Prof. Israel Araújo
ARNALDO////“(...)depois você vai querer que marque falta no
Neymar.” GALVÃO/////“Eu não, o jogo ta lá e você tá aqui pra comentar...”
As pessoas que conhecem este humilde
professor já sabem há muito o quanto sou "apaixonado" pelo Futebol.
Não é discriminação, mas não é pelo futsal, nem pelo futebol de praia, nem
futebol de pizzas (praticado no Congresso Nacional). É o futebol de campo, praticado
em campos gramados (até aceito a grama sintética, mas numa situação de
emergência), com uso de chuteiras e praticado por 22 jogadores(as), com a
mediação de um juiz. Excepcionalmente, pode ser praticado com 14, 16, 18
atletas.
Pois bem, é por isso que eu me obrigo a
suportar a transmissão feita por certas emissoras de TV (e de rádio, também).
Engolindo a seco as declarações de amor que são feitas, ao vivo, da parte de
uma Galvão Bueno para atletas (da Nike, geralmente) como Ronaldo Nazário de
Lima (ex-jogador e atual empresário do mundo da bola) e Neymar Jr. (está
atuando no campo, nas empresas e nos bastidores, fazendo coisas das quais até
"Deus duvida"), atleta que em poucos anos de carreira já é um dos
maiores milionários do mundo da bola e já tem sobre seus "moicanos" a
suspeita de fartíssima SONEGAÇÃO FISCAL em virtude de sua transferência
Santos/pai do Neymar Jr./Neymar Jr./Barcelona etc..
Esse mundo de bastidores não é muito
discutido, mas não podemos nos manter como "cegos" diante desses
fatos.
Como eu dizia, suportar essas transmissões
é um fardo para todos nós. Temos de ser frios para aceitar o aluguel barato, a
custo zero, de nossos ouvidos às falas de narradores e repórteres esportivos,
que tratam muitas regiões deste Brasil como fins de mundo, locais de idiotas e “currais”
de onde podem tirar as suas audiências: estas são as armas de que se valem para
continuar no ar.
Ouvir Galvão Bueno é desgastante demais,
uma vez que, além das paixões desenfreadas que ele tem (a cada tempo) por
alguns jogadores (Ronaldo Nazário, depois Ronald Gaúcho, em seguida Neymar Jr.,
depois Aécio Neves, FHC...), temos de suportar as suas intromissões nos tempos e nas autoridades de fala de outros profissionais que trabalham com ele. Mais desgastante ainda é ele não deixar os
comentaristas comentarem, pois a todo tempo faz comentários e não quer aceitar
que ninguém discorde dos mesmos.
O “cristo” preferido de Galvão sempre é e
sempre foi o seu “amigo” mais próximo, o ex-árbitro de Futebol, Arnaldo César
Coelho. Em meio a um e outro “pode isso, Arnaldo?” ou “tá na regra?”, o astro
global sempre dá uns esculhambos no comentarista de arbitragem. A última de
Galvão foi esta:
Enquanto eu ouvia esse jogo de ontem (Brasil e Colômbia), vencido
pelos amarelinhos na garra, uma das passagens mais marcantes foi a seguinte.
Houve uma falta clara de um atleta do Brasil pra cima de um colombiano, na hora
de comentar o fato, Arnaldo foi mostrar a Galvão (e aos telespectadores/as) que
essa falta tinha de ser marcada e, quem sabe, ser punida com cartão amarelo.
Disse Arnaldo: “(...)depois você vai querer que marque falta no Neymar.”
Parece que a citação do nome do ex-santista inflamou o coração de Galvão que,
sem esperar dois ou três segundos que seja, bradou: “Eu não, o jogo ta lá e
você tá aqui pra comentar...”
Depois dessa entrada de sola, Galvão
seguiu narrando (dono do poder de decisão, de manipulação da fala e organização
do tempo da cobertura do jogo) e Arnaldo ficou mudo por muitos e muitos
minutos. Os lances a serem comentados se seguiam e o comentarista nada dia
(quem sabe tomando umas águas para digerir a humilhação planetária, internacional,
pública... sofrida.
É, nada como uns mil, mil reais para
apimentar uma relação.
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