Lula da Silva; (ii) em decorrência disso, um trabalho focado em destruir Dilma/Lula/PT é empreendido, sem hora para acabar e com o maior espaço possível em todos os espaços possíveis[8].

2 – Dar visibilidade à operação Zelotes significaria mostrar ao país os bancos, as montadoras de carro e empresas de comunicação afiliadas de TV em situação de desgaste nacional. Essas empresas seriam conhecidas da população, que passaria a perceber que empresas que patrocinam a TV Globo e a Revista Veja, por exemplo, são ou podem vir a ser declaradas corruptas ou, ao menos, se começaria a estranhar certas posturas das empresas de mídia, já que o cidadão vê no dia-a-dia quais empresas patrocinam as novelas das 21h, o Fantástico ou o Jornal Nacional; e a população seria levada a pensar que a corrupção não se dá somente em espaços de governos. Como noticiar que o banco Santander é o campeão nesse caso de corrupção, se esse banco é um dos patrocinadores mais fortes da emissora? Se o objetivo maior, na mediação de certas discussões, é incentivar incendiar a população a combater Lula e Dilma, como dividir o tempo de noticiário entre escândalo na Petrobras e escândalo na Receita Federal, se no segundo caso o problema envolve muitos de seus aliados?

A mesma imprensa que trabalha para gerar e alimentar cada vez mais ódios ao PT, Lula e Dilma é a parceira de estruturas super milionárias, como os governos do Pará e de São Paulo (pois são comandados pelo PSDB, o mesmo espaço de poder de Aécio Neves, FHC...). Em mais de vinte anos de governo “tucano” em São Paulo, estado de maior quantitativo eleitoral do país e dono de uma riqueza significativa, a Folha de S. Paulo, Revista Veja e Rede Globo se mantém aliadas inseparáveis de uma estrutura de governo que injeta, nessas empresas, muitos milhões ou até bilhões de reais por ano; isso levaria qualquer cidadão leigo no assunto (como é o meu caso) a entender que se uma megaestrutura é favorável, financeiramente, a uma grande empresa de comunicação e se há mais relações políticas entre essas empresas e estruturas de governo é possível que as emissoras e demais veículos trabalhem para fortalecer tais governos e seus partidos. Se se considerar que o PSDB esteve governando São Paulo, Minas e outros estados ao mesmo tempo em que esteve governando o Brasil (com FHC, de 1995 até 2002), fica mais fácil entender que a entrada do PT para governar o país levaria, naturalmente, a uma postura parecida com essa que as estruturas de mídia realizam quando se trata de mostrar o governo petista para o Brasil inteiro e/ou para o exterior.

O caso do Pará é idêntico, na medida em que o trabalho que a Globo faz em sampa é realizado pelas Organizações Rômulo Maiorana (ORM), no Pará, com investimentos em “informação” 101% favoráveis ao PSDB; isto é, a Simão Jatene. Se o Pará é menos coberto por Folha de S. Paulo e Veja, as ORM têm O Liberal e Amazônia Jornal, além do portal ORM News, emissoras de rádio ou, se precisar, panfletos não assinados, jogados nas ruas... Por fim, se for para defender seu partido e seu governo, se for para atacar quem aborrece seus interesses, as ORM não hesitam em chamar professores de “mafiosos” e “trapaceiros” e insinuar que professores recebem “horas extras” no Pará, coisa que simplesmente não existe na governança do Pará (horas-extras são pagas a vigias...).
É essa conjuntura estadual e nacional o que mais decisivamente pode impactar a castigada realidade miriense, em 2015, momento em que o povo de Igarapé-Miri é obrigado a votar mais uma vez para completar a eleição de 2012 para a prefeitura municipal. Em que medida esse ódio ao Partido dos Trabalhadores/Lula/Dilma interfere nesta realidade municipal?; em que medida a força do PSDB paraense, há quase vinte anos dominando a política do Pará, interfere nesse cenário? Resta claro que as mobilizações brasileiras de rua e no Congresso Nacional, todas no sentido de impactar negativamente o governo petista, certamente que têm impacto no cenário político de Igarapé-Miri. É o que se tenta discutir a seguir.


