(Há semelhanças?)
O Ver. Rufino Leão Neto (PP) (foto abaixo) esteve, hoje, na Tribuna da Câmara, de onde se pronunciou também atuando como Presidente “em exercício” dessa Casa, pois José Roberto "Nenca" (PMDB) deverá assumir a Prefeitura de Igarapé-Miri, em virtude da cassação de Ailson do Amaral (DEM) e Edir Corrêa (PSD), por determinação da justiça eleitoral. Mas, quando “Nenca” assumirá? Dizem que ainda falta a publicação da decisão do TER-PA, que cassou aqueles dois. Enquanto isso, nosso amado Igarapé-Miri fica (continua ficando) sem prefeito(a).
Secretarias estão quase paradas, muitas sem titular atuando, além de o Decreto 034/2014 – PMIM ter determinado expediente interno nas secretarias municipais POR SESSENTA DIAS. Isso mesmo; pasmem, sim, por 60 dias. As exceções são Saúde, Educação e Assistência Social.
É determinação de “Pé de Boto”, depois que voltou para Igarapé-Miri, dia 07 de outubro. Foi cassado no dia 09 seguinte, mas sem o “Nenca” assumir o que se vê é um “governo Pé de Boto” que funciona sem nunca ter existido e trabalha sem nada fazer: caos, já anunciado por nós desde meados de 2013. Era esperar para comprovar e, agora, comprovado está.
(Lixos se espalham pelas ruas de Igarapé-Miri)
Ainda há indagações por toda a cidade se
“Nenca” faria um governo(?) aliado de Ailson, com o secretariado deste (da
confiança dele), ou se governará segundo as diretrizes do PMDB local, partido
ao qual “Nenca” é filiado (já que o
mandato que ele exerce pertence ao PMDB) e que deveria estar afastado de
Ailson. Os blocos partidários instalados em Igarapé-Miri, atualmente e até
prova em contrário, têm PMDB junto com o PT, o que afasta qualquer
possibilidade de se ter Ailson junto desse bloco. Até prova em contrário, não
há possibilidade de Roberto Pina e seu algoz político estarem “de mãos dadas”.
A manhã de hoje, na Câmara Municipal,
foi marcada por discursos que insistem em dizer que Igarapé-Miri está passando
por um momento "muito difícil", alguém chegou a confessar, nos
bastidores, que o Hospital Santana não tem sequer uma agulha. O município ainda
está sem prefeito e a instabilidade e a incerteza são grandes.
Mas devo dizer, pois vereadores são
pessoas que nos devem satisfação e devem trabalhar por nós, pois são investidos
no cargo para “substituir” cada miriense, já que os mais de 60 mirienses não podem
atuar como vereadores (quem os pagaria?). Devo dizer: desculpem, excelências, mas
a última vez que tivemos prefeito atuando foi dia 30 de dezembro de 2012;
depois disso, só dia 18 de setembro passado é que Edir veio assumir, mas saiu
na segunda, 06/10. Caso tivéssemos um prefeito(a) atuando e a Câmara
investigando as contas públicas, instituindo CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) ainda em 2013, não teríamos chegado a esse ponto – mas, como só três
vereadores/as se manifestavam contrariamente às ações de Ailson, tentavam
investigar e propor medidas, e como nessa Casa as decisões são regimentais e
tomadas conforme voto da maioria, sempre o Povo de Igarapé-Miri perdia por 10 a
0.
Pelos menos, ainda não sabemos de
reprovação de contas de Amaral, nem de abertura de CPI para investigá-lo e
levá-lo a impeachment. O que sabemos
é que apenas a Polícia Civil do Pará, o Ministério Público em Igarapé-Miri e o
Ministério Público do Pará realizaram ações que lhes competia realizar e somente por conta disso e por algumas ações de pessoas ameaçadas (ou de pessoas que se manifestam de alguma forma) é que alguma coisa vem sendo feita para tentar reverter essa realidade.
Ao menos desta vez, temos de reconhecer que a Polícia estadual e o MP realizaram e estariam realizando seu trabalho.
Mas, fica uma pergunta: o que os representantes
do Povo miriense fizeram em relação às atrocidades cometidas contra este povo
(na saúde, educação, limpeza pública etc.)? Saíram em defesa do Povo, usando a Tribuna da Câmara, ficaram do lado dos mais necessitados ou não?
O que o Povo está pensando (e penando),
isso está bem sabido de todo mundo.
Que venham os anos seguintes e que a
história possa ser consertada, ou repetida – caso o povo queira viver isso
tudo, de novo.
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