quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A PONTE NO RIO IGARAPÉ-MIRI, AS PLACAS E A (DESEJADA) REELEIÇÃO DE SIMÃO JATENE (PSDB)


Israel Fonseca Araújo - Professor e Professor



(Placa da Obra da Ponte sobre o Rio Igarapé-Miri; previsão de término é dois dias após o Natal de 2014, quando Jatene já poderá estar arrumando as malas e as varas de pescar; valor da Obra (obrigatório por lei) NÃO ESTÁ DECLARADO)


Uma das boas novelas da vida pública miriense é a construção das pontes sobre os rios Igarapé-Miri e Meruú, ambas decididas no Planejamento Territorial Participativo (PTP), durante o governo da petista Ana Júlia Carepa. As reivindicações dos movimentos sociais organizados, e lideradas por políticos de esquerda, remontam aos anos 1990. Na ocasião das plenárias do PTP, o povo da Região de Integração (RI) Tocantins fez suas reivindicações e sacramentou a decisão de o estado do Pará construção as duas citadas pontes, além da construção do Hospital Regional do Baixo Tocantins, no Trevo de Abaetetuba - Igarapé-Miri - Moju.

Conforme já apontado neste blog, assim que Simão assumiu o governo do Pará, em janeiro de 2011, essas obras (porque decididas coletivamente) foram engavetadas. Uma das práticas mais criteriosas dos governos tucanos: empurrar tapete abaixo as decisões retiradas de plenárias, nas quais as pessoas e as entidades dos movimentos sociais organizados tenham tido efetiva participação.

Assim sendo, a ponte do rio Ig.-Miri ficou bem guardadinha na gaveta, mas, para tristeza de Jatene, Ítalo Mácola estava numa pior (sentido eleitoral, claro) e Ailson "Pé de Boto" precisava de algum argumento para pedir votos para Jatene: os "45" estavam perdidos no Miri, sem ter nada para apresentar em troca de votos (promessas de votos). Acredite-se ou não, Mácola conseguiu construir o discurso da ponte e a obra começou.

Pessoas foram contratadas, a empresa chegou, a placa chegou, as informações foram covardemente omitidas (valor da obra, p. ex.) e os serviços começaram; acidente grave aconteceu (mostrava uma certa pressa para o povo “ver” a ponte a depositar os votos). Mas, como Deus é muito bom, tem os nossos peixes que se revoltam e rejeitam os pilares da ponte.

Não é que o peixe não queira a ponte, todo mundo a quer, mas acontece que de tanto ser chamado de “burro” (por certos e certas...) o povo miriense começa a ficar mais cauteloso; eu sei que o povo nada tem de “burro”, mas há pessoas que gostam de apanhar, na cara, e aplaudir quem lhes bate. Eu respeito isso, temos de respeitam.

Quantos aos votos (objetivos da ponte), sabe-se que Jatene venceu Helder em Ig.-Miri, no primeiro turno, e deverá vencer neste segundo, dia 26/10. Mas isso não muda essa realidade de desprezo pelas decisões democráticas, coletivas, e a virada de costas de Jatene para Igarapé-Miri (falamos sobre isso em “Carta aos Indecisos...”, neste blog). É claro que muita gente continuará aplaudindo Simão, nesta terra, mas a gestão dele está marcada por alguns tapas nas nossas caras:
1 – Av. Sesquecentenário esbandalhada e abandonada, com a ilusão de muita que não sabia e/ou não queria aceitam que a placa mandada por Jatene era uma peça que vinha pedir nossos votos;
2 – Ponte sobre o rio Igarapé-Miri... entre acidentes e mudanças de datas de entrega (torcemos muito por ela);
3 – PA-407, a “estrada da Vila” Maiauatá esbandalhada e abandonada;
4 – Carros pedindo votos para Ailson do Amaral, em nome de e com a voz de Jatene (em 2012) (os resultados nós os conhecemos);
5 – Carros pedindo votos para Jatene, em 2014, mostrando o “lindo” Pará das propagandas da tucanada – ou, quem sabe, dos apartamentos, postos e demais bens pertencentes às crias de Jatene.

Apenas aviso que, na minha cara, ele não bate; nem os aliados/as dele. Eu tenho uns remédios contra isso tudo: a experiência de vida, as lições de vida de meus pais e as leituras de mundo que faço, sempre que posso e/ou dou conta de fazê-las.

Tenho dito e digo mais ainda.

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