Uma olhadinha para Igarapé-Miri e sua Eleição 2015


(Palacete "Senador Garcia", 1902, sede do Poder Executivo em Ig.-Miri)

A Eleição Suplementar que será ou está sendo realizada em Igarapé-Miri, em 2015, tem tudo para sofrer diferentes interferências dos cenários acima apontados, pois o plano municipal está constituído por uma polarização nuclear, embora dividida em quatro partes. Isso pode? Claro que, no jogo eleitoral, sim. Explica-se.
Um lado desses polos é ocupado pela candidatura do petista e ex-prefeito de Igarapé-Miri, Roberto Pina Oliveira (Carmozinha – PV/Vice), gestor que governou de 2009 até 2012, e o segundo polo se subdivide em três candidaturas. Ressalte-se que são dois polos porque um polo representa a feição administrativa do PT, que governa o país há doze anos, e o outro recebe as diversas forças políticas que se opõem ao PT, entre as quais: PSDB, DEM, PPS, PSC, PMDB[9], PMN, PDT, PTB, PR, entre outras.
Os três polos restantes são representados pelas candidaturas do Ver. Toninho (PMDB), atual presidente da Câmara e prefeito interino até a definição de outro titular (juntamente com o ex-contador de Pé de Boto, Marcelo Corrêa/PR); da senhora Darlene Pantoja (PSD), irmã e indicação da ex-prefeita Dilza Pantoja, juntamente com a Ver. Dalva Amorim (PTB), na condição de candidata a vice-prefeita; e do ex-vice-Prefeito Joca Pantoja (PPS), de 2001 a 2004, com o sr. Antoniel Miranda (PDT), na condição de candidato a vice-prefeito (indicado pelo pastor da Assembleia de Deus, Adoniel Sozinho).
O ódio ao PT e, logo a Lula/Dilma, pode ser um dos principais elementos a interferir nesta conjuntura política municipal, uma vez que a força do PSDB paraense, sob a mão do governador Simão Jatene (maior apoiador da campanha de Darlene), só faz reforçar esse sentimento de que o PT seria o mal do país, o elemento a ser banido da vida democrática nacional. Banir o PT dos espaços de governo, sonho da mídia e de muitas estruturas partidárias existentes no país, significaria reunir os três esforços ou polos citados para combater a candidatura de Roberto Pina, pois uma possível (re)eleição sua significaria manter, ou trazer de volta, o PT no comando político. Nesse caso, os maiores esforços viriam da campanha de Darlene Pantoja, pois é a que mais deve receber apoio da aliança paraense PSDB/PSD/DEM; é amplamente conhecido na cidade que Darlene tem apoio do renomado advogado tributarista Helenilson Pontes, ex-vice-governador do Pará e atual titular da pasta da Educação, e de deputados, ex-deputados, um senador e outros fortíssimos aliados.
Porém, a candidata não tem estrada e precisa das mãos de Dilza Pantoja para chegar a uma possível eleição. Dilza já apresentou aos eleitores, assim que ela mesma foi impedida de concorrer (depois de 2012), a filha Nayara Pantoja, eleita vereadora e cassada um ano depois, e o sr. Edir Corrêa, eleito vice-prefeito junto com Pé de Boto (DEM) e cassado juntamente com ele, no final de 2014. Ambos foram eleitos pelo partido liderado pela ex-prefeita, o PSD. Assim como Dilza atuou decisivamente na eleição de Pé de Botou, decidiu os votos de Nayara e levou Edir à condição de vice-prefeito, tudo isso em 2012, assim também poderia ser a grande responsável por uma chegada de sua irmã ao Palacete Senador Garcia.
Mas a campanha de Darlene divide a estrutura eleitoral de Pé de Boto, já que o chamado “grupo da Dilza” foi o principal aliado e ajudante de Boto na eleição de 2012; pessoas experientes em contas eleitorais sabem que, sem a ajuda da estrutura e da força eleitoral dilziana, o “homem do posto” jamais ganharia em 2012. Neste pleito de 2015, que é o mesmo de 2012 em certo sentido, uma parte dos votos que Boto tem serão remanejados para Darlene, o que deve redimensionar a conta eleitoral do principal candidato de Pé de Boto, que o Toninho “Peso Pesado” (PMDB)[10].
Menos impactada por um ódio explícito ao PT nacional, mas também em nada aliado a seus projetos, está a candidatura do PPS, capitaneada pelo empresário Joca Pantoja; o partido é liderado por Arnaldo Jordy, um dos políticos mais próximos de Jatene no Pará e deputado federal muito combativo ao PT no Pará. Ex-vice-prefeito na segunda gestão de Mário Leão, Joca Pantoja é homem de grande carisma popular e conta com muitos apoios de seus pares: uma parte dos empresários mirienses (que ajudaram a derrotar Pina, em 2012, e farão esforços para tentar derrotá-lo mais uma vez), além de servidores públicos e da liderança da Assembleia de Deus (AD), pr. Adoniel Sozinho.
Esse dado é um dos maiores agravantes da atual conjuntura, por vários motivos. (i) De um lado, a entrada da AD na disputa eleitoral, o que vem causar alguns desgastes dentro da maior igreja evangélica miriense – o que já se fez acontecer com a liderança de Renildo Farias, homem de forte aliança com a então prefeita Dilza Pantoja, o que fez a igreja rachar e um grupo de religiosos se separar da mesma: tais lideranças voltaram à igreja-mãe assim que o pr. Sozinho se instalou em Igarapé-Miri. Analistas não têm dúvidas quanto ao desgaste que essa entrada de Sozinho na disputa profana, não raro identificada com os jogos de corrupção e desvios de recursos (a eleição), pode representar para essa igreja; mas esse dado está dado. (ii) Depois, porque há informações que circulam no meio político que dão conta de que o nome de Sozinho na disputa (o sr. Antoniel Miranda dos Santos) não teria filiação ao PDT, nem a outro partido, e não poderia ser candidato, pois a legislação eleitoral exige: filiação partidária, filiação a pelo menos um ano até a data da eleição entre outras condições. Se isso vier a inviabilizar a empreitada da coligação, a mesma deverá indicar outro nome: e a carta na manga deverá seria o sr. Valdir Araújo Júnior, do PT do B, mas isso levanta umas perguntas:

