domingo, 3 de agosto de 2014

SIMÃO JATENE PODERÁ SER JULGADO: É SÉRIO ISSO?



Essa notícia me "apanhou" (ou bateu em mm) de surpresa, pois sou muito cético em relação à ação da Justiça quando se trata de processos envolvendo grandes "piramutabas" - geralmente a "Justiça" pega muitas "piabinhas"! Mas a imprensa está divulgando essa possibilidade. Jatene não está só nesses barcos, há mais pessoas, só que o Povo dá a entender que não acredita em bons resultados contra "poderosos", que poderiam quase tudo nestes mundos "políticos". Segue a publicação:


(Foto de Simão Jatene acompanha a publicação do Diário online)


"STJ deve julgar inquérito criminal contra Jatene
http://www.diarioonline.com.br/img/ico-data.pngDiário online, Domingo, 03/08/2014, 07:45:42 - Atualizado em 03/08/2014, 08:01:00

Há 10 anos o caso veio à tona como um dos maiores escândalos de corrupção passiva do País. Simão Jatene é acusado pelo MPF de ser o principal beneficiário pelo pagamento pagamento irregular de propina pela cervejaria. A investigação aberta pelo Ministério Público apura envolvimento do atual governador, o tucano Simão Jatene e do ex-secretário Sérgio Leão, no crime de receptação de repasses irregulares de R$ 16,5 milhões, em valores da época, que não foram contabilizados pela Cervejaria Paraense S.A, a Cerpasa. Parte do dinheiro arrecadado criminalmente teria sido usado, segundo o inquérito, na campanha eleitoral de Jatene ao governo em 2002. A “troca” espúria de favores permitiu a concessão de incentivos fiscais e perdão de dívida fazendária da Cervejaria Paraense S/A.

CAIXA DOIS
O Inquérito 465 revela que o então proprietário da cervejaria movimentava um “caixa dois” na empresa para complemento de pagamento aos funcionários.
O esquema de sonegação escondia também pagamento de propina para o PSDB, que governava o Pará na época. Com doações feitas antes, durante e depois das eleições de 2002, a empresa abasteceu o caixa dois do partido tucano, segundo o MPF.
Entre as provas contra Jatene e Leão estão arquivos encontrados em computadores apreendidos na sede da Cerpasa. Um arquivo denominado “Pendências”, revelava o compromisso da cervejaria em contribuir com R$ 4 milhões durante o governo de Almir Gabriel para a campanha do atual governador Simão Jatene, além do pagamento de mais R$ 12,5 milhões em propina aos integrantes do PSDB, em troca dos benefícios fiscais concedidos à empresa.
O arquivo “Pendências” tinha as datas dos pagamentos aos tucanos e os valores, que foram registrados também na contabilidade da empresa. As generosas contribuições da cervejaria teriam, de acordo com o inquérito, turbinado os cofres tucanos a partir do perdão fiscal de uma dívida de R$ 47 milhões, acertadas no final do governo de Almir Gabriel. Já como governador, em 29 de outubro de 2003 Jatene contemplou a cervejaria com um desconto de 95% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) devido e prorrogou por mais 12 anos os benefícios fiscais à cervejaria.
Na ocasião, Sérgio Leão presidia a Comissão de Política de Incentivos ao Desenvolvimento Socioeconômico do Estado do Pará. Por causa da lentidão do Judiciário brasileiro, Leão acabou sendo beneficiado ao ser indicado por Simão Jatene para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA), mesmo estando sendo investigado em um processo criminal. Se condenado, é mais um caso histórico de uma “raposa tomando conta das galinhas”.
Mas Simão Jatene pode não ter a mesma sorte: desde a última sexta-feira o Inquérito passou a contar prazo em sua tramitação. Todos os argumentos da defesa já foram apresentados ao atual relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Os autos – como são chamados os volumes do Inquérito Criminal – já estão conclusos ao relator, ou seja, prontos para serem julgados. A preocupação do MPF é que essa demora excessiva na decisão do STJ acabe determinando a prescrição dos possíveis crimes cometidos.
A denúncia do Ministério Público é baseada em fatos concretos, ocorridos dentro das dependências da Cervejaria Paraense S/A, em agosto de 2012, em plena campanha eleitoral de Jatene. Em 2000, a Cervejaria também recebeu o perdão de quase R$ 47 milhões de ICMS atrasado e de uma dezena de autuações por fraude e sonegação. A fraude fiscal acabou beneficiando a campanha de Jatene.
(Diário do Pará)"



Nenhum comentário:

Postar um comentário