sexta-feira, 15 de agosto de 2014

William Bonner rebate críticas por entrevistas no “Jornal Nacional” [olhando assim, parece que ele não é da base de apoio aos tucanos]


Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - Após receber os presidenciáveis no “Jornal Nacional”, para uma série de entrevistas, William Bonner precisou enfrentar diversas críticas de que suas perguntas teriam sido agressivas.
O jornalista, então, defendeu a linha seguida por ele e sua colega de bancada, Patrícia Poeta, dizendo que é seu dever abordar exatamente os assuntos que os candidatos não querem falar em público.
“Fiz e farei as perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir”, publicou no Instagram, após receber mensagens de telespectadores indignados pelas redes sociais.

Leia o comentário do âncora na íntegra:

“Enquanto aguardamos que o tempo nos permita decolar, vejo com espanto como as paixões eleitorais momentâneas podem alimentar a intolerância de um tipo de eleitor que se considera suficientemente informado sobre os candidatos - e que nega às outras pessoas o direito de se informar.
É aquele que não quer saber mais nada. Não quer ouvir explicação sobre nenhuma questão polêmica. E é um direito dele.

O problema é quando não quer que ninguém mais tome conhecimento daquelas questões. E, por isso, insulta quem pensa de forma diferente, insulta quem cobra aquelas explicações de candidatos a cargos públicos. Isso se chama obscurantismo.

Tenho 30 anos de profissão e me orgulho de ter entrevistado candidatos à presidência do Brasil em 2002, em 2006, em 2010 e neste ano. Em todas as entrevistas, fiz e farei as perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir. Assuntos que lhes são desconfortáveis, incômodos. Assuntos que eles não abordam na propaganda eleitoral, obviamente. São assuntos de interesse jornalístico, são assuntos que o eleitor deve conhecer.

Todos os candidatos que entrevistei, sem nenhuma exceção, sabiam que era papel deles prestar esses esclarecimentos - e que era meu papel cobrar as explicações. E isso sempre foi feito, de ambas as partes, de forma cordial, serena, respeitosa. Sempre.

É esse respeito que falta aos que usam o espaço de comentários de uma foto para insultar, agredir, praguejar contra o conteúdo eminentemente jornalístico de uma entrevista. Insultam não só a mim, como entrevistador, mas a todos os demais eleitores que desejam ser informados sobre as questões polêmicas de todos os candidatos, sejam quem forem.

Essa intolerância eu faço questão de deixar registrada nos comentários. Alguma utilidade terá pra quem quiser analisar os frequentadores desse ambiente encantador e agressivo, enriquecedor e mesquinho, democrático e sectário que é a internet.”


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