a) Valdir está licenciado de cargos públicos para poder concorrer na eleição suplementar de 2015? (Se não estiver, deletar as demais perguntas)

b) O pr. Adoniel Sozinho abriria mão dessa vaga de vice, que é sua, dada a força populacional que a AD tem em Igarapé-Miri, e deixaria que uma pessoa ligada a outro grupo político viesse a assumir a condição de candidato, em lugar de Miranda?

c) Considerando que Sozinho indicou o nome do PDT, dirigido por outra pessoa (Dinho Aguiar), isto é, mandando em outra “casa”, sendo que o pastor da AD seria o nome do PMN, de Raimundo Santos, ou do PSC, de Zequinha Marinho, é possível acreditar que toda a sua força política seria descartada em uma re-arrumação da campanha de Joca?

d) O PT do B ficaria, em um caso ou em outro, somente esperando e torcendo por uma vitória, para depois discutir o possível governo?

e) Se o PT do B resolver bater na mesa, o que farão o PSC (do vice-governador Zequinha Marinho) e o PMN, liderado pelo candidato de Sozinho, o sr. Raimundo Santos?

São muitas as indagações e uma coisa restou certa: esse polo está na oposição ao PT em Igarapé-Miri, pois o vice de Jatene não tem muitos interesses em uma possível vitória de Pina, se é que me fiz entender. A candidatura de Joca representa, grosso modo, uma posição política que faz força contra o ex-prefeito petista e, ao mesmo tempo, divide uma vez mais a estrutura eleitoral de Pé de Boto, pois Antoniel Miranda é fiel aliado de Pé de Boto, ajudou o “homem do posto” a ganhar em 2012 e terá apoio do mesmo, agora, para que Pina não possa (ou não pudesse) conseguir a eleição. Seja Miranda nome da chapa ou ajudante de bastidores, Amaral não deixará de interferir nesse processo.
O caso de Toninho Quaresma (chamado desde 2012 de “Peso Pesado”/PMDB) não é menos complexo do que os dois acima indicados. “Pesado” fechou aliança, na reta final do prazo permitido, com o PR, que é liderado no Miri pelo ex-contador de Pé de Boto, Marcelo Corrêa, pessoa bastante desconhecida dos eleitores de Igarapé-Miri, coisa muito diferente da própria figura política de “Pesado”, que tem fortes influências na área de Vila Maiauatá e adjacências, além de aliados de peso na cidade miriense. O atual prefeito interino tem a visibilidade (e os desgastes, se houver) do prefeito de Igarapé-Miri e vem fazendo um forte trabalho de mídia (jornais impressos e internet, sobretudo) desde que assumiu, dia primeiro de janeiro de 2015. Ele tem a força de quase todos os vereadores/as instalados, quase sempre, às quartas na Câmara de Igarapé-Miri[11].
O principal aliado de “Pesado” é seu maior adversário nesta campanha: Pé de Boto (Ailson Santa Maria do Amaral). O homem mais poderoso de Igarapé-Miri e o mais temido de todos já deu sinais de como pretende eleger Toninho (PMDB) prefeito: no último dia 12/04/15 saíram informações de agressões de que Amaral teria cometido agressões contra o candidato Roberto Pina e seus aliados, quando estes tentavam andar pelas ruas de Vila Maiauatá para realizar compromissos de campanha. Sobre isso, a campanha de Pina informou:

A coligação Igarapé-Miri no rumo certo, que tem como candidato a Prefeito Pina 13 e Carmozinha Vice, informa a todos os seus eleitores e a sociedade de modo geral que neste domingo dia 12/04/2015 o nosso candidato Pina13 ao cumprir juntamente com sua equipe compromisso de campanha no distrito de Vila Maiauatá, por volta das 9:30h, na Rua Gil Braz, foi abordado pelo ex-prefeito ‪#‎PÉDEBOTO acompanhado do seu ex-secretário ‪#‎RUZO, que fizeram diversas ameaças: “ Pina tu já apanhou uma vez de mim e agora vai apanhar do meu candidato TONINHO PESO PESADO”. E ainda mesmo com várias pessoas ali presentes, ‪#‎PEDEBOTO tentou intimidar e impedir a nossa entrada na Vila de Maiauatá como se fossem os proprietários do local, ocasião em que o Sr. Álvaro Amaral, conhecido por Videla, juntamente com outros populares, interferiu e conteve a fúria do mesmo.
A coligação através de seus advogados já está tomando as devidas providências para que se garanta a integridade de nossa equipe e assegure a lisura do processo democrático.” (Fonte: Facebook “Pina Prefeito 13”)

E o Gazeta Miriense noticiou, mais tarde:

O GM noticiou o que já circulava desde ontem nas redes sociais de Mirienses sobre uma suposta agressão sofrida por Pina e sua equipe de campanha por parte do ex-prefeito Pé de Boto. E pelo jeito a coisa vai mais adiante! Foi protocolado hoje uma denúncia do candidato Roberto Pina (PT) ao Superintendente da Polícia Federal contra Pé de Boto (sem partido, já que se anunciou que teria sido expulso do DEM).
(...)[12]


Ou seja, há muita força eleitoral em benefício de “Pesado”, mas a aliança do o ex-contador (Corrêa) e com o prefeito-casso (Amaral) podem pesar contra o atual prefeito interino. O fato de a maioria da Câmara estar apoiando o atual gestor também o ajuda e o prejudica: primeiro, porque haveria muitos braços para ajudá-lo a capturar votos, e é sabido que vereadores/as sempre têm umas dezenas de votos; segundo, porque a atual composição de “nosso” legislativo é a mais desacreditada da história de Igarapé-Miri: durante toda a destruição feita em Igarapé-Miri pelo “governo???” de Amaral não se ouviu um “ai” que seja do Parlamento, exceção com os nomes de Melry/PT, Carmozinha/PV e Josias Belo/PSC. Nesse caso, e com a circulação de informações nas redes sociais, em alguns blogs (Folha de Igarapé-Miri, Gazeta Miriense e Poemeiro do Miri) e do jornal Tribuna Popular, em 2013 e 2014, grande parte do povo miriense passou a dar mais atenção para a inoperância do Parlamento Miriense. Enquanto as muitas violações de direitos humanos seguiam em Igarapé-Miri, as pessoas que assistiam às Sessões da Câmara Municipal percebiam um comodismo incompreensível na conduta de quase todos/as. Nesse sentido, ter apoio da maioria dos vereadores pode ser um tiro no pé.

Já o caso de Roberto Pina parece ser tão complexo quanto o de Pesado. Pina seria o “inimigo” (entenda-se adversário) comum a ser batido; por tudo o que se falou acima acerca do anti-petismo, pelos desgastes sofridos pela governante do Brasil (Dilma), em razão da grande impopularidade que ele mesmo carrega, poios fez uma gestão muito técnica e focada em resultados, pela pequena aceitação popular do nome de Vice na chapa (Carmozinha), pelas entradas na campanha de Francisco Pantoja e do ex-vereador Fuxico (Vladmir Afonso-DEM). Se Fuxico traz significativa força eleitoral (entenda-se que o ex-vice-prefeito também traz os ex-vereadores Jhay (PSDB, depois PT) e Elivelto (PT), que estavam a muitos quilômetros de distância da atual campanha petista!) e ajuda a diminuir a rejeição aos nomes de Pina e Carmozinha (cada um a seu modo), é certo que causa maior desgaste dentro do próprio PT, em razão do modo como conduziu a Câmara Municipal (2013-14) e da relação com Pé de Boto, outra vez agente político a impactar negativamente uma candidatura em 2015: desta vez, a de Roberto Pina. Fuxico chega com a garra de um forte “caboco” maiauataense, mas tem desgastes em virtude, acima de tudo, de sua forte aliança com Boto (2012, 2013, 2014), haja vista que foi um dos principais ajudantes na eleição do ex-prefeito, fato que deu origem a esta Eleição de 2015: claro, Vladmir foi coadjuvante de Mário Leão, Dilza Pantoja, Ítalo Mácola, entre outras grandes forças da política eleitoral miriense. Se toda essa rede anti-Pina, jamais o “homem do posto” teria chagado às peripécias às quais chegou.

Pina é o candidato de maior força no cenário de Brasília, pois tem trânsito muito forte na Eletronorte e em muitos ministérios; por exemplo, Ministério das Cidades, MEC, Ministério da Cultura e Ministério da Saúde; e em todos os demais nos quais o Senador petista Paulo Rocha tenha boas entradas. E foi Roberto Pina o gestor que revolucionou para melhor a gestão em Igarapé-Miri: suas obras muitas físicas levaram seus opositores, a partir de 2013, a dizerem ao povo miriense que “a grande obra é cuidar do Povo”[13]; sua rapidez técnica deixou legados que até muito depois de 2012 serão lembrados: prédios de secretarias municipais, orla da Marambaia, duas Creches do governo federal, quadra poliesportiva em escolas, melhoras na remuneração de Profissionais do Magistério, retirada de Igarapé-Miri do cadastro negativo do governo federal (CAUC), para citar alguns.

Mas, contra Pina, acima de tudo pesa uma coisa: o povo brasileiro não apoia a reeleição, salvo em raras exceções; isso, em parte, levou o povo miriense a rejeitar Pina em benefício (sentido literal) de Pé de Boto, em 2012; isso pode ser seu maior empecilho agora em 2015. O povo miriense, cujas provas são empiricamente colhidas nas beiras das ruas e das casas, em sua grande maioria costuma se posicionar mais ou menos assim:

Já demos uma chance pra Fulano, agora, vamos apoiar a Fulana ou o Fulano


Ainda bem que temos sua excelência, Teodoro: “Curuuuuuzeeesssss”.

Decididamente, deveríamos analisar as condições de cada um(a), caso eleito(a) fosse, para governar Igarapé-Miri: as suas condições técnicas, equipes que poderiam montar, com quais pessoas influentes estão  na campanha, seus partidos políticos, (talvez até) o que já fizeram pelo município, entre outros modos de se chegar a uma decisão.

Porque dessa decisão dependem nossas vidas ou as nossas mortes, nos meses seguintes. É sabido que o “Maguila”, o “Prati”, o “Ventinho”, o Jefferson, o “Maluco da Calça”, o Rodolfo, o “Dimarães” e tantos outros não votarão em 2015; mesmo que tivessem mais de 14 anos.

O que queremos pra nós, depois do dia 17 de maio de 2015? Isso é que é mais importante. Queremos escolas, creches, salários mais ou menos pagos em dia, praças, sistemas de água, coleta de lixo, atendimentos nas Casas de Saúde?

Queremos a Sesque recuperada ou destruída?
O que nós move?


E agora, o que direi mais?






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* Este texto não é um artigo acadêmico, embora possa se parecer de alguma maneira, principalmente pela forma de introduzir a questão, levantando-se indagações que pode(riam) vir a ser respondidas. Trata-se, grosso modo, de uma forma particular de entender essa questão, que perpassa pela maneira majoritariamente parcial adotada pela grande mídia para se dirigir ao governo federal e ao PT e reflete uma maneira de entender nossa conjuntura miriense, depois de 1992, sobretudo o que implica em pensar nos modos de governar instalados em Igarapé-Miri nesses mais de vinte anos. Israel Fonseca Araújo é professor, Licenciado Pleno em Letras (UFPA) e Especialista na mesma área (UEPA); está na conclusão do curso de Mestrado Acadêmico em Letras (PPGL/UFPA), no qual investiga o funcionamento de uma prática discursiva midiática que tematiza a ação política feminina em Igarapé-Miri (2004-2008), com apoio teórico na análise do discurso de linha francesa. E-mail: poemeiro@hotmail.com




[1] Aceita-se, aqui, a condição de político para se referir a pessoas que concorrem a cargos públicos, como de presidente da República, Senador e outros. Nesse sentido, é mais sobre a perspectiva das disputas eleitorais que se fala do que acerca de atuações que ultrapassem essa categoria.
[2] Antes da Ditadura Militar, os governantes do Brasil eram selecionados dentre lideranças do eixo São Paulo (forte produtor de café) e Minas Gerais (experiente na produção de leite e derivados). Essa prática perversa ficou registrada como política do café com leite.
[3] Para não “cansar” muito os leitores do mundo rápido-virtual, cito somente autor/obra; os trabalhos podem ser baixados na internet, em sites respeitados do ponto de vista acadêmico/científico.
[4] No final de outubro de 2014 o candidato da emissora e de seus parceiros eleitorais, o senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), foi derrotado pela petista e indicada de Lula, Dilma Rousseff, reeleita de pois d éter vencido José Serra, em 2010. Lula da Silva já havia derrotado o mesmo Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006); vendo que o PT poderia chegar a 16 anos de gestão contra apenas 8 de seus preferidos...
[5] Uma possível regulamentação desse setor, tradicionalmente dominado por algumas empresas, é recorrentemente traduzido pela imprensa anti-PT como “censura” aos meios de comunicação. E é exatamente essa estrutura midiática que poderia ser, esmagadoramente, impactada por uma possível reformulação da legislação aplicada a esse setor de serviços. Isso explica o fato de, tão logo Lula da Silva se torna presidente, as produções da TV Globo fazerem insinuações (in)diretas acerca do “medo” desse setor de que o governo petista viesse a “censurar” o trabalho da imprensa: é a estratégia de jogar o povo contra o governante e, por tabela, contra o PT. Tudo isso com a falácia de que a emissora preza pela realização de um trabalho “imparcial”...
[6] Disponível em http://editoraglobo.globo.com/empresas_grupo.htm (acesso em 10 de nov 2014).
[7]O escândalo do mensalão foi a crise de maior repercussão do primeiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O estopim da crise ocorreu em maio de 2005, quando um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, foi flagrado recebendo propina de empresários. Apadrinhado do então deputado federal Roberto Jefferson (PTB), Marinho passou a ser alvo de investigações. E Jefferson foi acusado de fazer parte do esquema de corrupção dos Correios. (...) Jefferson concedeu uma entrevista em junho de 2005 denunciando a compra de votos dos parlamentares no Congresso Nacional. O esquema consistia em pagar regularmente aos deputados aliados com uma quantia em dinheiro – de acordo com Jefferson, R$ 30 mil por mês – para que eles aprovassem as matérias em tramitação no Congresso que fossem a favor do governo Lula.” (ANA PAULA GALLI. Entenda o escândalo do mensalão. Relembre o início do escândalo, seus desdobramentos e os envolvidos. Disponível in: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78680-6009,00-ENTENDA+O+ESCANDALOBR+DO+MENSALAO.html (acesso: 12/04/2015).
[8] Por exemplo, em uma telenovela da TV Globo, “Babilônia”, o personagem que tematiza a ação corrupta e desleal de um prefeito usa o linguajar do petista Lula da Silva para marcar a prática de corrupção ligada ao trabalho de um político: “nunca antes na história de...” é o que marca a postura política desse “gestor”, isto é, dessa personagem criada pela Globo para atrelar a corrupção à imagem do PT. O paralelismo é claro, pois o ex-presidente Lula é que instituiu essa marca linguajeira, quando afirmava que “nunca antes na historia deste país...”; jamais se percebeu algo parecido, nessas produções, que pudesse macular a imagem de políticos aliadas da emissora carioca: FHC, Serra e Aécio, por exemplo, só aparecem na emissora se for em montagens favoráveis às suas imagens de políticos. Já a “Zorra Total”, por ex., é a marca da criação, muito bem patrocinada, realizada para desgastar a imagem da presidente petista. Outro caso para entender: para se referir à cor amarela (símbolo do partido PSDB) em manifestações de rua e outros momentos de ação coletiva, a TV aliada (majoritariamente a TV Globo) usa a estratégia de “deseleitorizar” o caso. Ao invés de dizer que são partidários anti-PT, as emissoras insistem em dizer que as pessoas “usavam a cor da bandeira nacional”.
[9] Apesar de que “oficialmente” se dizer amiúde que, atualmente, o PMDB é/seria o “principal aliado” do PT, o que se sabe, na prática, é que o “15” é eterno parceiro do PSDB/PPS/PSB e aliados e que, na atual conjuntura instalada no Congresso Nacional, tal partido ajuda a construir um cenário anti-PT, visando uma saída de Dilma do Palácio do Planalto, o que levaria... o mesmo PMDB, de Sarney, a governar o país até fins de 2018. Claro assim.
[10] O ex-prefeito Ailson Santa Maria do Amaral, o Pé de Boto, uma das maiores forças políticas de Igarapé-Miri, ajudará os três polos (Toninho/Marcelo; Joca/Antoniel; Darlene/Dalva) e exercerá força negativa no sentido de tentar derrota o petista Roberto Pina; este texto, possivelmente, comprova isso.
[11] Sabendo-se que Melry (PT) e Carmozinha (PV) estão com Roberto Pina e que Ângela Maués (PSD) é do partido de Darlene Pantoja (PSD) e que Dalva Amorim (PTB) é candidata a vice-prefeita com Darlene e aceitando-se que não há vereadores/as apoiando, de fato, Joca Pantoja (PPS), todos os demais estão com “Pesado”. Certo? Só Deus sabe. Mas na conta sobraram 09 vereadores/as na chapa de “Pesado”.
[12] O site www.gazetamiriense.wordpress.com traz as provas documentais dessa ação na Polícia Federal e cita a legislação aplicável.
[13] Slogan de Pé de Boto, com seu governo “De mãos dadas com o Povo”.

Um comentário:

  1. Olá Professor Israel Fonseca de Araujo
    Gostaria de lhe informar que tenho Vossa pessoa na mais alta estima e admiração por que além de ser meu conterrâneo exerce a funções que mais admiro que é de educador e poeta. No entanto não concordo com o texto que V. s chama de " tipos de eleitores" e que os eleitores turistas prejudicam o município. Amo este Município e sou Miriense da gema moro atualmente em Curitiba, mas amo esta cidade. Voto na Vila do Suspiro e faço questão de votar em meu Município assim como lhe informo que gosto de ler tudo que é publicado pelo meus conterrâneos para direcionar meu voto com consciência . Você deve saber melhor que eu que politico só muda o cenário, mas quase todos querem nos fazer de palhaços
    Abraços

    Antonio Moraes

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